Mary Quant, uma designer de Londres, criava a primeira peça do que viria a tornar-se um importante item do vestuário feminino, a minissaia.
Entre os anos 60 e 70 do século XX, a minissaia popularizou-se por todo o mundo, convertendo-se no símbolo de uma nova moda para os jovens. Ao princípio foi considerada atrevida, mas acabou por ser aceite gradualmente pelas mulheres e, pouco a pouco, foi-se tornando mais curta.
Em Nova Iorque a minissaia usava-se 10 cm acima do joelho, enquanto que em Londres usava-se a 20 cm. Foi proibida na Grécia e o Vaticano e os colégios dos Estados Unidos e do Reino Unido submetiam as suas alunas a uma prova definitiva: ao se ajoelharem, a baínha da saia tem de chegar ao chão; não sendo assim, são expulsas.
Mary Quant e o seu marido, Alexander Plunket Greene, abriram uma boutique no bairro de Chelsea, na King's Road. Com os seu originais manequins magros em posições divertidas, o "Bazaar" tornou-se um lugar da moda e um ponto de encontro.
A sua moda simples e atrevida reflete toda uma época, com os seus jerseys justos, calças à boca de sino, luvas de malha e chapéus de pele. Inspirando-se na juventude, os seus modelos baseiam-se na roupa das colegiais: saias curtas de pregas, meias brancas e sapatos com tiras nos tornozelos.
Vidal Sassoon e Mary Quant |
Nos anos 60, Vidal Sassoon revoluciona os penteados competindo com o corte "à Beatle". Ao princípio, os seus penteados eram para os manequins do "Bazaar", mas estes tornaram-se logo moda: cortes geométricos, assimétricos, de cinco pontas como o de Mary Quant.
Em 1966, usando uma das suas criações, Mary Quant foi condecorada com a Ordem do Império Britânico pela Rainha Isabel II. Em 1994 lançou uma gama de cosméticos e de acessórios de moda:
"É para que ninguém me esqueça".
E a leitora, com ou sem minissaia,
não se esqueça de nos visitar.
Os livros esperam por si.
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