março 02, 2012

A LÍNGUA PORTUGUESA É ETERNA, UMA DAS MAIS LINDAS DO MUNDO


Foi com estas palavras que Rubem Fonseca agradeceu o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas 2012, pelo livro "Bufo & Spallanzani", de 1986, publicado pela primeira vez em Portugal no ano passado pela Editora Sextante e, por isso, finalista do principal prémio do Correntes d'Escritas.


"O melhor prémio foi ter conhecido esta cidade
e poder dizer às pessoas daqui que as amo"
                                                                   Rubem Fonseca

No seu discurso, Rubem Fonseca fez uma declaração de amor ao nosso idioma: "Amo a língua portuguesa, lindíssima, que vai durar pela eternidade". Seguiram-se os agradecimentos, com uma citação de Luís de Camões e ao terminar o soneto "Busque Amor novas artes, novo engenho", exclamou: "Viva a língua portuguesa!"

Rubem Fonseca nasceu a 11 de maio de 1925, em Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais, Brasil e reside no Rio de Janeiro desde os sete anos de idade.
É licenciado em Direito, tendo exercido várias profissões antes de se dedicar exclusivamente à escrita. O seu aparecimento na literatura brasileira, aos 38 anos, foi com o livro de contos "Os Prisioneiros", em 1963, tendo coincidido com o desgaste da literatura tradicional, de características rurais e realistas, e foi qualificado por vários críticos como uma resposta à situação de violência, que cegava a sociedade enferma, tanto rural como urbana.
Dois anos depois recebeu o Prémio Pen Club do Brasil pelo seu livro de contos  "A Coleira do Cão".
Em 2003 recebeu o Prémio Camões, o mais prestigiado galardão literário para a língua portuguesa.

E a nossa sugestão de leitura de fim de semana é ...


O primeiro livro de Rubem Fonseca a ser editado em Portugal e a sua estreia no romance, "O Caso Morel", considerada uma das suas obras mais radicais e publicada no auge da ditadura militar.
No centro da história encontramos a figura de Paul Morel, um típico vanguardista dos anos de 1970, preso por um homicídio  que nem ele mesmo sabe se cometeu. Da sua cela narra histórias que misturam sexo e violência. Nesta obra polémica, Morel faz uma série de reflexões bombásticas sobre arte e literatura.
"Suspeito que o universo não é apenas mais estranho do que supomos: é mais estranho do que somos capazes de supor". Fiel a esta máxima, O Caso Morel não é apenas um ótimo entretenimente, é um livro que arrebata o leitor da primeira à última página.



Conheça melhor o escritor.
Venha à Biblioteca Municipal e requisite o livro.

TENHA UM BOM FIM DE SEMANA

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