maio 22, 2012

DIA DO AUTOR PORTUGUÊS

Hoje assinala-se o Dia do Autor Português,  um dia dedicado a todos os profissionais da criação e do desenvolvimento de ideias, criadores de bens culturais imateriais.


" [...] É precisamente este aspecto que diferencia o autor de um romance do inventor de um computador, o autor de uma ópera do construtor de uma auto-estrada. E ao celebrarmos o Dia do Autor, homenageamos aqueles que nos enriquecem com bens que, infelizmente, na sociedade contemporânea essencialmente materialista em que vivemos, são os menos valorizados. [...]  Daí a incontornável importância de entidades que os guiem e os apoiem, e que promovam as suas obras. Tanto mais, porque estão em causa autores e obras que consubstanciam a identidade cultural de uma sociedade, e isto no mundo globalizado em que vivemos e em que cada vez mais as diversidades culturais se tendem a diluir."

Texto extraído da mensagem do Dia do Autor 2012,


"Somos todos escritores,
só que alguns escrevem e outros não."
José Saramago

A mensagem do Dia do Autor  2012 faz referência às entidades que apoiam e promovem as obras dos autores. Consideramos que a atividade promovida regularmente pelas Bibliotecas Públicas se situa neste contexto. E como forma de promover as criações dos autores, também na nossa Biblioteca se desenvolvem iniciativas de promoção e incentivo à leitura. Os mais jovens são por excelência o nosso público-alvo, futuros consumidores das obras dos autores. 

E assim, ... contamos e lemos para muitas crianças. Na passada semana para os pequeninos leitores do Arco-Íris, ontem para os alunos da escola do 1º CEB da Fonte Santa e na próxima 5ª e 6ª feiras para as crianças do Jardim de Infância de Casal Malta.






 NÓS PROMOVEMOS A LEITURA
NÓS APOIAMOS OS AUTORES

maio 18, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Sempre que possível, tentamos que a nossa sugestão de leitura de fim de semana surja contextualizada, tentando estabelecer ligação entre a proposta de leitura e a realidade. Neste âmbito, o nosso tema de leitura surge ligado aos museus.

Porquê?
Porque em 1977, o Conselho Internacional de Museus (ICOM) criou o Dia Internacional dos Museus, assinalado, hoje, dia 18 de maio, com o intuito de sensibilizar o público para o papel dos museus no desenvolvimento da sociedade.
O tema escolhido pelo ICOM para as comemorações do Dia Internacional dos Museus  2012 é MUSEUS NUM MUNDO DE MUDANÇA: Novos Desafios, Novas Inspirações.




 
"Os museus preservam a propriedade cultural mundial e interpretam-na ao público."

Geoffrey Lewis, Comité de Ética do ICOM
 (International Council of Museums)



Neste contexto, temos duas propostas de leitura para lhe fazer: um ROTEIRO e um ROMANCE.

Roteiro de Museus e Centros de Ciência de Portugal
Publicado pela Associação de Museus e Centros de Ciência de Portugal (MC2P)

Criada oficialmente em 2004, a MC2P (...) pretende promover a literacia científica e técnica, a cooperação entre museus e centros de ciência portugueses - bem como a cooperação internacional - e reforçar o papel destas instituições na sociedade.
Neste roteiro são apresentadas as instituições que aderiram à MC2P, museus e centros de ciência em Portugal, o que poderá motivar visitas e descobertas inesperadas.

VENHA DESCOBRIR TAMBÉM!


Se não está nos seus planos viajar ou visitar museus e centros de ciência, então pode optar pela segunda sugestão de leitura que lhe deixamos. Trata-se de um romance de ficção, também ligado ao nosso tema de hoje, os museus.



O Guarda do Museu
de Howard Norman,
editado pela Temas e Debates.

Resumo: Halifax, Canadá, 1938. DeFoe Russet, orfão desde os nove anos, cresceu dentro de um hotel sob a proteção do seu carismático tio Edward. Aos trinta anos começa a trabalhar como guarda, juntamente com o tio, no Museu Glace de Halifax. A chegada ao museu de um quadro holandês, intitulado Judia numa Rua de Amsterdão, vai perturbar a vida de todas as personagens. Imogen, a jovem guardiã de um pequeno cemitério judeu, acredita ser a reencarnação da figura central do quadro, Anne Meijer, a esposa do pintor assassinado pelos nazis semanas antes, e convence DeFoe a acompanhá-la a Amsterdão para conhecer o cenário da sua antiga vida.


Howard Norman, escritor norte-americano, nascido em 1949, é autor de vários romances, entre os quais The Northern Lights (1987) e The Bird Artist (1994), que foram finalistas do American National Book Award. Foi laureado com o prémio Lannan para ficção. Os seus livros foram traduzidos em doze línguas.
Nasceu em Ohio, nos Estado Unidos da América, mas cedo mudou para o Canadá, onde ganhou notoriedade como escritor. É docente na University of Maryland.



ACEITE AS NOSSAS SUGESTÕES
PASSE PELA BIBLIOTECA MUNICIPAL

TENHA UM BOM FIM DE SEMANA
 

maio 16, 2012

FERIADO MUNICIPAL - TRADIÇÕES QUE SE MANTÊM

Amanhã, dia 17 de maio, será quinta-feira da Ascensão e assinala-se o feriado municipal da Marinha Grande. Através do texto, que a seguir transcrevemos, fique a conhecer um pouco da nossa História e das nossas tradições, que ainda se cumprem todos os anos.

"Por tradição as pessoas do campo sempre foram muito religiosas e desde sempre respeitaram este dia. Ninguém trabalhava nos campos. De véspera, cozinhava-se a refeição e partia-se o pão para que no dia seguinte apenas se desse de comer ao gado.
Com a natural evolução dos tempos, este dia deixou de ser de recolhimento religioso e passou a ser um dia normal de calendário. Apesar desta decisão, na Marinha Grande a Quinta Feira d´Ascensão continuou a ser comemorada pelos próprios vidreiros e suas famílias que neste dia, a pé, de bicicleta ou de carroça de burro iam para a mata onde passavam o dia num convívio são e agradável.
O Presidente da Câmara da época, Dr. Vitor Gallo, tendo em conta esta forte tradição dos marinhenses, deliberou que o dia da Espiga passasse a ser Feriado Municipal.
Os mais bonitos lugares da mata eram preenchidos com mantas de retalhos. Aí as pessoas destapavam o tacho, serviam o tradicional coelho com ervilhas, os pastéis de bacalhau e as fatias de pão de ló, tudo regado com boa pinga.
Jogava-se às cartas, dormia-se a sesta e pela tardinha dançava-se ao som da concertina. Eram bailes famosos. À noite, no regresso, a festa continuava. O pessoal trazia a bicicleta ou a carroça enfeitada de grandes ramos de verdura e flores - a espiga. Segundo a tradição, o ramo que era composto de uma espiga de trigo, uma papoila e um ramo de oliveira, devia ser guardado até ao ano seguinte - dava sorte."



COELHO COM ERVILHAS DA ASCENSÃO

Ingredientes:
1 coelho grande, sal, pimenta, 2 dentes de alho, louro, 1 colher de banha, 2 cebolas, 1 ramo de salsa, 2 tomates maduros, vinho branco q.b., colorau, ervilhas, 1 chouriço pequeno, 2 cávenas de arroz, 1 a 1,5 dl de azeite

Preparação:
Depois do coelho preparado lava-se ainda inteiro. Parte-se aos bocados e tempera-se de sal, alho, pimenta, louro, colorau e vinho branco, ficando assim durante aproximadamente 3 horas (nunca menos). 
Leva-se ao lume uma caçarola com cebola picada, um ramo de salsa, uma colher de banha, o azeite e o chouriço às rodelas. Deixa-se refogar; juntam-se os bocados de coelho a pouco e pouco, a marinada e uma concha de água ou caldo. Deixa-se ferver em lume brando com a caçarola muito bem tapada. Deve mexer-se de vez em quando para evitar que se pegue. Quando estiver cozido retira-se do tacho e, ao estufado que ficou, juntam-se 5 chávenas de água.
Quando começar a ferver, adiciona-se uma mão bem cheia de ervilhas descascadas. Deixa-se cozer cerca de 10 minutos e coloca-se de seguida o arroz. Quando o mesmo está quase cozido põe-se, por cima, o coelho e deixa-se apurar muito bem.
Nota: Para se conservar quente durante mais tempo, embrulha-se o tacho muito bem em jornal. 


Texto e receita extraídos do livro

"Histórias e Receitas
da Nossa Gente"
da autoria das Escolas do 1º CEB de Albergaria e Pero Neto, na Marinha Grande, edição da Câmara Municipal da Marinha Grande, 1996.

PARA CONHECER MAIS HISTÓRIAS E RECEITAS DA MARINHA GRANDE, VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL E REQUISITE O LIVRO.




ESPERAMOS POR SI!

maio 11, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA


A nossa sugestão de fim de semana é um convite à leitura e a um passeio, desfrutando das belezas naturais que estão aqui, bem perto de nós.
Venha à Biblioteca Municipal, requisite o livro que lhe sugerimos, aproveite o bom tempo e  parta com a sua família à descoberta da Região Oeste. O livro é, só por si, uma viagem por Caldas da Rainha, Peniche, Óbidos, Lourinhã, Bombarral, Torres Vedras, etc., dando a conhecer, através de maravilhosas fotografias, o artesanato, os sabores, o território, os monumentos e a natureza.

Oeste, Terra de Vinhedos e de Mar

"(...)Território de luz, de paleta de múltiplos matizes, revela uma cumplicidade natural que deslumbra o visitante mais exigente ou mais calcorreado.
Azul, azul marinho, azul garrafa a desfazer-se nos dourados das enseadas e das praias; ou os negros, os negros perpétuos das rochas; os campos verdes de socalcos de variados matizes (em mil tons de vida) em deslumbrantes salpicados de casario branco - são todos sortilégios de luz e de cor, ora intensos ora amenos.(...)."


VIAGEM AO OESTE
Texto de Marília Abel e
Carlos Consiglieri
Fotografia de Carlos Pelicas
Edição Região de Turismo do Oeste

" O manuscrito que se reproduz e cujo autor se desconhece, foi encontrado na biblioteca de um antigo solar, propriedade de um velho amigo de família. Foi a seu pedido que vasculhámos livros e manuscritos para lhes dar "certa arrumação" e retirar o pó de dezenas de anos. Eis que, no meio desta empolgante tarefa, veio a surpresa: deparámos com uns tantos fólios de papel amarelecido, envoltos numa capa de pergaminho e atados por fio de cabedal quebradiço, lendo-se na folha de rosto - Viagem ao Oeste. O título fora escrito em letra miudinha e o texto com bastantes abreviaturas, exigiu um minucioso trabalho de interpretação. A esta tarefa nos dedicámos ao longo de meses, trabalhando na decifração e na descoberta do seu conteúdo e transcrevendo com as precauções necessárias o referido texto. Respeitámos, quanto possível, o estilo e a linguagem, preenchendo as aparentes falhas de texto."
Os autores,
Marília Abel e Carlos Consiglieri



ACEITE O NOSSO CONVITE!
BOM FIM DE SEMANA

maio 10, 2012

CONTAMOS...Contigo [Hora do Conto]


Hoje contámos com muitos meninos do Jardim de Infância do Pilado.  A Biblioteca Municipal encheu-se de alegria e entusiasmo. Os meninos do Jardim de Infância do Pilado voltam à Biblioteca Municipal passado um ano. Foi precisamente no dia 12 de maio de 2011, que nos visitaram e participaram na leitura do livro "O H perdeu a perna", livro que foi adaptado e dramatizado pelas funcionárias da Biblioteca. Ficámos contentes por saber que essa visita marcou positivamente estes meninos, dado que, um ano depois, muitos deles ainda se lembravam das aventuras do alfabeto.


Hoje, tal como há um ano atrás, iniciámos a visita com o habitual percurso pelos diferentes espaços da Biblioteca, através do qual ouviram atentamente a explicação sobre o seu funcionamento e as suas regras de utilização. Para uns foi o recordar daquilo que já sabem e conhecem; para outros foi o primeiro contato. Houve perguntas, muitas perguntas. As respostas ... essas, por vezes, eram já dadas pelos colegas mais velhos e para quem a Biblioteca já não tem segredos.
E então, o momento mais aguardado da visita chegou!.... O momento da leitura.
Na Sala Infantil já estava tudo preparado para a leitura animada do conto "Olá, eu sou um livro!" de Rui Grácio, com ilustrações de Catarina Fernandes e animado pelas Técnicas da Biblioteca.


Gostaram e prometeram voltar.
Até breve.

maio 08, 2012

LIVROS EM MOVIMENTO


As fotografias que apresentamos são da maior biblioteca do mundo dedicada à literatura infanto-juvenil. Trata-se da Biblioteca Internacional da Juventude, situada em Munique, Alemanha. Foi criada em 1949, pela alemã Jella Lepman, que cuidava de orfãos da 2ª Guerra Mundial e que viu na possibilidade das crianças contactarem e conhecerem as diferentes culturas de outros países uma forma de ultrapassarem os horrores da guerra e da ideologia nazi. Para ela a literatura, concretamente a dedicada à infância, era a melhor forma de o conseguir.  Com este espírito, escreveu a autores e editores do mundo inteiro, pedindo doações de livros em várias línguas. A sede da biblioteca está instalada no edifício das fotos.
Atualmente a BIJ conta com aproximadamente 580.000 livros infantis e juvenis, em mais de 130 línguas, na sua maioria resultante de doações de editores, escritores e ilustradores de todo o mundo. O acesso à biblioteca é livre e o empréstimo de livros gratuito.

A literatura infanto-juvenil portuguesa também faz parte do espólio documental desta biblioteca, com livros de autores tais como,  Ana Saldanha, Gonçalo M. Tavares, Luísa Ducla Soares, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Alice Vieira e Mia Couto e de ilustradores como Pedro Leitão, Danuta Wojciechowska, André Letria, Luís Henriques e Rachel Caiano.

Anualmente, a Biblioteca Internacional da Juventude procede à seleção de um conjunto de 250 livros de mais de 50 países, destinados a integrarem uma exposição para estar patente ao público na Feira do Livro Infantil de Bolonha (Itália) e cujo conteúdo aborde questões fundamentais para a formação das crianças. 
Da lista de 2012 constam 2 livros portugueses:   "A manta", de Isabel Minhós Martins, com ilustração de Yara Kono, editado pela Planeta Tangerina, que é uma história sobre a memória e a relação entre pais, filhos e avós, elogiada pela biblioteca por valorizar a importância da memória sobre os bens materiais; o outro livro selecionado é "Meia hora para mudar a minha vida", romance de Alice Vieira para jovens e sobre a adolescência, editado pela Caminho, tendo a biblioteca sublinhado o trabalho da escritora na construção da personagem Branca, a protagonista adolescente, e o sentido de humor e empatia transmitidos.



A Biblioteca Internacional da Juventude representa a importância que a literatura tem na formação das crianças e jovens, sendo também um símbolo da união de culturas, línguas e tradições à escala mundial.


A nível local e numa escala bem diferente, também nós podemos dar o nosso contributo para a divulgação da literatura infantil, tornando-a mais acessível a todas as crianças do concelho.  Foi o que aconteceu hoje, porque hoje houve LIVROS EM MOVIMENTO pelas escolas do 1º ciclo. Trata-se de um projeto do Município da Marinha Grande que, através da Biblioteca Municipal, faz "circular" mais de 700 livros pelos 13 estabelecimentos de ensino aderentes ao projeto e que ainda não possuem biblioteca escolar devidamente equipada.





"Escrevendo ou lendo nos unimos para além do tempo e do espaço, e os limitados braços se põem a abraçar o mundo;
a riqueza de outros nos enriquece a nós. Leia."

Agostinho da Silva (1906-1994)
Filósofo, poeta e ensaísta português


maio 04, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA

No próximo domingo assinala-se o DIA DA MÃE, por isso a nossa sugestão de leitura de fim de semana é dedicada a todas as mães.

" No que diz respeito a catástrofes, a minha foi silenciosa. Ninguém diria que o meu mundo implodira.(...) E o Joe continuava a ser o pai orgulhoso e expectante. Eu pertencia-lhe, prenha, gorda e mimada. (...) Ao deixar-me cair na banheira, desloquei metade da água do banho. Um arquipélago de ilhas de carne quebrou a superfície transparente, as minhas formas vagamente humanas, nada a ver com aqueles arranjos perfeitinhos das celebridades que vemos nas revistas.(...) Depois de anos a estourar o salário em cabeleireiros e salões de beleza, o meu orçamento mensal para cuidados pessoais - na sua maioria, produtos para cabelo fraco e discos de amamentação - equivale a pouco mais do que o preço de um verniz Chanel para as unhas. Não, não sou de maneira nenhuma uma dessas mulheres que facilmente voltam a ser quem eram antes da gravidez. Estou irreversivelmente mudada." 

Estas são sensações que qualquer mãe já experimentou. Umas agradáveis, outras nem por isso, mas todas elas descritas no livro que lhe sugerimos.

"Um livro inteligente e honesto que revela os dilemas de uma mulher e as verdades escondidas da maternidade". 

UMA MÃE IRRESISTÍVEL
de Polly Williams
Oficina do Livro



Resumo: Amy Crane está a atravessar uma crise. Seis meses depois de ter um bebé, ainda parece estar grávida e não se lembra da última vez que fez uma depilação ou teve um orgasmo. A maternidade está a fazer vir ao de cima perturbantes questões relativas à sua própria infância. E suspeita que o marido a anda a enganar. Então aparece a Alice, a mãe cheia de estilo ao mais alto nível, com a missão de transformar o corpo e a vida amorosa da Amy. À medida que troca os discos de amamentação por Botox e emerge de um abismo de insegurança, a líbido da Amy desperta de uma longa hibernação e as coisas complicam-se ainda mais."


A autora deste livro, Polly Williams, é jornalista, colaboradora em várias publicações, incluindo as revistas You, In Style, Dazed and Confused, e os jornais Sunday Times e The Independent.
Vive em Londres, é casada e tem um filho.
Este foi o seu primeiro livro publicado, tendo sido n.º 1 no top de vendas durante várias semanas, o que lhe conferiu o título de autora revelação do ano. 




"Ser mãe não é uma profissão;
não é nem mesmo um dever:
é apenas um direito entre tantos outros."
                                                                                   Oriana Fallaci



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Bom fim de semana

abril 27, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA

"A escrita é a única forma perfeita do tempo"
                                                                                              J. M.G. Le Clézio


Chegámos a sexta-feira, dia da nossa habitual sugestão de leitura de fim de semana. E para contrabalançar estes dias de chuva e frio, a nossa sugestão de leitura vai para o livro de J. M.G. Le Clézio, Deserto.

"Considerado como a súmula da arte de Le Clézio, este livro acompanha, em dois registos diferentes, um histórico e outro ficcional, a vida dos nómadas dos desertos do Norte de África, os homens e mulheres que apenas conhecem o céu como tecto e as dunas como morada".
                                                     José Guardado Moreira, Expresso

"Eles eram os homens e as mulheres da areia, do vento, da luz, da noite. Tinham surgido, como num sonho, no cimo de uma duna, como se tivessem nascido do céu sem nuvens e como se tivessem nos membros a dureza do espaço".



Deserto aborda uma das grandes preocupações de Le Clézio, as condições de vida dos povos nómadas ameaçados de extinção, assunto que desenvolveu em diversos ensaios.


Escritor e ensaísta francês, Jean-Marie Gustave Le Clézio nasceu a 13 de abril de 1940, em Nice, originário de uma família com ascendência inglesa e bretã.
Viveu nas Ilhas Maurícias, o que o levou a ganhar o gosto pelas viagens e pelo conhecimento de novos mundos.
Aos 23 anos, depois de se ter licenciado em Letras, em Aix-en-Provence, Le Clézio lançou o seu romance de estreia, Le Procès- Verbal, com o qual ganhou o Prémio Renaudot, um dos mais importantes galardões literários do seu país.
Em 1980 Le Clézio recebeu, em França, o Prémio Paul Morand para distinguir o conjunto da sua carreira literária. Nesse ano lançou aquela que foi considerada a sua melhor obra, o romance Désert, a epopeia de um jovem descendente de tuaregues e, que a Biblioteca Municipal sugere como leitura de fim de semana.


"Na minha opinião, escrever e comunicar significa ser capaz de fazer  qualquer pessoa acreditar em qualquer coisa"
                                                                                                                      J. M. G. Le Clézio

Entre os povos sobre os quais escreveu, e entre os quais viveu, estão os índios do Panamá e os berberes de Marrocos. Entre 1970 e 1974 viveu com os índios emberas, no Panamá, em plena floresta. Le Clézio conheceu estes índios depois de ter estado dois anos no México a prestar serviço militar, período que aproveitou para viajar e visitar as regiões vizinhas. A sua mulher é de origem saraui e juntos lançaram, em 1993, Gens des Nuages, um ensaio sobre a sua terra natal.

As obras de Le Clézio já foram publicadas em alemão, castelhano, chinês, dinamarquês, grego, inglês, japonês, russo e turco, entre outras, fazendo com que seja um dos autores franceses mais traduzidos no mundo.
Em 1994, a revista Lire elegeu-o "o maior escritor vivo da língua francesa", mas o próprio Le Clézio confessou que teria sido mais justa a atribuição a Julien Gracq.
Desde 2002 integra o jurí do Prémio Renaudot.
A academia sueca escolheu Le Clézio porque é um "escritor da rutura, da aventura poética e do êxtase sensual. É um explorador da humanidade além e por baixo da civilização reinante".





Tenha um Bom Fim de Semana com Boas Leituras

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