maio 07, 2024

APRESENTAÇÃO DE LIVRO | 11 de MAIO | 15h30

“Solstício Ausente”, de Pedro Reis Soares, Edição Hora de Ler




"O Solstício Ausente surge no desejo de imortalizar as noites que se mantiveram escuras em horas extra só para que eu não acordasse; O fruto colhido das várias árvores dos diversos pomares que o rumo natural da vida me levou a visitar."

A poesia de Pedro Reis Soares acompanhada pelas ilustrações do seu avô Carlos Reys é uma carta assinada por e para sonhadores.

Assumindo diversas máscaras, as palavras entregam-se ao leitor numa lucidez absoluta da mensagem que lhes foi encarregue.

"Ao saborear as mais bonitas paisagens ibéricas ou na tentativa de descodificar as mais complexas paisagens espirituais, seria justo dizer que alguns destes poemas se escreveram sozinhos, sendo eu um mero portal entre uma espécie de arquiteto metafísico de vocábulos e o papel que me acolhe os frenéticos traços a carvão. Por vezes, no processo de escrever um verso, já conseguia ouvir o próximo ser declamado por uma voz interna acompanhada por uma linha oscilante (semelhante à de uma frequência) que namorava a melodia e o ritmo das sílabas."

Pedro Reis Soares, nascido em 2001, é um autor marinhense que revelou o seu gosto por poesia numa aula de português do 1.º ciclo. Esse interesse veio a desenvolver-se na adolescência sendo nomeado vencedor das edições XVII e XVIII do concurso de poesia da Escola Secundária Engº Acácio Calazans Duarte. Neto do artista e escritor Carlos Reys, tenciona dar continuidade à veia artística herdada nos ramos da música e da escrita. Após terminar o ensino secundário, formou-se em Comunicação Digital no Instituto Politécnico de Leiria.









maio 03, 2024

NÃO FOI UMA MADRUGADA COMO AS OUTRAS

 


O romance que hoje sugerimos para leitura do seu fim de semana
foi escrito durante o confinamento imposto pela pandemia.
É o quarto romance do autor e foi lançado durante 
o festival Corrente de Escritasna Póvoa do Varzim em 2022.  



Inspirado num dos versos de Grândola Vila Morena, "à sombra de uma azinheira/ que já não sabia a idade", nasce o nome deste romance. 
Com o propósito de celebrar Abril e o aproximar da data do seu cinquentenário, levou-o a escrever este romance  onde Portugal é a figura principal do mesmo e onde se faz uma reflexão de um tempo antes e depois de Abril: "Eu diria que são 90 anos de reflexão, 45 anos antes e 45 anos depois"





"Gostaria que este livro fosse lido por todas as gerações"

                                                    Álvaro Laborinho Lúcio


Não é uma madrugada como as outras, aquela em que vai nascer o primeiro filho - ou a primeira filha - de Maria Antónia e João Aurélio: é a que muitos esperavam e agora começa a tomar forma nas movimentações das tropas pelas ruas de Lisboa e Porto. Haverá um antes e um depois desta "manhã inicial", em que nasce a criança e renasce um país de um longo período de trevas.
Mas a almejada revolução e a vinda do bebé perdem todo o significado para João Aurélio no momento em que se cumpre: Maria Antónia morre no parto, deixando o marido e companheiro de luta desolado e definitivamente distante da vida dos vivos.
Enquanto a criança é acolhida e criada pelos tios ( a irmã de João Aurélio e o marido) e Portugal dá os primeiros passos numa nova existência democrática, João Aurélio, o antigo militante, o utópico, mergulha no isolamento e na loucura, na obsessão do passado e da morte.
Catarina cresce longe do pai, procurando saber quem realmente é, no que faz e se propõe fazer, com tudo o que isso implica: liberdade, incerteza, contradição, dúvida, risco. Em paralelo, a jovem vida em democracia do país procura desenvolver-se, libertando-se dos seus atavismos históricos e de um passado idealista.
Portugal, nos quarenta e cinco anos que antecederam o 25 de abril, contado através da história familiar e política de João Aurélio; e Portugal, nos quarenta e cinco anos que se seguiram à revolução, narrado pelo percurso indagador de Catarina. Entre estas e muitas outras personagens extraordinárias - e a inerente diversidade de olhares e perspetivas, passados e presentes - se conta a história da cisão entre pai e filha e a da relação entre a "azinheira" e as suas sombras.







Álvaro Laborinho Lúcio nasceu na Nazaré no dia 1 de dezembro de 1941.
Mestre em Ciências Jurídico-Civilísticas pela faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e magistrado de carreira, é juiz-conselheiro jubilado do supremo Tribunal de Justiça. De 1980 a 1996, exerceu, sucessivamente, as funções de Diretor do Centro de Estudos Judiciários, Secretário de Estado da Administração Judiciária, Ministro da Justiça e Deputado à Assembleia da República. Entre 2003 e 2006, ocupou o cargo de Ministro da República para a Região Autónoma dos Açores.
Com intensa atividade Cívica, é membro dirigente, entre outras, de associações como a APAV e a CRESCER-SER, de que é sócio fundador. Com artigos publicados e inúmeras palestras proferidas sobre temas ligados à justiça, ao direito, à educação, aos direitos humanos e à cidadania em geral, é autor de inúmeros livros.
Agraciado pelo rei de Espanha, com a Grã-Cruz da Ordem de S. Raimundo de Peñaforte, e pelo Presidente da República Portuguesa, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, é membro da Academia Internacional da Cultura Portuguesa e doutor honoris causa pela Universidade do Minho.












abril 19, 2024

JOSÉ FANHA | SÁBADO, 20 DE ABRIL

No próximo sábado, dia 20 de abril, irá decorrer no Auditório da Biblioteca Municipal, pelas 15h30, um espetáculo de música e poesia, inserido na programação da Festa da Leitura com ligação às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, constituído por um diálogo entre a poesia de José Fanha e as canções de Zeca Afonso interpretadas pelo autor/compositor Daniel Completo (ex. Ronda dos 4 Caminhos), baseado nos audiolivros realizados em parceria pelos 2 autores: " Ailé, Ailé - Zeca Cantado e Contado "  e  " Mão no Chão e Pé no Ar ".

Espetáculo de participação gratuita, limitada à capacidade da sala, dirigido a crianças e famílias.


CONTAMOS COM TODOS



abril 12, 2024

APRESENTAÇÃO DE LIVRO | AMANHÃ, 13 DE ABRIL, 16H00


“GOSTAR SEM MEDIDA: ODISSEIA NO SISTEMA MÉTRICO”

Texto de Ana Isabel Marques e Ana Rita Sobreira

Ilustração de Célia Brandão, Edição Textiverso

 

Sinopse: O livro conta-nos a história de Metron, o herói da narrativa, que parte do seu planeta, a Metrónia, à procura de um aparelho para medir “o gostar”. Pelo caminho, Metron percorre os planetas do Sistema Métrico e vai-se cruzando com outras unidades de comprimento. “Gostar sem Medida” é uma narrativa que, de forma lúdica, pretende abordar a questão das conversões métricas, ao mesmo tempo reflete sobre a importância da amizade.

Conjuntamente com a apresentação do livro, as autoras irão fazer uma atividade com as crianças presentes, demonstrando que o livro pode funcionar como um recurso pedagógico para alunos e professores.

Autoras: Ana Isabel Marques, docente ESTG (Politécnico de Leiria), com formação pedagógica, autora de literatura infantil e Ana Rita Sobreira, docente Primeiro Ciclo, especializada em Educação Especial (experiência pedagógica em quadros de dislexia e autismo.








abril 05, 2024

ESTA MANHÃ, NINA OLHOU-ME SEM ME VER.



"Sou alta e magra, ainda que bem-proporcionada. Franja, cabelo de comprimento médio, castanho escuro. Alguns brancos na trunfa, que disfarço com rímel castanho.
Chamo-me Virginie. Tenho a mesma idade que eles.
Hoje em dia, dos três, só Adrien me fala ainda.
Nina despreza-me.
Quanto a Étienne, sou eu que já não quero saber dele. 
Contudo, fascinam-me desde a infância. Nunca me senti ligada a alguém como àqueles três.
E a Louise"



Se o leitor gostou de A Breve Vida das Flores, 
Vai adorar o segundo romance de Valérie Perrin
Uma história em que a adolescência, a passagem para
a vida adulta e as dores de crescimento nos mostram 
de que matéria é feito um dos mais profundos
sentimentos da vida: a amizade.






Adrien, Étienne e Nina têm dez anos quando se conhecem na escola, em 1986. Rapidamente, tornam-se muito próximos, criam um laço fortíssimo e fazem um pacto: vão partir, juntos, para Paris e jamais se separarão.
Muitos anos mais tarde, em 2017, é encontrado em carro no fundo de um lago, no lugar onde os três amigos cresceram. Virginie, uma jornalista com um passado nebuloso, faz a cobertura do caso. Pouco a pouco, ela vai descobrindo o que aproximou aqueles três amigos. Que pessoas são, hoje, Adrien, Étienne e Nina? Qual a relação entre este estranho acontecimento e a história de amizade que une os três?



"Melhor Romance do Ano"
                                                                   Le Parisien



"Um dos Melhores Livros do Ano"
                                                                           Lire



Tudo boas razões para o Leitor vir à Biblioteca Municipal e 
requisitar esta nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana








Esta manhã, Nina viu-me pela primeira vez






março 21, 2024

DIA MUNDIAL DA POESIA

Tempo

Se corre devagar o tempo, e o tempo 
não corre, em que relógio contarei
os segundos que se demoram quando as
horas se precipitam, ou o amanhã

que nunca mais chega neste hoje
que já passou? Mas o tempo só o é
quando o perdemos; e ao ver que
é tarde, não se volta atrás, nem

as voltas que o tempo dá o voltam
a fazer andar. Por isso é que o tempo
nos dá tempo para o ter, se ainda

houver tempo; e se tivermos de o perder,
nenhum tempo contará o tempo que se
gastou para saber o que se perdeu, ou ganhou.

                                                                                                   Nuno Júdice (1949-2024)


O Dia Mundial da Poesia comemora-se anualmente, a 21 de março. 
Esta data foi implementada em 1999, na 30ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Pretende-se salientar a importância da poesia enquanto manifestação artística comum a toda a Humanidade.

Neste dia, não podemos deixar de relembrar
 o poeta Nuno Júdice
que nos deixou no passado dia 17 de março. 



Estar Contigo ao acordar

Estar contigo ao acordar, ver como
se abrem as tuas pálpebras, cortinas
corridas sobre o sonho, sacudir dos
teus lábios o silêncio da noite para
que um primeiro riso me traga o dia:
assim, amor, reconheço a vida que
entra contigo pela casa, escancara
janelas e portas, deixa ouvir os pássaros
e o vento fresco da manhã, até que voltas
para junto de mim, e tudo recomeça.


                                                                               Nuno Júdice (1949-2024)



Leia Poesia





LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...