julho 20, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA


O que une seis mulheres, 
de idades e vivências tão diferentes, numa amizade improvável?

É o que o leitor vai ficar a saber ao ler a nossa sugestão de leitura de fim de semana, neste dia em que se comemora o Dia Internacional da Amizade.


"Bons amigos são bons para a saúde"
                                                                     Irwin Sarason




Sugerimos-lhe então o romance  sobre a importância da amizade intitulado

Noites de Sexta-feira 
de Joanna Trollope
Porto Editora

Eleanor, Paula, Lindsay, Jules, Blaise e Karen, são as seis amigas deste romance.
Todas, de uma maneira ou de outra, estão desiludidas com a vida e com o amor.
Para elas, os serões de sexta-feira representam muito mais do que um momento de descontração ao fim de uma semana longa e difícil. É o momento em que se podem despir as máscaras do dia-a-dia e partilhar segredos, receios, tristezas e alegrias...e aparentemente, já não sabem viver de outra forma.
Mas poderá esta amizade tão frágil superar a rivalidade e a inveja que a entrada de um homem no grupo vai provocar?

"Uma história subtil, mas carregada de profundidade sobre a amizade e as suas inúmeras fragilidades"
                                                                    Woman&Home



Joanna Trollope nasceu a 9 de dezembro de 1943, no Gloucestershire.
Trabalhou para os Negócios Estrangeiros britânicos e lecionou durantes doze anos antes de se dedicar por inteiro à escrita.
Autora de catorze romances que abordam sobretudo aspetos da vida na Inglaterra contemporânea, Joanna Trollope escreveu também uma série de novelas históricas e Britannia's Daughters, um estudo sobre as mulheres no Império Britânico.
Joanna Trollope está traduzida em vinte e nove línguas e dela já se venderam mais de oito milhões de livros em todo o mundo. 


Ilustração de Kathy Osborn


BOM FIM DE SEMANA 


julho 19, 2012

A MIM O QUE ME RODEIA É O QUE ME PREOCUPA


Lágrimas

Ela chorava muito e muito, aos cantos,
Frenética, com gestos desabridos;
Nos cabelos, em ânsias desprendidos,
Brilhavam como pérolas os prantos.

Ele, o amante, sereno como os santos,
Deitado no sofá, pés aquecidos,
Ao sentir-lhe os soluços consumidos,
Sorria-lhe cantando alegres cantos.

E dizia-lhe então, de olhos enxutos:
"- Tu pareces nascida da rajada,
"Tens despeitos raivosos, resolutos;

"Chora, chora, mulher arrenegada;
"Lagrimeja por esses aquedutos...
"- Quero um banho tomar de água salgada"


Este poema data de 1874.
E o seu autor morreu há precisamente 126 anos e foi o introdutor da poesia moderna em Portugal. Ignorado à época, passaram-se décadas até que o seu valor fosse reconhecido. A descoberta ficou a dever-se a Fernando Pessoa que, um dia, sobre ele escreveu: "O sentimento é forte e sincero, mas reprimido: e é nisto que Cesário é curioso. É um português que reprime o sentimento". 
Falamos de Cesário Verde, hoje um clássico da Literatura Portuguesa.

Desenho de Columbano

José Joaquim Cesário Verde, nasceu em Lisboa a 25 de fevereiro de 1855. Em 1873 matriculou-se no Curso Superior de Letras, mas apenas o frequentou durante alguns meses. Ali conheceu Silva Pinto, que ficou seu amigo para o resto da vida.

Cesário Verde dividia-se entre a produção de poesias, que publicava nos jornais, e as atividades comerciais herdadas do pai.

Em 1877 começou a ter sintomas de tuberculose, doença que já tinha vitimado o irmão e a irmã. Essas mortes inspiraram um dos seus principais poemas, Nós, de 1884.

Tenta curar-se da tuberculose, mas sem sucesso e vem a falecer a  19 de julho de 1886.
No ano seguinte, o seu amigo Silva Pinto organiza a compilação da sua poesia no Livro de Cesário Verde e que é publicado em 1901.


Com uma visão extremamente plástica do mundo, retratou a cidade e  o campo, seus cenários de eleição, transmitindo o que aí era oferecido aos sentidos, em cores, formas e sons.
"A mim o que me rodeia é o que me preocupa", refere o poeta numa carta ao seu amigo Silva Pinto.
Se, por um lado, exalta os valores viris e vigorosos, saudáveis, da vida do campo, sem visões bucólicas, detinha-se, por outro lado, na cidade, na sedução dos movimentos humanos, solidarizando-se com as vítimas de injustiças sociais.
Conhecido como o poeta da cidade de Lisboa, foi igualmente o poeta da Natureza anti-literária, numa antecipação de Fernando Pessoa/Alberto Caeiro, que considerava Cesário Verde um dos vultos fundamentais da nossa história literária.


Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.



O que se passou a seguir...
 está na página 108 
do Livro de Cesário Verde 
que se encontra na Biblioteca Municipal da sua cidade.



julho 17, 2012

NO PASSADO DIA 15 FEZ 100 ANOS

GANHO OU MORRO

(Frase de Francisco Lázaro antes da partida para a sua última corrida
a 15 de julho de 1912 nos Jogos Olímpicos de Estocolmo)

Francisco Lázaro nasceu em Lisboa a 21 de janeiro de 1891 e morreu a 15 de julho de 1912. Foi um atleta português que fez parte da primeira equipa olímpica  portuguesa nos Jogos Olímpicos de 1912, em Estocolmo, Suécia, onde participou na prova da maratona. Lázaro tinha sido o porta-bandeira no desfile inaugural dos Jogos. Desfaleceu durante a prova da maratona e veio a morrer poucas horas depois.

Francisco Lázaro era carpinteiro numa fábrica de carroçarias de automóveis na Travessa dos Fiéis de Deus no Bairro Alto em Lisboa. Não tinha treinador. Após o trabalho, Lázaro corria diariamente de Benfica a S. Sebastião da Pedreira, desafiando, no percurso inverso, os transportes públicos, que naquela época eram os elétricos.


No dia 20 de julho de 1912, 24.000 pessoas prestaram homenagem póstuma a Francisco Lázaro como a primeira vítima mortal nos Jogos Olímpicos. Pierre de Coubertin enviou condolências à família. O Comité Olímpico Português teve dificuldades financeiras para trasladar o corpo, o que viria a acontecer decorridos vários meses após a morte do atleta.

A autópsia do cadáver revelou que a causa da morte foi desidratação extrema e mostrou também um fígado "completamente mirrado, do tamanho de um punho fechado e rijo, a tal ponto que só se conseguiria partir a escopro, como se fosse uma pedra".

Segundo um dos seus colegas nos Jogos, Lázaro morreu por vários motivos.
  • Untou-se com sebo
  • Era um dos dois únicos atletas, num total de 71, a não usar proteção alguma na cabeça contra o sol
  • O uso de estupefacientes para aumentar a resistência muscular.




O nome de Francisco Lázaro tornou-se num dos mais lendários de desporto português.
O seu nome foi dado a uma rua de Lisboa e ao pequeno estádio do Clube de Futebol de Benfica.







O romance Cemitério de Pianos, de José Luís Peixoto, tem inspiração na figura de Francisco Lázaro.
 A personagem central do romance chama-se precisamente
Francisco Lázaro e partilha parte da sua história.


PODERÁ SER REQUISITADO NA BIBLIOTECA MUNICIPAL.









Depois de Francisco Lázaro, outros atletas olímpicos deram medalhas de ouro a Portugal  na prova da maratona.


Carlos Lopes, medalha de ouro em 1984,
Los Angeles com o tempo de 02:09:21

"Se foi dura a maratona? Não, foram os 42 Km do costume. Nunca tive medo de ser derrotado, bater não batem, ralhar não dói...Nervoso estava Moniz Pereira. Nunca o vi assim. Nervoso de mais. Estou feliz, o professor merecia esta medalha."
"Decidi não me preocupar antes dos 37 Km, a partir daí sabia que tinha de dar forte e feio, foi o que fiz".

Rosa Mota, medalha de ouro em 1988
Seul, com o tempo de 02:25:40

"O Pedrosa tinha-me recomendado que, aos 38 Km, se ainda fosse acompanhada, olhasse para ele. Olhei e ele disse-me - Rosa, é agora ou nunca - e eu fui-me embora... Foi mais difícil do que em Roma, os maratonistas gostam de dizer que a última maratona é sempre a melhor, mas esta... arre, parecia que nunca mais chegava o dia."



À Comitiva Olímpica Portuguesa
 aos Jogos Olímpicos de Londres 2012
desejamos muitos sucessos

julho 13, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA



"Em casa, numa espécie de altar, Valter Hugo Mãe tem uma estatueta de Saramago. De vez em quando, passa-lhe a mão pela careca. Comprou-a para simbolizar o seu "Óscar", o Prémio José Saramago 2007. Com a distinção, deixou de ser um "escritor de poucos leitores", nas suas palavras, e virou revelação da literatura nacional. Não que ele tivesse acabado de chegar: tinha poesia publicada desde 1996, estreara-se no romance em 2004, fundara uma editora. Mas o prémio - e os elogios de Saramago - foram um importante empurrão. "Este livro é um tsunami", declarou o Nobel da Literatura. Desde então, a ascensão tem sido imparável. A confirmação chegou no ano passado. Na Festa Literária de Paraty (FLIP), o mais importante certame do género no Brasil, emocionou uma plateia de 2000 pessoas, recebeu pedidos de casamento e outas propostas capazes de o fazer corar. Depois, ainda antes de lançar "O Filho de Mil Homens", foi a Paredes de Coura com o seu projeto musical, os Governo. Cresceu muito no último ano. Até já escreve com maiúsculas".
                                                                                                            Nelson Marques, Expresso


O leitor já adivinhou qual o autor que sugerimos como leitura de fim de semana. E o livro é:  A máquina de fazer espanhóis, que nas palavras de José Mário Silva tem "Algumas das páginas mais devastadoramente belas da ficção portuguesa recente".

Esta é a história de quem, no momento mais árido da vida, se surpreende com a manifestação ainda de uma alegria. Uma alegria complexa, até difícil de aceitar, mas que comprova a validade do ser humano até ao seu último segundo.
A máquina de fazer espanhóis é uma  obra de maturidade, conseguida pela grande capacidade de criar personagens que este autor sempre revelou, aqui enredadas nas questões da velhice, da sua ternura e tragédia, resultando num trabalho feito da difícil condição humana mesclada com o humor que, ainda assim, nos assiste.
É uma imagem livre do que somos hoje, consequência de tanto passado e de dúvidas em relação ao futuro.
É ainda um livro, tão delicado quanto sincero, de reflexão sobre a fidelidade na amizade e no amor.




"A maior parte dos livros são escritos para o público; 
este é um livro escrito para os leitores"
                                                                                                          António Lobo Antunes





Valter Hugo Mãe nasceu em 1971, em Saurino, Angola e vive em Vila do Conde.
É licenciado em Direito, pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna.
Os seus quatro primeiros romances formam uma  tetralogia que percorre, através de personagens distintas, o tempo completo da vida humana, desde a infância à velhice:
2004 - O nosso reino
2006 - O remorso de baltazar serapião - Prémio José Saramago
2008 - Apocalipse dos trabalhadores
2010 - A máquina de fazer espanhóis.
Escreveu igualmente para os mais novos. Atualmente escreve no Jornal de letras a crónica Autobiografia imaginária.
Valter Hugo Mãe é vocalista do grupo musical Governo e esporadicamente dedica-se às artes plásticas.


Ilustração de Elina Ellis

BOM FIM DE SEMANA COM BOAS LEITURAS
JÁ AGORA, VEJA TAMBÉM A SUGESTÃO QUE DEIXAMOS PARA O SEU FILHO.



julho 12, 2012

O IMPORTANTE NÃO É VENCER, MAS COMPETIR. E COM DIGNIDADE.


CITIUS, ALTIUS, FORTIS
(Mais rápido, mais alto, mais forte)

É já no próximo dia 27 de  julho que tem início em Londres a
 XXX edição dos Jogos Olímpicos.

BARÃO DE COUBERTIN, PAI DOS JOGOS OLÍMPICOS MODERNOS


Nascido em Paris em 1 de janeiro de 1863, o Barão de Coubertin, era descendente de uma família nobre. Movido pelo seu ideal pedagógico, optou por se dedicar à reforma do sistema educacional francês. Em 1892, apresentou na Universidade de Sorbonne, em Paris, um estudo sobre "os exercícios físicos no mundo moderno" apresentando um projeto de recriar os Jogos Olímpicos, o que não foi muito bem aceite. 
Mesmo assim, não desistiu. Numa convenção realizada em 1894 na mesma universidade, que contou com delegados de 13 países, o Barão conseguiu a promessa dos gregos de organizar os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Tornou-se, então, uma das mais importantes personalidade do desporto. Devido ao seu empenho, os Jogos Olímpicos renasceram, após quase 16 séculos de hibernação.
Nesse mesmo ano nascia o Comité Olímpico Internacional (COI), com o objetivo de organizar, de quatro em quatro anos, uma nova edição dos Jogos, promovendo assim a união entre os países. 


"Que a Tocha Olímpica siga o seu curso através dos tempos 
para o bem da humanidade 
cada vez mais ardente, corajosa e pura"
                                                                                                                   Pierre de Coubertin

Tocha Olímpica 2012
A 6 de janeiro de 1896, a Chama Olímpica pôde novamente brilhar. Recomeçavam os Jogos Olímpicos, com a presença de 13 países e 311 atletas. 
Um pouco antes do início dos Jogos de Atenas, o Barão de Coubertin assumiu a presidência do COI, cargo que ocupou até 1925. 
A sua principal luta foi impedir a presença de atletas profissionais nas  provas.
Tendo gasto praticamente toda a sua fortuna para colocar em prática do sonho das Olimpíadas, morreu pobre e isolado, a 2 de setembro de 1937, em Genebra, Suíça. Como forma de reconhecimento, o seu coração foi transportado para Olímpia, onde repousa até hoje num mausoléu.




Foi também idealizada em 1913, por Pierre de Coubertin, a Bandeira Olímpica, tendo sido só hasteada nos Jogos de 1920. A bandeira é hasteada na cerimónia de abertura dos Jogos ficando assim durante toda a competição.
O fundo branco significa paz e amizade entre as nações competidoras e os anéis representam  os cinco continentes:
  • Azul - Europa
  • Amarelo - Ásia
  • Preto - África
  • Verde - Oceania
  • Vermelho - América
Das cinco cores sobre um fundo branco consegue-se compor todas as bandeiras do mundo.


Gosta de Desporto?
Sabia que pode encontrar a sua modalidade preferida 
na Biblioteca Municipal?


Visite-nos




julho 10, 2012

JOANA VASCONCELOS EM VERSAILLES


 

"Joana Vasconcelos é o triunfo dos talentos. Vê-la nas salas e nos jardins de Versailles é uma etapa do seu génio e é o resultado de uma atitude deliberadamente profissional.
Há Portugal em quase todas as peças. Há filigranas nos corações, há panelas nos sapatos de Marilyn, há rendas do Pico nos leões, há lagostas de Bordalo à mesa de Maria Antonieta, há primores de Niza nas valquírias. 
Em Joana Vasconcelos há um delírio de identidade. Cosmopolita, connosco". 
                                                                                    Paulo Portas, in Expresso de 7/7/2012

  
Joana Vasconcelos é a primeira mulher, a mais jovem artista e a primeira artista portuguesa a expor no Palácio de Versalhes. Para além das peças criadas para a exposição, Joana Vasconcelos apresenta algumas das suas obras mais conhecidas, que poderão ser admiradas de 19 de junho até 30 de setembro. Estima-se que a exposição seja vista por 2,5 milhões de pessoas. Mas, segundo a organização, poderão vir a ser 4 milhões. 



"Tenho um olhar suficientemente diferente para ser aceite e respeitado internacionalmente. Não é porque tenho grandes galerias, ou porque seja rica, ou porque venho de um país poderoso. Sou aceite pelo meu trabalho".


Joana Vasconcelos nasceu em 1971 em Paris.
Regressou com os pais a Portugal logo depois da revolução, a 29 de abril de 1974.
A artista oferece-nos uma visão cúmplice, mas simultaneamente crítica da sociedade contemporânea e dos vários aspetos da nossa identidade coletiva, em especial aqueles que dizem respeito ao estatuto da mulher.
A sua estratégia resulta de um discurso atento aos comportamentos, onde as dicotomias artesanal-industrial, privado-público, tradição-modernidade e cultura popular-cultura erudita surgem com afinidades e com significados característicos dos nossos tempos. 
"Trabalho a recontextualização desses objetos que toda a gente tem em casa. Trabalho-os para a contemporaneidade, dou-lhes uma nova forma".
Joana Vasconcelos expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro desde 1994 e o seu trabalho encontra-se representado em diversas coleções públicas e privadas, nacionais e internacionais:
  • Em 2000 venceu o Prémio EDP Novos Artistas;
  • Em 2003, foi-lhe atribuído o Prémio Fundo Tabaqueira Arte Pública para o seu projeto de intervenção no Largo da Academia das Belas Artes, em Lisboa;
  • Em 2006, recebeu o Prémio The Winner Takes It All, da Fundação Berardo, com a obra "Néctar", atualmente instalada no Museu Coleção Berardo em Lisboa;
  • Esteve presente na Bienal de Veneza duas vezes, em 2005 e 2007;
  • A Antologia Sem Rede, apresentada no Museu Coleção Berardo, foi a exposição mais visitada de sempre em Portugal: quase 168 mil pessoas em cerca de dois meses;
  • Um leilão da Christie's, em 2010, tornou-a na artista portuguesa mais cara, a seguir a Paula Rego;
  • François Pinault, rei do luxo, comprou Contaminação, usando-a como cartão de visita do seu Palazzo Grassi, em Veneza.
OS SAPATOS DE MARILYN

A Secretaria de Estado da Cultura anunciou que Joana Vasconcelos será a artista a representar Portugal na Bienal de Veneza, em 2013. A artista nunca foi convidada para o evento, uma lacuna, segundo Francisco José Viegas, que será colmatada no próximo ano:
"Tem colocado o nome de Portugal ao mais alto nível no mercado mundial da arte. Leva  ao exterior a marca identitária e tradicional de Portugal ao mesmo tempo que expressa uma modernidade assombrosa".
A Bienal de Veneza é uma das mais importantes exposições mundiais de arte e realiza-se bianualmente desde 1895.

A NOIVA

A escultura "A Noiva" foi recusada pela organização com a justificação de que não se adequava ao espaço. No entanto, a artista foi convidada a expor a peça no Centro Cultural Centquatre, também em Paris, de 5 de julho a 18 de setembro.
"A Noiva" já participou em 13 exposições (a segunda em Paris) tornando-a na peça mais vezes apresentada publicamente até hoje.

"O tampão, o crochet, o garfo, a garrafa são internacionais, é uma linguagem globalizada, tem a ver com as mulheres de todo o mundo".
Joana Vasconcelos






SE SE INTERESSA POR ARTE
 VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL.
TEMOS LIVROS INTERESSANTES PARA SI.
   

julho 06, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Chegámos a sexta-feira e para muitos de nós chegou também o dia de fazer as malas para umas merecidas férias, com ou sem subsídio.

Mas ir para onde?
Sugerimos-lhe um local bom e "barato".

Onde é que fica essa maravilha?
Em Portugal.


E para que possa escolher o melhor local de Portugal para as suas merecidas férias, a Biblioteca Municipal sugere-lhe o Guia de Portugal da American Express.

Portugal é um país de contrastes:
imponentes montanhas e extensas planícies, costas rochosas e praias de areia dourada, cidades vibrantes e aldeias isoladas. Comuns a todo o território são a hospitalidade e a alegria dos seus habitantes.

As informações deste guia vão ajudá-lo a aproveitar ao máximo a sua visita a Portugal.

Neste guia encontrará :
  • mais de 1000 fotografias, ilustrações e mapas
  • plantas e prespetivas das principais atrações
  • passeios a pé, estradas panorâmicas e rotas temáticas
  • onde comer
  • onde ficar e como se deslocar


Tenha um bom fim de semana ou umas boas férias,
mas não se esqueça, Portugal espera por si
na Biblioteca Municipal.


Já agora, aceite a sugestão da Biblioteca Municipal para que os seus filhos tenham um fim de semana a ler
AQUI

julho 05, 2012

FOI HÁ 66 ANOS...

"O bikini é a invenção mais importante deste século (XX), depois da bomba atómica"
                                                                        Diana Vreeland, editora da revista "Vogue"


O famoso bikini que hoje é usado por milhões de mulheres em todo o mundo foi inventado a 5 de julho de 1946.

O modelo de um fato de banho reduzido e composto por duas peças foi criado pelo engenheiro mecânico francês Louis Réard e apresentado ao mundo cinco dias após a detonação da primeira bomba atómica dos Estados Unidos no Atol de Bikini, em 1946. Contudo, meses antes, o estilista Jacques Heim já tinha anunciado a criação de um traje de banho, batizado com o nome sugestivo de "atome", alusivo precisamente à catástrofe nuclear.

Micheline Bernardini

Na época, Louis Réard não conseguiu convencer nenhuma manequim a desfilar com o modelo, pelo que a sua apresentação foi feita pela strip teaser do Casino de Paris, Micheline Bernardini.
Perante o "modelo escandaloso" que atentava contra os padrões sóbrios dos finais da II Guerra Mundial, o Papa Pio XII, chegou mesmo a ordenar a sua proibição, que  obviamente, não resultou.

Brigitte Bardot em 1956 no filme "E Deus criou a mulher"

Na década de 50, a atriz Brigitte Bardot assumia publicamente o entusiasmo que as francesas nutriam pelo bikini. Bardot foi uma das estrelas que imortalizou o seu uso no filme de 1956, "E Deus criou a mulher", realizado por Roger Vadin.

E quem não se lembra da atriz  Ursula Andress, em 1962, no filme "James Bond contra Dr. No", com um modelo com cinto, ousado e muito sexy?





Mas foi aqui que tudo começou...


O Atol de Bikini faz parte das Ilhas Marshall, localizadas na Micronésia, no Oceano Pacífico. Tornou-se mundialmente conhecido como cenário de testes nucleares americanos realizados entre 1946 e 1958, no início da Guerra Fria.



Foi neste atol que explodiu a primeira bomba de hidrogénio (nunca antes utilizada em cenário de guerra), em 1952.
Após o primeiro teste, que dividiu o atol em dois, foram realizadas mais 20 explosões de bombas atómicas e de hidrogénio. A sua população de 200 habitantes foi retirada para a execução dos testes e só voltaram nos anos 70, sendo de imediato retirados do atol devido à radioatividade do estrôncio 90.
O fundo da lagoa é um cemitério de navios de guerra que fizeram parte dos testes nucleares, posicionados perto do local da detonação, para assim se avaliar como seriam afetados.
Em julho de 2010, o Atol de Bikini, foi considerado pela UNESCO Património da Humanidade. 
 
Hilda de Duane Bryers

E o leitor, com ou sem bikini, quando for à praia passe
pela Biblioteca Municipal
e leve consigo uma das nossas sugestões de leitura.
Ler é sexy.



julho 02, 2012

NEWSLETTER julho














Clique na imagem e fique a conhecer as atividades que estão programadas para o mês de JULHO na sua

BIBLIOTECA MUNICIPAL

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