SABE QUEM ESCREVEU ESTAS QUADRAS?
Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, não parecendo o que são,
são aquilo que eu pareço.
P'rá mentira ser segura
e atingir profundidade,
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.
e atingir profundidade,
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.
Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.
DE QUEM FALAMOS?
António Aleixo, nascido a 18 de Fevereiro de 1899,
O escritor Rui Zink traça-lhe a biografia desta forma:
"Simples, humilde, iletrado, António Aleixo surpreende com a profundidade filosófica dos seus versos. É um caso singular na poesia portuguesa. Inspirava-o o quotidiano. Servia-se de uma feira da aldeia, uma ceia, um traço caricatural de gente conhecida e improvisava. O tom era mordaz, mas autêntico. Aleixo transferia para a escrita o seu batalhão de emoções. O povo repetia - e saboreava - verso a verso. A sua obra poética é um manancial de sabedoria empírica. Um grande poeta".
Da sua obra constam estes títulos: "O Auto do Curandeiro", "O Auto da Vida e da Morte", "O Auto do Ti Jaquim" (incompleta), "Inéditos" e "Este livro que vos deixo", sendo este último o mais conhecido.
Morreu a 16 de Novembro de 1949.Fui polícia, fui soldado,
Estive fora da nação;
Vendo jogo, guardei gado,
Só me falta ser ladrão.
Este livro poderá ser requisitado na Biblioteca da nossa cidade.
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