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março 08, 2024

QUEM FOI MARY WOLLSTONECRAFT?




"No dia 10 de setembro de 1797 morria em Londres, aos 38 anos (tão nova...), a escritora e pioneira do feminismo Mary Wollstonecraft. Mary nasceu em 1759, também em Londres, numa família com algum conforto financeiro, que se foi dissipando com os negócios  ruinosos do pai, um bêbedo violento que batia na mãe e nas filhas. Desde muito cedo que Mary tomou para si o papel de defender as irmãs dos ataques daquela besta. (...) 
Mary, que entretanto começa a trabalhar como governanta numa casa - queixando-se das poucas opções de emprego para mulheres que eram instruídas mas não tinham meios de fortuna - publica então observações sobre a educação de crianças.


Será com dois outros livros, Os Direitos dos Homens - resposta a uma polémica com um membro do Parlamento - e A Vindicação dos Direitos das Mulheres - publicado em 1792, um verdadeiro tratado feminista antes de isso sequer existir -, que Mary estabelece a sua notoriedade. Além de reclamar igualdade de tratamento, reflete ainda sobre a diferença de oportunidades, sobretudo no que diz respeito à educação que serve apenas para perpetuar o patriarcado. Este último livro torna-se uma sensação em Inglaterra e Mary decide dedicar-se exclusivamente à escrita, realidade impensável para uma mulher da sua época. (...)
Só no final do século XX, e com a consolidação do movimento feminista, é que a sua obra será redescoberta e lhe seria reservado o lugar que merece, como uma das pioneiras da luta pela igualdade entre homens e mulheres. "Uma Vindicação dos Direitos das Mulheres" é uma obra fundamental e inspiração para as e os feministas modernos. Não menos interessante é o seu relato da Revolução Francesa, a que se juntam romances, poesia, livros de viagens e até um manual de boas maneiras. E tudo isto em apenas 37 anos. 
Mary acabaria por morrer de complicações do parto, onze dias depois de nascer a sua segunda filha, também chamada Mary. Esta filha casaria com o poeta Percy Shelley, e é a própria da Mary Shelley, autora do Frankenstein. Bons genes, vá."

In, Vamos Todos Morrer, de Hugo van der Ding
pág. 206 


Josephine Baker, Simone de Beauvoir, Estée Lauder, Maya Angelou, 
Sophia, Frida Kahlo, Isadora Ducan, Oriana Fallaci, 
Wangari Maathai, Amália, Rosa Parks, Olympe De Gouges,
 Ada Lovelace, Severa, Natália Correia, ... : Todas mortas

Não vale a pena esperar outra coisa da vida a não ser o seu fim. 
Porém, como dizia Camões, há aqueles que se vão da lei da morte libertando e, 
em vez de irem fazer tijolo, fazem História - nem sempre pelas razões mais nobres, 
mas, provavelmente, é para o lado que dormem melhor.

Com as suas notas necrológicas dignas de antologia, Hugo van der Ding demonstra, 
que nem a História tem de ser um relato aborrecido e soporífero dos grandes feitos e acontecimentos, nem o entretenimento tem de ser um atentado a todos os nossos neurónios.




Das 141 almas que foram desta para melhor e cujas venturas são descritas neste livro,
 que sugerimos para leitura do seu fim de semana
nem uma reclamou do obituário que lhe calhou em sorte.








março 26, 2025

O FIM DO MUNDO EM CUECAS

 

 
Podem ser ameaças cósmicas, aliens 👽, 
vírus, supervulcões ou simplesmente a estupidez humana.
Mas uma coisa é certa: O mundo vai acabar.
Seria triste se não fosse tão giro!

Será que a humanidade vai continuar a evoluir e a descobrir os segredos do Universo, ou desaparece já no próximo século? Perigos para acabar connosco não faltam! As alterações climáticas já chegaram, a IA pode escravizar-nos em três tempos, um supervulcão pode tornar o mundo inabitável em menos de nada, a terceira guerra mundial pode estar ao virar da esquina. Isto para não falar de superpandemias, de vírus alienígenas, de homenzinhos verdes 👽 com más intenções ou de coisas tão simples como a estupidificação massiva da população através da desinformação.


O Fim do Mundo em Cuecas é uma coletânea de textos organizada por Hugo van der Ding, onde diversos especialistas e divulgadores de ciência em Portugal exploram, de forma científica e divertida, diferentes cenários apocalípticos. São abordados temas como alterações climáticas, inteligência artificial, pandemias, desinformação, acompanhado com ilustrações do próprio Hugo van der Ding. Entre os colaboradores encontram-se nomes como Joana Lobo Antunes, Fátima Viveiros, Pedro Ferreira, Miguel Gonçalves, Adriano Cerqueira e David Marçal. Cada um contribui com a sua perspetiva sobre possíveis ameaças ao futuro da humanidade, combinando rigor científico com humor. 


Hugo van der Ding é o pseudónimo de Hugo Sousa Tavares, um multifacetado criador português que se destaca como ilustrador, escritor, locutor e humorista. Ganhou notoriedade através de personagens digitais como a "Criada Malcriada" e "Cavaca a Presidenta", que conquistaram o público nas redes sociais.
Além do seu trabalho nas plataformas digitais, Hugo van der Ding é coautor do podcast "Vamos Todos Morrer", um dos mais ouvidos em Portugal, onde apresenta breves biografias históricas com um toque de humor negro. Esse projeto foi adaptado para livro, que pode ser requisitado para empréstimo domiciliário.
Na rádio, integrou a equipa das manhãs da Antena 3, contribuindo com a sua visão humorística e crítica sobre os mais diversos temas. Recentemente aventurou-se na televisão, apresentando o programa "Duas Pessoas a Fazer Televisão" na RTP, em parceria com Martim Sousa Tavares. 
Hugo van der Ding é reconhecido pela sua capacidade de abordar assuntos sérios com leveza e inteligência, utilizando como ferramenta o humor para a reflexão e crítica social.


O fim do mundo já foi anunciado inúmeras vezes por todo o tipo de profetas.
 E, no entanto, o mundo ainda cá está. Parece estar para lavar e durar,
 resistindo a epidemias, guerras e alterações climáticas. 
Os profetas do fim do mundo é que têm morrido.






dezembro 20, 2012

O GREAT RABBIT, O BELCHIOR, O BALTASAR E O GASPAR


O Natal está quase a chegar e as preocupações com a
 Árvore de Natal, o Presépio, a Iluminação de Natal,  os Presentes, a Ceia de Natal e o Almoço de Natal quase não lhe deixam tempo livre.


Por isso antecipamos a sugestão de leitura de fim de semana 
para hoje.
Não vamos sugerir um livro, mas antes um Conto de Natal
do escritor José Viale Moutinho, publicado no Jornal de Letras de 14/12/2011.



As Hesitações dos Reis Magos

Ouro, incenso e mirra, os Reis Magos mastigavam as palavras, procuravam atropelar os conceitos enquanto bebiam chá de termo que Belchior colocara numa pedra. 
Baltasar já apresentara a proposta de, a partir daquele oásis, irem num só camelo. 
Gaspar dizia que o Menino não repararia na falsidade do ouro, o Carpinteiro também não distinguiria o areão amarelo do pechisbeque e Maria estaria preocupada com outros problemas na miserável cabana em que viviam.


Depois, como não se tratava de uma Fábula, mas de um Conto de Natal, nem a Vaca nem o Burro poderiam falar. Além disso, a Vaca era a eterna enganada, daí os cornos, e o Burro era mesmo burro.
Depois, o incenso sempre foi algo incómodo para os humanos, mesmo nos templos, e a mirra... sugeriu Belchior: Aposto que nem o tipo que está a escrever isto sabe o que é!
Baltasar, amargo, concluiu: Que merda de Natal o deste ano, pois vocês sabem o que me aconteceu?
Gaspar respondeu logo que decerto acontecera o mesmo a todos: os seus réditos haviam sido confiscados pela metade pelo Great Rabbit da Galileia, o que lhes condicionava as homenagens ao Rei dos Reis do costume.
E o que dirá o puto quando nos vir chegar num só camelo e com tão miseráveis prendas?
Belchior, em trejeito infeliz, aventou que a Criança Divina faria birras, mas decerto já adivinhara o que se passara no Celeste Reino Fiscal. E o Senhor Deus, lá em cima, o que sabe tudo, seu pai, com os seus trovões, raios e coriscos, não nos castigará?
Ora, tentou explicar Gaspar o mistério da omnipotência, e Ele não foi quem inventou o Great Rabbit? Também tem culpas no cartório!


Ora se tem, o magano! Mas, ó meu querido irmão Gaspar, quem se trama somos nós, o grande Deus assobia para o lado e o Menino está-se nas tintas: aos 33 deixa-se crucificar, morrer e enterrar e ao terceiro dia desanda para o Céu e nós ficamos a braços com o Great Rabitt
E o carpinteiro? Esse sai de circulação, como sempre.
E a Mãe? Demora, mas também ascende.
E a Vaca? Nunca se sabe o que lhe acontece.
E o Burro? Esse vai dar uma volta até ao ano. 
O único que quase se safa é um tal Herodes, que se entretém a matar criancinhas, mas não acerta naquela que quer apanhar, no Rei dos Reis. Então vou ali à tenda daquele judeu que está a rir-se e já venho. Vou saber preços.

E assim como foi, Belchior veio, mas escandalizado: O ouro não subiu de preço, mas ele compra e não vende, o que subiu foi a taxa, que vai em 57%, o incenso a 49.6% e a mirra só de importação, só para março. Tem ali um pedacinho do ano passado, mas a taxa é a 87%, e por ser para nós.
Disseste-lhe quem somos?
Por isso mesmo. E aluga-nos estábulo para os dois camelos.
E que lhe disseste?
Que fosse à merda.
E ele?
Que queria lá saber, que o que mais há são reis magos, magros, ou coisa assim. Por causa da crise. Então é melhor irmos andando para a Nazaré.
Vamos lá. Mas, ó Belchior, a estrela que nos guia está a ir para a esquerda e nós para a direita. 
Gaspar, meu irmão, mas queres cumprir a tradição ou obedecer às diretrizes do Great Rabbit?
E Gaspar, titubeante, quis saber se o Great Rabbit pensava por si ou tinha um chip da Maior Ângela que Ele. Mas nem os magos nem o camelo souberam responder. 
Porém, ao longe, os chacais do orçamento estavam atentos.



FELIZ NATAL

dezembro 26, 2011

BALANÇO 2011

Entrámos naquela semana  do ano em que se faz o balanço das anteriores 51.

Vamos recordar quem nos deixou neste 2011.

JANEIRO

05 - Malangatana, 74 anos, pintor moçambicano.
09 - Vítor Alves, 75 anos, Capitão de Abril.
14 - Martha De la Cal, 85 anos, correspondente da Time em Portugal.


FEVEREIRO
03 - Maria Schneider, 58 anos, atriz do filme o Último Tango em Paris.
12 - Gérard Castello-Lopes, 86 anos, fotógrafo português.
17 - Santi Santamaria, 53 anos, chef catalão.
17 - Arnold Kalilin, 81 anos, primeiro diplomata soviético a exercer funções em Portugal
25 - Aldina Costa, 82 anos, artista plástica.


MARÇO

01 - Jane Russel, 89 anos, atriz norte-americana
14 - Joaquim Pinto Machado, 80 anos, médico e politico
22 - Artur Agostinho, 90 anos, jornalista
23 - Elizabeth Taylor, 79 anos, atriz
27 - Moacyr Scliar, 73 anos anos, escritor brasileiro
29 - Ângelo de Sousa, 73 anos, pintor moçambicano


ABRIL

07 - Maria Emília Tito de Morais, 87 anos, fundadora do PS
09 - Sidney Lumet, 86 anos, realizador norte-americano
21 - Zé Leonel, 50 anos, fundador dos Xutos & Pontapés
22 - João Maria Tudela, 81 anos, cantor
27 - Vitorino Magalhães Godinho, 92 anos, historiador
29 - David Lopes Ramos, 63 anos, jornalista
30 - Ernesto Sabato, 100 anos, escritor argentino


MAIO

07 - Seve Ballesteros, 54 anos, golfista espanhol
07 - Gunter Sachs, 78 anos, milionário e fotógrafo alemão
16 - José Côrte-Real, 71 anos, jornalista
27 - Gil Scott-Heron, 62 anos, músico e poeta norte-americano


JUNHO

03 - Jack Kevorkian, 83 anos, médico conhecido como Dr. Morte
05 - António Manuel dos Santos, 52 anos, jornalista
07 - Jorge Semprún, 87 anos, político e escritor espanhol
20 - Pedro Hestnes, 49 anos, ator português
23 - Peter Falk, 83 anos, ator norte-americano
24 - Tomislav Ivic, 77 anos, treinador de futebol croata
27 - Salvador Caetano, 85 anos, empresário
28 - Angélico Vieira, 28 anos, cantor e ator


JULHO

04 - Joaquim Lobo, 67 anos, fotojornalista
06 - Maria José Nogueira Pinto, 59 anos, política
07 - Diogo Vasconcelos, 43 anos, político
09 - Jorge Lima Barreto, 61 anos, músico
21 - Lucian Freud, 88 anos, pintor britânico
23 - Amy Winehouse, 27 anos, cantora britânica
24 - David Servan-Schreiben, 50 anos, neuropsiquiatra francês
27 - Itamar Franco, 81 anos, ex-Presidente do Brasil
28 - Maria Lúcia Lepecki, 71 anos, linguista brasileira


AGOSTO

11 - José Manuel Osório, 64 anos, estudioso do fado e mais antigo paciente com SIDA em Portugal
19 - Raoul Ruiz, 70 anos, realizador chileno
20 - Beatriz Cal Brandão, 97 anos, política
22 - José Fontes Rocha, 85 anos, guitarrista


SETEMBRO

12 - Pedro Vieira de Almeida, 78 anos, arquiteto
13 - Richard Hamilton, 89 anos, britânico percursor da pop art
21 - Júlio Resende, 93 anos, pintor português
22 - Aristides Pereira, 87 anos, Presidente de Cabo Verde
23 - José Niza, 73 anos, compositor português


 
OUTUBRO

01 - Linda Silva, 69 anos, atriz portuguesa
05 - Steve Jobs, 56 anos, fundador da Apple
08 - Luís Archer, 85 anos, padre jesuíta e cientista
11 - André Mingas, 61 anos, músico angolano
14 - Laura Pollan, 63 anos, cubana líder das Damas de Branco



NOVEMBRO

07 - Tomas Segovia, 84 anos, poeta espanhol
22 - Danielle Mitterrand, 87 anos, ex-primeira-dama francesa
23 - Montserrat Figueras, 63 anos, soprano catalã


 DEZEMBRO

03 - José Mensurado, 80 anos, jornalista
04 - Sócrates, 57 anos, futebolista brasileiro
07 - Melo Egídio, 89 anos, ex-governador de Macau
08 - Luiz Francisco Rebello, 87 anos, dramaturgo português
15 - Christopher Hitchens, 62 anos, jornalista
17 - Cesária Évora, 70 anos, cantora cabo-verdiana
17 - Kim Jong-Il, 82 anos, Presidente da Coreia do Norte
18 - Václav Havel, 75 anos, ex-presidente checo


 
"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus".
                                                                                              Fernando Pessoa/Alberto Caeiro


Tenha uma Boa Semana

setembro 07, 2022

7 de Setembro de 1822

  Hoje assinalam-se 200 anos da independência do Brasil

Muito recentemente foi noticiada a trasladação do coração de D. Pedro para o Brasil, num ato simbólico inserido nas comemorações do bicentenário da independência daquele país, que se assinala hoje, 7 de setembro. 

D. Pedro I foi o 1.º Imperador do Brasil, entre 1822 e 1831 

O coração de D. Pedro IV, Rei de Portugal entre 1826 e 1834, foi doado pelo próprio monarca à cidade do Porto, onde comandou as tropas liberais contra as absolutistas liderados pelo seu irmão D. Miguel. Mas vamos saber um pouco da nossa História:

D. Pedro IV, Rei de Portugal
D. Pedro I, Imperador do Brasil (1822-1831) 

D. Pedro, filho de D. João VI, ainda criança, viajou para o Brasil com toda a família real, em 1807, na sequência da primeira invasão francesa. 
Instalada a corte no Brasil, revolucionaram o país, promoveram-no ao estatuto de Reino e abriram os portos ao comércio com outros países, deixando de ser exclusivo dos portugueses. Este facto, conjuntamente com o tratado de comércio celebrado com a Grã-Bretanha, em 1810, trouxe prejuízos económicos aos comerciantes portugueses e grande concorrência por parte de outros países. Ideias que caíram muito mal na elite portuguesa. O descontentamento em Lisboa tornou-se evidente, por razões económicas, sociais e pela proliferação de ideias liberais, que entretanto começam a espalhar-se por Portugal e que conduziram à Revolução Liberal.  

Com a Revolução Liberal de 1820, no Porto, as Cortes lisboetas determinam o regresso do monarca a Lisboa, tendo o filho D. Pedro ficado no Brasil, como regente do Reino do Brasil. Mas as Cortes insistiam, também, no regresso do príncipe. A 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recusou regressar, não cumpriu as determinações das Cortes, sendo esse dia conhecido como o Dia do Fico. O braço de ferro entre D. Pedro e as Cortes lisboetas intensificou-se.

"Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, 
estou pronto. Digam ao povo que fico."

Liderando o movimento independentista, D. Pedro proclama a independência do Brasil, em 07 de setembro de 1822, junto às margens do rio Ipiranga (São Paulo) e torna-se o primeiro imperador do Brasil.

"Independência ou morte"


Independência ou Morte, por Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888

D. Pedro viveu toda a sua juventude no Rio de Janeiro, longe das regras rígidas das cortes europeias, o que contribuiu para o seu comportamento irreverente, boémio, mas também inovador, tendo compreendido, desde cedo, que a monarquia se tinha de modernizar, que o Antigo Regime e o absolutismo tinham de acabar. 

De pensamento liberal, tomou medidas consideradas revolucionárias e modernas para a época. Porém, com uma personalidade autoritária e envolvido em sucessivos escândalos amorosos, D. Pedro rapidamente começou a ser criticado e viu a sua autoridade progressivamente diminuída pelo surgimento de grupos contestatários. 

Acresce a esta situação, a morte do pai, D. João VI em 1926, e o facto de D. Pedro ser o herdeiro do trono, tornando-se D. Pedro IV, Rei de Portugal. Dividido entre Portugal e o Brasil, vê-se entretanto envolvido em lutas pela sucessão ao trono, que opôs liberais e absolutistas, estes últimos liderados pelo irmão D. Miguel. 

Entretanto a situação no Brasil torna-se insustentável e D. Pedro acaba por se ver obrigado a renunciar ao trono em 1831.  
 
"Prefiro descer do trono com honra, 
a governar desonrado"


Acabou por morrer muito jovem, com 36 anos, de tuberculose. Dividido entre o seu amor ao Brasil e a sua gratidão às gentes do Porto pela vitória sobre os absolutistas, foi de sua vontade que, após a sua morte, o coração ficasse em Portugal e o seu corpo no Brasil. E assim foi, o seu coração encontra-se na cidade do Porto, na Igreja da Lapa, e os seus restos mortais na cidade de São Paulo.


Para conhecer mais profundamente esta parte da nossa História,
passe pela Biblioteca Municipal e requisite um destes livros, 
ou se preferir, leia o artigo da última edição da revista Sábado, disponível para leitura na Sala de Periódicos. 







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