dezembro 02, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Amanhã, 3 de dezembro, comemora-se o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência realiza-se desde 1998, por iniciativa da ONU, e tem como principal objetivo a motivação para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência e à mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar destas pessoas.
Este dia procura também aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspeto da vida social, política, económica e cultural.
Portugal foi dos primeiros países a assinar em 2007 a convenção da Organização das Nações Unidas sobre os direitos das pessoas com deficiência.

E a nossa sugestão de leitura de fim de semana de hoje é precisamente um livro que fala de pessoas que encontraram força para se superarem a elas mesmas, surpreendendo todos à sua volta com a sua atitude.

Depois da tormenta, como se nada
tivesse acontecido, como se o destino
fosse um parente desconhecido
irei recomeçar
                                                                            Fabrício Carpinejar

Este livro vai ajudar-nos a não cairmos na tentação de perdermos tempo a ter pena uns dos outros, e até mesmo de nós próprios. 
A pensar,  que essas ditas deficiências, podem ser tão só o retrato da grande oportunidade que a vida deu a algumas pessoas de se encontrarem a si mesmas numa outra dimensão - a do poder interior.
A pena não é caridade, nem amor, nem compaixão. É muito mais uma fuga ou o adiar de um acordar nosso.
Aproveitá-la como caminho de consciência pode ser muito enriquecedor.
Com  a ajuda destas histórias, aprenda a conhecer o seu poder interior, e inicie uma jornada em direção ao pleno e à felicidade.
Descubra como enfrentar com otimismo os desafios da vida.
Isso é que é de resto a própria vida, um caminho de obstáculos perdidos no infinito.

Salvador Pereira Palha Mendes de Almeida nasceu em Lisboa a 13 de março de 1982. Em 2 de agosto de 1998 sofreu um acidente de moto que o deixou tetraplégico. É licenciado em Marketing e Publicidade pelo Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, IADE. É fundador da Associação Salvador, que luta pela inclusão das pessoas com deficiência motora. É também o apresentador do programa Salvador da RTP1. É ainda o responsável pela criação e coordenação do portal Portugal Acessível. Tem sido orador convidado em diversas palestras e conferências, nacionais e internacionais, sobre acessibilidades e inclusão de pessoas com deficiência.


As pessoas são, em geral, tão felizes quanto decidem ser.
                                                        Abraham Lincoln


Inserido no âmbito das comemorações do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, irá estar patente ao público, de 7 a 16 de dezembro no átrio de entrada da Biblioteca Municipal, uma exposição de trabalhos realizados no âmbito do concurso "Olhando o outro...", promovido pelo Grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas Nery Capucho.

Visite-nos e
 Tenha um Bom Fim de Semana

novembro 30, 2011

Contamos … CONTIGO! [Hora do conto]

Contámos ... com muitas crianças!

As sessões da Hora do Conto do mês de novembro iniciaram-se com a participação dos golfinhos de uma das salas do Centro Infantil Arco-íris e encerraram com os rouxinóis de outra sala da mesma instituição. Mas ao longo do mês contámos com a presença de outras crianças vindas de outros Jardins de Infância do concelho, cujas faixas etárias oscilam entre os 3 e os 5/6 anos.
Como sempre a atividade inicia-se com um percurso pelos vários espaços da biblioteca, acompnhado por uma breve explicação sobre os seu funcionamento. Para algumas crianças estas visitas constituem o primeiro contacto com a biblioteca, sentindo-se motivadas para a descoberta; para outras é apenas o recordar de cada um dos espaços, uma vez que a vinda à biblioteca, na companhia das educadoras ou dos familiares, já faz parte das suas rotinas habituais. 




Um dos momentos mais esperado está na sala infantil, onde confortavelmente sentados  se dá início ao momento sereno da leitura. A finalizar, chega o momento do contacto individual com as estantes e com os livros, momento este de alguma euforia, descontração e grande entusiasmo. 

         



O livro escolhido para o mês de novembro é uma história muito simples, que aborda o instinto natural de sobrevivência de vários animais, descrevendo de uma forma ligeira as diferentes maneiras de se prepararem para o rigor do inverno. 

"Já sei voar", de Claire Freedman, editado pela editora Minutos de Leitura, é um livro recomendado para o jardim de infância pelo Plano Nacional de Leitura.


Se quiser saber um pouco mais,
leia o resumo do livro na nossa página LEITORES+NOVOS




Já agora!
Porque amanhã é 1 de dezembro, aproveite para recordar um momento da nossa História. Aceda à página dos LEITORES+NOVOS e irá encontrar um brevíssimo resumo dos acontecimentos que ocorreram no dia 1 de dezembro de 1640

Para um conhecimento mais aprofundado do tema,
passe pela Biblioteca Municipal e faça a sua escolha bibliográfica.



novembro 29, 2011

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO



Como tinha ficado prometido, voltamos novamente a falar do Novo Acordo Ortográfico. Na passada semana abordámos as situações em que se verifica a manutenção do hífen. Hoje vamos falar das situações em que ocorre a sua supressão.
SUPRESSÃO DO HÍFEN

O hífen é eliminado quando as palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminam em vogal e o segundo elemento começa por "r" ou "s", duplicando-se a consoante:
  • antirreligioso, semirreta, ultrassónico, fotorreportagem, microssistema, autorrádio, autosserviço, contrarrelógio, antirrevolucionário, ultrassecreto, contrarreação, minissaia, semisselvagem, antirreflexo, autossustentável.
*************************************************
O hífen é eliminado quando as palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminam em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente:
  • hidroelétrico, plurianual, extraescolar, autoestrada, agroindustrial, antiaéreo, coautor,  autoavaliação, contraespionagem, contrainformação.
**************************************************

O hífen é eliminado quando as palavras são formadas pelo prefixo "co", mesmo nos casos em que o segundo elemento começa por "o":
  • coadministração, coadministrar, codireção, coocorrência.
**************************************************

O hífen é eliminado quando o prefixo "re" termina em vogal e o elemento seguinte começa pela mesma vogal:
  • reembolsar, reenviar, reencaminhar
***************************************************

O hífen é eliminado com as formas monossilábicas do verbo "haver" seguidas da preposição "de":
  • hei de, hás de, há de, heis de, hão de.
**************************************************

O hífen é eliminado em compostos em que se perde a noção de composição:
  • paraquedas, mandachuva
***********************************************

O hífen é eliminado em locuções de uso geral:
  • dia a dia, quartos de final, sala de jantar, cartão de visita, fim de semana, cão de guarda, côr de laranja, à vontade, bairro de lata, cabeça de alho chocho, cabeça de vento.

MAS usa-se o hífen em:
  • água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
************************************************

O hífen é eliminado na ligação dos advérbios "não" e "quase" com a palavra que se lhes segue:
  • não fumador, não alinhado, quase dito

Concordando-se ou não com o Novo Acordo Ortográfico, ele está a ser adotado em todo o sistema de ensino no presente ano letivo e a partir de 1 de janeiro de 2012 nos organismos oficiais. 


ADAPTE-SE!

novembro 28, 2011

VISITA DE ESTUDO

Hoje os alunos do 2º ano da Escola do 1º CEB Professor Francisco Veríssimo (Ordem) tiveram uma aula diferente. Os 25 alunos, acompanhados pela professora Fernanda Godinho, vieram à  Biblioteca Municipal fazer uma pesquisa bibliográfica, que servirá de base documental à realização de um trabalho sobre a fauna e a flora existente no Pinhal de Leiria.


Mas antes, no balcão de atendimento e apoio à pesquisa a Técnica da Biblioteca deu-lhes uma breve explicação sobre a forma de realizar uma pesquisa bibliográfica na nossa base de dados, para mais facilmente se encontrarem  os livros que abordam a temática pretendida. 
Realizada a pesquisa, os alunos anotaram o nome do autor, o título e a cota do livro pretendido, tarefa que facilitou muito a sua localização na respetiva estante. As crianças mostraram-se muito interessadas, demonstrando já conhecimentos sobre a fauna e flora existente no Pinhal de Leiria.


No final da sua visita e aproveitando a exposição de cartazes existente no átrio da Biblioteca Municipal sobre o dia 16 de novembro - Dia Nacional do Mara professora alertou os meninos para a importância do mar no nosso planeta. E mais uma vez as crianças demonstraram já ter conhecimentos sobre o mar e os oceanos, fruto de um trabalho já desenvolvido na sala de aula.


Esperamos ter dado o nosso contributo para o sucesso do trabalho destes alunos.

ATÉ À PRÓXIMA E BOM TRABALHO. 

novembro 25, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Como sugestão de leitura para o último fim de semana
do mês de novembro, um fim de semana de outono,
com sol, que convida a um passeio e a uma leitura ao ar livre, sugerimos um livro que fala

das confidências inéditas das figuras que construíram o Portugal como o conhecemos.
As histórias dos que julgaram poder antecipar,
com a queda do império, o futuro.


"Através de casos pessoais, a presente narrativa pretende ser a evocação de uma época, de uma fractura na História de Portugal, de um ciclo que me coube partilhar; é uma espécie de sarcófago onde, desalinhados, repousam os desaparecidos que amei, visíveis os célebres, inominados os não conhecidos do público - e também alguns a quem me opus, me mandaram perseguir e marginalizar, pois rígidas eram as regras dos seus domínios. (...)

As figuras (reais) que povoam este volume atravessando-o, moldando-o, sucumbiram já na sua maior parte, estrangeiras no limbo que lhes marcou o corpo, a alma, a postura, a solidão. (...)

Retardar o esquecimento que as guarda (poucas atingirão a imortalidade) é propósito da escrita, forma de resistir à usura dos tempos e ao aguar dos sentimentos."


No fim de semana em que aguardamos que o Fado seja reconhecido, pela UNESCO, como Património Imaterial da Humanidade, o leitor poderá recordar, neste livro,  a Diva Amália Rodrigues, com quem o autor privou.

"Amália sabia jogar como poucos nas entrelinhas, sugerindo o contrário do que queria dizer, para melhor o dizer. "Não sou feliz, mas sou bem-disposta", exclama. "Nunca fui tão generosa como se afirma, mas também nunca fui tão má como dizem."(...)"gosto muito do Camões, do David Mourão-Ferreira, do Pedro Homem de Melo, do O' Neill... com o Pessoa estou danada, é muito difícil cantá-lo."


Fernando Dacosta, romancista, dramaturgo, jornalista, conferencista, nasceu a 12 de dezembro de 1945 em Luanda de onde foi, ainda criança, para o Alto Douro. Após frequentar o liceu de Lamego fixa-se em Lisboa, cursa Letras e inicia-se no jornalismo e na literatura. Foi diretor dos Cadernos de Reportagem e co-editor da Relógio d'Água. Apresentou, nos anos de 1991 e 1992, uma rubrica sobre livros na RTP1. Estreou-se como dramaturgo com "Um jipe em segunda mão", peça que tendo por tema as sequelas da guerra colonial, foi distinguida com o Grande Prémio de Teatro RTP, o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos Casa da Imprensa. O seu livro "Os retornados estão a mudar Portugal" obtém o Prémio Clube Português de Imprensa;  "Moçambique, todo o sofrimento do mundo" recebe os galardões Gazeta  e Fernando Pessoa 1991; "O despertar dos idosos", o Prémio Gazeta de 1994. Com o romance "O viúvo" conquista o Grande Prémio de Literatura Círculo de Leitores.  Em 2005, foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique.

Veja AQUI a bibliografia do escritor que poderá encontrar na sua Biblioteca.

Bom fim de semana com boas leituras

novembro 23, 2011

PALESTRA

DAVID MOURÃO-FERREIRA: O HOMEM E O OBRA



Ontem, dia 22 de novembro, pelas 14h30, o auditório da Biblioteca Municipal da Marinha Grande foi o palco da palestra "David Mourão-Ferreira, o homem e a obra". A palestra foi dirigida pela Dra. Pilar Mourão-Ferreira, viúva do escritor, e contou com a participação do encenador Norberto Barroca, que declamou alguns poemas do autor.
A iniciativa inseriu-se na atividade regular da "Tertúlia dos Anos de Ouro", promovida pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social da Região da Marinha Grande - ADESER II. 



Pilar Mourão-Ferreira, licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1965. Entre 1975 e 1976 foi deputada na Assembleia Constituinte pelo PS. De agosto de 1976 a 1978 foi chefe de gabinete dos Secretários de Estado da Orientação Pedagógica e da Educação.
Nos anos seguintes foi assessora do Secretário de Estado da Presidência do Conselho do Governo de Mota Pinto, tendo trabalhado na problemática da Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência e da ex Comissão da Condição Feminina.
De 1979 a 2004, foi Assessora Principal do Secretariado Nacional da Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência, assumindo as funções de direção do Gabinete de Assuntos Europeus e Relações Internacionais.
Representou Portugal, entre outras iniciativas, no Conselho da Europa (onde presidiu a vários Comités), na União Europeia e nas Nações Unidas.


E por vezes


E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes


encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos

David Mourão-Ferreira, in Obra Poética



A vida e obra do escritor/poeta David Mourão-Ferreira já foram recordadas no nosso blogue, concretamente, a 24 de fevereiro deste ano, data do seu aniversário.

Clique AQUI e conheça melhor o escritor. 


novembro 22, 2011

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Hoje vamos voltar novamente a falar do Novo Acordo Ortográfico.
Sim,  porque ele está aí e introduz várias alterações na nossa escrita. Este Acordo já entrou em vigor em 2009 e até 2015 decorre um período de transição, que devemos aproveitar para nos adaptarmos.
O Acordo Ortográfico resultou de um longo trabalho desenvolvido pela Academia Brasileira de Letras e pela  Academia das Ciências de Lisboa, com vista à uniformização da ortografia nos países de língua portuguesa. O Acordo foi subscrito em 1990 por Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal e em 2004 por Timor-leste.
No ano letivo de 2011/2012 será adotado em todo o sistema de ensino e, a partir de 1 de janeiro de 2012, nos organismos oficiais.


Emprega-se o hífen nas palavras compostas, que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento:
  • abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde
  • andorinha-do-mar, cobra-capelo, formiga-branca
******************* 
Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando a palavra seguinte começa por vogal ou h; em alguns casos, igualmente quando a palavra que se segue a bem começa por consoante; noutros ainda, bem aglutina-se com o termo seguinte:
  • bem-estar, bem-humorado, mal-acabado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado
  • benfeito, benfeitor, benquerença, malcriado, malgrado, malvisto
*******************
 Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém, sem, ex, vice, pós, pré e pró
  • além-mar, aquém-Pirinéus, recém-casado, ex-diretor, vice-rei, pré-escolar, pró-europeu
*******************
Emprega-se o hífen nos topónimos com Grã, Grão ou cujos elementos estejam ligados por artigo:
  • Grã-Bretanha, Grão-Ducado, Trás-os-Montes, Entre-os-rios, Quebra-Dentes
*******************
Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando, não propriamente  vocábulos, mas encadeamentos vocabulares:
  • a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade
  • o percurso Lisboa-Coimbra-Porto
  • a ligação Angola-Moçambique
*******************
Emprega-se o hífen quando o prefixo (ou falso prefixo) termina por vogal (ou consoante) e o elemento seguinte começa pela mesma vogal (ou consoante)
  • anti-ibérico, contra-almirante, micro-ondas, sobre-exposição, sub-base, semi-interno
*******************
Emprega-se o hífen quando o elemento seguinte começa por h
  • anti-higiénico, co-herdeiro, infra-humano
*******************
Emprega-se o hífen quando o elemento seguinte é um nome próprio, uma palavra em língua estrangeira ou uma sigla
  • anti-Sócrates, anti-apartheid, super-CR7
*******************
Emprega-se o hífen no caso de circum quando o elemento seguinte começa por vogal, m ou n
  • circum-escolar, circum-murado, circum-navegação
*******************
Emprega-se o hífen nos casos de ab, ad, e sub, quando o elemento seguinte começa por r ou b
  • ab-rogar, ad-rogação, sub-reptício, sub-bibliotecário



Em breve vamos voltar a este assunto,
para explicarmos em que situação se verifica a supressão do hífen.

novembro 21, 2011

É NOTICIA...

Ontem, 20 de novembro, comemorou-se o Dia dos Direitos Internacionais da Criança.
Todos os seres humanos deveriam nascer livres e iguais em dignidade e em direitos, no entanto, há crianças que são vítimas de violência e racismo, crianças inocentes que sofrem com a guerra, crianças que não têm acesso a bens essenciais como comida, água, rir e brincar.

De forma a defender os direitos das crianças, a ONU, a 20 de novembro de 1959, fez a Declaração dos Direitos das Crianças com 10 artigos essenciais que vão desde o direito de ser feliz ao direito à liberdade. Esta lista, se for cumprida em toda a parte, pode fazer com que todas as crianças do mundo tenham uma vida digna e feliz.
Em novembro de 1989, trinta anos depois da Declaração dos Direitos das Crianças, as Nações Unidas adotaram por unanimidade a Convenção sobre os Direitos da Criança.
Esse documento enuncia um amplo conjunto de direitos fundamentais, os direitos civis e políticos, e também os direitos económicos, sociais e culturais de todas as crianças, bem como as respetivas disposições para que sejam aplicados.

A Convenção sobre os Direitos da Criança não é apenas uma declaração de princípios gerais; quando ratificada representa um vínculo juridíco para os Estados que a ele aderem, os quais devem adequar as normas de Direito interno às da Convenção, para a promoção e proteção eficaz dos direitos e liberdades nela consagrados.
Portugal ratificou a Convenção a 21 de setembro de 1990.

A 20 de novembro de 1959, a ONU proclamou a Declaração dos Direitos da Criança:

  1. A criança deve ter condições para se desenvolver física, mental, moral, espiritual e socialmente, com liberdade e dignidade.
  2. A criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade, desde o seu nascimento.
  3. A criança tem direito à alimentação, lazer, moradia e serviços médicos adequados.
  4. A criança deve crescer amparada pelos pais e sob sua responsabilidade num ambiente de afeto e de segurança.
  5. A criança prejudicada física ou mentalmente deve receber tratamento, educação e cuidados especiais.
  6. A criança tem direito a educação gratuita, pelo menos nas etapas elementares.
  7. A criança, em qualquer circunstância, deve estar entre os primeiros a receber proteção e socorro.
  8. A criança deve ser protegida contra toda a forma de abandono e exploração. Não deverá trabalhar antes da idade adequada.
  9. As crianças devem ser protegidas contra a prática de discriminação racial, religiosa ou outra.
  10. A criança deve ser educada num espírito de compreensão, tolerância, amizade, fraternidade e paz entre os povos.

Vale a pena refletir e vale a pena desenvolver esforços para ver esta lista cumprida, pois as crianças têm direito a crescer com saúde, amor e compreensão, têm direito à educação e têm direito essencialmente a serem felizes.

"A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes"
                                                                 Albert Einstein



Mas hoje também é noticia...

Hoje, 21 de novembro, é o Dia Mundial da Saudação.


Este dia é celebrado em todo o mundo, por pessoas de 180 países diferentes. É um dia essencialmente para apelar à Paz.
O Dia Mundial da Saudação foi celebrado pela primeira vez em 1973. Os seus antecedentes começaram em 1967 com a guerra dos seis dias (ocupação da Península do Sinai, da Faixa de Gaza e dos Montes Golan por parte de Israel). Em outubro de 1973, uma coligação entre a Síria e o Egito lançou um duplo ataque às linhas israelitas, atacando o Sinai e os Montes Golan, dando origem à quarta guerra israelo-árabe.
Foi precisamente nesta altura que dois professores norte-americanos, Brian McCormack da Universidade do Arizona e Michael McCormack da Universidade de Harvard, decidiram instituir o World Hello Day.
O dia tem como finalidade que cada pessoa cumprimente outras 10 demonstando através deste gesto a importância do contacto entre as pessoas como forma de preservar a paz no mundo.


O cumprimento é uma forma de saudação amigável entre pessoas ou entidades, geralmente usando o gesto ou a fala.
De país para país, de cultura para cultura existem as mais variadas maneiras de cumprimentar uma pessoa.

Olá,  Hallo, Marhaba, Barev, Jo San, Ahoj, Hej, Saluton, Bonjour, Shalom, Ciao, Hello, Hola,... 



Boa Semana com Boas Leituras

novembro 18, 2011

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Quadro do pintor Leonid Afremov
(Bielorrússia, 1955)

Espera-nos um fim de semana com chuva e baixas temperaturas, um sofá em frente à lareira e um bom livro. É o cenário quase perfeito para um fim de semana.

Mas para que ele seja mesmo perfeito, aceite a nossa sugestão de leitura.
O livro que lhe sugerimos, foi eleito o melhor livro do ano pela revista francesa Lire, que o apelidou de "Um grande livro pleno de força e beleza. A voz de um grande escritor", tendo  ganho o Prémio Romance 2008, em França.



"O que o dia deve à noite" é um romance que relata a história de vida de Younes, um rapaz que nasceu e cresceu nos subúrbios da cidade de Orão, na Argélia, em pleno campo, longe da vida citadina. Younes vive com os pais e a irmã mais nova. O pai trabalha na plantação de cereais. Um dia alguém deita fogo aos campos nas vésperas das colheitas e a família vê-se obrigada a mudar-se para a cidade de Orão e a começar uma vida nova. Sem recursos, a família vai viver na zona mais pobre e obscura da cidade.
Todavia, a vida de Younes não se limita ao bairro pobre. Ele vai crescendo e são inúmeras as personagens que conhece e as situações por que passa. Ambientes de pobreza e de riqueza, lado a lado, confrontos interiores, o amor proíbido, fases boas e menos boas, as loucuras dos jovens, ... tudo isto num romance, que retrata uma fase da História da Argélia, da guerra civil e dos massacres que ocorreram até ao reconhecimento pela França (país colonizador), em 1962, da independência daquele país do norte de África. 



Yasmina Khada, que em árabe significa "jasmim verde", é o pseudónimo de Mohammed Moulessehout.
Yasmina Khadra, nasceu a 10 de janeiro de 1955 no Saara argelino, é hoje uma das vozes mais importantes do mundo árabe e um digno embaixador da língua francesa. Os seus romances estão traduzidos em 14 países: Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Suíça, Itália, entre outros.
Foi ao mesmo tempo oficial do exército e escritor, quando adotou o pseudónimo feminino, o nome da sua mulher, depois de conflitos gerados pela publicação de livros nos quais discutia a estrutura de poder e a corrupção no seu país.
É considerado por J. M. Coetzee, Prémio Nobel da Literatura 2003, como um dos maiores escritores da atualidade.
Entre outros livros, é autor de "As sirenes de Bagdade" e "Com que sonham os lobos", que poderá requisitar na nossa Biblioteca Municipal.


Bom Fim de Semana com Boas Leituras

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...