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junho 04, 2014

FELIZ ANIVERSÁRIO PAULINA CHIZIANE


A escritora moçambicana Paulina Chiziane nasceu a 4 de junho de 1955 em Manjacaze, no seio de uma família protestante onde se falavam as línguas chope e ronga.
O português aprendeu-o na escola de uma missão católica.
Viveu no campo até aos 7 anos de idade, mudando-se  depois para os subúrbios da cidade de Maputo, tendo frequentado, na Universidade Eduardo Mondlane, estudos superiores de Linguística, sem no entanto ter concluído o curso.
 
 
"Sou chope, o meu pai era alfaiate de esquina, só depois arranjou uma barraca.
A minha mãe sempre foi camponesa, às vezes ficava uma semana sem vir a casa,
a tratar da machamba (plantação de mandioca)"
 
Participou ativamente na cena política moçambicana como membro da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) e aos 20 anos cantou o hino da independência moçambicana, gritou contra o imperialismo e o colonialismo e depois, com a guerra civil (1975-1922) que arrasou o seu país, desencantou-se com a política.
Trocou a vida partidária para se dedicar à escrita, ao trabalho na Cruz Vermelha e à publicação das suas obras. O seu livro "Ventos do Apocalipse", que foi uma edição de autor, pode ser requisitado na  Biblioteca Municipal. 
 
Iniciou a sua atividade literária em 1984, com uma série de contos publicados na imprensa moçambicana.
Apesar de negar ser romancista, "Nem sei o que isso é. Eu sou só contadora de estórias. Escrevo livros com muitas estórias, estórias grandes e pequenas. Inspiro-me nos contos à volta da fogueira, a minha primeira escola de arte.", tornou-se a primeira mulher moçambicana a publicar um romance, Balada de Amor ao Vento, em 1990.
 
Fotografia António Silva da LUSA
O embaixador de Portugal em Maputo, José Augusto Duarte, acompanhado pelos escritores moçambicanos, Paulina Chiziane e Ungulani Ba Ka Khossa, discursa numa conferência de imprensa sobre a condecoração, com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique,  atribuída aos dois escritores pelo Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, num reconhecimento do mérito da obra de ambos e que pretende reforçar as relações bilaterais entre os dois países.
 
 "Na história, há um gajo que eu admiro. Eu gosto de Luís de Camões. Mas não pela mesma razão dos outros. Eu gosto dele porque ele não seguiu um caminho, ele abriu um caminho."
                                                                                                                      Paulina Chiziane
 
 
 
Faça também o caminho até à sua Biblioteca
 
Esperamos por Si


 
 

maio 22, 2014

22 DE MAIO - DIA DO AUTOR PORTUGUÊS



 
Para mim o
amor
fica-me justo
Eu só visto
a paixão
de corpo inteiro


Sabe o Leitor quem é o autor/a deste poema?
 
O seu autor/a é hoje,
22 de maio - Dia do Autor Português,
distinguida pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA)
com o Prémio de Consagração de Carreira.
O galardão distingue a poeta e ficcionista
"pela qualidade, extensão e representatividade da sua obra".
 
 
 O Leitor já adivinhou que falamos de Maria Teresa Horta.
 Para saber mais sobre a autora, veja AQUI
 
E sabe o Leitor,
quem são os autores destas palavras?
  • Sei que quando me tocas a batida da terra coincide com a do meu coração.  (Manuel Alegre)
  • Antigamente os animais falavam, hoje, escrevem! (Camilo Castelo-Branco)
  • Sou dos que amam demais a Divindade para poder acreditar num só Deus. (Jaime Cortesão)
  • A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos. (António Lobo Antunes)

  • Pensar Portugal. Nós somos um país de "elites", de indivíduos isolados que de repente se põem a ser gente. (...) Nós não temos sequer núcleos de grandes homens. Temos só, de longe em longe, um original que se levanta sobre a canalhada e toma à sua conta os destinos do país. (Virgílio Ferreira)

  • É melhor aprender latim ou melhor aprender matemática? É melhor não ser estúpido. (Agostinho da Silva)

  • Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e de mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender. (Alexandre Herculano)

  • Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo o dia. (José saramago)

  • O português prefere ser um rico desconhecido,  a ser um herói pobre. É melhor do que parece. O homem português é dissimulado, e fez da inveja um discurso do bom senso e dos direitos humanos. Mas é também um homem de paixões moderadas pela sensibilidade, o que faz dele um grande civilizado. Gosta das mulheres, o que explica o estado de dependência em que as pretende manter. A dependência é uma motivação erótica. (Agustina Bessa-Luís)

  • No teu amor por mim há uma rua que começa. (Ruy Belo)

 Os autores portugueses esperam por si
Aqui, na sua Biblioteca.

 




abril 23, 2014

23 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO




Hoje é o Dia Mundial do Livro
Hoje é o dia de homenagear
Gabriel García Márquez,
escritor colombiano falecido do passado dia 17 de abril,
recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1982.
Foi um dos responsáveis pelo "boom" da literatura latino-americana no mundo.



"O primeiro livro seu que me veio parar às mãos foi Ninguém Escreve ao Coronel, logo  a seguir Cem Anos de Solidão e o choque que me causou foi tal que tive de parar de ler ao fim de cinquenta páginas. Necessitava pôr alguma ordem na cabeça, alguma disciplina no coração e, sobretudo, aprender a manejar a bússola com que tinha a esperança de orientar-me nas veredas do mundo novo que se apresentava aos meus olhos. Na minha vida de leitor foram pouquíssimas as ocasiões em que uma experiência como esta se produziu. Se a palavra traumatismo pudesse ter um significado positivo, de bom grado se aplicaria ao caso. Mas, já que foi escrita, aí a deixo ficar. Espero que se entenda".
                                                             José Saramago sobre García Márquez,
Blimunda, maio, 2013
 
 
 
 
A 15 de julho de 1967, Gabriel García  Márquez publica com grande êxito o seu romance Cem Anos de Solidão, claro exemplo do chamado "realismo mágico". De imediato considerada uma obra-prima a nível internacional. Neste romance encontra-se a chave de toda a obra do autor. De estrutura perfeita, o romance narra a vida de seis gerações de famílias dos Buendia, tendo como eixo principal a relação incestuosa entre eles. García Márquez inventa o espaço mítico de Macondo (uma povoação marginal que aparenta ser o centro do mundo, onde tudo acontece e onde se condensa a história do homem) como único cenário da sua obra.
 
 
 
 
"No México, enquanto escrevia "Cem Anos de Solidão",
entre 1965 e 1966,
 só tive dois discos que se gastaram tanto de serem ouvidos:
os Prelúdios de Debussy e "A Hard Day's Night" dos Beatles"
                                                                                     Gabriel García Márquez
 
 
 
A maior homenagem que se pode fazer
a um autor é ler a sua obra.
 
 
 
 
E neste Dia Mundial do Livro,
Visite-nos e requisite um dos inúmeros livros de
Gabriel García Marquez 
que a Biblioteca Municipal
tem à sua disposição e ganhe asas



Boas Leituras




 

fevereiro 12, 2014

2014 - ANO DE JULIO CORTÁZAR E OCTAVIO PAZ


Comemora-se este ano o centenário
de dois dos mais importantes
escritores hispânicos do século xx -
Julio Cortázar e Octavio Paz
 
 
 
 
Sobre o escritor mexicano Octavio Paz,
pode o leitor recordar AQUI, a nossa mensagem publicada a 31/03/2011.


A Casa da América Latina e a Fundação José Saramago assinalam Cem anos com Cortázar, 30 anos sem Cortázar, no âmbito do protocolo de colaboração assinado no final de 2013 pelas duas instituições.
Se o Leitor não puder deslocar-se, hoje 12 de fevereiro, ao Jardim de Inverno do Teatro S. Luiz, em Lisboa, para ouvir um concerto pelo quarteto do saxofonista Carlos Martins e a leitura de excertos de O Perseguidor, pelo ator José Rui Martins, fique connosco e fique a conhecer ou a recordar Julio Cortázar.



Julio Cortázar, escritor e intelectual argentino, nasceu a 26 de agosto de 1914, em Bruxelas, é considerado um dos autores mais inovadores e originais do seu tempo.
Com quatro anos de idade foi viver para a Argentina. Incentivado pela mãe, que lhe selecionava o que devia ler, desde muito cedo que se interessou pela leitura, ao ponto de ser aconselhado pelo médico a ler menos e a sair mais de casa para apanhar sol.
Em 1944, já colocado como professor de Literatura Francesa na Universidade de Cuyo, Mendonza, envolveu-se numa manifestação contra a política populista e sindicalista de Juan Domingo Peron e foi preso. Posto em liberdade pouco tempo depois, foi-lhe vedada a sua carreia académica.
 
 
 
  
Em 1946 desempenhou funções de diretor de uma editora em Buenos Aires, funções que desempenhou até 1948, altura em que completou a sua licenciatura em Direito e Línguas, passando a trabalhar com tradutor.
Publicou a sua primeira coletânea de contos Bestiário (que pode requisitar na Biblioteca Municipal) em 1951, por intermédio de Jorge Luis Borges.
Nesse mesmo ano, por não concordar com a ditadura e por ser vítima de perseguições, Cortázar muda para Paris e a partir de 1952 passou a trabalhar para a UNESCO como tradutor independente. Foi em Paris que aceitou traduzir toda a obra em prosa de Edgar Allan Poe, ainda hoje considerada como a melhor tradução em espanhol daquele autor.
 
 
 
  
 
Consagrou-se como romancista em 1960, tendo publicado em 1963, Rayuela, o seu romance mais conhecido, que acabou por influenciar significativamente a literatura da América Latina.
Como investigador das violações aos direitos humanos, viajou em 1973 pelo Peru, Equador, Chile e Argentina, e com o dinheiro ganho pela venda das suas obras, apoiou os Sandinistas e as famílias dos presos políticos. Em 1975 lecionou como professor convidado nas Universidades de Oklahoma e do Barnard College de Nova Iorque.
Passou a ser cidadão francês a 24 de julho 1981 e dois anos mais tarde foi autorizado a visitar de novo o seu país.
A 12 de fevereiro de 1984, morre em Paris vítima de leucemia.
 
 
 O Leitor encontra na Biblioteca Municipal as seguintes obras de Julio Cortázar:
  • Bestiário
  • BloW-up e outas histórias ( adaptado ao cinema pelo realizador italiano Michelangelo Antonioni)
  • Prosa do Observatório (com fotografias do autor)
  • Histórias de Cronópios e de Famas
  • Todos os Fogos o Fogo



Boa Semana
 

 
Esperamos Por Si


janeiro 02, 2014

ANO NOVO, VIDA NOVA


Informamos os nossos leitores, seguidores e visitantes, que  nos próximos dias iremos proceder a algumas reformulações do nosso blogue, pelo que a atividade será retomada logo que possível. Esperamos continuar a merecer as suas visitas, comentários e sugestões.
 
ESTAMOS A PREPARAR O NOVO ANO.
VOLTAREMOS EM BREVE.
MANTENHA-SE ATENTO.
 
Ilustração de Nerina Canzi
BOM ANO 2014
 
 

dezembro 12, 2013

FELIZ ANIVERSÁRIO SUSANNA TAMARO


"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar".
                                                                  Susanna Tamaro, in Vai aonde te leva o coração
 
 
 
A escritora italiana Susanna Tamaro nasceu com uma pontualidade britânica: no dia 12, do mês 12, às 12 horas e 12 minutos de 1957, na cidade de Trieste. Após a separação dos pais, foi criada pelos avós maternos e cresceu a ouvir as histórias sobre as duas terríveis guerras mundiais que devastaram a região.
Terminou o ensino secundário e recebeu, em 1976 uma bolsa de estudo para frequentar o Centro Experimental de Cinematografia de Roma. A sua tese de licenciatura, em coautoria com dois colegas, foi uma curta-metragem de animação com o título L'Origine del Giorno e della Notte.
Em 1977 inicia o seu trabalho no cinema como assistente do cineasta Salvatore Samperi e na década de 80 trabalha para a televisão italiana.
Susanna Tamaro começou a escrever em 1978 e em 1981 tentou sem êxito publicar o seu primeiro livro Illmitz. Só em 1989 conseguiu publicar o seu primeiro romance, La Testa Fra Le Nuvole ( Com a Cabeça nas Nuvens) que venceu o Prémio Elsa Morante.
Seguiu-se, em 1991, Per Voce Sola (Para Uma Voz Só), que recebeu elogios do realizador Federico Fellini: "Só Dickens me conseguiu comover tanto". Foi galardoada com o Prémio Pen Club do mesmo ano.

 
 
Editou o seu primeiro livro infantil, Cuore di Ciccia (O Cavaleiro Lua Cheia) em 1992 e em 1994 publicou aquele que foi considerado o livro italiano de maior sucesso no século XX  Vá Dove Ti Porta Il Cuore (Vai Aonte te Leva o Coração), romance de justiça e perdão, em que o ódio e a intolerância se desvanecem com a reconciliação, foi galardoado com o Prémio Donna Cittá di Roma.
Este livro, "Vai Aonde te Leva o Coração", só em Portugal vendeu mais de 154 mil exemplares.
Esteve no nosso país em janeiro do ano passado para apresentar o seu mais recente romance "Para sempre".
Atualmente vive no campo em Orvieto, a uma hora de Roma, rodeada de animais, uma das suas outras paixões: 6 cães, 2 gatos, 3 cavalos e 1 burra, para além dos pássaros, coelhos,  galinhas e os peixes do seu jardim japonês. É cinturão negro de Karaté, especialista em origami e faz ponto-cruz para descontrair.
 
Não conhece a autora?
 
Mas gostava de conhecer?
 
Sabia que os  seus livros estão disponíveis na Biblioteca Municipal
 para empréstimo domiciliário?

 
 
Se no próximo sábado, dia 14 de dezembro, vier requisitar algum dos livros da nossa aniversariante, dirija-se ao nosso auditório e assista a partir das 15:30 à apresentação do livro


 
 
A FORÇA DA LUTA PELA LIBERDADE

de ALDA MARIA FERNANDES
Editora Folheto Edições & Design

 
A obra será apresentada pelo autor do prefácio, Eng. José Manuel Chaves, e pelo ilustrador Luís Barreiros.
 
 
 
 
 
Alda Maria Fernandes nasceu a 16 de fevereiro de 1946 na Ilha de S. Miguel - Açores. Ali completou o 7º ano no Liceu de Ponta Delgada e em 1967 veio para o continente, tendo concluído a licenciatura em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Já publicou vários livros, entre os quais o romance "Caminhos de Esperança" apresentado em 2008 na nossa Biblioteca, e tem publicado em jornais da região de Leiria alguns textos e poemas.
 
 
ESPERAMOS POR SI!
 
 
 
 
 
 
 

outubro 16, 2013

16 de OUTUBRO - DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

 
Esta comemoração, que teve início em 1981, é celebrada em mais de 150 países como uma data importante para consciencializar a opinião pública para as questões de nutrição e alimentação.
 
Sistemas Alimentares Sustentáveis Para a Segurança Alimentar e Nutrição
 é o tema do Dia Mundial da Alimentação deste ano, anunciado no início do ano pela FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.
 
 
Hoje quase 870 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de desnutrição crónica. Modelos insustentáveis de desenvolvimento estão a degradar o meio ambiente, ameaçando ecossitemas e a biodiversidade que serão necessários para garantir o fornecimento de alimentos no futuro.
  
 
"Não se pode pensar bem, amar bem,
dormir bem se não se jantou bem"
                                                                                    Virginia Woolf
 
 
E o Leitor sabe comer corretamente?
Tem bons hábitos alimentares?
 

A Associação Portuguesa de Dietistas (APD) divulgou um estudo onde explorou o baixo consumo de peixe nas crianças em casa e que é especialmente dedicado ao início do ano escolar. Os especialistas defendem que, nesta época, as crianças devem consumir mais do que a quantidade mínima recomendada de peixe, ou seja, mais do que duas vezes por semana.
As conclusões do estudo alertam os pais para o reforço de uma alimentação rica em nutrientes, até porque é nesta altura "que as crianças estão mais expostas a certas doenças devido ao contacto que têm umas com as outras".
Uma alimentação correta ajudará "não só a evitar viroses, como no desenvolvimento cognitivo dos mais novos, numa altura crucial das suas vidas".
O mesmo estudo concluiu que os peixes preferidos para as refeições são o salmão, a pescada e o bacalhau, e que 71,5% das mães optam por peixe fresco, contra 24% que usa o peixe congelado. A recomendação da APD é mais favorável à segunda opção, até porque "os congelados, além de serem mais em conta, conservam em maior quantidade os nutrientes, nomeadamente os minerais, lípidos e vitaminas".
 

O Leitor sabia que o problema do consumo insuficiente de peixe pode estar diretamente relacionado com a fraca variedade de ementas confecionadas em casa?
71,5% das mães insistem no peixe à refeição, mas apenas 24% confessam ser criativas na forma como preparam o peixe.
 
Peixe cozido acompanhado com batatas cozidas não será a melhor forma de motivar a sua família à refeição!!
"Um prato de peixe deverá ter acompanhamentos divertidos como cenouras baby, vegetais panados ou massinhas de várias cores", recomenda a APD.
 

"Não pergunte o que você pode fazer pelo seu país,
pergunte o que é o almoço."
                                                                                                                Orson Welles



Caro Leitor, a Biblioteca municipal tem inumeros livros de deliciosas receitas de peixe e não só, que irão fazer de si um verdadeiro Chef!


Venha à Biblioteca Municipal, requisite um dos livros que escolhemos para si, inove os seus menus tornando-os mais criativos e apetecíveis para as crianças e a fast food vai passar à história.
 

 
 
E da Dieta Mediterrânica, já ouviu certamente falar.
Sabia que um estudo publicado na revista BMC Medicine diz que a Dieta Mediterrânica não só o protege das doenças cardiovasculres, como pode reduzir o risco de depressão entre 40 a 50 por cento?
A investigação, divulgada num artigo "Dieta, uma nova forma de prevenir a depressão", refere que "a dieta mediterrânica pode ter um papel decisivo na prevenção da depressão" o que "abre um caminho importante em termos de conhecimento para antecipar um grave problema de saúde pública".
Aquele estudo refere ainda que a obesidade tem uma "relação perigosa" com a depressão, e que o excesso de peso está associado a um maior risco de quadros depressivos e estes por seu turno, levam a uma maior probabilidade de desenvolver obesidade.



Sabia que o consumo de ácidos trans, de comida rápida e de produtos industriais de padaria estão associados a um maior risco de depressão?

Sabia que o consumo de ácidos gordos ómega-3 presente em determinados peixes e o azeite mostram uma associação inversa, e que consumir estes produtos tem influência na estrutura das membranas das células nervosas e melhoram o funcionamento da serotonina, um neurotransmissor envolvido na depressão?
 
 
 Pela sua saúde, saia de casa,
dê um passeio até à Biblioteca
e leve consigo sugestões fantásticas para o jantar.


 


setembro 25, 2013

ANTÓNIO RAMOS ROSA, 1924-2013


EM QUALQUER PARTE UM HOMEM
 
Em qualquer parte um homem
discretamente morre.
 
Ergueu uma flor.
Levantou uma cidade.
 
Enquanto o sol perdura
ou uma nuvem passa
surge uma nova imagem.
 
Em qualquer parte um homem
abre o seu punho e ri.
 
                                                                António Ramos Rosa, in "O Grito Claro", 1958
 
 
 
 
Faleceu em Lisboa, no passado dia 23 de setembro, aos 88 anos, o poeta e ensaísta António Ramos Rosa, um dos grandes nomes da literatura portuguesa contemporânea, autor de quase uma centenas de títulos.
Prémio Pessoa em 1988, recebeu ainda quase todos os mais relevantes prémios literários portugueses e vários prémios internacionais, quer como poeta, quer como tradutor.
 
Caro Leitor, veja Aqui, para recordar a vida e obra de António Ramos Rosa.
 

 
Poema dum Funcionário Cansado
 


A noite trocou-me os sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração confundido e a rua é estreita
estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num quarto só
com os sonhos trocados
com toda a vida às avessas a arder num quarto só
Sou um funcionário apagado
um funcionário triste
a minha alma não acompanha a minha mão
Débito e Crédito Débito e Crédito
a minha alma não dança com os números
tento escondê-la envergonhado
o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em frente
e debitou-me na minha conta de empregado
Sou um funcionário cansado dum dia exemplar
Por que não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
Por que me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço
Soletro velhas palavras generosas
Flor rapariga amigo menino
irmão beijo namorada 
mãe estrela música
São as palavras cruzadas do meu sonho
palavras soterradas na prisão da minha vida
isto todas as noites do mundo numa só noite comprida
num quarto só
In, O Grito Claro, 1958
 
 
Trabalhou algum tempo como empregado de escritório, experiência que o inspirou para este célebre poema, incluído no seu livro de estreia e que ainda se mantém atual.


 
 
Vivi tanto
que já não tenho outra noção
de eternidade
que não seja a duração da minha vida
 
                                                                                    In, Em Torno do Imponderável, 2012 
 
 
 
 

setembro 11, 2013

FOI HÁ 12 ANOS


"Osama bin Laden foi o cérebro fanático por trás dos ataques de 11 de setembro  contra as Torres Gémeas e o Pentágono, que mataram milhares de pessoas inocentes em nome de uma distorção intolerante e dogmática da fé islâmica. Promovendo uma ideologia jihadi, para a qual matar é uma honra e que defende um culto niilista do suicídio, o seu objetivo era eliminar o poder americano e ocidental, varrer Israel do mapa e restaurar um califado em todas as partes do mundo que o Islão alguma vez dominou.
Mas a sua única e verdadeira  política é, na prática, aterrorizar pessoas inocentes e destruir sociedades democráticas tolerantes, servindo-se de jovens influenciáveis como bombas vivas, contra vítimas escolhidas única e simplesmente por serem cidadãos do ocidente livre e democrático".
 
Momento em que George W. Bush foi notificado do ataque
 
"Na manhã de 11 de setembro de 2001, ainda cedo, duas equipas de jihadis embarcaram em quatro aviões de passageiros nos aeroportos de Washington D.C., Boston e Newark. As autoridades souberam pouco depois que os aviões tinham sido desviados por 19 homens provenientes do Médio Oriente.
Às 8.46h da manhã, hora local, o voo número 11 de American Airlines embateu na Torre Norte, uma das Torres Gémeas de Nova Iorque, os edifícios mais altos de Manhattan. Depois, quando as câmaras de televisão filmavam já o desastre que se desenrolara, o voo 175 da United Airlines embateu, às 9.02h da manhã, na Torre Sul".


Fotografia de Steve Ludlum,
 vencedor do Prémio Pulitzer em 2002
 
 "Trinta e cinco minutos depois soube-se que o voo 77 da American Airlines tinha-se despenhado sobre o Pentágono, na Virgínia, e às 10.03h da manhã o voo 93 da United Airlines, destinado à Casa Branca, foi abatido na Pensilvânia por passageiros heróicos, que souberam o que acontecera aos outros aviões quando tentavam freneticamente comunicar com familiares através de telefones existentes a bordo".

 

Queda do voo 93
 
"Seguiram-se cenas apocalípticas em Nova Iorque. As Torres Gémeas, que tinham ficado fatalmente debilitadas pelo impacto dos aviões, desmoronaram-se - a Torre Sul às 9.59h e a Torre Norte às 10.28h da manhã - fazendo milhares de vítimas que ainda estavam no interior e dando origem a uma nuvem de pó que engoliu a parte sul de Manhattan".

 

Fotografia de Steve McCurry

 "Excluindo os piratas do ar, nesse dia morreram cerca de 3 000 pessoas - 246 nos aviões, 125 no Pentágono e 2603 nas Torres Gémeas (incluindo 341 heroicos bombeiros e dois paramédicos)".
 

Fotos dos que perderam a vida a 11/09/2001
 

Se o Leitor pretende andar informado
do que se passa em Portugal e no mundo, visite-nos.

Na Sala de Periódicos encontrará jornais e revistas,
que o informam do que de relevante acontece.
 
E no átrio de entrada da sua Biblioteca,
pode ver cartazes e  uma mostra bibliográfica
dos acontecimentos que marcaram
para sempre o mês de setembro.
 
O texto que ilustrou as fotos foi retirado daqui e pode ser requisitado por si.
 
 
Visite-nos




julho 18, 2013

DIA INTERNACIONAL NELSON MANDELA

 
 
Madiba completa hoje 95 anos e a ONU apela a todos para dedicarem
 hoje 67 minutos a uma boa ação em memória dos 67 anos
de militância cívica de Nelson Mandela.
 
 
 
 
O que é o Dia Internacional Nelson Mandela?
Veja AQUI
 
 
 
 
Na sua luta pela liberdade contra o sistema de apartheid da África do Sul, Nelson Mandela inspirou milhões de pessoas em todo o mundo com a sua coragem, resistência e nobreza de espírito. A transferência da África do Sul do apartheid para o governo dos negros podia ter levado a massacres vingativos, semelhantes à carnificina de quando a Índia se tornou independente, mas, graças a um político, esta revolução foi essencialmente tolerante, pacífica, ordeira e sem derramamento de sangue.
 
 
A 11 de fevereiro de 1990, Nelson Mandela transpôs os portões da Victor Verster Prision, do Vale de Dwars, perto da Cidade do Cabo. Era a primeira vez em 27 anos que estava em liberdade, um triunfo de esperança que significava o início de uma nova era para um país dilacerado pelo apartheid desde 1948.
Cerca de 2000 seguidores esperaram-no à porta da prisão para o aclamar, e mais outros 50 000 na cidade do Cabo para lhe proporcionar uma apoteótica receção.
 
 
 
 
"Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação preta. Tenho acalentado a ideia de uma sociedade democrática e livre em que todas as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para que espero viver e que quero atingir. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer"
                                   Nelson Mandela, defendendo-se no julgamento de Rivonia em 1964
 
 
 
 
 
 
Mandela foi condenado no julgamento de Rivonia, em 1964, a prisão perpétua.
Condenado atrabalhos forçados numa pedreira na ilha de Roben, Mandela transformou o seu campo prisional na "Universidade da Ilha", designando instrutores para educarem as equipas de presos enquanto faziam o seu árduo trabalho. Montou peças e distribuiu livros para preencher as horas.
Após uma espera de 27 anos, Mandela atrasou por mais um dia a sua partida final da prisão: "Vão libertar-me do modo como eu quiser ser libertado e não do modo como eles quiserem libertar-me".
Nelson Mandela, que já foi o "preso mais célebre do mundo", tornou-se, em 1994, o primeiro presidente negro da África do Sul.
 
 
 
A paz exige homens de visão e de coragem de ambos os lados e, em 1989, o presidente sul-africano , F. W. De Klerk, foi suficientemente corajoso para correr os riscos necessários. Em 1990, levantou a proibição do ANC dias antes de libertar Mandela. E, uma vez livre, Mandela renunciou imediatamente à ação violenta, fazendo assim a promessa que se recusara a fazer enquanto esteve preso.
Madiba - nome honorífico tribal pela qual os sul-africanos o conhecem - partilhou em 1993, o Prémio Nobel da Paz com De klerk.
 
 
Como Presidente ( 1994-1999), incluiu representantes de todos os grupos étnicos no seu governo multipartidário. Criou a Comissão da Verdade e da Reconciliação para investigar abusos dos direitos humanos.
Mandela reconheceu que durante a sua presidência não tinha feito o suficiente para combater a epidemia da SIDA. Na reforma,  tomou várias medidas para corrigir o seu erro.
Com uma honestidade característica, Mandela reconheceu que a sua própria militância na década de 1960 não violou menos os direitos humanos do que o apartheid e recusou-se a permitir que os seus apoiantes escondessem esse facto.
 

Hospitalizado há mês e meio, Mandela sofre de uma infeção pulmunar recorrente, uma sequela dos 27 anos de prisão.

 
 
 
"A minha vida é a luta"
                                                 Nelson Mandela

 
 
 

maio 22, 2013

PARABÉNS NUNO JÚDICE


DICÇÃO
Vou falar em português,
com cada vogal no seu lugar, dita
com toda a clareza,
uma de cada vez. Assim,
não comendo os és nem os is,
e pondo cada ó, aberto
ou fechado, dentro da sílaba
que lhe cabe, o português
fica com os pontos nos is,
para que o ouvido perceba
o que é dele,
e quem o escreva saiba
que a letra escrita
não vai ser letra morta
na boca
de quem lhe abra a porta.
                                                                                                           Nuno Júdice
 
 

 
No Dia do Autor Português, a Biblioteca Municipal dá os parabéns a Nuno Júdice,  que foi no passado dia 16 de maio, galardoado com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana, que reconhece o conjunto de uma obra de um autor vivo, cujo valor literário constitui uma contribuição relevante ao património cultural Ibero-Americano.
O galardão, atribuído pelo Património Nacional e pela Universidade de Salamanca e dotado com 42.100 euros, celebra este ano a sua XXII edição e é considerado o mais prestigiado deste género no universo Ibero-Americano.
 
 


Poeta, ensaísta e académico, nasceu a 29 de Abril de 1949, no Algarve, em Mexilhoeira Grande.
Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa e obteve o grau de Doutor pela Universidade Nova, onde é Professor Catedrático, apresentando, em 1989, uma dissertação sobre Literatura Medieval.
Foi nomeado, em 1997, Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal e Director do Instituto Camões em Paris, cargos que exerceu até fevereiro de 2004. Publicou antologias, edições de crítica literária, estudos sobre Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa e mantém uma colaboração regular na imprensa. Foi o responsável pela Língua e Cultura Portuguesa, na organização do Pavilhão Português, na Exposição de Sevilha, em 1992, bem como pela área de Literatura, na Sociedade Portugal-Frankfurt, em 1997. Organizou a Semana Europeia da Poesia, no âmbito da Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura.
Exerce uma atividade regular de crítica e ensaística literária, quer no âmbito das atividades universitárias, quer em jornais, como o Expresso e o JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias. Foi Diretor da revista literária Tabacaria, editada pela Casa Fernando Pessoa.
É um dos responsáveis pelos Seminários colectivos de tradução de poesia, que se realizam duas vezes por ano no Palácio de Mateus, no Norte de Portugal, e membro permanente do júri do Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus.
 


Lusofonia
rapariga: s.f., fem. de rapaz; mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz.
 
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada
no café, em frente da chávena do café, enquanto
alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este
poema sobre essa rapariga porque, no Brasil, a palavra
rapariga não quer dizer o que ela diz em Portugal. Então,
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café,
a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga
que alisa os cabelos com a mão, num café de Lisboa, não
fique estragada para sempre quando este poema atravessar
o atlântico para desembarcar no Rio de Janeiro. E isto tudo
sem pensar em África, porque aí lá terei
de escrever sobre a moça do café, para
evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é
uma palavra que já me está a pôr com dores
de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria
era escrever um poema sobre a rapariga
do café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se
pode sentar à mesa porque só servem cafés ao balcão.
                                                                                                   Nuno Júdice
 


 

A sua estreia literária deu-se em 1972 com A Noção de Poema. Em 1985 recebeu o Prémio Pen Clube, e em 1990 o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus. Em 1994 a Associação Portuguesa de Escritores, distinguiu-o pela publicação de Meditação sobre Ruínas, finalista do Prémio Europeu de Literatura Aristeion. Assinou ainda obras para teatro e traduziu autores como Corneille e Emily Dickinson.
Nuno Júdice recebeu ainda o Prémio de Poesia Pablo Neruda e o Prémio da Fundação da Casa de Mateus.
Em 2004 recebeu o Prémio Literário Fernando Namora, pelo romance O Anjo da Tempestade , e em 2005, foi a vez de receber o Prémio Cesário Verde "Consagração", pela sua obra O Estado dos Campos.
Em 2007 foi galardoado com o Prémio Nacional de Poesia Ramos Rosa.


Até ao fim
Mas é assim o poema: construído devagar,
palavra a palavra, e mesmo verso a verso,
até ao fim. O que não sei é
como acabá-lo; ou, até, se
o poema quer acabar. Então, peço-te ajuda:
puxo o teu corpo
para o meio dele, deito-o na cama
da estrofe, dispo-o de frases
e de adjetivos até te ver,
tu,
o mais nu dos pronomes. Ficamos
assim. Para trás, palavras e versos,
e tudo o que
não é preciso dizer:
eu e tu, chamando o amor
para que o poema acabe.
                                                           Nuno Júdice


 
Foram três os poemas de Nuno Júdice que vos  deixamos aqui. Os outros, bem como os seus romances,
o leitor poderá encontrá-los
na sala de leitura da sua Biblioteca.

 
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