"Poucos ficcionistas portugueses contemporâneos escreveram livros tão cultos e inventivos, tão exigentes e insubmissos. Maria Velho da Costa era uma ficcionista com aguda consciência de não-ficção, da poesia, do cinema."
Marcelo Rebelo de Sousa
Maria Velho da Costa, faleceu no passado dia 23 de maio, em Lisboa, aos 81 anos.
Nasceu em Lisboa a 26 de junho de 1938. Licenciou-se em Filologia Germânica, pela Faculdade de Letras de Lisboa e deu aulas como professora do ensino secundário no início da sua carreia. Foi leitora do departamento de português da King's College, de 1980 a 1987. Foi, ainda, adjunta do Secretário de Estado da Cultura do governo de Maria de Lurdes Pintassilgo.
Nasceu em Lisboa a 26 de junho de 1938. Licenciou-se em Filologia Germânica, pela Faculdade de Letras de Lisboa e deu aulas como professora do ensino secundário no início da sua carreia. Foi leitora do departamento de português da King's College, de 1980 a 1987. Foi, ainda, adjunta do Secretário de Estado da Cultura do governo de Maria de Lurdes Pintassilgo.
Considerada uma das vozes renovadoras da literatura portuguesa desde a década de 1960, escreveu contos, peças de teatro e romances.
Foi argumentista tendo colaborado com os cineastas João César Monteiro, Margarida Gil e Alberto Seixas Santos.
Foi argumentista tendo colaborado com os cineastas João César Monteiro, Margarida Gil e Alberto Seixas Santos.
Defensora dos direitos das mulheres, foi perseguida durante o Estado Novo após co-autoria, com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta, das "Novas Cartas Portuguesas", uma obra que denunciava a repressão e a censura do regime e que exaltava a condição feminina e a liberdade de valores para as mulheres. As autoras foram alvo de um processo judicial, suspenso depois do 25 de Abril de 1974.
Recebeu vários prémios ao longo da sua carreira:
- 1997 - Prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da sua obra,
- 1983 - Prémio D. Dinis com o romance Lúcialima
- 1988 - Prémio PEN de Novelística com o romance Missa in albis
- 1994 - Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos Literários com a colectânea Dores
- 2000 - a APE atribui-lhe o Grande Prémio de Teatro por Madame, e o Grande Prémio de Romance por Irene ou o contrato social
- 2008 - Prémio PEN Clube de Novelística, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio Literário Corrente d'Escritas e o Grande Prémio de Literatura dst com o romance Myra
Maria Velho da Costa foi a primeira mulher a ser presidente da Associação Portuguesa de Escritores.
Recebeu, em 2002, pelo conjunto da sua obra literária, o Prémio Camões.
Em 2003 foi feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e em 2011, tornou-se Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
"A literatura não é só uma arte, um ofício, mas também a palavra no tempo, na história. Os regimes totalitários sabem que a palavra e o seu cume de fulgor, a literatura e a poesia, são um perigo. Por isso queimam, ignoram e analfabetizam, o que vem dar à mesma atrofia do espírito, mais pobreza na pobreza", afirmou no discurso de aceitação do Prémio Vida Literária da APE, em 2013.
Recebeu, em 2002, pelo conjunto da sua obra literária, o Prémio Camões.
Em 2003 foi feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e em 2011, tornou-se Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
"A literatura não é só uma arte, um ofício, mas também a palavra no tempo, na história. Os regimes totalitários sabem que a palavra e o seu cume de fulgor, a literatura e a poesia, são um perigo. Por isso queimam, ignoram e analfabetizam, o que vem dar à mesma atrofia do espírito, mais pobreza na pobreza", afirmou no discurso de aceitação do Prémio Vida Literária da APE, em 2013.
A Biblioteca Municipal tem para empréstimo domiciliário os seguintes livros:
- Descrita
- Inferno
- da Rosa fixa
- Casas pardas O mapa cor de rosa
- Dores
- Novas Cartas Portuguesas
- Cravo
- Maina Mendes
- Lúcialima
- Missa in Albis
"A Maria Velho da Costa não desapareceu.
Leiam os livros."
Luísa Costa Gomes
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