maio 15, 2019

A TARDE DO SEXTO DIA DEVERIA TER SIDO FERIADO





"No quinto dia Deus criou todos os animais do mar e do céu (...).
No sexto dia fez todos os outros animais, desde as feras do deserto e da selva até aos rebanhos a pastar nos campos (...). E então da própria terra criou a espécie humana, homem e mulher, à sua imagem e semelhança (...).
No sétimo dia Deus olhou e viu a grande asneira que tinha feito. Arrependeu-se, mas era tarde - era Deus, não podia admitir o erro". 
A parte final da passagem do Velho Testamento, não é bem assim, mas podia ser. Qualquer Ser que se dá ao trabalho de fazer o céu, o Sol, a Lua, a terra e o mar, que puxa pela imaginação para a ocupar com lindas plantas e bichos, como o budião, o tapir e mesmo o imodesto louva-adeus, não gosta de ver à solta uma espécie como a humana.
Reproduzindo-se sem cerimónias, invadindo e ocupando terras e mares, eliminando sem piedade outras espécies e já olhando perigosamente para o firmamento e para os seus próprios genes à procura de novos brinquedos, o Homem só pode ter sido um erro de cálculo. Nem a expulsão do Éden parece ter resultado como aviso, ao contrário da serpente que se tem mantido calada e agradecida ao Criador estes anos todos.
Este livro serve para demonstrar que a tarde do sexto dia deveria ter sido feriado - não sou eu que o digo ... é a Mãe-Natureza."
Tomás de Montemor
In, Agarrar o Sol Sem largar a Terra




A biodiversidade cai a um ritmo nunca visto, alerta a ONU num estudo feito por 500 autores em 50 países.
Um milhão de espécies de animais e plantas 
está ameaçado de extinção a prazo.


" Na história da Terra já ocorreram muitas alterações climatéricas com efeitos drásticos, modificando as condições de vida, permitindo a sobrevivência ou forçando a extinção de certas espécies (os dinossauros?). Também atualmente há quem defenda que estamos apenas a passar por um ciclo normal da vida do nosso planeta. Mas será assim?"
Tomás de Montemor
In, Agarrar o Sol Sem largar a Terra






"Já se imaginou sentado na varanda do 2º andar de um prédio a pescar robalos e taínhas? Ou a mergulhar na praia das Caldas da Rainha? 
Esse será talvez um dos resultados imediatos e mais notórios do aquecimento global - o degelo de grande parte dos pólos, provocando a elevação dos níveis da água dos oceanos até submergir algumas ilhas, terras férteis e até cidades.
 A Holanda passará a ser um remake da Atlântida".
Tomás de Montemor
In, Agarrar o Sol Sem Largar a Terra





"Outras consequências possíveis serão o aumento da área de deserto, a extinção de muitas espécies, fome em mais zonas do globo, migrações maciças, etc. Em suma, a previsão de destabilização mundial. As zonas já quentes ficariam reduzidas a semidesertos, 
enquanto em zonas onde o clima passaria a ser mais ameno, a rapidez das transformações eliminaria os seres adaptados a outras condições".

Tomás de Montemor

In, Agarrar o Sol Sem Largar a Terra 






O prazo para salvar a terra termina em 2030.



Tomás de Montemor tem um manual de boas relações com o Ambiente.


E como não há nada como o humor para tratar de assuntos sérios, Visite-nos e requisite o livro de Tomás de Montemor,
 Agarrar o Sol sem Largar a Terra. 

Faz parte das nossas sugestões de leitura.




A proteção do ambiente é uma exigência para a manutenção 
da qualidade de vida da espécie humana.



Extinção: A porta frequentemente usada por espécies fartas de partilhar este planeta com o Homem.  O Homem serve quase sempre de porteiro.

Conservação: Só é permitido conservar depois de estar em perigo de ruína, extinção ou modificação. Conserva-se monumentos, espécies de animais, áreas naturais, tradições e pickles.







maio 06, 2019

6 DE MAIO - DIA INTERNACIONAL SEM DIETA


Finalmente chegou o dia mais esperado do ano.



O objectivo deste dia é aceitar o corpo como ele é e chamar a atenção para as dietas rigorosas, para as metas de emagrecimento irrealistas e prejudiciais para a saúde.
Este dia nasceu em 1992, graças da Mary Evans, directora do grupo britânico "Diet Breakers", que após sofrer de anorexia começou a lutar contra a indústria das dietas.



"Vêm a couve altaneira e viçosa; o queijinho cabreiro; a batata; o toucinho; 
o doce de tomate (que jamais se chama "compota"); o bom azeite cru;
 o lombinho enguitado e o chouriço; o vinho; o pão resplandecente; 
a ginjinha da avó; os ovos postos e os sargos pescados há poucas horas; 
a galinha que viu crescer os miúdos; o presunto inteiro..."


A Biblioteca Municipal não quer deixar passar em branco esta data tão importante.
Assim, para começar bem a sua semana,
 sugerimos a leitura deste livro de Miguel Esteves Cardoso

Em Portugal não se come mal




Em Portugal, antes de todas as coisas, está o tempo. Este tempo. Este que ninguém nos pode tirar e a que os povos com tempos piores chamam, à falta de melhor, clima. Depois, há coisas que crescem por causa do tempo. Como o tempo é bom, são boas. E como as coisas são boas, os portugueses querem comê-las. E comem-nas bem comidas, o mais perto que possam ficar da nascença. Ou da cozinha.(...) 
Que fique por saber como realmente se vive em Portugal. Mas que fique claro que comer, não se come mal. Que sirva este meu livro de gordo desmentido.
E o resto é como o resto. Ah, Portugal, nosso restaurante! Mas, quando se come bem e se está com a barriga cheia, o resto que está mal é como o resto de um bom almoço.
Alguma coisa há-de fazer-se com ele.
Porventura deliciosa, se faz favor.

Lisboa, Mercado da Ribeira

"Ir a um mercado ou entrar num lugar de frutas por esta altura do ano não se aproxima de uma experiência religiosa porque é, de facto, uma experiência religiosa: prova que Deus existe e, mais retumbante ainda, dá a impressão que o Homem também não está a trabalhar mal, não Senhor. (...)

Esqueçam os museus; esqueçam os jardins zoológicos; os teatros, concertos e cinemas: nenhuma visita é mais instrutiva ou estonteante do que uma idazinha à praça. (...)
Toma lá figos do Algarve, roxos de tão doces, rechonchudos e a rebentar de bons, como galãs de tronco nu dos anos 60."


"O que é "nosso" é bom, porque é mais fresco, mais acabadinho de apanhar."


Bom Dia e Boa Semana
 (para marcar o dia do ano em que não se contam as calorias ingeridas, 
coloca-se um pequeno laço azul claro na roupa) 





abril 23, 2019

DIA MUNDIAL DO LIVRO




A leitura e a inteligência andam lado a lado.
 Quanto mais se dedicar à leitura, mais inteligente se tornará.
Ler significa focarmo-nos noutra coisa - abre-nos a porta para um novo mundo.
Ler tem um efeito mais calmante do que fazer caminhadas, tomar uma chávena de chá 
ou até ouvir a nossa música preferida.




A Biblioteca Municipal espera por si



abril 12, 2019

PLANTAR UMA SEMENTE...

Plantar uma semente, regá-la, ver como cresce e ver nascer as primeiras flores é muito gratificante para quem dedica algum do seu tempo à jardinagemAlém de ser uma atividade que pode contribuir para termos uma vida mais longa e saudável, porque pode prevenir a demência,  ajuda a reduzir os efeitos do stress e da depressão e até ajuda a controlar o peso e a tensão arterial elevada.


Fazer jardinagem, Caro leitor, traz benefícios quer físicos quer mentais.



Qualquer espaço exterior - um terraço, a entrada de uma cave ou o parapeito de uma janela - pode ser tratado como um jardim. Com um pouco de planeamento, o espaço mais negligenciado da sua casa pode transformar-se num local aprazível. 


A Biblioteca Municipal possui para empréstimo domiciliário livros que o vão ensinar todos os passos para uma jardinagem bem sucedida, desde o desenho de um jardim às tarefas necessárias à sua manutenção.
Com os dias mais longos, o ar menos frio apetece por as mãos na terra e começar a plantar. No entanto, o inicio da primavera é um período em que temos de ter alguma cautela, porque nem sempre o inverno acaba totalmente por a primavera ter começado.
Para lhe facilitar as tarefas no seu jardim, escolhemos para si um leque variado de livros com respostas rápidas a todas as suas dúvidas e com sugestões criativas para que o seu espaço se torne no seu jardim.


Esperamos por si, porque...




Os gatos não crescem em vasos, as flores sim







abril 05, 2019

EU ESCREVO PARA AQUELES QUE NÃO ME PODEM LER



Eduardo Galeano, um dos mais apaixonado ativista e escritor latino-americano, nasceu a 3 de setembro de 1940, em Montevideu, Uruguai.
Nos cafés de Montevideu despertou para o "arco-íris da humanidade", para o colorido das gentes e dos pequenos gestos, e aprendeu a escutar a dignidade das vozes das ruas.
Com um percurso intensamente político, Eduardo Galeano foi, nos anos 60, editor do mítico Marcha, principal  jornal de esquerda uruguaio, e, se sonhara ser jogador de futebol em criança, cedo se tornou um ponta de lança dos oprimidos e dos sem voz, fitando o silêncio a que estavam condenados.
A sua voz alimentou o fogo de movimentos contestatários, ecoou entre o nevoeiro do Chiapas, em 1996, e entre os indignados de Madrid, em 2011.
Em 1973, com o golpe militar no seu país, foi preso e o seu nome passou a constar da lista dos esquadrões da morte. Temendo pela sua vida exilou-se em Espanha.
Com a restauração da democracia, voltou ao seu país em 1985, onde viveu atá à sua morte a 13 de abril de 2015.
Em julho de 2008, Eduardo Galeano foi agraciado com o primeiro título de Cidadão Ilustre do Mercosul.




Escrito no exílio e ilustrado pelo autor, O Livros dos Abraços reúne memórias e sonhos, fábulas que entrelaçam o real e o fantástico, crónicas indeléveis das trivialidades, das gentes e dos seus costumes, da política e dos seus mártires, do amor, da guerra e da paz.
O Livro dos Abraços é uma história alternativa da América Latina, contada pelo mestre da narrativa breve, numa síntese inspirada do seu imaginário.




Paradoxos

Se a contradição é o pulmão da história, o paradoxo há-se ser, ocorre-me, o espelho que a história usa para troçar de nós.
Nem o próprio filho de Deus se salvou do paradoxo. Ele escolheu, para nascer, um deserto subtropical onde quase nunca neve, mas a neve transformou-se num símbolo universal do Natal desde que a Europa decidiu europeizar Jesus. E como se não bastasse, o nascimento de Jesus é, hoje em dia, o negócio que mais dinheiro dá aos mercadores que Jesus expulsou do Templo.
Napoleão Bonaparte, o mais francês dos franceses, não era francês. Josef Estaline, o mais russo dos russos, não era russo; e o mais alemão dos alemães, Adolf Hitler, nasceu na Áustria. Margherita Sarfatti, a mulher mais amada pelo anti-semita Mussolini, era judia. José Carlos Mariátegui, o mais marxista dos marxistas latino-americanos, acreditava fervorosamente em Deus. Che Guevara foi considerado totalmente inapto para a vida militar pelo exército argentino.
Pelas mãos de um escultor chamado Aleijadinho, que era o mais feio dos brasileiros, nasceram as maiores belezas do Brasil. Os negros norte-americanos, os mais oprimidos, criaram o jazz, que é a mais livre das músicas. Dom Quixote, o mais andante dos cavaleiros, foi concebido na cela de uma prisão. E, cúmulo dos paradoxos, Dom Quixote nunca disse a sua frase mais célebre: Ladram, Sancho, sinal de que cavalgamos.
"Acho-te nervosa", diz o histérico. "Odeio-te", diz a apaixonada. Não haverá desvalorização", diz, em vésperas da desvalorização, o ministro da Economia.
"Os militares respeitam a Constituição", diz, em vésperas do golpe de Estado, o ministro da Defesa.
Na sua guerra contra a revolução sandinista, o governo dos Estados Unidos concordava, paradoxalmente, com o Partido Comunista da Nicarágua. E paradoxais foram também, no fim de contas, as barricadas sandinistas durante a ditadura de Somoza: as barricadas, que fechavam as ruas, abriam o caminho.
In, O Livro dos Abraços












março 29, 2019

Concurso Nacional de Leitura 2019 - Fase Concelhia


E ontem, 2.º dia do Concurso, 
com os participantes das escolas do 1.º CEB,
 foi assim . . . 













E, entre a prova escrita e a oral, houve uma atividade gira para descontrair . . .



E também houve o tão esperado lanche . . .





E os vencedores da edição 2019 do Concurso Nacional de Leitura - Fase Concelhia foram:


1º CEB
1º Classificado - Vítor Santos (EB1 Várzea - 3.º ano - Agrupamento MG Poente) 
2º Classificado - Tiago Pouzada (EB1 Fonte Santa - 4.º ano - Agrupamento MG Poente) 
3º Classificado - João Cipriano  (EB2/3 Guilherme Stephens - 4º ano - Agrupamento MG Poente) 
4º Classificado - Alícia Silva -  (EB1 João Beare - 4.º ano - Agrupamento MG Nascente)

2º CEB
1º Classificado - Inês Ventura (EB2/3 Nery Capucho - 5.º ano - Agrupamento MG Nascente)
2º Classificado - Rafael Toscano (EB2/3 Guilherme Stephens - 6º ano - Agrupamento MG Poente)
3º Classificado - Érica Benedetti (EB2/3 Guilherme Stephens - 6º ano - Agrupamento MG Poente)
4º Classificado - Maria Monteiro (EB2 Padre Franklim - 6º ano - Agrupamento Vieira Leiria) 

3º CEB
1º Classificado - João Heleno (EB José Loureiro Botas - 7º ano - Agrupamento Vieira Leiria) 
2º Classificado - Mariana Santos  (EB2/3 Nery Capucho - 9.º ano - Agrupamento MG Nascente)
3º Classificado - Mariana Elói (EB3/Sec Pinhal do Rei - 8.º ano - Agrupamento MG Nascente)
4º Classificado - Diogo Silveira (EB2/3 Nery Capucho - 8.º ano - Agrupamento MG Nascente)

SECUNDÁRIO
1º Classificado - Ana Raquel Malhado (EB3/Sec Pinhal do Rei - 11.º ano - Agrupamento MG Nascente) 
2º Classificado - Jéssica Pêcego (EB3/Sec Pinhal do Rei - 11.º ano - Agrupamento MG Nascente) 
3º Classificado - Ariana Roque (EB3/Sec Calazans Duarte - 10.º ano - Agrupamento MG Poente)
4º Classificado - Tatiana Conde (EB3/Sec Calazans Duarte - 12.º ano - Agrupamento MG Poente)


Estes serão os representantes do Município da Marinha Grande na Fase Intermunicipal do Concurso, a realizar no próximo dia 30 de abril, em Pedrogão Grande. 

Foi a festa da leitura. 
Marcamos novo encontro em 2020.



































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