A Ciência Viva vai homenagear as mulheres cientistas portuguesas.
São 101 histórias de sucesso que muito têm contribuído para o desenvolvimento da ciência no nosso país. Elas representam 45% do total de investigadores e o seu papel tem sido fundamental para o progresso que a ciência e a tecnologia nacional tem tido nas última décadas.
Hoje, pelas 11h00 será lançada uma nova edição do livro Mulheres na Ciência. São 101 retratos de investigadoras portuguesas captados pelas objetivas dos fotógrafos Clara Azevedo, José Carlos Carvalho, Luís Filipe Catarino e Rita Carmo.
O Leitor pode ver em direito a partir da página de YouTube da Ciência Viva .
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, irá entrevistar três cientistas: a historiadora ambiental Cristina Brito, a física Maria Helena Braga e a sismóloga Ana M. G. Ferreira.
Da Biologia à Matemática, da Química às Ciências Sociais, da Física à Arqueologia, das Neurociências à Geografia, da Engenharia à História, das Ciências do Espaço à Filosofia, muitas foram as mulheres que se destacaram.
Também a Biblioteca Municipal se quer associar a esta justa homenagem, dando especial relevo às cientistas portuguesas:
Adelaide Cabete (1867-1935) foi uma médica ginecologista, feminista e sufragista, responsável pela fundação da Maternidade Alfredo da Costa. Só iniciou os estudos depois de casar e, ao logo da sua carreira na medicina, distinguiu-se no apoio às mulheres grávidas.
Carolina Beatriz Ângelo (1878-1911) foi médica, ativista e sufragista. Foi a primeira mulher a operar no Hospital de São José. Foi a primeira mulher a votar em Portugal.
Odete Ferreira (1925-2018) foi uma farmacêutica, professora universitária e investigadora portuguesa, que integrou a equipa de cientistas que em 1986 identificou um segundo tipo de vírus da Sida. Graças ao seu trabalho, Portugal foi colocado no mapa dos países que investigaram o vírus.
Maria de Sousa (1939-2020) foi uma cientista imunologista, escritora e professora universitária. Foi uma das primeiras portuguesas a serem reconhecidas internacionalmente pelas suas descobertas científicas, nomeadamente, na definição da estrutura dos órgãos que constituem o sistema imunitário. Condecorada em 2016 pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem Militar de San'tiago de Espada, recebeu inúmeras distinções nacionais e internacionais. Era membro do Júri do Prémio Pessoa. Morreu a 14 de abril de 2020, vítima da COVID-19.
Em 2020, a Ordem dos Médicos e a Fundação Bial criaram em sua homenagem o Prémio Maria de Sousa para premiar projetos na área das ciências da saúde criados por jovens cientistas portugueses.
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