abril 15, 2025

LEONARDO DA VINCI 1452-1519

 


Leonardo Da Vinci é considerado o arquétipo do Homem do Renascimento, devido à sua genialidade multifacetada.
Pintor, inventor, cientista, engenheiro, arquiteto, naturalista e anatomista, personificou o ideal renascentista na procura pelo conhecimento nas mais diversas áreas do saber.
Nasceu em Vinci, na Toscana, a 15 de abril de 1452 (faz hoje 573 anos), e morreu em Cloux, perto de Amboise, França, a 2 de maio de 1519 e é um dos artistas mais representativos do Renascimento.

Os seus cadernos repletos de invenções e observações científicas influenciaram gerações. A sua importância na cultura reside na fusão entre arte e ciência, e o seu legado continua a inspirar a humanidade. 
Esteve em Florença, Milão, Roma, as cidades do Renascimento, onde trabalhou para mecenas como os Médici, Ludovico Sforza e os Papas da época.
Em França trabalhou para Francisco I, que o nomeou primeiro-pintor da corte, recompensando-o copiosamente e concedendo-lhe como residência privada o Castelo de Cloux, onde teve liberdade absoluta para se dedicar às suas investigações de anatomia e aos seus desenhos sobre o Dilúvio.


As suas obras-primas, Mona Lisa e A Última Ceia revolucionaram a pintura com técnicas inovadoras de luz e sombra (sfumato e chiaroscuro).
O seu icónico O Homem Vitruviano reflete a sua obsessão pela perfeição estética e pelo estudo das proporções humanas.


O seu legado transcende a sua época, influenciando a ciência, 
a arte e o pensamento moderno, consolidando-o como exemplo máximo do ideal renascentista.




Venha descobrir o génio de Leonardo da Vinci

Venha à Biblioteca Municipal e mergulhe no fascinante mundo deste mestre 
do Renascimento - artista, inventor, cientista, visionário.
Há livros à sua espera que revelam os segredos por trás das suas obras.

Inspire-se!







abril 09, 2025

UM PRETO MUITO PORTUGUÊS




Telma Marlise Escórcio da Silva, pseudónimo literário da nossa autora de hoje, Telma Tvon, nasceu em  Luanda em 1980, tendo emigrado para Lisboa em 1993, onde frequentou o ensino secundário ao mesmo tempo que se integrava na cultura Hip Hop. Desde os 16 anos que o seu mundo é o rap, o soul e o hip hop. Recentemente colaborou com o brasileiro Luca Argel no projeto Samba de Guerrilha.
Licenciou-se em Estudos Africanos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e concluiu o mestrado em Serviço Social pelo ISCTE.

A sua carreira como escritora teve início em 2017, com o romance Um Preto Muito Português, que tem agora uma nova edição pela Quetzal e que divulgamos junto dos nossos leitores.
A Câmara Municipal de Lisboa, em 2022, convidou 48 autoras (cantautoras, poetas, escritoras) a escreverem uma frase alusiva à Liberdade e Telma Tvon foi uma delas. As 48 frases foram depois pintadas no chão da cidade, no âmbito das comemorações dos 48 anos de 25 de Abril.




"Perguntam-me várias vezes de onde sou. Sou filho de cabo-verdianos que vivem em Portugal. Sou neto de cabo-verdianos que nunca conheceram Portugal. Sou bisneto de holandeses que mal conheceram Portugal. Sou bisneto de africanas que muito ouviram falar de Portugal.
E de onde sou eu? Nasci em Lisboa, mas sou tão tido como estrangeiro. (...)
Eu até me licenciei, eu até falo português conveniente. Ninguém sabe como lidar comigo, não se sabe se sou Preto o suficiente ou se ando a tentar passar por Branco inconscientemente. (...)
Cresci conformado, cresci habituado talvez, e nunca questionei a hostilidade que pairava sobre a minha proveniência, sobre a minha existência. Era tudo tão normal como eu ser estrangeiro na terra que imparcialmente me pariu."


"Ontem candidatei-me a um emprego e, não obstante a informação estar no meu curriculum vitae, fizeram-me a pergunta da praxe: "De onde é, João?"
Ao que respondi: " Sou português."
Ela ficou meio atordoada, mas insistiu: "Pois, mas tem outras origens, certo?"
E eu, parvamente, disse: "Tenho, claro, sou originário da Maternidade Alfredo da Costa, mas vivo na linha de Sintra.
Fim de conversa."







abril 04, 2025

CONCERTO EM MEMÓRIA DE UM ANJO


Hoje divulgamos aos nossos leitores um livro de contos,
  Concerto em Memória de um Anjo
que foi Prémio Goncourt de Conto em 2010.

Este prémio, concedido anualmente pela Academia Goncourt, reconhece a excelência das narrativas curtas e, em 2010, destacou Éric-Emmanuel Schmitt, pela sua habilidade em explorar a complexidade da alma humana com uma escrita envolvente e reflexiva.


  • Que relação existe entre uma mulher que envenena sucessivamente os seus maridos e um presidente da República apaixonado?
  • Qual a ligação entre um simples e honesto marinheiro e um escroque internacional que vende bugigangas religiosas fabricadas na China?
  • Por que milagre uma imagem de Santa Rita, padroeira das causas perdidas, assume o papel de guia misteriosa das suas existências?
Todas estas personagens tiveram a possibilidade de se redimir, de escolher a luz em vez da sombra. A todas foi um dia oferecida a salvação. Algumas aceitaram-na, outras recusaram-na, outras ainda não souberam reconhecê-la.
Quatro histórias com ligações entre si. Quatro histórias que atravessam o que de mais comum e mais extraordinário existe na nossa vida. Quatro histórias que exploram uma questão: 
  • Somos livres ou estamos presos a um destino? 
  • Será que podemos mudar?


Éric-Emmanuel Schmitt é um dos mais prolíficos e premiados romancistas franceses do nosso tempo. Entre os seus prémios contam-se o prestigiado prémio Goncourt de Romance e ainda o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa. Está no Top 10 dos autores franceses mais lidos e os seu livros estão traduzidos em mais de 40 idiomas.
Para quem ainda não se rendeu a este género literário (conto), o autor tem várias considerações no seu diário: 
"Contrariamente ao que muita gente pensa, um livro de contos é um livro a sério, com um tema e uma forma. (...) O conto é um esboço de romance, um romance reduzido ao essencial. Este género exigente não perdoa a traição. Enquanto o romance pode ser utilizado como uma arrecadação onde tudo cabe, o mesmo é impossível para o conto. É preciso medir o espaço dedicado à descrição, ao diálogo e à sequência. (...) A brevidade faz do leitor um cativo."


"Concerto em memória de um anjo": escrevo-o com a música de Alan Berg, que me enfeitiça, e me conduz até novas sensações inauditas, pensamentos novos. 
Nunca me apercebera de como a idade nos traz liberdade. Aos 20 anos, somos o  produto da nossa educação, mas aos 40, finalmente, somos o resultado das nossas escolhas (se as tivermos feito).
O jovem transforma-se no adulto desejado pela sua infância. Enquanto o homem maduro é a criança do jovem."








março 26, 2025

O FIM DO MUNDO EM CUECAS

 

 
Podem ser ameaças cósmicas, aliens 👽, 
vírus, supervulcões ou simplesmente a estupidez humana.
Mas uma coisa é certa: O mundo vai acabar.
Seria triste se não fosse tão giro!

Será que a humanidade vai continuar a evoluir e a descobrir os segredos do Universo, ou desaparece já no próximo século? Perigos para acabar connosco não faltam! As alterações climáticas já chegaram, a IA pode escravizar-nos em três tempos, um supervulcão pode tornar o mundo inabitável em menos de nada, a terceira guerra mundial pode estar ao virar da esquina. Isto para não falar de superpandemias, de vírus alienígenas, de homenzinhos verdes 👽 com más intenções ou de coisas tão simples como a estupidificação massiva da população através da desinformação.


O Fim do Mundo em Cuecas é uma coletânea de textos organizada por Hugo van der Ding, onde diversos especialistas e divulgadores de ciência em Portugal exploram, de forma científica e divertida, diferentes cenários apocalípticos. São abordados temas como alterações climáticas, inteligência artificial, pandemias, desinformação, acompanhado com ilustrações do próprio Hugo van der Ding. Entre os colaboradores encontram-se nomes como Joana Lobo Antunes, Fátima Viveiros, Pedro Ferreira, Miguel Gonçalves, Adriano Cerqueira e David Marçal. Cada um contribui com a sua perspetiva sobre possíveis ameaças ao futuro da humanidade, combinando rigor científico com humor. 


Hugo van der Ding é o pseudónimo de Hugo Sousa Tavares, um multifacetado criador português que se destaca como ilustrador, escritor, locutor e humorista. Ganhou notoriedade através de personagens digitais como a "Criada Malcriada" e "Cavaca a Presidenta", que conquistaram o público nas redes sociais.
Além do seu trabalho nas plataformas digitais, Hugo van der Ding é coautor do podcast "Vamos Todos Morrer", um dos mais ouvidos em Portugal, onde apresenta breves biografias históricas com um toque de humor negro. Esse projeto foi adaptado para livro, que pode ser requisitado para empréstimo domiciliário.
Na rádio, integrou a equipa das manhãs da Antena 3, contribuindo com a sua visão humorística e crítica sobre os mais diversos temas. Recentemente aventurou-se na televisão, apresentando o programa "Duas Pessoas a Fazer Televisão" na RTP, em parceria com Martim Sousa Tavares. 
Hugo van der Ding é reconhecido pela sua capacidade de abordar assuntos sérios com leveza e inteligência, utilizando como ferramenta o humor para a reflexão e crítica social.


O fim do mundo já foi anunciado inúmeras vezes por todo o tipo de profetas.
 E, no entanto, o mundo ainda cá está. Parece estar para lavar e durar,
 resistindo a epidemias, guerras e alterações climáticas. 
Os profetas do fim do mundo é que têm morrido.






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