Jorge Luis Borges
Os meus livros (que não sabem que existo)
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E que percorro com a minha mão côncava.
Não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estarão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
mais vale assim. As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre.
No dia que faria 112 anos, recordamos Jorge Luis Borges, escritor argentino, nascido a 24 de agosto de 1899. Filho de uma família de origem portuguesa por parte do pai e britânica por parte da mãe, adquire desde criança um perfeito domínio da língua inglesa. Aos sete anos de idade disse ao pai que queria ser escritor, aos oito anos escreveu o seu primeiro conto "La visera fatal", inspirado num episódio de Dom Quixote e aos nove, traduziu do inglês o "Principe Perfeito" de Oscar Wilde.
Borges foi Bibliotecário na Biblioteca Nacional da Argentina, Professor de Literatura na Universidade de Buenos Aires e autor de vários livros de poesia, contos e ensaios.
Foi um cidadão do mundo. Morou em Espanha, Portugal, Argentina e por fim na Suíça, onde faleceu e foi sepultado a 14 de julho de 1986.
Por onde passou, comprou e escreveu livros. Amou profundamente as letras e a poesia. Mesmo quando já não consegui ler, devido à cegueira, continuou a comprar livros para alimentar a sua vontade de viver e a paixão pela Literatura. A sua paixão pelos livros levou-o a colecionar e a ler enciclopédias de todo o mundo.
Foi um cidadão do mundo. Morou em Espanha, Portugal, Argentina e por fim na Suíça, onde faleceu e foi sepultado a 14 de julho de 1986.
Por onde passou, comprou e escreveu livros. Amou profundamente as letras e a poesia. Mesmo quando já não consegui ler, devido à cegueira, continuou a comprar livros para alimentar a sua vontade de viver e a paixão pela Literatura. A sua paixão pelos livros levou-o a colecionar e a ler enciclopédias de todo o mundo.
"Meus dois sobrenomes são portugueses, Borges e Acevedo. Acevedo creio que é judeu-português, assim me disseram. Borges, não. É um sobrenome muito comum em Lisboa. Meu bisavô era um capitão português que se chamava Borges de Moncorvo, que é um pequeno povoado de Trás-os-Montes, perto da fronteira com a Espanha, e creio que este ano vou ser convidado a visitar esse lugar que foi dos meus bisavós. Estive cerca de um mês em Lisboa, onde me tornei amigo de um escritor chamado João António Ferro. Eu falava em castelhano e ele respondia-me em português. Muito lentamente, entendiamo-nos. Afinal os dois idiomas são tão parecidos, nem sei se valeria a pena estudar o outro."
Nota do blog: Borges não chegou a visitar Torre de Moncorvo, mas deu o nome a uma avenida.
"Pegar um livro e abri-lo guarda a possibilidade do facto estético. O que são as palavras dormindo num livro? O que são esses símbolos mortos? Nada, absolutamente. O que é um livro se não o abrimos? Simplesmente um cubo de papel e couro, com folhas; mas se o lemos acontece algo especial, creio que muda a cada vez".
"Tenho a suspeita de que a espécie humana - a única - está prestes a extinguir-se e que a Biblioteca perdurará: iluminada, solitária, infinita, perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos, inútil, incorruptível, secreta".
E AQUI encontrará os "volumes preciosos" de Borges,
que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário
BOAS LEITURAS
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