agosto 12, 2020

É UMA FOCA ESCORREGADIA, A FELICIDADE



"Sempre acreditei que a felicidade se encontra logo ali, ao virar da esquina. O segredo é saber qual a esquina certa"


Caro Leitor prepare-se para a viagem da sua vida. 
Esqueça a maçada das malas ou a confusão do check in. 


Visite-nos nas nossas novas instalações e requisite a nossa sugestão de leitura para as suas férias.
Viajará da Índia à Islândia, do Butão à Tailândia. 
Sempre a perseguir o mesmo objectivo: encontrar a felicidade.
Aperte o cinto, recline-se na poltrona e prepare-se para uma experiência única, repleta de inteligência e humor. Com este livro vai dar a volta ao mundo em 300 páginas.
Vai ficar a conhecer dez países, dez maneiras diferentes de viver a felicidade.






"As minhas malas estavam feitas e as provisões acondicionadas. (...).
Pensei, então: e se eu passasse um ano a viajar pelo globo, não à procura dos muitos já batidos lugares de conflito, mas sim daqueles lugares felizes e nunca noticiados? Lugares que possuem, em grandes quantidades, um ou mais daqueles ingredientes que consideramos essenciais ao caloroso guisado da felicidade: dinheiro, prazer, espiritualidade, família, chocolate, entre outros."




"(...) Curvas apertadas, bermas que são autênticos precipícios (sem a proteção de rails) e um condutor que acredita piamente na reencarnação - tudo isto contribui para uma experiência extremamente tensa. Nas estradas do Butão não existem ateus.  (...) As crianças butanesas, conversando e rindo no regresso da escola, separam-se para deixar passar o nosso Corolla assim como o mar Vermelho se abriu para Moisés. Fazem-no sem qualquer comentário desaprovador ou olhar desagradável". 



"(...) a Islândia tem estado sistematicamente classificada como um dos países mais felizes do mundo. Nalgumas sondagens, figura em primeiro lugar. Quando li, pela primeira vez, esta informação tive a mesma reacção que provavelmente estará a ter agora. A Islândia?! A terra do gelo?! A terra do frio e da escuridão, que parece, periclitante, na borda do mapa, como prestes a cair a qualquer instante?! Sim, essa Islândia."






Eric Weinar, jornalista norte-americano, trabalhou durante mais de 10 anos como correspondente estrangeiro da National Public Radio (NPR). Começou as suas viagens em 1993, quando foi destacado para a Índia, onde passou dois anos, cobrindo desde as reformas económicas à peste bubónica. De Nova Deli mudou-se para Jerusalém e daí para Tóquio. Fez reportagens em mais de 30 países, esteve no Iraque repetidas vezes durante o reinado de Saddham Hussein, e encontrava-se no Afeganistão, em 2001, quando o regime talibã caiu. Foi um dos jornalistas da equipa da NPR que conquistou o prémio Peabody pela investigação feita às tabaqueiras norte-americanas.
Vive em Washington com a mulher, a filha e um gato que come demais.


Ilustração de Andrea De Santis


"A minha pesquisa chegou ao fim. Percorri dezenas de milhares de quilómetros. Suportei a escuridão do meio-dia na Islândia e o calor abrasador do Qatar, a funcionalidade exagerada da Suiça e a total imprevisibilidade da Índia. (...)
Não sou cem por cento feliz. Diria que estou mais perto dos feevty-feevty. Vistas bem as coisas, não é assim tão mau. Não, não é mesmo nada mau."









agosto 07, 2020

NINGUÉM É TÃO INOCENTE COMO PARECE


Cancele todos os compromissos. 
Não vai a lado nenhum sem acabar de ler 
No Escuro
                                                                                          Emily Koch




Uma mulher e uma criança são encontradas fechadas numa cave, em risco de vida.
Ninguém sabe quem são - a mulher não consegue falar e nenhuma descrição de pessoas desaparecidas corresponde aos perfis das vítimas. O proprietário da casa, velho e muito confuso, jura que nunca as viu. Os moradores daquela tranquila rua em Oxford estão em choque: como pode tal ter acontecido debaixo dos seus narizes? Mas o detetive Adam Fawley sabe que nada é impossível. E ninguém é tão inocente como parece.

"(...) Grita e grita e grita, até a garganta lhe arder. Mas ninguém vem. Porque ninguém a consegue ouvir. Volta a fechar os olhos, sentindo lágrimas quentes e furiosas a rolar pelo seu rosto. Tem o corpo rígido de revolta e indignação e recriminação, e consciência de pouco mais... até que, aterrorizada, sente pequenos pés frios e afiados percorrerem-lhe a pele."
"A primeira coisa que faço na manhã seguinte é um ponto de situação perante a equipa. Dizer-lhes o que a Vicky me contou, o que a Pippa inventou e o que Rob Gardiner não fez."


Cara Hunter é uma escritora que vive em Oxford, numa rua não muito diferente das que são descritas nos seus thrillers.
No Escuro é o seu segundo livro da série com o detetive Adam Fawlew. Um romance profundamente  inquietante que nos acelera o coração à medida que se revelam segredos há muito enterrados. Afinal, os piores monstros são os que se escondem à vista de todos.


NÃO SE ESQUEÇA: 
ESPERAMOS POR SI, COM MÁSCARA, ÁLCOOL-GEL E DISTANCIAMENTO. 
AGORA AQUI, NO EDIFÍCIO DA RESINAGEM.












julho 29, 2020

PODERÃO ESTES DOIS AJUDAR-SE?


"(...) Não consigo esquecer nada. Não é apenas uma questão de o meu pai não me ter vindo buscar hoje. É o facto de eu e o meu pai termos visto um pássaro vermelho numa árvore em 2011 e depois eu lhe ter perguntado se ele se lembrava do outro pássaro vermelho que víramos dois anos antes, numa quarta-feira, dia 29 de abril de 2009."



Quando Gavin decide pegar fogo a todos os objectos que lhe lembravam a morte do seu companheiro,  Syd, não imaginava que uma câmara estivesse a filmar. Quando Joan Lennon viu na televisão que um ator famoso de Hollywood estava a fazer uma grande fogueira no quintal, não imaginava que se tratasse de um velho amigo do pai.
Joan tem "memória fotográfica". Recorda-se de praticamente toda a sua vida. É por isso que tem tanto medo se ser esquecida. E é também por isso que está a escrever uma canção. Tal como o seu ídolo e inspiração para o seu nome, John Lennon, ela quer imortalizar-se através da música.

"Quem me dera poder ser sempre importante e nunca esquecida, 
como John Lennon e Winston Churchill, mas sei que não posso."



Val Emmich, escritor, compositor, cantor e ator, nasceu em 1979 em Nova Jersey, nos Estados Unidos da América. Uma Canção Nunca se Esquece é o seu primeiro livro. Um romance enternecedor que acompanha a relação entre uma rapariga que não consegue esquecer-se de nada e um homem que quer muito lembrar-se de tudo.




Um livro sobre a amizade, a memória, 
a esperança e uma singela homenagem aos Beatles, 
é a nossa sugestão de uma leitura para uma ida à praia.












julho 23, 2020

LEITURA PARA FÉRIAS




Vai de férias e não sabe 
o que levar para ler?





Quer ler algo que o prenda da
 primeira à última página?



Temos algumas sugestões a pensar em si.




Visite-nos  
de 2º a 6º , das 10h30 às 16h30, 
no 1º piso do lado nascente do Edifício da Resinagem






BOAS FÉRIAS E BOAS LEITURAS
     


julho 06, 2020

AVISO

Em virtude de um trabalhador do Município ter obtido resultado positivo para a Covid 19, por decisão da Sra. Presidente da Câmara Municipal, todos os serviços com atendimento presencial vão ficar encerrados até ao dia 14 de julho (inclusivé) e os respetivos trabalhadores em regime de teletrabalho.
Assim, a Biblioteca Municipal não irá reabrir hoje, dia 06 de julho, como foi divulgado, prevendo-se que tal só possa ocorrer no próximo dia 15 de julho. 


junho 17, 2020

O SOM ASSINALA O FIM DA VIDA COMO A CONHECIA

"Tu e o Duff atiram os casacos para a pilha. Hás-de pensar muito nisso ao longo dos anos, nesse gesto despreocupado de atirar os casacos. Se tivesses ficado com o casaco vestido, se o tivesses deixado dentro do carro, se o tivesses posto noutro lugar qualquer... Mas não foi nada disso que aconteceu."


Numa briga entre estudantes, Matt Hunter mata acidentalmente outro jovem para defender um amigo. Após quatro anos passados na prisão, Matt é um homem feito, determinado a recuperar o tempo perdido e a reconstruir a sua vida. Graças à solidariedade do irmão, consegue integrar-se numa firma de advogados e a vida parece começar a sorrir-lhe quando a encantadora Olive se torna sua mulher e espera agora um filho de ambos. Mas então Matt é atingido por um novo destino ao receber no seu telemóvel, um estranhíssimo video de Olive.
Um homem realmente perigoso começa a segui-lo, uma freira aparece morta e Matt torna-se de novo suspeito de homicídios perpetrados à sua volta.


Um thriller complexo, sinuoso e cheio de reviravoltas inesperadas, que o leitor não vai deixar de ler até ter solucionado o caso.


Harlan Coben nasceu a 4 de janeiro de 1962, em Nova Jérsia, nos Estados Unidos da América.
É autor de uma vasta obra, já traduzida em cerca de 43 idiomas e com mais de 75 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Foi o primeiro escritor a vencer os três mais prestigiados prémios da literatura policial no seu país, o Edgar Award, o Shamus Award e o Anthony Award.
Recentemente assinou um contrato com a Netflix para a adaptação de 14 romances.

Na Biblioteca Municipal, para além do livro que hoje divulgamos, o leitor poderá requisitar para empréstimo domiciliário os seguintes títulos:
  • Apenas um olhar
  • Desaparecido para sempre
  • Seis anos depois
  • Uma vida em jogo
  • Morte no bosque
  • Na pista de um rapto
  • Não contes a ninguém
"Quero agarrar o leitor e entusiasmá-lo mais do que nunca. Se o leitor, gentilmente, optou por comprar o meu livro e ocupar o seu tempo a lê-lo, quero que ele se sinta feliz por o ter feito."
 










junho 12, 2020

O QUE É A AMÉRICA?





Adicionar legenda
"No Final de fevereiro de 2016, saí de Lisboa com a missão de percorrer os Estados Unidos a partir da sua literatura. (...) A proposta era fixar-me nesse espaço entre ficção e realidade para falar de um país num momento de mudança. No resto, seria guiada pelo acaso."

Isabel Lucas tem formação em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa.  Jornalista e crítica literária, escreve regularmente no jornal Público e colabora com várias publicações, sobretudo nas áreas de cultura e viagens. Ao longo dos últimos cinco anos, tem vivido entre Lisboa e Nova Iorque.
O livro que hoje divulgamos, Viagem ao sonho americano, resulta de um périplo pela América, a partir da sua literatura. Numa viagem pelo país que (ainda) é visto como o centro do mundo, a autora sonda a condição americana, os seus mitos, paradoxos, medos e fragilidades, mas também a sua grandeza e capacidade de reinvenção.
Descobriu uma América que se fecha perante o desconhecido e outra América, que vê na diferença a sua maior riqueza.
Afinal, o que é o sonho americano?
Será o sonho de um país ou o sonho de um mundo inteiro?






"O que é a América para mim depois de percorridos 97 mil quilómetros do seu território num só ano? A confirmação de que qualquer resposta será incompleta e que a literatura - ou o romance - em toda a sua diversidade, ambiguidade e singularidade, é talvez o melhor meio para chegar perto, o mais perto que se consegue desse som que só se escuta ao longe, à noite, o comboio a atravessar numa planície ou as traseiras das ruas que ninguém vê. 



 "Os americanos são muito mais americanos do que são do Norte, do Sul, do Leste ou do Oeste. E descendentes de ingleses, irlandeses, italianos, judeus, alemães, polacos são essencialmente americanos. Isto não é gritaria de propaganda patriótica; é um facto cuidadosamente observado. Os chineses da Califórnia, os irlandeses de Boston, os alemães do Wisconsin, e os negros do Alabama têm mais em comum do que a separá-los."
John Steinbeck, In Viagens com Charley









junho 03, 2020

DIA MUNDIAL DA BICICLETA




A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), com o consenso de 193 Estados-Membros, instituiu o dia 3 de junho como o Dia Mundial da Bicicleta, reconhecendo assim a bicicleta como um meio de transporte acessível, fácil, sustentável, que promove a preservação ambiental e a saúde.


Bicicleta, Liberdade, 
Boa Saúde e Bom Humor combinam bem.

Pedalar é um exercício que acelera o metabolismo, ou seja, a queima das calorias do seu corpo é  mais rápida. O que é ótimo para quem esteve 2 meses confinado em casa. Mesmo que pedale apenas meia-hora por semana, vai poder ver os números na balança a baixar.

Pedalar aumenta a libertação de endorfinas e serotoninas, substância que causam a sensação de prazer. Andar de bicicleta é uma boa maneira de se relacionar com amigos e com os familiares. Quem anda regularmente de bicicleta é mais resistente a depressões. Pedalar é um dos melhores antidepressivos.


Pedalar promove a sensação de independência e de liberdade. Que tal fazer passeios de bicicleta, ir às compras, ir à Biblioteca Municipal requisitar ou devolver livros?

Pedalar reduz a sua pegada de carbono por não ser poluente nem fazer barulho e reduz também os seus custos de locomoção, poupando assim dinheiro.

Pedalar regularmente também poupa nas idas ao médico. Quem tem problemas, como dores de costas, excesso de peso ou doenças cardiovasculares, pode desfrutar de muitos anos de boa saúde se usar mais vezes a bicicleta.

O manual "Cidades para bicicletas, Cidades de futuro", parte da constatação que os piores inimigos da bicicleta na cidade não são os automóveis, mas as ideias preconcebidas. Corrige por conseguinte algumas ideias relacionadas com a bicicleta, enquanto modo de transporte regular em meio urbano,  uma brochura da Comissão Europeia, que o Leitor pode consultar AQUI. (uma vez que a existente na Biblioteca Municipal é de leitura na biblioteca e de momento não é possível a consulta de documentos na sala de leitura.)

Poderá a bicicleta ter um papel a desempenhar nos seus objectivos para melhorar a qualidade de vida na cidade?




maio 29, 2020

EU ESCREVIA PARA ME ENTENDER E PARA ENTENDER MELHOR AS COISAS


"Poucos ficcionistas portugueses contemporâneos escreveram livros tão cultos e inventivos, tão exigentes e insubmissos. Maria Velho da Costa era uma ficcionista com aguda consciência de não-ficção, da poesia, do cinema."
Marcelo Rebelo de Sousa



Maria Velho da Costa, faleceu no passado dia 23 de maio, em Lisboa, aos 81 anos.
Nasceu em Lisboa a 26 de junho de 1938. Licenciou-se em Filologia Germânica, pela Faculdade de Letras de Lisboa e deu aulas como professora do ensino secundário no início da sua carreia. Foi leitora do departamento de português da King's College, de 1980 a 1987. Foi, ainda, adjunta do Secretário de Estado da Cultura do governo de Maria de Lurdes Pintassilgo.
Considerada uma das vozes renovadoras da literatura portuguesa desde a década de 1960, escreveu contos, peças de teatro e romances.
Foi argumentista tendo colaborado com os cineastas João César Monteiro, Margarida Gil e Alberto Seixas Santos.


Defensora dos direitos das mulheres, foi perseguida durante o Estado Novo após co-autoria, com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta, das "Novas Cartas Portuguesas", uma obra que denunciava a repressão e a censura do regime e que exaltava a condição feminina e a liberdade de valores para as mulheres. As autoras foram alvo de um processo judicial, suspenso depois do 25 de Abril de 1974.


Recebeu vários prémios ao longo da sua carreira:
  • 1997 - Prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da sua obra,
  • 1983 - Prémio D. Dinis com o romance Lúcialima
  • 1988 - Prémio PEN de Novelística com o romance Missa in albis
  • 1994 - Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco  da Associação Portuguesa de Escritores  e o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos Literários  com a colectânea Dores
  • 2000 - a APE atribui-lhe o Grande Prémio de Teatro por Madame, e o Grande Prémio de Romance por Irene ou o contrato social
  • 2008 - Prémio PEN Clube de Novelística, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio Literário Corrente d'Escritas e o Grande Prémio de Literatura dst com o romance Myra

Maria Velho da Costa foi a primeira mulher a ser presidente da Associação Portuguesa de Escritores.
Recebeu, em 2002, pelo conjunto da sua obra literária, o Prémio Camões.

Em 2003 foi feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e em 2011, tornou-se Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.

"A literatura não é só uma arte, um ofício, mas também a palavra no tempo, na história. Os regimes totalitários sabem que a palavra e o seu cume de fulgor, a literatura e a poesia, são um perigo. Por isso queimam, ignoram e analfabetizam, o que vem dar à mesma atrofia do espírito, mais pobreza na pobreza", afirmou no discurso de aceitação do Prémio Vida Literária da APE, em 2013.


A Biblioteca Municipal tem para empréstimo domiciliário os seguintes livros:
  • Descrita
  • Inferno
  • da Rosa fixa
  • Casas pardas O mapa cor de rosa
  • Dores
  • Novas Cartas Portuguesas
  • Cravo
  • Maina Mendes
  • Lúcialima
  • Missa in Albis

"A Maria Velho da Costa não desapareceu.
 Leiam os livros."
Luísa Costa Gomes






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