fevereiro 20, 2019

O MAL PODE TOCAR-NOS A TODOS


"É um romance bem estruturado, bem escrito, que capta a tenção do leitor, quer pelo tema, quer pela construção em tempos paralelos, um no passado imediatamente anterior à Segunda Guerra Mundial e no início desta, o outro no mundo atual. Não cede ao facilitismo do romance histórico, embora a História seja parte da ação e nos apresente uma visão inédita da tragédia resultante das invasões russa e nazi da Polónia."
Declaração do Júri do Prémio Leya 2017


PRÉMIO LEYA 2017


Livro recomendado pelo PNL - 1º semestre de 2018, para alunos dos 15-18 anos.


Paris, 2001. Yankel - um livreiro cego que pede às amantes que lhe leiam na cama - recebe a visita de Eryk, seu amigo de infância. Não se veem desde um terrível incidente, durante a ocupação alemã, na pequena cidade onde cresceram - e em cuja floresta correram desenfreados para ver quem primeiro chegava ao coração de Shionka. Eryk - hoje um escritor famoso - está doente e não quer morrer sem escrever o livro que o há de redimir. Para isso, porém, precisa da memória do amigo judeu, que sempre viu muito para além da cegueira.
Ao longo de meses, a luz ficará acesa na Livraria Thibault. Enquanto Yankel e Eryk mergulham no passado sob o olhar meticuloso de Vivienne - a editora que não diz tudo o que sabe -, virá ao de cima a história de uma cidade que esteve sempre no fio da navalha; uma cidade de cristãos e judeus, de sãos e de loucos, ocupada por soviéticos e alemães, onde um dia a barbárie correu à solta pelas ruas e nada voltou a ser como era. 


No dia 10 de julho de 1941, em Jedwabne
pequena cidade do nordeste da Polónia,
 um grupo de cidadãos, ...

A história deste livro baseia-se nesses episódios.



"(...) Havia ódio lá fora; sentia-se nas ruas, nas vozes, nos olhares; 
(...) Queria lá saber dos alemães, estava a falar dos polacos. Era por isso que ali estava, para lhe implorar que falasse ao seu rebanho, que os recordasse de Cristo. Depois calou-se e esquadrinhou os olhos do padre para ver o que ficara. Só encontrou desnorte e uma coisa que tanto podia ser medo como incredulidade. Desapontado, chamou o outro e saiu."

João Pinto Coelho

"Quando terminei o meu primeiro romance, entendi que havia uma parte da história que não estava contada e quis falar um pouco da universalidade do mal, mais do que a sua banalidade. Não foram só os alemães que cometeram atos bárbaros durante aquele período da história, mas também os polacos, e outros povos. O mal pode tocar-nos a todos".
João Pinto Coelho


Para ficar a conhecer um pouco mais do autor, veja AQUI







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