maio 05, 2025

OS AUTORES LOCAIS

desempenham um papel fundamental na preservação e no fortalecimento da cultura na nossa cidade.
Eles capturam a essência da cidade, as suas histórias, personagens, tradições e desafios.
São eles que retratam os costumes, a linguagem, as crenças e modos de vida, fortalecendo a identidade cultural, ao mesmo tempo que mantêm viva as tradições locais.
Os seus livros podem servir como uma fonte valiosa para entender o passado e refletir sobre o presente.
São os autores locais que documentam os eventos históricos, as mudanças sociais e o desenvolvimento da cidade ao longo do tempo, criando laços entre os cidadãos e a cidade.
O valorizar os autores locais é essencial para manter viva a cultura da nossa cidade.



"CALHANDREIRA/S
Desta alcunha, lembrar-se-ão bem os mais velhos. Faz parte da nossa toponímia marinhense.  Quem não conhece ou não ouviu falar já do "Largo das Calhandreiras"? (...)
Dantes, a Marinha era um meio pequeno onde todos se conheciam. Naquele Largo havia de tudo, pessoas humildes e outras de posses. E, tratando-se de um sítio de passagem, tudo se sabia. (...)
Havia ali a Fonte do Magalhães, onde a toda a hora acorriam mulheres de cântaro à cabeça. Muitas, ficavam ali horas esquecidas na "calhandra", e outras, passavam tardes inteiras à janela, a dar fé de tudo.(...)"
Deolinda Bonita, 
In, Alcunhas Marinhenses


A Biblioteca Municipal convida todos os marinhenses a explorarem a riqueza da literatura local.



Venha conhecer
 os escritores que dão voz ao nosso concelho, partilhar experiências e mergulhar  nas histórias que refletem a nossa identidade cultural.







abril 29, 2025

DIA MUNDIAL DA DANÇA

 


Hoje celebra-se o Dia Mundial da Dança
uma arte que transcende culturas, idades e fronteiras, 
promovendo a expressão, a liberdade 
e o bem-estar do ser humano.







Mais do que uma manifestação artística, a dança é uma poderosa aliada da saúde física e mental.
Movimentar o corpo ao ritmo da musica melhora a coordenação, a resistência e a flexibilidade, além de fortalecer o sistema cardiovascular.
No campo emocional, a dança liberta endorfinas, reduzindo o stress e a ansiedade, proporcionando uma sensação de alegria e de leveza.






Dançar é também uma forma de conexão - consigo mesmo, com os outros e com a cultura.
Seja numa apresentação profissional ou em momentos espontâneos de celebração, a dança lembra-nos a importância de sentir, de expressar e viver o momento presente.



Neste Dia Mundial da Dança,
 permita-se mexer o corpo, sentir e celebrar o poder transformador deste ato tão humano e universal.







E hoje, pelas 20h00 venha à Biblioteca Municipal assistir ao 
Live Streamind de Copélia ou a rapariga dos olhos de esmalte
pela Companhia Nacional de Bailado.






abril 24, 2025

DO 25 DE ABRIL DE 1974 AO 25 DE NOVEMBRO DE 1975

 

"O 25 de Abril de 1974 surpreendeu os serviços de informação ocidentais, até então relacionados com a DGS, da qual recebiam as informações sobre a situação portuguesa. Ao não terem sido avisados por esta polícia política de que algo iria acontecer, esses serviços compartilham com a DGS o mesmo tipo de ignorância. (...)
Na manhã de 25 de Abril, tanto o embaixador Nash Scott, como o consulado norte-americano em Ponta Delgada, nos Açores, começaram por informar o SD de que tudo estava "tranquilo" e apenas às 9:50h o embaixador enviou um primeiro telegrama. Intitulado "Distúrbios em Portugal", o telegrama descrevia a presença de carros de combate nas ruas de Lisboa, sedes de ministérios cercadas pelos militares, bem como os apelos à calma feitos pelos oficiais sublevados, através da rádio. (...)



E iniciaram-se os acontecimentos militares do dia 25 de novembro de 1975. A partir da madrugada, paraquedistas ocuparam a Base Escola de Tancos, bem como as bases aéreas de Monte Real e do Montijo. Avançando sobre Lisboa, ocupam o Depósito Geral de Material de Guerra e o Comando da 1º Região Aérea, em Monsanto, por volta das 7h da manhã. Aqui detiveram o general Pinho Freire e exigiram a demissão do CEMFA, general Morais e Silva"




"(...) o texto que aqui apresento é uma análise pessoal de episódios entre os finais da ditadura e o 25 de Novembro de 1975, com destaque para o que aconteceu à ex-polícia política e para a ação dos EUA, França e Alemanha nesse período relativamente a Portugal".


É da análise dos acontecimentos ocorridos ao longo de cerca de ano e meio
que surge este livro, essencial para o conhecimento da nossa História recente, 
que hoje divulgamos e sugerimos para 
Leitura do seu Fim de Semana




Irene Flunser Pimentel é uma historiadora portuguesa nascida a 2 de maio de 1950 em Lisboa.
Investigadora do Instituto de História Contemporânea, é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre e doutora em História Institucional e Política do Século XX pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O seu trabalho centra-se na análise crítica da repressão política durante o Estado Novo, com destaque para a atuação da PIDE, o papel das mulheres no regime, o exílio e a oposição à ditadura.
Também investigou o papel de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente o acolhimento de refugiados judeus e na atividade de espionagem em território português.
A sua investigação tem contribuído significativamente para o entendimento crítico da ditadura portuguesa e da memória histórica do seculo XX em Portugal.
  • Em 2007 foi galardoada com o Prémio Pessoa
  • Em 2009 foi galardoada com o Prémio Seeds of Science
  • Em 2015 foi condecorada pelo governo francês  com as insígnias Chevalier da Ordem Nacional da Legião de Honra.

"Pessoalmente, como muitos e muitas, agradeço aos militares de Abril, que, em 1973 e 1974 se reuniram, primeiro para lutarem por interesses corporativos, e, depois, com uma crescente consciência de que a Guerra Colonial tinha de ser resolvida politicamente, tiveram a audácia e a coragem de arriscar a vida e a liberdade, ao saírem à rua, com tanques e armas , em 25 de abril de 1974. Muito obrigada, oficiais do MFA, capitães de Abril, e às portuguesas e aos portugueses que contribuíram para a conquista da nossa democracia."










abril 15, 2025

LEONARDO DA VINCI 1452-1519

 


Leonardo Da Vinci é considerado o arquétipo do Homem do Renascimento, devido à sua genialidade multifacetada.
Pintor, inventor, cientista, engenheiro, arquiteto, naturalista e anatomista, personificou o ideal renascentista na procura pelo conhecimento nas mais diversas áreas do saber.
Nasceu em Vinci, na Toscana, a 15 de abril de 1452 (faz hoje 573 anos), e morreu em Cloux, perto de Amboise, França, a 2 de maio de 1519 e é um dos artistas mais representativos do Renascimento.

Os seus cadernos repletos de invenções e observações científicas influenciaram gerações. A sua importância na cultura reside na fusão entre arte e ciência, e o seu legado continua a inspirar a humanidade. 
Esteve em Florença, Milão, Roma, as cidades do Renascimento, onde trabalhou para mecenas como os Médici, Ludovico Sforza e os Papas da época.
Em França trabalhou para Francisco I, que o nomeou primeiro-pintor da corte, recompensando-o copiosamente e concedendo-lhe como residência privada o Castelo de Cloux, onde teve liberdade absoluta para se dedicar às suas investigações de anatomia e aos seus desenhos sobre o Dilúvio.


As suas obras-primas, Mona Lisa e A Última Ceia revolucionaram a pintura com técnicas inovadoras de luz e sombra (sfumato e chiaroscuro).
O seu icónico O Homem Vitruviano reflete a sua obsessão pela perfeição estética e pelo estudo das proporções humanas.


O seu legado transcende a sua época, influenciando a ciência, 
a arte e o pensamento moderno, consolidando-o como exemplo máximo do ideal renascentista.




Venha descobrir o génio de Leonardo da Vinci

Venha à Biblioteca Municipal e mergulhe no fascinante mundo deste mestre 
do Renascimento - artista, inventor, cientista, visionário.
Há livros à sua espera que revelam os segredos por trás das suas obras.

Inspire-se!







abril 09, 2025

UM PRETO MUITO PORTUGUÊS




Telma Marlise Escórcio da Silva, pseudónimo literário da nossa autora de hoje, Telma Tvon, nasceu em  Luanda em 1980, tendo emigrado para Lisboa em 1993, onde frequentou o ensino secundário ao mesmo tempo que se integrava na cultura Hip Hop. Desde os 16 anos que o seu mundo é o rap, o soul e o hip hop. Recentemente colaborou com o brasileiro Luca Argel no projeto Samba de Guerrilha.
Licenciou-se em Estudos Africanos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e concluiu o mestrado em Serviço Social pelo ISCTE.

A sua carreira como escritora teve início em 2017, com o romance Um Preto Muito Português, que tem agora uma nova edição pela Quetzal e que divulgamos junto dos nossos leitores.
A Câmara Municipal de Lisboa, em 2022, convidou 48 autoras (cantautoras, poetas, escritoras) a escreverem uma frase alusiva à Liberdade e Telma Tvon foi uma delas. As 48 frases foram depois pintadas no chão da cidade, no âmbito das comemorações dos 48 anos de 25 de Abril.




"Perguntam-me várias vezes de onde sou. Sou filho de cabo-verdianos que vivem em Portugal. Sou neto de cabo-verdianos que nunca conheceram Portugal. Sou bisneto de holandeses que mal conheceram Portugal. Sou bisneto de africanas que muito ouviram falar de Portugal.
E de onde sou eu? Nasci em Lisboa, mas sou tão tido como estrangeiro. (...)
Eu até me licenciei, eu até falo português conveniente. Ninguém sabe como lidar comigo, não se sabe se sou Preto o suficiente ou se ando a tentar passar por Branco inconscientemente. (...)
Cresci conformado, cresci habituado talvez, e nunca questionei a hostilidade que pairava sobre a minha proveniência, sobre a minha existência. Era tudo tão normal como eu ser estrangeiro na terra que imparcialmente me pariu."


"Ontem candidatei-me a um emprego e, não obstante a informação estar no meu curriculum vitae, fizeram-me a pergunta da praxe: "De onde é, João?"
Ao que respondi: " Sou português."
Ela ficou meio atordoada, mas insistiu: "Pois, mas tem outras origens, certo?"
E eu, parvamente, disse: "Tenho, claro, sou originário da Maternidade Alfredo da Costa, mas vivo na linha de Sintra.
Fim de conversa."







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