agosto 03, 2021

GOSTARIA AINDA DE SABER PORQUE GABRIEL GARCÍA MARQUEZ LHE ESCREVERA ESTRANHA DEDICATÓRIA


"- Iremos para Buenos Aires, Marcela! É o melhor. Já me inteirei do custo das passagens e onde poderemos embarcar.
- Vamos para qualquer lado, desde que nos livremos desta gente que nos quer mal. Mas não te esqueças de que passaremos a lua de mel em Portugal. Gostava de conhecer o Porto. Há muitos galegos que vivem lá e dizem que é uma cidade agradável e acolhedora. Quem sabe, ainda ficamos por lá."

Marcela e Elisa em 1901, depois do seu casamento

Elisa cortou o cabelo, trocou as saias por calças e criou uma infância em Londres, o suficiente para se fazer passar por Mário e se casar com Marcela. 
Mas os dias felizes estavam contados com a descoberta e a repercussão social do "casamento sem homem", e o casal depressa se viu obrigado a exilar-se. Tudo se adensou quando, já casadas, Marcela deu à luz uma filha, um mistério que carrega de drama e emotividade esta história de amor, cujos ecos ultrapassam as contingências do tempo.



Amantes de Buenos Aires recria a história verdadeira de duas professoras que se casaram em 1901. 
Partindo deste caso verídico, o autor cria uma fascinante saga familiar na qual cruzam várias gerações de mulheres de forte personalidade, que lutam pela verdade do passado que as une.
Numa viagem de cem anos, o leitor assiste ao nascimento do tango nos prostíbulos de Buenos Aires e emociona-se com as gentes do Porto, a cidade que se uniu para acolher a coragem e a grandeza de um amor clandestino. 

"Como acontece muitas vezes, a história surgiu por acaso numa conversa com amigos. Um deles falou de duas professoras que se tinham casado na Galiza, vieram para o Porto e acabaram por ir para Buenos Aires devido à grande confusão que o seu casamento provocou na época".
                                                                                                                              Alberto S. Santos


Alberto S. Santos nasceu a 6 de março de 1967 em Paço de Sousa, Penafiel. 
Licenciado em Direito, pela Universidade Católica Portuguesa, é escritor, advogado, conferencista e político. 
Exerce advocacia desde 1991, tendo interrompido a sua profissão entre 2002 e 2013, por ter sido eleito, durante três mandatos consecutivos, para Presidente da Câmara Municipal de Penafiel.  
Como escritor, afirmou-se no romance histórico.
Para além do romance que hoje apresentamos, publicou em 2008 A Escrava de Córdova, em 2010 A Profecia de Istambul, que o leitor pode requisitar na Biblioteca Municipal, seguiu-se em 2013 O Segredo de Compostela e em 2016 Para lá de Bagdad.
O autor está também ligado à criação e curadoria do Festival Literário "Escritaria" e à comissão científica da "Rota do Românico".

Ilustração de Virginie Morgand







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