junho 29, 2011

"TODAS AS GRANDES PERSONAGENS COMEÇARAM POR SER CRIANÇAS, MAS POUCAS SE RECORDAM DISSO"


Antoine de Saint-Exupéry, escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial, nasceu a 29 de junho de 1900. Órfão desde os 4 anos, Saint-Exupéry cedo mostra apetência pelos aviões e fez o seu batismo de voo aos 12 anos.

Numa época em que a aviação postal dava os seus primeiros passos como séria concorrente às expedições por via marítima e férrea, Saint-Exupéry passou a pertencer, com a assinatura de um contrato com a Aéropostale, ao grupo de pioneiros cuja coragem desafiava os limites da razão e da segurança, batendo recordes de velocidade, para entregar o que o escritor gostava de considerar como cartas de amor.
A sua morte, aos 44 anos, num acidente de aviação, ainda hoje permanece um mistério e adensou o mito à sua volta.


Descolando da ilha da Sardenha a 31 de julho de 1944, em missão de reconhecimento, Saint-Exupéry nunca chegaria ao destino no sul da França. Restam dúvidas quanto às possibilidades de ter sido abatido, ter tido uma falha técnica ou cometido suicídio. Deixou em terra o manuscrito inacabado de "La Citadelle" em que reflectia o seu crescente interesse pela política.
Em 2004 os destroços do avião que pilotava foram encontrados a poucos quilómetros da costa de Marselha. O seu corpo nunca foi encontrado.

As suas obras foram caracterizadas por alguns elementos em comum, como a aviação e a guerra:
  • O aviador, 1926
  • Correio do sul, 1928
  • Voo nocturno, 1931
  • Terra de homens, 1939
  • Piloto de guerra, 1942
  • O principezinho, 1943
  • Cidadela, 1946

A sua obra mais conhecida é sem dúvida Le Petit Prince (O Principezinho), o livro mais traduzido em todo o mundo, a par da Bíblia e de "O capital" de Karl Marx.
Fábula infantil para adultos, em que o narrador é um piloto que é forçado a aterrar de emergência no deserto, onde encontra um rapazinho, que se revela ser um príncipe de outro planeta.
O principezinho conta-lhe as suas aventuras na Terra e fala-lhe da preciosa rosa que possui o seu astro natal. Acaba no entanto por ficar desiludido ao saber que as rosas são bastante comuns na Terra e é aconselhado, por uma raposa do deserto, a continuar a amar a sua rosa rara. O principezinho regressa ao seu próprio planeta, tendo contudo, encontrado um sentido para a sua vida.

"As geografias - disse o geógrafo - são os livros mais preciosos que há. Nunca passam de moda. É raríssimo que uma montanha mude de lugar. É raríssimo que um oceano se esvazie. Nós só escrevemos coisas eternas".


Saint-Exupéry mudou-se para a América do Sul, onde foi nomeado director da companhia Aerpostale Argentina. Pilotando aviões de correio, voou através dos Andes, amealhando experiências que lhe serviram como material para o seu segundo romance, Vol de Nuit (Voo Nocturno), que logo se tornou um sucesso de vendas internacional, tendo ganho o Prémio Literário Femina e sido adaptado ao cinema em 1933, com Clark Gable e Lionel Barrymore no elenco.

"A grandeza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens: não há senão um verdadeiro luxo e esse é o das relações humanas".



Estes são talvez os dois livros mais conhecidos de Antoine de Saint-Exupéry.

Pode requisitá-los na  Biblioteca Municipal, todos os dias úteis das
 09.00 - 12.30 e das 13.30 - 17.00

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