março 08, 2012


O nosso blogue mantém-se cor-de-rosa.


Hoje, 8 de março,  Dia da Mulher, apresentamos um texto escrito por um homem que, de certa maneira, ilustra o que os homens pensam sobre as Mulheres.

O que sempre soube das mulheres

"Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São ótimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas, porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas.  Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse ato de vontade tornam-se mesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos - elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco."

                                                                                                                 Rui Zink, in "Jornal Metro"



FELIZ DIA DA MULHER

 

março 07, 2012

A partir de hoje o nosso blogue pinta-se de cor-de-rosa.



AS MULHERES E O PODER - uma cronologia

  • 1691 - Massachusetts, EUA: pela primeira vez as mulheres votam.
  • 1791 - Olímpia de Gouges publica a Declaração dos Direitos das Mulheres.
  • 1848 - Lucretia Mott e Elizabeth Stanton organizam a primeira convenção dos direitos das mulheres, em Seneca Falls, EUA.
  • 1857 - 8 de março: numa fábrica em Nova Iorque, operárias morrem numa ação policial por reivindicarem a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias e o direito à licença de maternidade. O Dia Internacional da Mulher é instituído a 8  de março em homenagem a essas mulheres.
  • 1862 - As mulheres votam pela primeira vez na Europa, em eleições municipais na Suécia.
  • 1867 - Nasce Marie Curie, a primeira cientista, homem ou mulher, a ganhar dois Prémios Nobel, primeiro em Física e depois em Química.
  • 1889 - Primeira mulher portuguesa licenciada em Medicina: Elisa Augusta da Conceição de Andrade.
  • 1913 - Primeira mulher licenciada em Direito: Regina Quintanilha.
  • 1918 - Autorizado o exercício da advocacia às mulheres.
  • 1931 - Direito de voto às mulheres com curso secundário - aos homens exige-se apenas que saibam ler e escrever.
  • 1935 - Primeiras deputadas à Assembleia Nacional: Domitilia de Carvalho, Maria Guardiola e Maria Cândida Parreira.
  • 1966 - A Convenção 100 da OIT estabelece a igualdade de remuneração entre homens e mulheres para trabalho de valor igual.
  • 1969 - Introduzido  na lei  o princípio "salário igual para trabalho igual", as mulheres casadas passam a poder transpor as fronteiras nacionais sem necessidade de licença do marido.
  • 1974 - Abre-se o acesso das mulheres a todos os cargos da carreira administrativa local, à carreira diplomática e à magistratura. São abolidas todas as restrições baseadas no sexo quanto à capacidade eleitoral dos cidadãos. 
  • 1975 - Ano Internacional da Mulher - Conferência Mundial promovida pelas Nações Unidas na cidade de México. Criada a Comissão da Condição Feminina.
  • 1976 - A nova Constituição estabelece a igualdade entre homens e mulheres em todos os domínios e é abolido o direito do marido abrir a correspondência da mulher.
  • 1979 - Maria de Lourdes Pintassilgo a primeira mulher nomeada para o cargo de Primeiro-Ministro.
  • 1980 - Portugal ratifica a Convenção sobre a Eliminação de Todas as  Formas de Discriminação contra as Mulheres.
  • 1999 - Aprovado o Plano Nacional conta a Violência Doméstica
  • 2007 - Despenalizada a interrupção voluntária da gravidez. Criada a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género.
  • 2009 - Aprovado o Plano Nacional contra o Tráfico de Seres Humanos

Estas são só algumas das datas que deram voz às mulheres ao longo dos tempos, outras datas, igualmente assinaláveis, podem ser vistas até ao próximo dia 17, numa exposição de cartazes companhada de uma mostra bibliográfica, patente no átrio da Biblioteca Municipal, todos os dias úteis das 09h00-12h30 e das 13h30-17h00.



"Todos sabemos que a história da humanidade não é a mesma quando contada pelas mulheres e pelos homens. Os mesmos séculos, as mesmas guerras, os mesmos tempos vividos juntos e, no entanto, com histórias tão diferentes que parecem dois mundos separados. E na verdade foram. E em muitas latitudes ainda continuam a ser." 
                                                                                                                  Laurinda Alves

Visite-nos

março 05, 2012

PALESTRA - PRESENÇA E PAPEL DOS AVÓS

No âmbito da atividade da "Tertúlia dos Anos de Ouro", projeto da responsabilidade da ADESER II - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social da Região da Marinha Grande (IPSS), realizou-se no passado dia 1 de março, no Auditório da Biblioteca Municipal, mais uma palestra subordinada ao tema "Presença dos Avós: estudo de caso - Águeda", dirigida pela Drª Maria de Fátima Ferrão Pires.


Maria de Fátima Ferrão Pires é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade de Aveiro e mestre em Ciências da Educação, especialização em Formação Pessoal e Social, com a dissertação "Presença e papel dos avós: estudo de caso".
A convite da docente responsável pelo mestrado em Gerontologia da Secção Autónoma de Ciências da Saúde da Universidade de Aveiro, proferiu, em março de 2011, uma palestra sobre a "Presença intergeracional e papel dos avós nas famílias e em instituições fora da família na região de Águeda".
Integra, desde 2011, um Grupo de Investigação-Ação no Departamento da Universidade de Aveiro. Em julho de 2011, apresentou a comunicação "Contextos e representações dos avós: estudo de caso", partilhando a autoria com o Professor Doutor Carlos Meireles-Coelho, no XI Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, organizado pelo Instituto Politécnico da Guarda.


Seguindo a máxima de Aristóteles, para quem  "A cultura é o melhor conforto para a velhice", a "Tertúlia dos Anos de Ouro", constituída na sua maioria por pessoas já na situação de reformadas, acontece todas as segundas e quintas-feiras, no Auditório da Biblioteca Municipal, com sessões que decorrem entre as 15h00 e as 17h00, onde são desenvolvidas várias temáticas.
Para o mês de março estão agendados os seguintes temas: História da Literatura, História das Ideias, História das Religiões, História do Teatro, Expressão Dramática, Geografia, Francês e Inglês.


--- TENHA UMA BOA SEMANA ---

março 02, 2012

A LÍNGUA PORTUGUESA É ETERNA, UMA DAS MAIS LINDAS DO MUNDO


Foi com estas palavras que Rubem Fonseca agradeceu o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas 2012, pelo livro "Bufo & Spallanzani", de 1986, publicado pela primeira vez em Portugal no ano passado pela Editora Sextante e, por isso, finalista do principal prémio do Correntes d'Escritas.


"O melhor prémio foi ter conhecido esta cidade
e poder dizer às pessoas daqui que as amo"
                                                                   Rubem Fonseca

No seu discurso, Rubem Fonseca fez uma declaração de amor ao nosso idioma: "Amo a língua portuguesa, lindíssima, que vai durar pela eternidade". Seguiram-se os agradecimentos, com uma citação de Luís de Camões e ao terminar o soneto "Busque Amor novas artes, novo engenho", exclamou: "Viva a língua portuguesa!"

Rubem Fonseca nasceu a 11 de maio de 1925, em Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais, Brasil e reside no Rio de Janeiro desde os sete anos de idade.
É licenciado em Direito, tendo exercido várias profissões antes de se dedicar exclusivamente à escrita. O seu aparecimento na literatura brasileira, aos 38 anos, foi com o livro de contos "Os Prisioneiros", em 1963, tendo coincidido com o desgaste da literatura tradicional, de características rurais e realistas, e foi qualificado por vários críticos como uma resposta à situação de violência, que cegava a sociedade enferma, tanto rural como urbana.
Dois anos depois recebeu o Prémio Pen Club do Brasil pelo seu livro de contos  "A Coleira do Cão".
Em 2003 recebeu o Prémio Camões, o mais prestigiado galardão literário para a língua portuguesa.

E a nossa sugestão de leitura de fim de semana é ...


O primeiro livro de Rubem Fonseca a ser editado em Portugal e a sua estreia no romance, "O Caso Morel", considerada uma das suas obras mais radicais e publicada no auge da ditadura militar.
No centro da história encontramos a figura de Paul Morel, um típico vanguardista dos anos de 1970, preso por um homicídio  que nem ele mesmo sabe se cometeu. Da sua cela narra histórias que misturam sexo e violência. Nesta obra polémica, Morel faz uma série de reflexões bombásticas sobre arte e literatura.
"Suspeito que o universo não é apenas mais estranho do que supomos: é mais estranho do que somos capazes de supor". Fiel a esta máxima, O Caso Morel não é apenas um ótimo entretenimente, é um livro que arrebata o leitor da primeira à última página.



Conheça melhor o escritor.
Venha à Biblioteca Municipal e requisite o livro.

TENHA UM BOM FIM DE SEMANA

fevereiro 29, 2012

O AMOR PODE SER

Hoje vamos publicar um poema que nos foi enviado pelo escritor Alberto Riogrande e que deveria ter feito parte das participações no nosso Desafio - Dia de S. Valentim, mas que, por motivos técnicos, só agora nos foi possível proceder à sua publicação.

O AMOR PODE SER

O amor pode ser tudo o que tu quiseres,
tudo o que já foi dito
desde o começo dos tempos
em milhões de linhas empolgadas
e outras tantas, ainda,
desabadas
gravadas em silêncios
ensurdecedores e ásperos tormentos.

Um dia dirás que o amor é
uma engrenagem complexa,
imperfeita
e sempre inacabada;
quando pensas saber tudo
sobre essa combustão mágica
no caminho celestial,
forrado de beijos
e esperas
e veludo
cobrindo os dedos,
num sopro indomáveis ventos

levam-te o sonho
trazem-te os medos
e o tudo,
o céu
onde agarravas as mãos,
é uma sombra no pó da estrada.

Mas voltas à carga
como um cavaleiro mongol,
ébrio, rasgando a estepe
cinzelada no rosto,
no arfar gravado de sol
e céu
no caminhar vagabundo

e na estrada sem fim haverá,
quem sabe,
nos confins da estepe,
um mensageiro
a indicar-te o caminho,
talvez uma metade à espera de ti.
Para te sentires o sol, de corpo inteiro.

Um velho confessou-me, um dia,
que o amor
pode ser o sol
a lua,
todos os astros:
por ele já se fizeram guerras intermináveis
- lembras-te de Helena, Cleópatra, Inês?
se esboroaram impérios
todas
as quimeras,
se cometeram martírios abomináveis,
o general mais coriáceo, chorou
como uma criança
à frente do seu exército, de rastos,
vencido,
pela inclemente mordedura da paixão.

Dirás, mas se é assim uma estrada
tão cheia de sol e tempestade,
no incerto sopé
do vulcão, valerá a pena caminhar por aí?

É de todas a mais esplenderosa viagem,
grava no tempo,
no rosto, quem a percorreu:
às vezes é uma tormenta, doce miragem
nos encontros alvoraçados
de julieta e romeu,
outras a tatuagem que falta
a quem o sonhou, perdidamente, mas não o viveu.


Alberto Riogrande é um pseudónimo. Nasceu numa quinta, entre duas montanhas, à beira do Mondego. Licenciou-se pela Universidade de Coimbra e é professor na área das Humanidades. Viajou pela Europa e Norte de África e viveu durante longos períodos na Provença, Luxemburgo, norte dos Balcãs, Paris e na ilha do Pico. Por ser admirador destas vozes, gostava que um texto seu fosse cantado por Mariza, Luz Casal, Maria Bethânia ou KD Lang. Publicou, em 2010, o livro "A lua no teu umbigo".



Os nossos agradecimentos pela participação.
 Veja aqui o nosso DESAFIO

fevereiro 28, 2012

2012 ANO EUROPEU DO ENVELHECIMENTO ATIVO E DA SOLIDARIEDADE ENTRE GERAÇÕES

Os Censos de 2011 mostram que existem em Portugal 2,023 milhões de pessoas com 65 ou mais anos (cerca de 19% da população total), um número que aumentou cerca de 19% em dez anos. As estimativas apontam que, em 2050, o número de idosos duplicará (35,7%) e a dos jovens diminuirá 0,5% (14,4%).

"Na juventude deve-se acumular o saber.
 Na velhice fazer uso dele"
                                                                      Jean-Jacques Rousseau


Ilustração de Inge Look
Face à tendência de envelhecimento da população da Europa, o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações 2012 procura sensibilizar a sociedade europeia para o contributo socioeconómico prestado pelas pessoas mais velhas, bem como promover medidas que criem mais e melhores oportunidades para que os cidadãos idosos se mantenham ativos.
A coligação do ano europeu 2012 é atualmente constituída por 40 organizações europeias, que vêem o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações como uma oportunidade de abordar a discriminação baseada na idade e as mudanças demográficas e conseguir uma situação mais justa e sustentável para as pessoas de todas as idades.
É uma oportunidade para todos de refletir sobre o facto de os europeus viverem agora mais tempo e com mais saúde do que nunca e aproveitar as oportunidades que se oferecem.


Ilustração de Inge Look

Toda a nossa sociedade vai ter de se adaptar às necessidades da sua população em envelhecimento, mas também terá de enfrentar os novos desafios, enfrentados por outros grupos etários, para que todas as gerações sejam capazes de continuar a apoiar-se uns aos outros e a viver juntos pacificamente.
Envelhecer preocupa-o? Preocupa-o saber qual vai ser o seu papel na sociedade quando tiver 60, 70, 80 anos?
Há muito para viver depois dos 60 e a sociedade está a valorizar cada vez mais a contribuição das pessoas idosas. É isso que significa envelhecimento ativo: Tirar mais e não menos partido da vida à medida que se envelhece, tanto no trabalho como em casa ou na comunidade.


"Devemos aprender durante toda a vida,
 sem imaginar que a sabedoria vem com a velhice"
                                                                                                 Platão

A coordenadora nacional do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, Joaquina Madeira, sustentou que "os idosos são cada vez mais cultos e interessados" e deu como exemplo as universidades da terceira idade que, há 10 anos quando nasceram, tinham 10.000 alunos e atualmente têm mais de 30.000.

Ilustração de Inge Look
Também no nosso concelho existem alguns exemplos destes. E um deles é sem dúvida a Tertúlia dos Anos de Ouro, promovida pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social da Região da Marinha Grande - ADESER II. É um exemplo de como os anos podem ir decorrendo de uma forma ativa, sem isolamento, aproveitando os saberes acumulados ao longo da vida e transmitindo-os a quem ainda está a tempo de aprender. 
A Tertúlia reune-se todas as segundas e quintas feiras, no Auditório da Biblioteca Municipal, entre as 14h30 e as 17h00, onde são desenvolvidas várias sessões sobre as mais variadas temáticas, que vão desde a História do Mundo à História da Literatura, da Filosofia à Geografia, passando pelas línguas estrangeiras. Paralelamente com estas sessões, realiza-se também no nosso auditório, todas as 2ª feiras, o ensaio do Coro da Tertúlia, que é mais um sinal da vitalidade do grupo e uma demonstração de que nunca é tarde para começar.


"Ninguém ama tanto a vida
como o homem que está a envelhecer."
Sófocles

fevereiro 27, 2012

Contamos … CONTIGO! [Hora do conto]

Continuamos a contar ... CONTIGO! e com todos os meninos, que nos queiram visitar e participar nas nossas sessões de leitura. Estamos disponíveis para realizar sessões de leitura para grupos/turmas e visitas guiadas onde damos a conhecer melhor a Biblioteca Municipal, como está organizada e a sua forma de funcionamento. 

Todos os meses adotamos um livro diferente para ler. Mas recorremos a muitos outros livros, sempre que o escolhido não se adapta à faixa etária das crianças. Foi o que fizemos nas sessões de leitura realizadas na passada semana e que as fotos ilustram. Ora vejam! 
 



Após a habitual visita pelos diferentes espaços funcionais da Biblioteca, realizámos uma sessão de leitura diferente. Escolhemos um livro de literatura infantil, que nos fala do prazer que os livros sentem quando são lidos, fizemos as adaptações necessárias e dramatizámos a história, com recurso a materiais produzidos na própria biblioteca. Reproduzimos as personagens do livro e fizemos um pequeno teatro de fantoches.  

O resultado agradou. Mostrámos que não são necessários muitos recursos para fazermos algo de diferente, basta que haja alguma imaginação e muito trabalho. As crianças gostaram e prometeram voltar.

Esperamos contar... CONSIGO também!
Telefone, faça a sua marcação, traga a sua turma.

fevereiro 24, 2012

PARABÉNS JOSÉ GIL

José Gil foi o escolhido para a atribuição do Prémio Vergílio Ferreira 2012.

Segundo o júri, presidido pelo prof. José Alberto Machado, da Universidade de Évora, e composto pelo diretor do Departamento de Linguística e Literaturas da UE, prof. Fernando Gomes, pelo prof. Augusto Bernardes, da Universidade de Coimbra, pelo prof. Mário Avelar, da Universidade Aberta e pelo crítico literário, prof. António Saéz Delgado, José Gil recebe este prémio devido à relevância do seu pensamento, "contributo singular para uma reflexão profunda sobre a identidade do Portugal contemporâneo".

"(...) nas suas diferentes mas complementares vertentes como ensaísta, filósofo e professor universitário, José Gil tem contribuído com a sua reflexão e trabalhos publicados para a compreensão da nossa identidade coletiva como portugueses".
                                                      Francisco José Viegas, Secretário de Estado da Cultura

O Prémio Vergílio Ferreira foi criado em 1997 com o objetivo de homenagear o escritor que lhe dá o nome, Vergílio Ferreira, e premiar o conjunto da obra de escritores portugueses relevantes no âmbito da narrativa e do ensaio.
A cerimónia de entrega do prémio decorre a 1 de março, data da morte de Vergílio Ferreira, na Sala dos Atos da Universidade de Évora.

Prémio Vergílio Ferreira
  • 1997 Maria Velho da Costa
  • 1998 Maria Judite de Carvalho (a título póstumo)
  • 1999 Mia Couto
  • 2000 Almeida Faria
  • 2001 Eduardo Lourenço
  • 2002 Óscar Lopes
  • 2003 Vítor Aguiar e Silva
  • 2004 Agustina Bessa-Luís
  • 2005 Manuel Gusmão
  • 2006 Fernando Guimarães
  • 2007 Vasco Graça Moura
  • 2008 Mário Cláudio
  • 2009 Mário de Carvalho
  • 2010 Luísa Dacosta
  • 2011 Maria Alzira Seixo
  • 2012 José Gil

Considerado pelo "Le Nouvel Observateur" como um dos 25 grandes pensadores do mundo, José Gil, filósofo e pensador português nasceu em 1939 em Lourenço Marques, Moçambique. Em 1957 veio estudar para a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde se inscreveu no curso de Ciências Matemáticas. No ano seguinte mudou-se para Paris onde prosseguiu os estudos em matemática. No entanto, percebeu que a sua área preferida era a filosofia e mudou de curso. Em 1968 concluiu a licenciatura em Filosofia na Faculdade de letras de Paris, na Universidade da Sorbonne. Seguiu-se o mestrado de Filosofia, com a tese sobre a moral de Kant. Em 1982 concluiu o doutoramento com a tese Corpo, Espaço e Poder.
Em 1976 José Gil regressou a Portugal para ser adjunto do Secretário de Estado do Ensino Superior e da Investigação Científica. Cinco anos mais tarde instalou-se definitivamente em Portugal, quando passou a ser professor auxiliar convidado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Em 2004 publicou "Portugal, Hoje. O Medo de Existir", a sua primeira obra escrita em português, que rapidamente se tornou um sucesso de vendas.
Este livro é a nossa sugestão de leitura de fim de semana.

"Na análise de José Gil, Portugal é uma sociedade normalizada, onde o horizonte dos possíveis é extremamente pobre e onde a prática democrática encontra resistências ao aprofundamento".
                António Guerreiro, Expresso, dezembro de 2004




Quer saber do que é que os portugueses tem medo?
Venha à Biblioteca da sua cidade e requisite o livro.

Tenha um Bom Fim de Semana

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...