abril 20, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Chegámos a sexta-feira e a mais uma sugestão de leitura para o seu fim de semana.

E para este fim de semana de frio e chuva, sugerimos um livro que na opinião de Francisco José Viegas é "Um fantástico livro de leitura empolgante".
Rodrigo Guedes de Carvalho  diz que começa  "por tirar o chapéu a um livro indispensável... para ler de fio a pavio".
José Pacheco Pereira é de opinião que "O livro é interessante, divertido, bem escrito e pioneiro neste tipo de trabalhos".

Curioso ?
Vai deixar de estar...


E o livro  que sugerimos é:
FRASES QUE  FIZERAM A HISTÓRIA DE PORTUGAL
de Ferreira Fernandes e João Ferreira
Editora: Esfera dos Livros

É uma obra inédita e surpreendente que traz à luz do dia esta espécie de senhas e contra-senhas da nossa identidade, lhes atribui um autor, quando possível, uma data e o contexto em que foram ditas.
"Portugal é meu porque o herdei, porque o paguei e porque o conquistei"
"Água vai!"
"Obviamente, demito-o!"
"Adeus, até ao meu regresso"
"O estado a que isto chegou"
"O povo unido jamais será vencido"
"Nunca me engano e raramente tenho dúvidas"

Quer saber quem foram os autores destas e de outras célebres frases?
Quando e qual o contexto em que foram proferidas?

É só vir visitar-nos e levar o livro consigo

Ferreira Fernandes é jornalista do Diário de Notícias. Foi grande repórter do Diário Popular, O Jornal e do Público e redator principal do Diário de Notícias, Visão e Focus, onde exerceu as funções de diretor. Recebeu  diversos prémios de reportagem, dos quais destacamos o Prémio Fernando Pessoa de Jornalismo, o Prémio de Reportagem da Fundação Luso-Americana, o Prémio Bordalo - Jornalista do Ano, da Casa de Imprensa e o Prémio Jornalista do Ano, do Clube de Jornalistas do Porto.



João Ferreira é jornalista e diretor da NS, revista do Diário de Notícias. Mestre em História Cultural e Política, é investigador do Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa e professor convidado da European University. Colabora com as revistas Cultura, História e Teoria das Ideias, História Viva e Entre Livros, estas últimas publicações brasileiras.
Colaborou no Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses.
Foi diretor da revista Focus.





Tenha um Bom Fim de Semana

 

abril 18, 2012

COITADINHO / DO TIRANINHO!


Caricatura de Abel Manta

Em 1935 Fernando Pessoa ridicularizava
António de Oliveira Salazar.
Apesar dos escritos em que elogiou
a Ditadura Militar,
Fernando Pessoa
incompatibilizou-se com o
 regime de Salazar
no último ano de vida,
depois da ilegalização
das sociedades secretas.

Este poema foi-lhe dedicado.




ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR

Três nomes em sequência regular...
António é António.
Oliveira é um árvore.
Salazar é só apelido.
Até aí está bem.
O que não faz sentido
É o sentido que tudo isto tem.

Este senhor Salazar
É feito de sal e azar.
Se um dia chove,
A água dissolve
O sal,
E sob o céu
Fica só azar, é natural.

Oh, c'os diabos!
Parece que já choveu...

Coitadinho
Do tiraninho!
Não bebe vinho.
Nem sequer sozinho...
Bebe a verdade
e a liberdade,
E com tal agrado
Que já começam
A escassear no mercado.
Coitadinho
Do tiraninho!

E o meu vizinho
Está na Guiné,
E o meu padrinho
No Limoeiro
Aqui ao pé,
Mas ninguém sabe porquê.

Mas, enfim é
Certo e certeiro
Que isto consola
E nos dá fé:
Que o coitadinho
Do tiraninho
Não bebe vinho,
Nem até
Café.
Fernando Pessoa



Caricatura de Abel Manta

Para ficar a conhecer melhor a nossa História recente
o leitor encontrará Aqui bibliografia
sobre o Presidente do Conselho,
que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário.

Esperamos por si

abril 17, 2012

DAS PALAVRAS FEZ-SE A HISTÓRIA

As Repúblicas

"A República, implantada em 1910 por meio de um golpe de força levado a cabo por uma vanguarda revolucionária civil e militar, teve à partida um grande capital de esperança.
No entanto, esse crédito foi rapidamente desbaratado.


Uma vez conquistado o poder, os dirigentes republicanos desentenderam-se. A política radical levada a cabo por Afonso Costa, o principal protagonista do novo regime, escolheu como inimigo principal a Igreja - mesmo sabendo que a religião católica continuava a ser referência fundamental para a esmagadora maioria dos portugueses. Dividida, a classe política isolou-se do país real, recusando o direito de voto aos analfabetos: "O partido republicano português tem obrigação de defender o povo, mesmo contra a vontade do próprio povo", sentenciava Afonso Costa em 1914. 
A duração dos governos da Primeira República media-se em semanas ou dias - havendo mesmo executivos que, apesar de nomeados, nem chegaram a tomar posse.
A participação na Primeira Guerra  Mundial foi um momento de rara unidade, espelhada no Governo chamado da União Sagrada, mas não bastou para fazer da República um regime em que a maioria dos portugueses se revisse.

Passado o episódio sidonista, precursor do tempo das ditaduras na Europa, voltou a instabilidade. Manteve-se até 1926, quando o golpe chefiado pelo general Gomes da Costa instaurou uma ditadura militar que abriu caminho ao Estado Novo, a "Segunda República".
Durante os quarenta anos seguintes, os holofotes da História incidiram sobre Salazar - a tal ponto que, no ano 2000, sondagens e inquéritos de opinião para determinar quem tinha sido o português mais importante do século XX tiveram como resposta largamente maioritária o Presidente do Conselho do Estado Novo.
A repressão - "meia dúzia de safanões a tempo" - e o atraso económico, social, cultural e, sobretudo, mental marcaram o longo consulado salazarista. Os portugueses refugiaram-se no futebol e nas comédias do cinema popular. A obstinação na defesa de um império colonial ao arrepio dos ventos da História, "Orgulhosamente sós", arrastou o país para uma guerra em África que traumatizou toda uma geração.


Descontentes com o impasse a que tinha chegado a guerra em Angola, Guiné e Moçambique, os oficiais das Forças Armadas liquidaram o regime. Mas o que se passou em 25 de Abril de 1974 foi mais do que um simples golpe militar.
O apoio activo da generalidade da população transformou o movimento da tropa num processo democrático. Os dezoito meses de vertigem que se seguiram foram as dores de parto do regime em que acabámos por escolher viver.
Foi nesse período que Portugal conheceu uma experiência inédita a nível mundial: o Governo fez greve e o primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo respondeu sem papas na língua aos manifestantes que lhe chamavam "fascista", o pior insulto que então se podia imaginar: "Bardamerda para o fascista!".
A eleição da Assembleia Constituinte, em 1975 - as primeiras eleições verdadeiramente livres e universais da nossa História - foi o acto fundador da Terceira República.
Com altos e baixos, períodos (curtos) de vacas gordas e constantes apertos de cinto, os portugueses entraram no século XXI com um regime democrático, integrado na União Europeia. Ao fim de quase 900 anos, há frases que continuam a fazer História de Portugal".
        
Ferreira Fernandes e João Ferreira,
in Frases que fizeram a Hitória de Portugal, 2010


Se quiser conhecer melhor os acontecimentos da história recente do nosso país,
visite até 4 de maio, no átrio de entrada da Biblioteca Municipal,
a exposição "Autores da Liberdade",
 acompanhada de uma mostra bibliográfica de autores e livros, que relatam e interpretam os acontecimentos mais recentes que marcaram a nossa História.



PASSE POR CÁ!
PASSE A CONHECER!

abril 13, 2012

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Por ser 6ª feira, vamos deixar a nossa habitual sugestão de leitura para o fim de semana. E hoje, por ser 6ª feira 13 e por se assinalar a 13 de abril o DIA DO BEIJO, vamos deixar duas sugestões diferentes, com temáticas também diferentes. Pretendemos, assim, estabelecer a ligação entre as datas que se assinalam hoje e a leitura.

E a nossa primeira sugestão aborda o tema do Beijo, que está presente em inúmeras representações, tanto na literatura, como na poesia, ...

A Tua Boca
A tua boca. A tua boca.
Oh, também a tua boca.
Um túnel para a minha noite.
Um poço para a minha sede.

Os fios dormentes de água
que a tua língua solta num grito cor-de-rosa
e a minha língua sorve e canta
e os meus dentes mordem derramando a seiva
da tua primavera sem palavras
o poema inquieto e livre que a tua boca oferece
à minha boca.

As loucas bebedeiras de ternura
por essa viagem até ao sangue.
Os beijos como fogueiras.
As línguas como rosas.

Oh, a tua boca para a minha boca.

Joaquim Pessoa, in Os olhos de Isa


... como na arte, concretamente, na pintura,

O beijo, de Gustav Klimt (1907)
... na escultura,

O beijo, de Auguste Rodin (1887)

... e mesmo na fotografia, existem imagens famosas do beijo.

O beijo em Times Square,
foto de Alfred Eisenstaedt (1945)

Mas, sobre o beijo algumas questões se podem levantar, tais como: Onde começa o beijo? Onde, quando? Em que momento? No Renascimento? Na Idade Média? Ou mais cedo? Na Antiguidade?  Poderá encontrar a resposta a estas questões no livro que lhe sugerimos:

HISTÓRIA DO BEIJO,
de  Gérald Cahen
Editora Teorema

É a história do beijo, " ... É a história desta realidade sempre presente no nosso imaginário, da evolução das suas representações e das mudanças nos costumes, que se pretende fazer nesta obra, dirigida por Gérald Cohen, (...)" , escritor e editor francês, que reúne nesta obra textos de vários autores, que abordam o mesmo tema.



Mas, se este tema não lhe desperta interesse e se é uma pessoa para quem a 6ª feira 13 lhe traz alguma perturbação, temos também uma sugestão de leitura para si. Se o oculto, o desconhecido, o destino o atraem e se quer saber mais para os tentar interpretar, então comece por interpretar algo que está ao seu alcance - as mãos.

COMO LER AS LINHAS DAS MÃOS
PARA CONHECER A PERSONALIDADE, A FORTUNA, O AMOR

Sinopse: As origens da quiromancia perdem-se na noite dos tempos. Muitos confundem esta fascinante arte com superstição ou mesmo com charlatanaria, mas recordo-lhe, leitor que não há duas mãos iguais... As mãos contêm um surpreendente número de informações sobre o carácter, as atitudes, a saúde e muitas outras características que permitem conhecer melhor a pessoa a quem pertencem e permitem prever, sem determinismo, o seu provável comportamento em muitas áreas da vida. Este manual explica-lhe as bases para interpretar, ao pormenor, os múltiplos sinais que aparecem nas mãos, desde a forma, cor ou estrutura, às linhas principais e secundárias, aos montes e outros sinais específicos.

Como vê, damos-lhe boas razões para não ficar em casa.
Venha à Biblioteca Municipal.


BOM FIM DE SEMANA

abril 11, 2012

11 de ABRIL - DIA MUNDIAL DA DOENÇA DE PARKINSON


Celebra-se, a 11 de abril, o Dia Mundial da Doença de Parkinson, uma iniciativa da Associação Europeia da Doença de Parkinson (EPDA - European Parkinson's Disease Associations).
A data evoca o nascimento de James Parkinson, o médico inglês que, em 1817, identificou e descreveu os sintomas da doença que viria a receber o seu nome.
  
A Doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa do sistema nervoso central, para a qual ainda não existe cura. Pode aparecer em qualquer idade, mas é pouco comum nas pessoas com idade inferior a 30 anos. O risco de desenvolver esta doença aumenta com a idade  e os homens são ligeiramente mais afetados do que as mulheres.
É a segunda doença neurodegenerativa mais comum, atingindo mais de uma em cada mil pessoas na Europa.
Estima-se que existam seis milhões de pessoas portadoras da doença de Parkinson a nível mundial.
Em Portugal estima-se que existam entre 20 a 30 mil doentes com Parkinson, mas, tendo em conta que não existe qualquer registo oficial, o número pode ser muito superior.
Duarte Cancela Abreu, porta-voz da Associação Portuguesa de Doentes com Parkinson, sublinha que, para além do aumento do número de doentes, o Parkinson está também a afetar pessoas cada vez mais novas.

A APDK é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPPS) com sede em Lisboa e delegações em todo o país.Os seus principais objetivos são a sensibilização para a doença de Parkinson, apoiar os doentes e angariar meios para intervir junto dos organismos competentes.
No nosso distrito estima-se  que existam cerca de 1000 doentes. Na Marinha Grande existe uma  delegação da APDP, com cerca de 90 associados, que se reúnem às terças-feiras, pelas 17H30, no Largo 5 de Outubro, nº 5A - Casa de Alpendrada - (junto ao Museu Joaquim Correia).


Nas últimas décadas a Doença de Parkinson tem sido intensamente investigada sem que a sua causa tenha sido ainda encontrada. No entanto, está provado que existem fatores genéticos , ambientais e outros relacionados com os hábitos de vida, que incidem no seu aparecimento, mas ainda não se conhece a relação causa-efeito.

Em 70% dos casos a doença começa por um tremor localizado geralmente a um membro superior que atinge depois o outro membro do mesmo lado. O tremor ocorre quando os membros estão em repouso e desaparece quando o doente executa movimentos.
Os sintomas motores mais comuns são: tremor, rigidez muscular, acinesia e alterações da postura. Mas, manifestações não motoras poderão também ocorrer, tais como: falhas de memória, depressão, alteração do sono e distúrbios do sistema nervoso autónomo.

A maneira como você encara a vida é que faz toda a diferença.
                                                                     Luís Fernando Veríssimo

abril 09, 2012

Há sempre alguém que resiste, Há sempre alguém que diz não...

"Lembro-me de uma vez, era eu ainda um novato nisto das cantigas, íamos cantar com o Zeca Afonso à Marinha Grande. O recinto estava repleto de GNR; ia eu a recuar para trás do piano quando o Adriano colocou a mão no meu ombro e me disse: "Anda cá , pá, não há azar".
                                                                                                              Vitorino, in Adriano Presente!




Adriano Correia de Oliveira, intérprete do Fado de Coimbra e músico de intervenção, nasceu em Avintes a 9 de abril de 1942.
Em Coimbra, para onde foi estudar Direito em 1959, deparou-se com uma intensa atividade estudantil e cultural. É em Coimbra que toma contacto com o forte movimento antifascista estudantil, ao qual adere desde a primeira hora e, ainda "caloiro", iniciou-se no teatro e na música.
Com uma grande sensibilidade para a poesia e para a música popular, dotado de um timbre de voz único e de uma intensa emoção que colocava nos temas que interpretava, iniciou uma carreira musical muito própria.

Fausto, Adriano, Zeca

Em 1963, edita o seu primeiro disco de vinil, "Fados de Coimbra", que continha "Trova do Vento que Passa", poema de Manuel Alegre e uma balada fundamental da sua carreira. Esta música foi cantada pela primeira vez numa festa de receção ao caloiro da Faculdade de Medicina de Lisboa e Adriano teve de repeti-la seis vezes, transformando-a numa espécie de hino do movimento estudantil.
Entre 1960 e 1980, grava mais de noventa temas, que constituíram aquela que é uma das mais ricas obras musicais do século XX português. Antes e depois do 25 de Abril percorre o país e o mundo com a sua voz, carregada de esperança, em espetáculos musicais e em sessões e comícios do seu partido.
Em 1969 edita "O Canto e as Armas", com vários poemas de Manuel Alegre. Nesse mesmo ano, pelo conjunto da sua obra recebe o Prémio Pozal Domingues.
Em 1975 lançou "Que Nunca Mais", com direção musical de Fausto e textos de Manuel da Fonseca. Este disco levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como Artista do Ano.
Faleceu a 16 de outubro de 1982, aos 40 anos de idade.


Nos últimos dias da sua vida, Ary dos Santos escreveu um conjunto de sonetos, entre os quais este, em homenagem ao seu amigo Adriano Correia de Oliveira.


Memória de Adriano

Nas tuas mãos tomaste uma guitarra.
Copo de vinho de alegria são
Sangria de suor e cigarra
Que à noite canta a festa da manhã.

Foste sempre o cantar que não se agarra
O que à terra chamou amante e irmã
mas também português que investe e marra
Voz de alaúde e rosto de maçã.

O teu coração de ouro veio do Douro
num barco de vindimas de cantigas
tão generoso como a liberdade.

Resta de ti a ilha de um Tesouro
A joía com as pedras mais antigas.
Não é saudade, não! É amizade.
Ary dos Santos



Veja AQUI a bibliografia de Adriano Correia de Oliveira existente na Biblioteca Municipal. 

Tenha uma boa semana com boa música

abril 05, 2012

FOLAR DA PÁSCOA

A quadra pascal está intimamente ligada à família,  à celebração de rituais religiosos e, como é próprio da natureza humana,  ... à gula.  Nesta altura, interrompem-se as dietas, porque há que preservar as tradições.  



E o que não pode faltar na Páscoa?
Claro!
As amêndoas, os ovos e os folares.



E para que o folar não falte na sua mesa e possa deliciar a sua família, deixamos-lhe uma receita, retirada de um dos vários livros de culinária que a biblioteca municipal disponibiliza aos seus leitores. Só tem de seguir a receita. Tome nota:

Ingredientes:
- 800 gr de farinha
- 100 gr de margarina
- 35 gr de fermento de padeiro
- 250 gr de açúcar
- 3 ovos
- 2dl de leite morno
- sal, canela e erva-doce q.b.
- 3 ou 4 ovos cozidos para enfeitar o folar

Preparação:
  1. Dissolva o fermento num pouco de leite morno e junte alguma farinha. Faça uma bola bem húmida e deixe levedar 20 minutos.
  2. Amasse a restante farinha com o açúcar, o leite e os ovos e junte a bola de fermento. Bata bem. Acrescente a manteiga, o sal e as especiarias.
  3. Bata até a massa se soltar da tigela. Deixe levedar numa tigela tapada com 1 cobertor, em local protegido e ameno + ou - 3 horas.
  4. Faça então uma bola ligeiramente achatada, onde coloca os ovos previamente cozidos e frios. Com um pouco de massa faça uns cordões que coloca a rodear os ovos.
  5. Pincele com gema de ovo, deixe levedar mais um pouco e leve a forno quente (200ºC) até ficar bem corado e cozido.

Nós já experimentámos e o resultado foi este. Ora veja: 



Se quiser continuar a surpreender a família e os amigos com receitas diferentes e sem gastar muito dinheiro, temos a solução ideal para si.

Venha à Biblioteca Municipal

TENHA UMA BOA PÁSCOA

abril 04, 2012

CAMINHAIS EM DIREÇÃO DA SOLIDÃO. EU, NÃO, EU TENHO OS MEUS LIVROS

Marguerite Duras é provavelmente a mais célebre escritora francesa. Nasceu a 4 de abril de 1914, na Indochina, atual Vietname, com o nome de Marguerite Donnadieu.
Passou a infância e a juventude  na Indochina, com a mãe e os dois irmãos, facto que marcou profundamente a sua vida e obra.  Aos 17 anos mudou-se para Paris, onde estudou Direito e Ciências Políticas na Universidade de Sorbonne, tendo-se licenciado em 1935.
Adotou o nome Duras, inspirada numa localidade perto do sítio onde o pai, falecido quando tinha 4 anos, possuía propriedades. Foi trabalhar até 1941, para o Ministério das Colónias e, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) fez parte da Resistência e filiou-se no Partido Comunista.
Em 1942, editou o seu primeiro romance "Les Impudents".
No final da guerra trabalhou como jornalista na revista Observateur e continuou a escrever, tendo alcançado o reconhecimento da sua obra com três romances editados entre 1950 e 1955:
Une Barrage Contre ja Pacifuque (Uma Barragem contra o Pacífico), Le Marin de Gibraltar (O Marinheiro de Gibraltar) e Le Square (O Jardim).

Marguerite Duras e Gerard Depardieu

Em 1959, escreveu o argumento do filme Hiroshima Mon Amour (Hiroshima Meu Amor), realizado por Alain Resnais e foi nomeada para um Oscar da Academia de Hollywood.
A sua paixão pelo cinema ficou patente na década de 70, altura em que escreveu e realizou diversos filmes, como Camion, com Gerard Depardieu.



Em 1984, regressou às grandes obras literárias com L'Amant (O Amante), romance semi-autobiográfico sobre a sua juventude na Indochina e que reflete as paisagens e as personagens da colónia francesa.  O livro ganhou o Prémio Goncourt, o mais prestigiado galardão literário francês. Oito anos mais tarde, foi realizado pelo francês Jean-Jacques Annaud, um filme baseado no romance.

 
Em 1985, lançou uma coletânea de contos, La Douleur (a Dor), inspirada na situação que viveu no pós-guerra, quando teve de tratar do marido que sobreviveu aos campos de concentração nazis. Após a sua recuperação, separou-se e, casou com outro homem.
Desde 1980 que Duras mantinha uma relação conturbada com Yann Andréa Steiner, 38 anos mais novo e obcecado pelos seus livros. Andréa Steiner escreveu dois livros sobre o período que viveu com Duras, quando a criatividade dela já estava ofuscada por problemas com o álcool. Apesar de tudo, o casal viveu junto até à morte da escritora, a 3 de novembro de 1996, em Paris. 

Quem foi Marguerite Duras?
"(...) Porque a vida de Marguerite é também a de uma criança do nosso século, de uma mulher profundamente empenhada nas coisas do seu tempo, pelas quais abraçou os combates principais.
(...) Porque se ela foi a escritora do Amor, foi também a militante dos direitos das mulheres e a defensora apaixonada do prazer feminino. Reivindicou sem cessar o direito ao prazer, e foi ao longo da vida uma notável apaixonada."
Este livro encontra-se disponível para empréstimo domiciliário.


"Creio que nada substitui a leitura de um texto, nada substitui a memória de um texto, nada, nenhum jogo".

Veja AQUI a bibliografia de Marguerite Duras disponível para empréstimo domiciliário.


abril 02, 2012

02 de ABRIL - DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL

The International Board on the Books for Young People (IBBY), criou o Dia Internacional do Livro Infantil em 1967, em honra do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, cujo aniversário do seu nascimento é assinalado a 02 de abril.


Aproveite as Férias da Páscoa e dê a conhecer
 Hans Christian Andersen,
 às suas crianças.
Encontrará na Sala Infantil da Biblioteca Municipal, 
 até ao próximo dia 23 de abril,  
uma exposição de cartazes com a sua biografia
e
uma mostra bibliográfia dos seus livros que poderá requisitar para empréstimo domiciliário.



A redação da mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é anualmente atribuída a um país membro do IIBY. Este ano, o autor da mensagem, que é divulgada em mais de 70 países pelo Conselho Internacional sobre a Literatura para os Jovens, do qual Portugal faz novamente parte, é  o poeta mexicano Francisco Hinojosa e, intitula-se: 

 "Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro

Quando lemos, contamos ou ouvimos contos, cultivamos a imaginação, como se fosse necessário dar-lhe treino para a mantermos em forma.
Quando lemos, contamos ou ouvimos contos em voz alta, estamos a repetir um ritual muito antigo que cumpriu um papel fundamental na história da civilização: construir uma comunidade.
Os contos são fecundos e imortais, em especial os da tradição oral, que se adequam às circunstâncias e ao contexto do momento em que são contados ou rescritos".



Em Portugal, a mensagem do
 Dia Internacional do
Livro Infantil
é acompanhada  de um cartaz da ilustradora
Yara Kono,
premiada o ano passado pelas ilustrações do livro "O Papão no Desvão", um picture book com texto de Ana Saldanha, publicado pela Caminho.
Yara Kono nasceu no Brasil, de descendência japonesa, mas foi em Portugal que se afirmou como designer e ilustradora, onde integra a equipa da Planeta Tangerina.





Levou-me um livro com ele
pelo mundo a passear
Não me perdi nem me achei
-porque um livro é afinal...
um pouco da vida, bem sei.
                                                               
João Pedro Mésseder, in O G é um gato enroscado

Tenha uma Boa Semana

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...