julho 19, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA




Pintura de Karin Jurick

Não adianta chamá-lo, só se vai embora quando terminar o livro!

E qual é o livro que lhe está a despertar tanto interesse?
 
Só pode ser a nossa sugestão de leitura de fim de semana
 
É um livro em que o  autor, com humor, imaginação e sensibilidade, nos transporta numa viagem de imagens e memórias à Lisboa dos anos 50. Uma época de apetites e excessos. De paixões e desventuras. Era um tempo em que havia tempo. Até se escreviam cartas de amor.
 
Já não se escrevem cartas de amor
De Mário Zambujal
D'A esfera dos livros
 
 
 
"A certa altura, decidi que não poderia passar a noite parado como um legume, apelei à pouca coragem e disse para mim próprio: "seja o que Deus e ela quiserem." Avancei lesto para a mesa de Erika e, lá chegado, tomou-me a sensação de fracasso inevitável, mesmo de ridículo.
Balbuciei por fim:
- A menina não quer dançar comigo, pois não?"
 
Duarte é um jovem bon vivant, que, entre as noites glamorosas passadas no Grande Casino Internacional do Estoril, as tardes de café no Chave D'Ouro, no Palladium ou no Martinho do Rossio e a vida boémia nas boîtes da capital, vê o seu coração ser arrebatado por uma jovem alta, esguia, loura e de sorriso luminoso, de nome Erika.





“A ficção é uma libertação da imaginação e eu posso criar mundos extraordinários e personagens extraordinárias que não existindo me
dão toda a margem para os desenhar como me apetecer”.
                                                                                                           Mário Zambujal




Mário Zambujal, jornalista e escritor, nasceu em Moura 5 de março de 1936.
Conhecido da maioria dos nossos leitores como jornalista desportivo na RTP, como apresentador do "Domingo Desportivo", colaborou para além da televisão em programas de rádio, dos quais se destaca o "Pão com Manteiga", na Rádio Comercial com Carlos Cruz.
Foi também jornalista de A Bola, chefe de redação do jornal desportivo Record, do jornal O Século e do Diário de Notícias, diretor do jornal Se7e, do semanário Tal & Qual, e colunista do diário 24 Horas.
É o actual presidente do Clube de Jornalistas.
Mário Zambujal fez a sua estreia literária em 1980 com Crónica dos Bons Malandros a que se seguiram Histórias do Fim da Rua e À Noite Logo se Vê.
Após um interregno, em que escreveu histórias para televisão, teatro e rádio, voltou aos livros com Fora de Mão, Primeiro as Senhoras, Já Não se Escrevem Cartas de Amor e Uma Noite Não São Dias.
A 30 de julho de 1984 recebeu a Ordem do Infante D. Henrique.
A 9 de maio deste ano, Mário Zambujal abraçou outro projeto jornalístico, o Jornal Sénior, cuja direção está a seu cargo.
É um dos seis autores de "Os Novos Maias", uma homenagem do jornal Expresso aos 125 anos da publicação de "Os Maias" de Eça de Queirós.
 


Bom fim de semana com boas leituras
 


julho 18, 2013

DIA INTERNACIONAL NELSON MANDELA

 
 
Madiba completa hoje 95 anos e a ONU apela a todos para dedicarem
 hoje 67 minutos a uma boa ação em memória dos 67 anos
de militância cívica de Nelson Mandela.
 
 
 
 
O que é o Dia Internacional Nelson Mandela?
Veja AQUI
 
 
 
 
Na sua luta pela liberdade contra o sistema de apartheid da África do Sul, Nelson Mandela inspirou milhões de pessoas em todo o mundo com a sua coragem, resistência e nobreza de espírito. A transferência da África do Sul do apartheid para o governo dos negros podia ter levado a massacres vingativos, semelhantes à carnificina de quando a Índia se tornou independente, mas, graças a um político, esta revolução foi essencialmente tolerante, pacífica, ordeira e sem derramamento de sangue.
 
 
A 11 de fevereiro de 1990, Nelson Mandela transpôs os portões da Victor Verster Prision, do Vale de Dwars, perto da Cidade do Cabo. Era a primeira vez em 27 anos que estava em liberdade, um triunfo de esperança que significava o início de uma nova era para um país dilacerado pelo apartheid desde 1948.
Cerca de 2000 seguidores esperaram-no à porta da prisão para o aclamar, e mais outros 50 000 na cidade do Cabo para lhe proporcionar uma apoteótica receção.
 
 
 
 
"Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação preta. Tenho acalentado a ideia de uma sociedade democrática e livre em que todas as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para que espero viver e que quero atingir. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer"
                                   Nelson Mandela, defendendo-se no julgamento de Rivonia em 1964
 
 
 
 
 
 
Mandela foi condenado no julgamento de Rivonia, em 1964, a prisão perpétua.
Condenado atrabalhos forçados numa pedreira na ilha de Roben, Mandela transformou o seu campo prisional na "Universidade da Ilha", designando instrutores para educarem as equipas de presos enquanto faziam o seu árduo trabalho. Montou peças e distribuiu livros para preencher as horas.
Após uma espera de 27 anos, Mandela atrasou por mais um dia a sua partida final da prisão: "Vão libertar-me do modo como eu quiser ser libertado e não do modo como eles quiserem libertar-me".
Nelson Mandela, que já foi o "preso mais célebre do mundo", tornou-se, em 1994, o primeiro presidente negro da África do Sul.
 
 
 
A paz exige homens de visão e de coragem de ambos os lados e, em 1989, o presidente sul-africano , F. W. De Klerk, foi suficientemente corajoso para correr os riscos necessários. Em 1990, levantou a proibição do ANC dias antes de libertar Mandela. E, uma vez livre, Mandela renunciou imediatamente à ação violenta, fazendo assim a promessa que se recusara a fazer enquanto esteve preso.
Madiba - nome honorífico tribal pela qual os sul-africanos o conhecem - partilhou em 1993, o Prémio Nobel da Paz com De klerk.
 
 
Como Presidente ( 1994-1999), incluiu representantes de todos os grupos étnicos no seu governo multipartidário. Criou a Comissão da Verdade e da Reconciliação para investigar abusos dos direitos humanos.
Mandela reconheceu que durante a sua presidência não tinha feito o suficiente para combater a epidemia da SIDA. Na reforma,  tomou várias medidas para corrigir o seu erro.
Com uma honestidade característica, Mandela reconheceu que a sua própria militância na década de 1960 não violou menos os direitos humanos do que o apartheid e recusou-se a permitir que os seus apoiantes escondessem esse facto.
 

Hospitalizado há mês e meio, Mandela sofre de uma infeção pulmunar recorrente, uma sequela dos 27 anos de prisão.

 
 
 
"A minha vida é a luta"
                                                 Nelson Mandela

 
 
 

julho 12, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA

 
 
Que rico dia de praia têm os nossos leitores!
 

 
 
 
Sabe o leitor o que todos têm em comum?
 
Antes de irem para a praia vieram à Biblioteca Municipal requisitar um livro
e assim puderam passar um dia de praia fantástico.
 
E para que o leitor tenha igualmente um fantástico fim de semana,
aceite a nossa sugestão de leitura de fim de semana.
 
O leitor lembra-se da Marina?
Não?!!!
 
Veja AQUI
 
 
 
E a nossa sugestão é:

A sombra do vento
De Carlos Ruiz Zafón
Dom Quixote
 
 
 
"Um livro sobre outro livro, cheio de cenas fantásticas e maravilhosas.
 Logo que se começa a ler não se pode largar.
 Li-o num dia e meio, de uma assentada".
                                       
Joschka Fissher
(ministro alemão dos Negócios Estrangeiros)
 
 
 
"Cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito torna-se forte".
 
 

 

"A Sombra do Vento" é um mistério literário passado na Barcelona da primeira metade do século XX, desde os últimos esplendores do Modernismo até às trevas do pós-guerra. Um inesquecível relato sobre os segredos do coração e o feitiço dos livros, num crescendo de suspense que se mantém até à última página.
Numa manhã de 1945, um rapaz é conduzido pelo pai a um lugar misterioso, oculto no coração da cidade velha: O Cemitério dos Livros Esquecidos. Aí, Daniel Sempere encontra um livro maldito que muda o rumo da sua vida e o arrasta para um labirinto de intrigas e segredos enterrados na alma obscura de Barcelona. Juntando as técnicas do relato de intriga e suspense, o romance histórico e a comédia de costumes, "A Sombra do Vento" é sobretudo uma trágica história de amor cujo eco se projecta através do tempo.

 
  
Este livro recebeu os seguintes prémios:
 
Espanha: Prémio da Fundação José Manuel Lara ao livro Mais Vendido; Prémio dos Leitores do Jornal Lá Vanguardia; Prémio Protagonistas.
Estados Unidos da América: Borders Original Voices Award; Gumshoe Award, New York; Public Library Book to Remender; BookSense Book of the Year (Honorable Mention); Barry Award, Joseph-Beth and Davis-Kidd Booksellers Fiction Award;
França: Prémio ao Melhor Livro Estrangeiro; Prix do Scribe; Prix Michelet; Prix de Saint Emilion;
Holanda: Prémio dos Leitores;
Noruega: Bjornson Order al Mérito Literário;
Canadá: Prémio dos Livreiros do Canadá / Quebec;
Portugal: Prémio Literário Correntes d'Escritas/ Casino da Póvoa 2006.

 

 
 
"Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisiveis em páginas que se desfaziam em pó, cujo cheiro ainda conservo nas mãos"
                                                                                           Carlos Ruiz Zafón
 
Carlos Ruiz Zafón nasceu em Barcelona, Espanha, em 1964. Os seus livros foram publicados em 45 países e traduzidos para 30 idiomas. A Sombra do Vento, editado em 2011, ultrapassou as 6,5 milhões de cópias vendidas. Ruiz Zafón colabora para os jornais espanhois La Vanguardia e El País. Atualmente mora em los Angeles onde escreve guiões para cinema.
 
 

BOM FIM DE SEMANA

COM BOAS LEITURAS

 
 
 
 


julho 10, 2013

A 10 DE JULHO DE 1964 ...


Mary Quant, uma designer de Londres, criava a primeira peça do que viria a tornar-se um importante item do vestuário feminino, a minissaia.
 

Entre os anos 60 e 70 do século XX, a minissaia popularizou-se por todo o mundo, convertendo-se no símbolo de uma nova moda para os jovens. Ao princípio  foi considerada atrevida, mas acabou por ser aceite gradualmente pelas mulheres e, pouco a pouco, foi-se tornando mais curta.
 
 
 
 
Em Nova Iorque a minissaia usava-se 10 cm acima do joelho, enquanto que em Londres usava-se a 20 cm. Foi proibida na Grécia e o Vaticano e os colégios dos Estados Unidos e do Reino Unido submetiam as suas alunas a uma prova definitiva: ao se ajoelharem, a baínha da saia tem de chegar ao chão; não sendo assim, são expulsas.
 
 
 
 
Mary Quant e o seu marido, Alexander Plunket Greene, abriram uma boutique no bairro de Chelsea, na King's Road. Com os seu originais manequins magros em posições divertidas, o "Bazaar" tornou-se um lugar da moda e um ponto de encontro.
A sua moda simples e atrevida reflete toda uma época, com os seus jerseys justos, calças à boca de sino, luvas de malha e chapéus de pele. Inspirando-se na juventude, os seus modelos baseiam-se na roupa das colegiais: saias curtas de pregas, meias brancas e sapatos com tiras nos tornozelos.
 
 
Vidal Sassoon e Mary Quant
Nos anos 60, Vidal Sassoon revoluciona os penteados competindo com o corte "à Beatle". Ao princípio, os seus penteados eram para os manequins do "Bazaar", mas estes tornaram-se logo moda: cortes geométricos, assimétricos, de cinco pontas  como o de Mary Quant.
 
Em 1966, usando uma das suas criações, Mary Quant foi condecorada com a Ordem do Império Britânico pela Rainha Isabel II. Em 1994 lançou uma gama de cosméticos e de acessórios de moda:
"É para que ninguém me esqueça".
 
 
 
 
E a leitora, com ou sem minissaia,
não se esqueça de nos visitar.
 
Os livros esperam por si.
 
 

julho 05, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA


 
A Lição de Música de Johannes Vermeer
 
"Há neste quadro um conhecimento que equivale à capacidade de tornar visível o caráter único de um momento. Em última instância, olhar esta magnífica criação de Vermeer é ver o mundo a ser pensado. No seu isolamento contemplativo, a mulher levanta os olhos da música que está a tocar e olha para nós pedindo-nos que tomemos uma posição, mandando-nos viver, olhar para nós próprios."
 
 
Levar para a praia um livro sobre a
pintura barroca holandesa do século XVII?
 
- Não me parece!..., diz o leitor.
 
 
E tem toda a razão Caro Leitor
 
porque a nossa sugestão de leitura de fim de semana é:
 
 
A Lição de Música
de Katharine Weber
da Editora Temas & Debates
 
 
Que afinidade poderá existir entre a calma dos interiores na pintura holandesa
 do século XVII e a luta por uma Irlanda unida?
A Lição de Música é um romance surpreendente que reúne, numa única história, estes dois mundos aparentemente opostos. 
  
 
 
Patricia Dolan foi educada pelo pai a acreditar na causa da Irlanda, mas o facto de ter vivido sempre nos Estados Unidos alheou-a dos acontecimentos políticos na Europa. A paixão pela pintura de Vermeer é um dos poucos prazeres que restam a esta historiadora de arte de 41 anos, cuja vida, depois da morte da filha, parece ter perdido o sentido. Porém, o aparecimento inesperado em Nova Iorque de um jovem primo irlandês, Mickey O'Driscoll, e o seu envolvimento com ele, levarão Patricia a colaborar no roubo de um quadro pertencente à rainha de Inglaterra e a tornar-se sua guardiã numa remota aldeia irlandesa, até que os ingleses se decidam a pagar o resgate. Dividida entre as suas obsessões por Mickey e pela obra de Vermeer, Patricia inicia então um registo diário da sua vida solitária na costa escarpada de West Cork; e, à medida que pondera no que a liga à serenidade holandesa e à rudeza da Irlanda, acaba por compreender o que deve fazer para preservar as coisas a que dá mais valor.

 
 
 



Katharine Weber nasceu 12 de novembro de 1955 na cidade de Nova Iorque. Vive no Connecticut e passa parte do ano na Irlanda. É professora de Escrita Criativa na Universidade de Yale. Foi finalista, em 1996, do concurso de Melhor Jovem Ficcionista Americano promovido pela revista Granta. A Lição de Música é o seu segundo romance.
 
   
 
Bom Fim de Semana
com Boas Leituras
 
 
 
Pintura de Connie Chadwell
 


julho 03, 2013

OS NÚMEROS DE JUNHO

Divulgamos hoje o número de livros emprestados no mês de junho.
 
 
QUANTOS FORAM? 
658
 
 
 
 E, como é habitual, fazemos a comparação com os dados relativos ao mês de junho de anos anteriores.
 



OS 3 LIVROS + LIDOS NO MÊS DE JUNHO
[Curiosamente são de literatura infantil]
 
N.º 1                             N.º 2                                N.º 3 
 



CONTINUAÇÃO DE BOAS LEITURAS 
 

 
 
 
 
 

junho 28, 2013

SUGESTÃO DE LEITURA

Agora sim, o tempo já convida a férias. 
Se é o seu caso, se já está de férias e vai sair para fora, não se esqueça de passar pela Biblioteca Municipal e levar a leitura consigo. 
Não é preciso exagerar,
mas convém não esquecer os livros em casa.



Se ainda não está de férias ou se está de férias mas vai ficar por cá, então aceite a nossa sugestão de leitura e faça uma retrospetiva cronológica da história do nosso concelho.
Quem sabe se não vai finalmente esclarecer aquela dúvida,
que já o intrigava há tanto tempo!
 


CRONOLOGIA GERAL
DA MARINHA GRANDE
E SUAS TERRAS

DE
ABEL FONSECA MONTEIRO


"Com a Cronologia Geral da Marinha Grande e Suas Terras temos mais um excelente contributo para o estudo da história marinhense, desde os seus tempos mais remotos, no século XII, até quase ao presente."
José Amado Mendes
 
 
 
Abel Fonseca Monteiro, nascido a 1 de novembro de 1945, era natural de Carapinheira do Campo, concelho de Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra. Nascido de uma família de lavradores orizicultores do baixo Mondego, família de muito trabalho mas com bom nível económico, era o filho mais novo de oito irmãos. Cedo mostrou o seu interesse por saber, e os melhores presentes que gostava de receber, eram livros. Em 1966 terminou o curso do Magistério Primário em Coimbra e depois concluiu a licenciatura em História, na Universidade de Coimbra. Foi professor e diretor na escola Guilherme Stephens, cerca de 30 anos. Faleceu no dia 24 de novembro de 2003.


TENHA UM BOM FIM DE SEMANA
OU, SE FOR O CASO, 
TENHA UMAS BOAS FÉRIAS





 

junho 21, 2013

VAMOS PARTILHAR ... José Eduardo Agualusa

Na passada 6.ª feira convidámos os leitores a partilharem dois livros de um escritor moçambicano. Hoje, deixamos o convite para partilharem um outro autor, também, de língua portuguesa, mas desta vez, angolano.

 
JOSÉ EDUARDO AGUALUSA

José Eduardo Agualusa nasceu em Angola, na cidade de Huambo, a 13 de dezembro de 1960. A sua obra é vasta e multifacetada, indo do romance aos livros de contos, às crónicas e à literatura para a infância, obra essa que lhe tem valido inúmeros prémios nacionais e estrangeiros. Os seus livros encontram-se traduzidos para diversas outras línguas.
 
Ler mais sobre o autor AQUI »»

 
Qual a razão que nos levou a
escolher este autor?

 
O facto de ter sido o vencedor da 1ª edição do Prémio Manuel António Pina, com o livro infantil "A rainha dos estapafúrdios". O Prémio Manuel António Pina, no valor de 2.000 euros, foi criado pela editora Tcharan para distinguir textos de literatura infanto-juvenil do universo lusófono, em honra do escritor, falecido em outubro passado.
Infelizmente não poderemos sugerir a leitura do livro premiado, uma vez que a Biblioteca Municipal não o possui para empréstimo. Mas deixamos outras alternativas de leitura do mesmo autor. À semelhança da passada semana, deixamos uma sugestão de leitura para os adultos e outra para partilhar com os mais pequenos.

 

AS MULHERES DO MEU PAI
José Eduardo Agualusa
Dom Quixote
 
"Faustino Manso, famoso compositor angolano, deixou ao morrer sete viúvas e dezoito filhos. A filha mais nova, Laurentina, realizadora de cinema tenta reconstruir a atribulada vida do falecido músico.
Em As Mulheres do Meu Pai, realidade e ficção correm lado a lado, a primeira alimentando a segunda. Nos territórios que José Eduardo Agualusa atravessa, porém, a ficção participa da realidade. As quatro personagens do romance que o autor escreve, enquanto viaja, vão com ele de Luanda, capital de Angola, até Benguela e Namibe. Cruzam as areias da Namíbia e as suas povoações-fantasma, alcançando finalmente Cape Town, na África do Sul.
Continuam depois, rumo a Maputo, e de Maputo a Quelimane, junto ao rio dos Bons Sinais, e dali até à ilha de Moçambique. Percorrem, nesta deriva, paisagens que fazem fronteira com o sonho, e das quais emergem, aqui e ali, as mais estranhas personagens.
As Mulheres do Meu Pai é um romance sobre mulheres, música e magia. Nestas páginas anuncia-se o renascimento de África, continente afectado por problemas terríveis, mas abençoado pelo talento da música, o sempre renovado vigor das mulheres e o secreto poder de deuses muito antigos."

Para partilhar com os mais pequenos lá de casa



ESTRANHÕES & BIZARROCOS
[estórias para adormecer anjos]
textos de José Eduardo Agualusa
ilustrações de Henrique Cayatte
Dom Quixote
 
"Um inventor de coisas impossíveis: formigas mecânicas, passáros a vapor, sapatos voadores, aparelhos de produzir espirros, estranhões e bizarrocos e outros seres sem exemplo. Camelos sábios, uma menina de peluche, a rainha das borboletas. Um país onde tudo acontece ao contrário, os rios correm do mar para a nascente, e os gatos são do tamanho dos bois. O nascimento do primeiro pirilampo do mundo... São histórias para adormecer anjos."

 

 
"(...) O grão-vizir olhou para ele espantado:
_ Meu Deus! O camelo fala!...
_ Falo sim, meu senhor _ confirmou Aba, divertido com o incrédulo silêncio dos homens _ Os livros deram-nos a nós, camelos, a ciência da fala.
Explicou que, tendo comido os livros, os camelos haviam adquirido não apenas a capacidade de falar, mas também o conhecimento que estava em cada livro. Lentamente enumerou de A a Z os títulos que ele, Aba, sabia de cor. Cada camelo conhecia de memória quatrocentos títulos (...)"
 
Imagem e texto extraídos do livro
Estranhões & Bizarrocos
págs. 16 e 17

 

Não, não queremos que coma os livros ou que os decore.
Queremos apenas que os leia e os partilhe.
 
A Biblioteca é um mundo de livros para partilhar.
 
Venha até cá e tenha um bom fim de semana.




 

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