outubro 31, 2025

O QUE TERÁ JANTADO ...

"(...) Comecei a questionar-me sobre o que poderiam dizer aqueles que estavam na cozinha em momentos chave da História. O que poderia estar a borbulhar nos tachos enquanto se jogavam os destinos do mundo? 
(...) Rapidamente, surgiram outras perguntas. O que terá comido Saddam Hussein depois de ter mandado gasear dezenas de milhares de curdos? Não terá tido dores de barriga? E o que comia Pol Pot na época em que quase dois milhões de Khmers morriam à fome? E o que jantou Fidel Castro quando pôs o mundo à beira de uma guerra nuclear? qual deles gostava de comida picante? Quem comia muito e quem se limitava apenas a debicar o que punha no prato? (...)
Não tinha escolha. Tantas eram as perguntas à espera de resposta que tive de ir à procura dos cozinheiros dos ditadores."


Witold Szablowski é um premiado jornalista e escritor polaco nascido em 1980. É conhecido pelas suas reportagens que cruzam história, política e experiências humanas marcantes. Trabalhou como repórter no jornal Gazeta Wyborcza, onde se destacou pelo olhar sensível e crítico sobre a realidade pós-comunista.


"(...) Levei quase quatro anos a escrever este livro. Durante esse tempo, passei por quatro continentes: desde uma aldeola esquecida por todos na savana queniana, às ruínas da antiga Babilónia no Iraque, ou à selva do Camboja, onde se esconderam os últimos Khmers Vermelhos.
(...) Foi-me difícil convencê-los a conversar comigo. Alguns ainda não tinham recuperado do trauma de trabalhar para alguém que podia matá-los a qualquer momento.
 (...) Graças às conversas com os cozinheiros, compreendi como os ditadores aparecem no mundo. É um conhecimento importante num tempo em que, segundo o relatório da organização americana Freedom House, há quarenta e nove países governados por ditadores. Ainda por cima, este número tem crescido constantemente. O ambiente atual é favorável a ditadores e vale a pena sabermos o mais possível sobre eles."

Para leitura no seu fim de semana, escolhemos um livro que apresenta as histórias
 dos cozinheiros que trabalharam para Saddam Hussein (Iraque), Idi Amin Dada (Uganda), 
Enver Hoxha (Albânia), Fidel Castro (Cuba) e Pol Pot (Camboja). 

O livro mostra-nos que até na cozinha dos ditadores há histórias 
que dizem muito sobre o século XX e sobre a condição humana.



 
Um livro de leitura compulsiva a que não falta, 
mesmo sob um pano de fundo de horrores, uma pitada de humor.




outubro 16, 2025

A ÚNICA MULHER NA SALA



"A minha voz soou calma, uma emoção completamente contrária ao que eu estava a sentir:
- Deixem-me ver se compreendi. Estão a recusar a nossa invenção, que nos tornaria praticamente invencíveis nos mares, só porque eu sou mulher? E uma mulher famosa que preferiam pôr a vender títulos de guerra em vez de vos ajudar a criar armas eficazes? Sabem que posso fazer as duas coisas, se é isso que querem: vender os títulos de guerra e ajudar-vos a melhorar os torpedos."


"- (...) Mas, já que levantou a questão, tenho de admitir que nos custaria um bocado fazer depender a vida dos nossos soldados e marinheiros de um sistema de armamento inventado por uma mulher. E não estamos dispostos a correr esse risco."


Na altura, os militares norte-americanos não souberam apreciar a utilidade do invento que Hedy Lamarr lhes oferecera. Só muitos anos mais tarde, em 1962, aquando da crise dos mísseis cubanos, é que a tecnologia de Lamarr foi utilizada para interceptar as comunicações e o controlo dos torpedos. Atualmente, este método é utilizado pelos sistemas de posicionamento via satélite, como o GPS, e foi o precursor do WiFi.
Quando as suas capacidades e feitos foram finalmente reconhecidos, já era demasiado tarde. A sua amargura aumentara ao ponto de, quando lhe comunicaram que fora premiada com o Pioneer Award em 1997, ter ficado imperturbável e dito: It's about time (Até que enfim).
No verão de 1999,  Kunsthalle de Viena organizou um projeto multimédia em homenagem à atriz e inventora mais singular do século XX.
Na Áustria, seu país natal e em sua homenagem,  o Dia do Inventor celebra-se a 9 de novembro, data do seu nascimento.

O romance que hoje divulgamos fala-nos da austríaca Hedy Lamarr, que encheu as salas de cinema nas décadas de 1930 e 1940. Protagonizou o primeiro nu integral da história do cinema e foi considerada uma das atrizes mais belas de Hollywood.
A sua faceta de atriz eclipsou por completo a sua dimensão de inventora.

"Qualquer rapariga pode ser glamorosa. 
Tudo o que precisa de fazer é ficar quieta e parecer estúpida", disse ironicamente.




Ela é linda. E é um génio.
Será um mundo dominado por homens capaz de a aceitar?

Marie Benedict

"Todos os dias, quase todos nós pegamos num objeto idealizado - ainda que indiretamente - por Hedy Lamarr. 
Que pedaço literal da História é este? Trata-se de um objeto que não pude abordar neste livro, dado o seu alcance e âmbito temporal. É o telemóvel. Mas como raio é que uma invenção patenteada por uma estrela de cinema espampanante em 1942 se pode ter tornado a base para o moderno telemóvel, um aparelho que transformou por completo o nosso mundo?
Como provavelmente já sabem, A Única Mulher na Sala explora a vida singular e frequentemente inacreditável da mulher que ficou célebre como a estrela de cinema Hedy Lamarr. Se eu tiver feito bem o meu trabalho, o livro também revela alguns aspetos bastante menos conhecidos da sua vida: a sua infância como jovem judia numa Áustria extremamente católica; o seu casamento tão surpreendente quanto perturbador com o fabricante e vendedor de armas Friedrich "Fritz" Mandl, de quem acabou por fugir; e, talvez a parte mais importante, o tempo que passou a desenvolver invenções que esperava poderem ajudar os Aliados a derrotar os nazis na Segunda Guerra Mundial."


"Um retrato brilhante de uma mulher que tem consciência do poder
 da sua beleza,  mas que deseja ser reconhecida pelo seu intelecto aguçado.
Os leitores vão ficar fascinados"
                                                                  Publishers Weekley




outubro 08, 2025

APAGAR A HISTÓRIA





Jason Stanley, nasceu nos Estados Unidos em 1971.
É um filósofo e professor, amplamente reconhecido pelos seus estudos sobre liberdade de expressão, autoritarismo, democracia e propaganda. 
Filho de um refugiado judeu alemão que escapou ao regime nazi, a sua história familiar influenciou o seu interesse pelos mecanismos do autoritarismo e da manipulação ideológica. É igualmente um ativo comentador em debates públicos sobre democracia, extremismo e desinformação, colaborando regularmente com jornais  e outros meios de comunicação internacionais. 
No final de março deste ano, Jason Stanley anunciou que ia deixar a Universidade de Yale, onde é professor desde 2013, e mudar-se para a Munk School na Universidade de Toronto por causa da política de Donald Trump. Garante que já há aspetos fascistas no seu país e diz não ter a certeza de que não chegará o dia em que personalidades da oposição não venham a ser presas.


"Os pilares da democracia são as escolas, as universidades, 
os media e o sistema judicial.
 E eles estão a ser atacados."
                                                                                                                      Jason Stanley


Jason Stanley argumenta que vivemos um momento global em que há um ressurgimento dos movimentos autoritários ou fascistas, e que uma das suas estratégias chave é manipular, reescrever ou apagar o passado - sobretudo na educação - como forma de controlar o futuro.



"Este livro também foi escrito na véspera das eleições americanas, que ameaçam mergulhar o meu próprio país no autoritarismo, aparentemente de bom grado, sem um regime fascista externo como a Rússia a ameaçar-nos. O movimento autoritário tem travado uma guerra em múltiplas frentes contra a democracia norte-americana. As escolas, a imprensa e os adversários políticos têm sido denegridos como antiamericanos. Os direitos laborais, a ação contra as alterações climáticas e os direitos das mulheres têm sido restringidos em nome de pretensos valores norte-americanos (capitalismo e cristianismo). A fase seguinte consiste em atacar a própria democracia com a mesma acusação."  
                                                                                                                            In, Apagar a História 


Como a extrema-direita tenta reescrever a história e desfazer décadas de progresso em matérias de raça, género, sexo e classes.

O autor expõe o verdadeiro perigo dos ataques da direita autoritária à educação, identifica as suas principais táticas e financiadores, e traça as suas raízes intelectuais. Explica também, como as escolas e universidades das sociedades democráticas estão mal preparadas para se defenderem do ataque fascista em curso.





"Jason Stanley denuncia o projeto de ataque mundial fascista à história. 
Leitura obrigatória para combater o autoritarismo e a desinformação."
                                                                                                                         Anthea Butler






outubro 03, 2025

COMO PODIA AQUILO TER ACONTECIDO?


Continuamos a dar destaque às novas aquisições e hoje 
sugerimos para leitura do seu fim de semana,
 o romance de estreia de Leonor Sampaio da Silva,
 finalista do Prémio Leya em 2023

Passagem Noturna



Certa noite, um fenómeno natural súbito e inexplicável deixa um hotel completamente isolado e rodeado por uma cratera funda, o que não só resulta numa perda de liberdade de movimentos para os hóspedes (que não podem sair e têm de passar a ocupar posições específicas para não desequilibrarem um edifício em perigo de derrocada), mas também num convívio forçado entre pessoas de contextos e gerações muito diferentes que eventualmente nunca chegariam a conhecer-se.
O "sinistro"- como virá a ser referida a catástrofe - é pressentido pela filha do Engenheiro responsável pela construção do hotel, uma pré-adolescente que perdeu a mãe em circunstâncias pouco claras dois anos antes; leitora voraz e de imaginação fértil, a Menina Sem Sorte Nenhuma crê que recebeu a mensagem do abalo e, cansada das namoradas do pai, resolve lançar-se numa aventura, pondo-se em contacto com a Guia Turística que se encontra sitiada no hotel.




"No dia seguinte, ninguém sobreviveu. Assim poderia começar este livro - com a história de um crime em tudo oposto à ficção de Saramago. Mas não foi dessa maneira que as autoridades competentes classificaram o acontecimento. Uma catástrofe. Uma tragédia. Um credo na ponta da língua. Uma desgraça, meu Deus, nas pontas de outras línguas. Um agora-é-arregaçar-as-mangas-e-aprender-com-os-erros-do-passado, nas línguas mais práticas. Diria Saramago que aprenderam sobretudo os que não sobreviveram e que pouco nos valerá a lição, pois não estarão cá para no-la contar. Mas eu estou e, tendo sobrevivido, contarei a minha versão."



Leonor Sampaio da Silva é natural de Ponta Delgada, ilha de São Miguel.
É professora Associada no Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Universidade dos Açores. Além do seu trabalho académico, dedica-se à escrita literária, contando com várias obras publicadas, nos géneros do conto e da poesia. Estreou-se como escritora com o livro de contos Mau Tempo e Má Sorte - contos pouco exemplares, que foi distinguido com o Prémio de Humanidades Daniel de Sá em 2014.
Passagem Noturna é o seu romance de estreia e foi finalista do Prémio LeYa em 2023.

"Do outro lado da cratera, o Senhor Engenheiro fez uma recomendação surpreendente: pediu ao Diretor do Hotel que mandasse todos os hóspedes para os seus quartos. Com o peso dos turistas concentrados no lóbi, o edifício inclinara-se para sul e ele ainda não decidira se essa seria a melhor direção da derrocada"


BOA LEITURA



setembro 24, 2025

A LIBERDADE PERDE-SE AOS POUCOS. MILTON MAYER MOSTRA-NOS COMO

Milton Sanford Mayer, 1908-1986

"Como americano, a ascensão do nacional-socialismo na Alemanha causou-me repugnância. 
Como americano de ascendência alemã, encheu-me de vergonha.
 Como judeu, deixou-me destroçado. 
Como jornalista, senti-me fascinado."

Milton Sanford Mayer foi professor, jornalista e publicou mais de uma dezena de livros. Estudou na Universidade de Chicago e foi jornalista na Associated Press, no Chicago Evening Post e no Chicago Evening American, tendo-se notabilizado por uma coluna mensal que manteve durante 40 anos na revista The Progressive.

Deu aulas em várias universidades americanas antes de, depois da Segunda Guerra Mundial, se mudar para a Alemanha para viver e conversar com várias famílias alemãs. Quis entender como pessoas aparentemente "normais" (trabalhadores, professores, lojistas, funcionários) puderam aceitar, apoiar ou pelo menos tolerar o regime nazi e as suas atrocidades. Para isso entrevistou 10 homens, da classe média e baixa alemã e que tinham sido membros do Partido Nazi.



O livro reúne depoimentos, reflexões e análises sobre a vida quotidiana durante o Terceiro Reich. O autor mostra-nos como o nazismo se infiltrou de forma gradual, normalizando as políticas repressivas e autoritárias ao ponto de as pessoas se irem adaptando sem grande resistência.
Eles Pensavam Que Eram Livres mostra-nos que o nazismo não resultou apenas da existência de líderes carismáticos e violentos, mas também da aceitação passiva de milhões de pessoas que acreditavam estar a viver normalmente. Não foi só o terror e a propaganda que susteve o regime mas também o consentimento passivo de cidadãos comuns.

Este livro, que faz parte das novas aquisições da Biblioteca Municipal, foi originalmente publicado em 1955. No entanto, continua a  ser citado em debates sobre extremismo, populismo e sobre as fragilidades das democracias contemporâneas.


"Os nazis não eram extraterrestres e não vieram de outro planeta. Foram sendo criados, passo a passo, a partir de pessoas comuns. Foram esses nazis comuns que Milton Mayer, um judeu americano de ascendência alemã e convertido ao cristianismo, decidiu que tinha de conhecer. Desse encontro resultou este livro tão fascinante quanto assustador - um alerta sobre como a passividade se torna cumplicidade nos regimes autoritários."
                                                                                                                                           Rui Tavares



A Liberdade não se perde de repente, perde-se aos poucos 
- quando deixamos de a defender.



setembro 18, 2025

O DESENCANTO

 


"Tenho trinta e dois anos e há oito que trabalho no mundo da publicidade, quatro deles na mesma agência. Comecei como estagiária, depois contrataram-me como copy e agora tenho um cargo de chefia intermédio com gente sob a minha responsabilidade e um absurdo título em inglês que serve para me armar no LinkedIn e responder a perguntas de cortesia no Tinder. A verdade é que não sei fazer nada em particular e não sei como é que cheguei até aqui. Desconfio que fui aperfeiçoando a brincadeira dos escritórios até que os outros começaram a acreditar que sou uma grande profissional."

Com uma escrita ao mesmo tempo divertida, 
ácida e dura, gera uma empatia quase imediata.
Um livro para ser lido de uma vez só.


Marisa está na casa dos trinta anos e fartinha do seu emprego. Uma das razões pelas quais aparece no escritório é para poupar dinheiro em ar condicionado no calor sufocante de agosto em Madrid. Marisa detesta trabalhar, mas o emprego é a única coisa que lhe garante um ordenado para pagar a renda e comprar todas as coisas bonitas  a que não resiste.
Durante a semana que antecede uma viagem "inesquecível" de team building organizada pela empresa, a ansiedade de Marisa dispara. Conceber passar um fim de semana inteiro com os seus colegas de trabalho é uma ideia insuportável, desencadeando a memória soterrada de um acontecimento traumático no escritório. Com o passar dos dias, a sua máscara social, incólume e polida ao longo dos anos, vai-se quebrando até rebentar com estrondo, ameaçando pôr toda a sua vida em desatino. 


Uma radiografia das crises vividas por qualquer trabalhador, da solidão, da necessidade de relações e conexões humanas para encontrar uma luz esperança que nos dê força para não nos atirarmos para a frente de um autocarro sempre que chega a segunda-feira de manhã.


Beatriz Serrano é uma autora e jornalista espanhola, nascida em Madrid em 1989.
É licenciada em Jornalismo pela Universidade Complutense daquela cidade. Desenvolveu a sua carreira no jornalismo digital, especializando-se em "novas narrativas". O seu jornalismo destaca-se por uma abordagem irónica e reflexiva, focada em temas como a precariedade laboral e emocional, especialmente entre os millenials. Hoje é jornalista no El País.
Estreou-se na literatura em 2023 com o romance que hoje apresentamos aos nossos leitoras, O Desencanto. É um verdadeiro fenómeno literário, já traduzido em diversas línguas, que expõe com humor ácido e alguma intensidade emocional as angústias do trabalho contemporâneo.
A autora confessa que a conexão entre ela e a protagonista Marina é emocional: ambas compartilham "a raiva, a sensação de inadequação".

A vida tem de ser mais do que preparar a tupperware 
do dia seguinte,
trabalhar, ir ao supermercado e ver uma série




setembro 11, 2025

JÁ DIZIA HIPÓCRATES...

 

Toda a doença começa no intestino
"Felizmente, devido a todos os avanços e investigação científica, e também de acordo com a minha experiência, hoje podemos dizer com segurança que toda a saúde começa também por lá. (...)
Qualquer pessoa que cuide do seu intestino estará a melhorar a sua saúde a curto, médio e longo prazo, e, sobretudo, a atuar na prevenção de doenças, o que é sempre a melhor opção. Afinal de contas, quem quer ficar doente? Ninguém."
In, Cure o seu Intestino




Se toda a doença começa no intestino, 
então toda a saúde começa lá também.


Descubra como: 
  • Regenerar a sua microbiota intestinal através de uma alimentação natural para diminuir a inflamação e a intolerância a certos alimentos;
  • Tornar a digestão mais eficiente;
  • Gerir os fatores de stress e estimular o nervo vago, ou eixo intestino-cérebro, com mudanças simples nos seus hábitos;
  • Resolver questões como a obstipação, a diarreia, o inchaço abdominal e a flatulência.



Vera Dias licenciou-se em Biologia, é mestre em Biotecnologia Vegetal e pós-graduada em Medicamentos e Produtos de Saúde à Base de plantas pela Universidade de Coimbra.
Depois de começar a trabalhar na área da investigação em ciências foi diagnosticada com Síndrome do Intestino Irritável, que constituiu o grande ponto de viragem na sua vida. O interesse pela alimentação natural aliada a um estilo de vida mais saudável foi crescendo a cada dia, e foi então que percebeu que tornando-se coach pelo Institute for Integrative Nutrition, sediado em Nova Iorque, poderia chegar a mais pessoas e ajudar no âmbito da saúde intestinal.
Tem uma página no Instagram @veradias.coach para ajudar outras pessoas que, como ela, sofrem de problemas intestinais.

Sabia Que
O intestino é o nosso segundo cérebro?





setembro 05, 2025

JÁ LEU ESTES LIVROS?

 


E estes também?




Venha conhecer o novo romance de
uma das autoras mais lidas na nossa biblioteca





É a nossa sugestão para leitura do seu fim de semana

Entrelaçando passado e presente, O vento conhece o meu nome conta-nos a história de duas personagens inesquecíveis, ambas em busca da família e de um lar. É uma sentida homenagem aos sacrifícios que fazemos em nome dos filhos e uma carta de amor às crianças que sobrevivem a perigos inimagináveis - sem nunca deixar de sonhar.

Viena, 1938. Samuel Adler tem apenas 5 anos quando o pai desaparece, na infame Noite de Cristal - a noite em que a sua família perde tudo. Para garantir a segurança do filho, a mãe consegue-lhe lugar num comboio que transporta crianças judias para fora do país, agora ocupado pelo regime nazi. Samuel embarca sozinho, deixando a família para trás, tendo o seu violino como única companhia. 

Arizona, 2019. Anita Díaz e a mãe tentam entrar nos EUA, fugindo à violência que reina no seu país, El Salvador. No entanto, são separadas na fronteira, ao abrigo de uma nova lei que regulamenta a emigração, forçando à separação das famílias. A mãe desaparece sem deixar rasto e Anita é colocada em sombrias instituições de acolhimento. O caso desperta a atenção de Selena Durán, uma californiana de ascendência latina, e de Frank Angileri, um promissor advogado, que tudo farão para reunir de novo mãe e filha. Juntos, vão conhecer de perto a violência que muitas mulheres sofrem em silêncio, sem que dela consigam escapar.




Isabel Allende é uma das escritoras latino-americanas mais lidas e traduzidas em todo o mundo. Nasceu a 2 de agosto de 1942, em Lima, no Peru, onde o seu pai, Tomás Allende, era diplomata chileno.
Após a separação dos pais, mudou-se ainda criança para o Chile, país com o qual se identifica profundamente.
Trabalhou como jornalista em revistas e televisão antes de se dedicar à literatura. Em 1981, após o golpe militar de Pinochet, partiu para o exílio na Venezuela, experiência essa que marcou fortemente a sua obra.
A estreia literária aconteceu em 1982 com o romance A Casa dos Espíritos, que rapidamente se tornou um "clássico contemporâneo" e um exemplo do realismo mágico latino-americano.  A obra deu lugar a um filme, realizado por Bille August, com Jeremy Irons, Meryl Streep, Winona Ryder e Antonio Banderas como protagonistas, tendo grande parte do mesmo sido filmado em Lisboa e no Alentejo.

A sua escrita cruza ficção histórica, memória pessoal e critica social, sempre com personagens femininas fortes, explorando temas como o exílio, a identidade, a liberdade e a justiça. Está traduzida em 40 línguas e vendeu mais de 75 milhões de exemplares, sendo a escritora mais lida em língua espanhola.

Recebeu mais de 60 prémios internacionais:
  • Prémio Nacional de Literatura do Chile em 2010, 
  • Prémio Hans Christian Andersen em 2012 na Dinamarca
  • A Medalha da Liberdade nos Estados Unidos atribuída por Barack Obama em 2014
  • Em 2018 tornou-se a primeira escritora de língua espanhola premiada com a medalha de honra do National Book Award, nos Estados Unidos, pelo seu enorme contributo para o mundo das letras.

Atualmente vive nos Estados Unidos, onde fundou a Fundação Isabel Allende, dedicada a causas sociais e de defesa dos direitos das mulheres e das crianças.


Ler é sempre uma boa ideia





agosto 26, 2025

DIA MUNDIAL DO CÃO



O Dia Mundial do Cão celebra-se a 26 de agosto e tem como objetivo homenagear o melhor amigo do homem. 

Esta data foi criada em 2004 pela especialista em animais, a norte-americana Colleen Paige, com a intenção de valorizar todos os cães, desde os de companhia até aos cães de trabalho (cães-guia, de resgate, de terapia e cães pastores). 
Este dia chama também a atenção para a importância da adoção responsável, lembrando os cães que vivem em abrigos ou em situações de abandono. Estima-se que existam mais de 300 milhões de cães no mundo e, segundo a Organização Mundial de Saúde, 70% são sem-abrigo.
É importante relembrar, que o abandono e maus-tratos a animais de companhia em Portugal constitui crime, segundo os artigos 387º e 388º da Lei nº 69/2014, de 29 de agosto.
 



O cão é, desde há séculos, conhecido como o "melhor amigo do homem". Fiel, companheiro e sempre pronto a dar carinho, tornou-se parte essencial de muitas famílias. 
Na literatura, no cinema e nas histórias do quotidiano, os cães aparecem sempre como símbolos de amizade, de coragem e de lealdade.

Convidamos os nossos leitores a visitar a Biblioteca Municipal e a descobrir os livros que celebram esta ligação especial entre humanos e cães.




"(...) A quinta produzia um único bem - cães. Cães de todas as espécies, idades e temperamentos. Tinham apenas duas coisas em comum: eram todos vadios de ascendência indistinta e desconhecida, e todos estavam disponíveis para uma boa casa. Estávamos numa quinta de vira-latas.
- Vá lá, filho, tens o tempo todo que precisares - disse o meu pai. - A decisão que tomares vai acompanhar-te durante muitos anos daqui para a frente.
In, Marley & Eu











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