janeiro 21, 2013

TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS, MAS ALGUNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OUTROS



Eric Arthur Blair, nasceu a 25 de junho de 1903 em Londres, tornou-se mais conhecido pelo pseudónimo Georges Orwell. Foi escritor e jornalista, considerado talvez o melhor cronista da cultura inglesa do século XX. 
A fama mundial de George Orwell, reside principalmente na enorme ressonância  social e politica dos seus romances, em que traduz as suas próprias experiências pessoais e o seu socialismo de aguçado sentido crítico.
Ao deflagar a Guerra Civil Espanhola em 1936, sentiu que era ali o palco onde a história acontecia. Justificou assim a sua participação: "naquela época, e naquela  atmosfera, isso pareceu a única coisa que podia fazer".



Em 1937 já estava na Catalunha a lutar com o P.O.U.M. (Partido Obrero de Unificación Marxista), ao lado dos anarquistas. Ferido em combate, regressa a Inglaterra e escreve "Homenagem à Catalunha" (1938), onda faz duras críticas ao comunismo soviético, a quem acusou de eliminar a esquerda anarquista e trotskista e favorecer assim a vitória fascista de Franco.

"Quem controla o passado dirige o futuro. 
Quem dirige o futuro conquista o passado"
                                                                                                     George Orwell


A publicação do romance "1984", eleito livro do mês nos Estados Unidos, consagra George Orwell como um dos escritores mais interessantes do momento. O reconhecimento do seu trabalho é precedido pelo êxito "O triunfo dos porcos" (1945), uma brilhante, irónica e divertida alegoria ao regime estalinista, que Orwell foi dos primeiros a condenar.
São os animais de uma quinta que protagonizam a paródia da revolução soviética e de uma sociedade pretensamente igualitária. Muito famoso se tornou um dos lemas da sociedade dominada pelos porcos: "Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros".
"1984é uma sátira pessimista do futuro, em que Orwell desenvolve uma desoladora visão da futura sociedade mundial, em que os indivíduos estão sujeitos a uma constante vigilância, onde se destaca a poderosa imagem do Grande Irmão, controlador e déspota.

Em 2008, o jornal The Times classificou-o em segundo lugar na lista de "Os 50 maiores escritores britânicos desde 1945".

Faz hoje 63 anos  que Orwell morreu, aos 46 anos de idade, em Londres,  vítima de tuberculose. Solicitou um funeral de acordo com os ritos anglicanos e foi enterrado na All Saints' Churchyard, Sutton Courtrnay, Oxfordshire, com o simples epitáfio:


"Here lies Eric Arthur Blair, born june 25, 1903, 
died january 21, 1950" 
["Aqui jaz Eric Arthur Blair, nascido a 25 de junho de 1903, falecido a 21 de janeiro de 1950"] Não surge qualquer referência ao seu célebre pseudónimo.


"Quando me sento a escrever um livro, não digo "vou produzir uma obra de arte". Escrevo porque existe alguma mentira para ser denunciada, algum facto para o qual quero chamar a atenção, e penso sempre que vou encontrar quem me ouça".
                                                                                                                      George Orwell



Para ouvir o que George Orwell tem para dizer, 
o Leitor só tem que escolher qual das suas grande obras quer levar consigo. 
Veja AQUI a bibliografia que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário.


Boa Semana

janeiro 18, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA


"O mundo precisa de pessoas que leiam, 
desenvolvam a arte de pensar e 
sonhem com uma humanidade melhor"
                                                                   Augusto Cury, in Nunca desista dos seus sonhos


Todos os dias somos "bombardeados" com notícias, relatórios, pareceres, memorandos,  que não auguram nada de bom para este 2013.

Caro leitor, não queremos começar o ano a tirar-lhe a esperança de um futuro com futuro e, por isso, a nossa sugestão de leitura de fim de semana é um livro que o vai ajudar a conciliar a vida profissional, familiar e pessoal.

Senhores do nosso destino
como conciliar a vida profissional, familiar e pessoal
De Nuria Chinchilla e Maruja Moragas
Aletheia Editores


É possível conciliar a vida profissional, familiar e pessoal?

Esta é, sem dúvida, uma pergunta que está na boca de todos e que cada vez será feita com maior insistência, já que se trata de um dos problemas mais mal resolvidos na nossa sociedade.
Para que a conciliação trabalho-família seja realmente possível, é necessário o envolvimento dos nossos governantes e legisladores, flexibilidade e boas práticas dos empresários e esforço das famílias. 
Mas também, e antes de mais nada, é necessária vontade própria no sentido de melhorar a realidade em que vivemos e de nos transformarmos em senhores do nosso destino, num equilíbrio harmonioso entre aquilo que damos à sociedade e o que dela recebemos.  
O século XXI irá para a frente quando recuperarmos o "saber viver" e a capacidade de lutar por um ideal, sendo pessoas que insuflam energia nos outros, em vez de nos limitarmos a subtraí-la.



"Sofremos demasiado pelo pouco que nos falta e 
gozamos muito pouco o muito que temos"
                                                                                                       Shakespeare




Nuria Chinchila é doutorada em economia e Direção de Empresas e MBA pelo IESE (Universidade de Navarra), licenciada em Direito pela Universidade de Barcelona, professora da IESE Business School  e Diretora do centro Internacional de Trabalho e Família.
É a única mulher no Top Ten Management espanhol e é autora de vários livros.



Maruja Moragas é licenciada em Filosofia e Letras e Historiadora pela Universidade Autónoma de Barcelona e ADE (Alta Direção de Empresas) pelo Esade. 
É professora e diretora da UDEN (IESE Business School), e especialista em educação, comunicação e gestão de grupos multiculturais.







Este e outros livros de temática semelhante, o leitor encontrará numa mostra bibliográfica no átrio da Biblioteca Municipal durante todo o mês.

Esperamos por si

Bom Fim de Semana 


janeiro 14, 2013

FELIZ ANIVERSÁRIO CASIMIRO DE BRITO


"Transformar o mundo não posso, 
mas talvez possa transformar o mundo à minha volta."
                                                                                         Casimiro de Brito, in A arte da respiração




Poeta, romancista e ensaísta, Casimiro de Brito nasceu em Loulé a 14 de janeiro de 1938.
Depois de uma passagem por Londres, em 1958, fundou e dirigiu com António Ramos Rosa Os Cadernos do Meio-Dia (1958-60), onde se revelaram os poetas do grupo Poesia 61.
Em Londres ficou alojado no apartamento de um professor de estudos orientais, onde tomou contacto pela primeira vez, com a poesia japonesa, o que iria marcar definitivamente a sua poesia.
Em 1971 fixou-se em Lisboa onde desempenhou funções no sector bancário. Dedica-se exclusivamente à escrita, tendo cerca de 40 livros publicados, e continua a desenvolver uma intensa atividade como divulgador da poesia nacional e internacional.


Quando livros já não tiver
lerei estrelas
quando elas se cansarem 
da minha solidão
lerei a palma
da mão
                                        Casimiro de Brito


Casimiro de Brito foi Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Escritores e é atualmente Presidente do Pen Clube.
As sua obras fazem parte do catálogo da Library of the Congress, em Washington.
Foi agraciado pela Academia Brasileira de Filologia, do Rio de Janeiro, com a medalha Oskar Nobiling por serviços distintos no campo da literatura.
É conselheiro da Associação Mundial de Haiku, de Tóquio. É ainda, "editor-in-chief" da Antologia Mundial "Diversity" do Pen Internacional, sediado na Macedónia.

"(...) por um lado, Casimiro é dos mais inspirados poetas portugueses e disso nos dá conta a sua "paleta lírica", por outro, é senhor de uma contenção e de um rigor irrepreensíveis, que nunca o deixam resvalar para o sentimentalismo. Esse é um segredo que poucos detêm na sua poesia, feita de demora e de paciência, o tempo em que o poeta sonha o mundo e o transforma em linguagem e em luz".
                                                                                              Maria João Cantinho




Em 2002, a Académie Mondial de Poésie (da Fundação Martin Luther King), galardoou-o com o primeiro Prémio Internacional de Poesia Leopold Sédar Senghor, pela sua carreira literária.
Ganhou o Prémio Europeu de Poesia Sibila Aleramo-Mario Luzi, com a sua antologia Libro delle Cadute, publicada em Itália em 2004.
Em 2006, foi nomeado Embaixador Mundial da Paz, no âmbito da Embaixada Mundial da Paz, sediada em Genebra.
Em 2008  foi-lhe atribuído o Prémio POETEKA no Festival Internacional do mesmo nome, na Albânia, na qualidade de "Melhor poeta do Festival". Nesse mesmo ano, foi agraciado pela Presidência da República Portuguesa com a Ordem do Infante D. Henrique.

Do Poema

o problema não é
meter o mundo no poema: alimentá-lo
de luz, planetas, vegetação. Nem
tão-pouco
enriquecê-lo, ornamentá-lo
com palavras delicadas, abertas
ao amor e à morte, ao sol, ao vício,
aos corpos nus dos amantes -

o problema é torná-lo habitável, indispensável
a quem seja mais pobre, a quem esteja
mais só
do que as palavras
acompanhadas
no poema.
                                                                    Casimiro de Brito

Casimiro de Brito tem traduzido outros poetas para português, sobretudo poesia japonesa e está traduzido em albanês, galego, espanhol, catalão, italiano, francês, corso, inglês, alemão, flamengo, holandês, sueco, polaco, esloveno, servocroata, grego, romeno, búlgaro, russo, húngaro, árabe, hebreu, chinês e japonês.

O leitor não domina nenhuma destas línguas e 
gostava de ficar a conhecer melhor o nosso aniversariante?

Na Biblioteca Municipal da sua cidade encontra bibliografia do autor na nossa língua. 
Veja AQUI


Tenha uma Boa Semana com Boas Leituras

janeiro 11, 2013

POIS É! CÁ ESTAMOS NOVAMENTE!   

Com o novo ano, 
com novas cores,
com novas ideias.

MAS SEMPRE COM A MESMA ATITUDE.

Promover a Biblioteca,
divulgar iniciativas,
transmitir informação.

Queremos continuar a contar CONSIGO.
Consulte AQUI a nossa programação 
para o mês de janeiro.


janeiro 03, 2013

IMPORTANTE!

ESTAMOS A PREPARAR O NOVO ANO.  
VOLTAREMOS EM BREVE.



MANTENHA-SE ATENTO.

dezembro 28, 2012

FELIZ 2013 PARA TODOS



RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa 
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto a pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

                                                                                           Carlos Drummond de Andrade



Os funcionário da Biblioteca Municipal
 da Marinha Grande
desejam a todos os seus leitores



E aos nossos leitores 
que dos 5 cantos do mundo também nos leem 



Urte Berri
 Feliç Any Nou
 Sretna Nova godina
 Godt Nytår
 Šťastný Nový Rok
Feliz Año Nuevo
Joyeux Nouvel An
 Happy New Year
 Buon anno
Gëzuar Vitin e Ri
 Gelukkig Nieuwjaar
 Godt Nyttår
Glückliches neues Jahr
 La mulţi ani
 Gott Nytt År
 Šťastný Nový Rok
Yeni Yılınız Kutlu Olsun




Esperamos continuar 
a contar consigo  em 2013

dezembro 26, 2012

O DIA SEGUINTE


O ano passado foi assim




Este ano, a situação mantem-se igual... 
E o mesmo se repetirá 
nos anos seguintes....





Leitor, respire fundo e conte até 10, 
porque hoje é dia de roupa-velha





  1. Utilize os restos da ceia de Natal, ou coza o bacalhau, as batatas, as couves e os ovos. Lasque o bacalhau e corte aos bocadinhos as batatas, a couve e os ovos.
  2. Leve ao lume o azeite com os dentes de alho picadinhos e deixe alourar. Junte depois tudo o que cortou e deixe aquecer mexendo de vez em quando. Coloca-se tudo numa travessa e decora-se com ovos cozidos.
Nota:
Prato típico de Portugal, roupa-velha começou por ser um prato feito com as sobras da ceia de Natal. Atualmente esta receita de roupa-velha é uma tradição em quase todas as famílias portuguesas.
A origem do nome deste prato deve-se ao aspeto que tem quando é levado à mesa: uma mistura de cores e pedaços de comida, todos envolvidos uns com os outros.


Feliz Ano Novo




dezembro 21, 2012

A TODOS UM FELIZ NATAL



Segundo a profecia Maia, o Mundo acaba hoje... 
Mas...




Mas há quem fique aliviado...
por o mundo acabar hoje
 e não a 23 ou 24 de dezembro...



Há ainda quem tenha a solução...



Não foi desta, e assim sendo...

Os funcionários da Biblioteca Municipal 
da Marinha Grande desejam 
a todos os seus leitores e utilizadores 

Um FELIZ NATAL




FELIZ NATAL

dezembro 20, 2012

O GREAT RABBIT, O BELCHIOR, O BALTASAR E O GASPAR


O Natal está quase a chegar e as preocupações com a
 Árvore de Natal, o Presépio, a Iluminação de Natal,  os Presentes, a Ceia de Natal e o Almoço de Natal quase não lhe deixam tempo livre.


Por isso antecipamos a sugestão de leitura de fim de semana 
para hoje.
Não vamos sugerir um livro, mas antes um Conto de Natal
do escritor José Viale Moutinho, publicado no Jornal de Letras de 14/12/2011.



As Hesitações dos Reis Magos

Ouro, incenso e mirra, os Reis Magos mastigavam as palavras, procuravam atropelar os conceitos enquanto bebiam chá de termo que Belchior colocara numa pedra. 
Baltasar já apresentara a proposta de, a partir daquele oásis, irem num só camelo. 
Gaspar dizia que o Menino não repararia na falsidade do ouro, o Carpinteiro também não distinguiria o areão amarelo do pechisbeque e Maria estaria preocupada com outros problemas na miserável cabana em que viviam.


Depois, como não se tratava de uma Fábula, mas de um Conto de Natal, nem a Vaca nem o Burro poderiam falar. Além disso, a Vaca era a eterna enganada, daí os cornos, e o Burro era mesmo burro.
Depois, o incenso sempre foi algo incómodo para os humanos, mesmo nos templos, e a mirra... sugeriu Belchior: Aposto que nem o tipo que está a escrever isto sabe o que é!
Baltasar, amargo, concluiu: Que merda de Natal o deste ano, pois vocês sabem o que me aconteceu?
Gaspar respondeu logo que decerto acontecera o mesmo a todos: os seus réditos haviam sido confiscados pela metade pelo Great Rabbit da Galileia, o que lhes condicionava as homenagens ao Rei dos Reis do costume.
E o que dirá o puto quando nos vir chegar num só camelo e com tão miseráveis prendas?
Belchior, em trejeito infeliz, aventou que a Criança Divina faria birras, mas decerto já adivinhara o que se passara no Celeste Reino Fiscal. E o Senhor Deus, lá em cima, o que sabe tudo, seu pai, com os seus trovões, raios e coriscos, não nos castigará?
Ora, tentou explicar Gaspar o mistério da omnipotência, e Ele não foi quem inventou o Great Rabbit? Também tem culpas no cartório!


Ora se tem, o magano! Mas, ó meu querido irmão Gaspar, quem se trama somos nós, o grande Deus assobia para o lado e o Menino está-se nas tintas: aos 33 deixa-se crucificar, morrer e enterrar e ao terceiro dia desanda para o Céu e nós ficamos a braços com o Great Rabitt
E o carpinteiro? Esse sai de circulação, como sempre.
E a Mãe? Demora, mas também ascende.
E a Vaca? Nunca se sabe o que lhe acontece.
E o Burro? Esse vai dar uma volta até ao ano. 
O único que quase se safa é um tal Herodes, que se entretém a matar criancinhas, mas não acerta naquela que quer apanhar, no Rei dos Reis. Então vou ali à tenda daquele judeu que está a rir-se e já venho. Vou saber preços.

E assim como foi, Belchior veio, mas escandalizado: O ouro não subiu de preço, mas ele compra e não vende, o que subiu foi a taxa, que vai em 57%, o incenso a 49.6% e a mirra só de importação, só para março. Tem ali um pedacinho do ano passado, mas a taxa é a 87%, e por ser para nós.
Disseste-lhe quem somos?
Por isso mesmo. E aluga-nos estábulo para os dois camelos.
E que lhe disseste?
Que fosse à merda.
E ele?
Que queria lá saber, que o que mais há são reis magos, magros, ou coisa assim. Por causa da crise. Então é melhor irmos andando para a Nazaré.
Vamos lá. Mas, ó Belchior, a estrela que nos guia está a ir para a esquerda e nós para a direita. 
Gaspar, meu irmão, mas queres cumprir a tradição ou obedecer às diretrizes do Great Rabbit?
E Gaspar, titubeante, quis saber se o Great Rabbit pensava por si ou tinha um chip da Maior Ângela que Ele. Mas nem os magos nem o camelo souberam responder. 
Porém, ao longe, os chacais do orçamento estavam atentos.



FELIZ NATAL

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