fevereiro 27, 2019

OS AMORES E DEVANEIOS DE UMA MULHER APAIXONADA E DE UM STRIPPER FINGIDOR


Ilustração de Beryl Cook

"Sou uma mulher normal, que tinha tido poucas escaramuças românticas nas três décadas e picos que levava de vida. Digo escaramuças românticas, não experiências sexuais, porque dessas também tive, sobretudo na puberdade. Tive-as, mas prefiro esquecê-las. Em contrapartida, aqueles primeiros tempos com o José - que, sem dúvida, foi o primeiro amor da minha vida - nunca os poderei esquecer.
(...) De modo que, quando veio ter comigo como que num encontro casual, deixei-me de rodeios, convidei-o a sentar-se à minha mesa e reconheci que, naturalmente, me lembrava muito bem dele. Mas recordava-o coberto apenas com um slip minúsculo, saracoteando-se e exibindo o corpo musculoso, deixando que lhe apalpássemos as carnosidades..."


Este romance que hoje divulgamos, do escritor argentino Lázaro Covadlo
foi oferecido à Biblioteca Municipal pela Liliana Carvalho, 
que nos visitou no passado dia 22 e 
teve a gentileza de nos oferecer este livro aquando da sua visita.



Marina é uma mulher inquieta: com a vida, com a descoberta dos outros e dela própria. Professora de Biologia e órfã, desde cedo foi criada pelo muito extremoso tio Hilário, proprietário de um negócio de próteses, cadeiras de rodas e material sanitário. Marina, trintona habituada ao celibato e à solidão, encanta-se com José Serra, exibicionista profissional com um sorriso tímido.
José Serra sempre achou melhor poupar Marina às imundices da sua vida. A atração não foi coisa imediata: quando conheceu Marina, José pensou que com aquela rapariga poderia envolver-se por uns tempos. O que não imaginava era que ela viria a transformar a sua vida. Nem em sonhos teria conseguido imaginar.
José morre prematuramente e Marina, viúva e com o negócio do tio em mãos, nunca deixa de pensar no seu adorado marido: " Se é certo que desde pouco tempo depois de enviuvar estive com muitos homens e, na maior parte desses encontros, não passei mal, ninguém mais do que o José, que descanse em paz, é capaz de fazer cócegas na minha imaginação e na minha memória".


Visite-nos também.
Leve As aventuras de Marina Pons consigo.

Ilustração de Beryl Cook

"Agora, que não tenho marido, poderia dizer que o sou de muitos, 
mas seria falso; é verdade que posso habituar-me a quem me apetecer, 
mas de facto não sou mulher de ninguém".









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