Pintura de Karin Jurick |
Não adianta chamá-lo, só se vai embora quando terminar o livro!
E qual é o livro que lhe está a despertar tanto interesse?
Só pode ser a nossa sugestão de leitura de fim de semana
É um livro em que o autor, com humor, imaginação e sensibilidade, nos transporta numa viagem de imagens e memórias à Lisboa dos anos 50. Uma época de apetites e excessos. De paixões e desventuras. Era um tempo em que havia tempo. Até se escreviam cartas de amor.
Já não se escrevem cartas de amor
De Mário Zambujal
D'A esfera dos livros
"A certa altura, decidi que não poderia passar a noite parado como um legume, apelei à pouca coragem e disse para mim próprio: "seja o que Deus e ela quiserem." Avancei lesto para a mesa de Erika e, lá chegado, tomou-me a sensação de fracasso inevitável, mesmo de ridículo.
Balbuciei por fim:
- A menina não quer dançar comigo, pois não?"
Duarte é um jovem bon vivant, que, entre as noites glamorosas passadas no Grande Casino Internacional do Estoril, as tardes de café no Chave D'Ouro, no Palladium ou no Martinho do Rossio e a vida boémia nas boîtes da capital, vê o seu coração ser arrebatado por uma jovem alta, esguia, loura e de sorriso luminoso, de nome Erika.
“A ficção é uma libertação da imaginação e eu posso criar mundos extraordinários e personagens extraordinárias que não existindo me
dão toda a margem para os desenhar como me apetecer”.
Mário Zambujal
Mário Zambujal, jornalista e escritor, nasceu em Moura 5 de março de 1936.
Conhecido da maioria dos nossos leitores como jornalista desportivo na
RTP, como apresentador do "Domingo Desportivo", colaborou
para além da televisão em programas de rádio, dos quais se destaca
o "Pão com Manteiga", na Rádio Comercial com Carlos Cruz.
Foi também
jornalista de A Bola, chefe de redação do jornal desportivo
Record, do jornal O Século e do Diário de Notícias, diretor do
jornal Se7e, do semanário Tal & Qual, e
colunista do diário 24 Horas.
É o actual presidente do Clube de Jornalistas.
Mário Zambujal fez a sua estreia
literária em 1980 com Crónica dos Bons Malandros a que se seguiram
Histórias do Fim da Rua e À Noite Logo se Vê.
Após
um interregno, em que escreveu histórias para televisão, teatro e
rádio, voltou aos livros com Fora de Mão, Primeiro as
Senhoras, Já Não se Escrevem Cartas de Amor e Uma
Noite Não São Dias.
A 30 de julho de 1984 recebeu a Ordem do Infante D. Henrique.
A 9 de maio deste ano, Mário Zambujal abraçou outro projeto jornalístico, o Jornal Sénior, cuja direção está a seu cargo.
É um dos seis autores de "Os Novos Maias", uma homenagem do jornal Expresso aos 125 anos da publicação de "Os Maias" de Eça de Queirós.
Bom fim de semana com boas leituras