abril 12, 2019

PLANTAR UMA SEMENTE...

Plantar uma semente, regá-la, ver como cresce e ver nascer as primeiras flores é muito gratificante para quem dedica algum do seu tempo à jardinagemAlém de ser uma atividade que pode contribuir para termos uma vida mais longa e saudável, porque pode prevenir a demência,  ajuda a reduzir os efeitos do stress e da depressão e até ajuda a controlar o peso e a tensão arterial elevada.


Fazer jardinagem, Caro leitor, traz benefícios quer físicos quer mentais.



Qualquer espaço exterior - um terraço, a entrada de uma cave ou o parapeito de uma janela - pode ser tratado como um jardim. Com um pouco de planeamento, o espaço mais negligenciado da sua casa pode transformar-se num local aprazível. 


A Biblioteca Municipal possui para empréstimo domiciliário livros que o vão ensinar todos os passos para uma jardinagem bem sucedida, desde o desenho de um jardim às tarefas necessárias à sua manutenção.
Com os dias mais longos, o ar menos frio apetece por as mãos na terra e começar a plantar. No entanto, o inicio da primavera é um período em que temos de ter alguma cautela, porque nem sempre o inverno acaba totalmente por a primavera ter começado.
Para lhe facilitar as tarefas no seu jardim, escolhemos para si um leque variado de livros com respostas rápidas a todas as suas dúvidas e com sugestões criativas para que o seu espaço se torne no seu jardim.


Esperamos por si, porque...




Os gatos não crescem em vasos, as flores sim







abril 05, 2019

EU ESCREVO PARA AQUELES QUE NÃO ME PODEM LER



Eduardo Galeano, um dos mais apaixonado ativista e escritor latino-americano, nasceu a 3 de setembro de 1940, em Montevideu, Uruguai.
Nos cafés de Montevideu despertou para o "arco-íris da humanidade", para o colorido das gentes e dos pequenos gestos, e aprendeu a escutar a dignidade das vozes das ruas.
Com um percurso intensamente político, Eduardo Galeano foi, nos anos 60, editor do mítico Marcha, principal  jornal de esquerda uruguaio, e, se sonhara ser jogador de futebol em criança, cedo se tornou um ponta de lança dos oprimidos e dos sem voz, fitando o silêncio a que estavam condenados.
A sua voz alimentou o fogo de movimentos contestatários, ecoou entre o nevoeiro do Chiapas, em 1996, e entre os indignados de Madrid, em 2011.
Em 1973, com o golpe militar no seu país, foi preso e o seu nome passou a constar da lista dos esquadrões da morte. Temendo pela sua vida exilou-se em Espanha.
Com a restauração da democracia, voltou ao seu país em 1985, onde viveu atá à sua morte a 13 de abril de 2015.
Em julho de 2008, Eduardo Galeano foi agraciado com o primeiro título de Cidadão Ilustre do Mercosul.




Escrito no exílio e ilustrado pelo autor, O Livros dos Abraços reúne memórias e sonhos, fábulas que entrelaçam o real e o fantástico, crónicas indeléveis das trivialidades, das gentes e dos seus costumes, da política e dos seus mártires, do amor, da guerra e da paz.
O Livro dos Abraços é uma história alternativa da América Latina, contada pelo mestre da narrativa breve, numa síntese inspirada do seu imaginário.




Paradoxos

Se a contradição é o pulmão da história, o paradoxo há-se ser, ocorre-me, o espelho que a história usa para troçar de nós.
Nem o próprio filho de Deus se salvou do paradoxo. Ele escolheu, para nascer, um deserto subtropical onde quase nunca neve, mas a neve transformou-se num símbolo universal do Natal desde que a Europa decidiu europeizar Jesus. E como se não bastasse, o nascimento de Jesus é, hoje em dia, o negócio que mais dinheiro dá aos mercadores que Jesus expulsou do Templo.
Napoleão Bonaparte, o mais francês dos franceses, não era francês. Josef Estaline, o mais russo dos russos, não era russo; e o mais alemão dos alemães, Adolf Hitler, nasceu na Áustria. Margherita Sarfatti, a mulher mais amada pelo anti-semita Mussolini, era judia. José Carlos Mariátegui, o mais marxista dos marxistas latino-americanos, acreditava fervorosamente em Deus. Che Guevara foi considerado totalmente inapto para a vida militar pelo exército argentino.
Pelas mãos de um escultor chamado Aleijadinho, que era o mais feio dos brasileiros, nasceram as maiores belezas do Brasil. Os negros norte-americanos, os mais oprimidos, criaram o jazz, que é a mais livre das músicas. Dom Quixote, o mais andante dos cavaleiros, foi concebido na cela de uma prisão. E, cúmulo dos paradoxos, Dom Quixote nunca disse a sua frase mais célebre: Ladram, Sancho, sinal de que cavalgamos.
"Acho-te nervosa", diz o histérico. "Odeio-te", diz a apaixonada. Não haverá desvalorização", diz, em vésperas da desvalorização, o ministro da Economia.
"Os militares respeitam a Constituição", diz, em vésperas do golpe de Estado, o ministro da Defesa.
Na sua guerra contra a revolução sandinista, o governo dos Estados Unidos concordava, paradoxalmente, com o Partido Comunista da Nicarágua. E paradoxais foram também, no fim de contas, as barricadas sandinistas durante a ditadura de Somoza: as barricadas, que fechavam as ruas, abriam o caminho.
In, O Livro dos Abraços












março 29, 2019

Concurso Nacional de Leitura 2019 - Fase Concelhia


E ontem, 2.º dia do Concurso, 
com os participantes das escolas do 1.º CEB,
 foi assim . . . 













E, entre a prova escrita e a oral, houve uma atividade gira para descontrair . . .



E também houve o tão esperado lanche . . .





E os vencedores da edição 2019 do Concurso Nacional de Leitura - Fase Concelhia foram:


1º CEB
1º Classificado - Vítor Santos (EB1 Várzea - 3.º ano - Agrupamento MG Poente) 
2º Classificado - Tiago Pouzada (EB1 Fonte Santa - 4.º ano - Agrupamento MG Poente) 
3º Classificado - João Cipriano  (EB2/3 Guilherme Stephens - 4º ano - Agrupamento MG Poente) 
4º Classificado - Alícia Silva -  (EB1 João Beare - 4.º ano - Agrupamento MG Nascente)

2º CEB
1º Classificado - Inês Ventura (EB2/3 Nery Capucho - 5.º ano - Agrupamento MG Nascente)
2º Classificado - Rafael Toscano (EB2/3 Guilherme Stephens - 6º ano - Agrupamento MG Poente)
3º Classificado - Érica Benedetti (EB2/3 Guilherme Stephens - 6º ano - Agrupamento MG Poente)
4º Classificado - Maria Monteiro (EB2 Padre Franklim - 6º ano - Agrupamento Vieira Leiria) 

3º CEB
1º Classificado - João Heleno (EB José Loureiro Botas - 7º ano - Agrupamento Vieira Leiria) 
2º Classificado - Mariana Santos  (EB2/3 Nery Capucho - 9.º ano - Agrupamento MG Nascente)
3º Classificado - Mariana Elói (EB3/Sec Pinhal do Rei - 8.º ano - Agrupamento MG Nascente)
4º Classificado - Diogo Silveira (EB2/3 Nery Capucho - 8.º ano - Agrupamento MG Nascente)

SECUNDÁRIO
1º Classificado - Ana Raquel Malhado (EB3/Sec Pinhal do Rei - 11.º ano - Agrupamento MG Nascente) 
2º Classificado - Jéssica Pêcego (EB3/Sec Pinhal do Rei - 11.º ano - Agrupamento MG Nascente) 
3º Classificado - Ariana Roque (EB3/Sec Calazans Duarte - 10.º ano - Agrupamento MG Poente)
4º Classificado - Tatiana Conde (EB3/Sec Calazans Duarte - 12.º ano - Agrupamento MG Poente)


Estes serão os representantes do Município da Marinha Grande na Fase Intermunicipal do Concurso, a realizar no próximo dia 30 de abril, em Pedrogão Grande. 

Foi a festa da leitura. 
Marcamos novo encontro em 2020.



































março 28, 2019

Concurso Nacional de Leitura 2019 - Fase Concelhia

O Plano Nacional de Leitura 2027 (PNL), com o objetivo de celebrar a leitura e a expressão, articulou-se com a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), com a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e com o Instituto Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, IP), e promove este ano mais uma edição do Concurso Nacional da Leitura.

Aceitando o desafio que lhe foi colocado pelo PNL e pela RBE, o Município da Marinha Grande associou-se a este evento pelo segundo ano consecutivo, promovendo a fase concelhia do Concurso, que se realiza na Biblioteca Municipal da Marinha Grande, nos dias 27 e 28 de março, tendo como destinatários os alunos dos três Agrupamentos de Escolas do concelho, que ficaram apurados no primeiro momento de seleção, realizado nas próprias escolas inscritas no concurso.

Ontem realizaram-se as provas de seleção destinadas aos alunos dos 2.º e 3.º CEB e Secundário. Os quatro primeiros classificados de cada nível de escolaridade irão representar o Município da Marinha Grande na fase seguinte do Concurso - Fase Intermunicipal, que se realiza a 30 de abril, em Pedrogão Grande.
As obras selecionadas para a sessão de ontem foram:
2.º CEB - A menina que roubava gargalhadas, de Inês Pedrosa
3.º CEB - A miúda gótica: Ada e o fantasma de um rato, de Chris Riddell
SECUNDÁRIO - Princípio de Karenina, de Afonso Cruz

O Júri do concurso é constituído por um representante da Câmara Municipal da Marinha Grande, a Sra. Vereadora Dra. Célia Guerra, pela Coordenadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares, Dra. Graça Barão, por dois Professores Bibliotecários dos Agrupamentos de Escolas do concelho e por um elemento externo convidado, a escritora Ana Cristina Luz.










Ontem foi assim. 
Hoje será a vez dos alunos do 1.º CEB.







março 21, 2019

SEM POESIA NÃO HÁ HUMANIDADE




O Verão Deixa-me os Olhos Mais Lentos Sobre os Livros 

O verão deixa-me os olhos mais lentos sobre os livros.
As tardes vão-se repetindo no terraço, onde as palavras
são pequenos lugares de memória. Estou divorciada dos
outros pelo tempo destas entrelinhas - longe de casa,
tenho sonhos que não conto a ninguém, viro devagar

a primeira página: em fevereiro, eles ainda faziam amor
à sexta-feira. De manhã, ela torrava pão e espremia 
laranjas numa cozinha fria. Havia mais toalhas para lavar
ao domingo, cabelos curtos colados teimosamente ao espelho.
Às vezes, chovia e ambos liam o jornal, dentro do carro,
antes de se despedirem. Às vezes, repartiam sofregamente
a infância, postais antigos, o silêncio - nada

aconteceu entretanto. Regresso, pois, à primeira linha,
à verdade que remexe entre as minhas mãos. Talvez os olhos
estivessem apenas desatentos sobre o livro; talvez as histórias
se repitam mesmo, como as tardes passadas no terraço, longe
de casa. Aqui tenho sonhos que não conto a ninguém.
                                                                                          
Mª Rosário Pedreira




Hoje, 21 de março, celebra-se 
O Dia Mundial da Poesia

Foi a 16 de março de 1999 na 30ª Conferência Geral da UNESCO que a data foi criada. Com este dia pretende-se comemorar a diversidade do diálogo, a livre criação de ideias através das palavras, da criatividade e da inovação. A data visa a importância da reflexão sobre o poder da linguagem e do desenvolvimento das habilidades criativas de cada pessoa. A poesia contribui para a diversidade criativa, inferindo a nossa percepção e compreensão do mundo.

Um estudo recente descobriu que ler poesia ajuda a estimular o cérebro e traz mais ajuda do que os livros de auto-ajuda. Ler poesia estimula a atividade no hemisfério direito, uma área no nosso cérebro ligada ao pensamento simbólico e à criatividade.
A poesia não tem de ser entendida. 
A poesia é para ser sentida.



Caro Leitor, se nunca leu Poesia, hoje é um bom dia para começar.
Visite-nos, peça sugestões...
Há tantos poetas nas nossas estantes à sua espera.



Sem Poesia não há Humanidade.
                                                                                  Teixeira de Pascoais



Mas hoje é também:
  •  O Dia Mundial da Árvore, 
  •  O Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial
  • O Dia Europeu da Criatividade Artística
  • O Dia Mundial da Trissomia 21
  • O Dia Mundial da Marioneta



Tenha um Bom Dia





março 13, 2019

A OUTRA MENTE BRILHANTE


Mileva Maric

Em 1896, Mileva Maric, uma mulher extremamente inteligente, é a única estudante do sexo feminino a frequentar o curso de Física numa universidade de elite em Zurique. É aí que se apaixona pelo colega Albert Einstein, com quem acaba por casar e ter três filhos. Apesar da total dedicação aos filhos, Mileva nunca abandona a sua paixão pela ciência, trabalhando em conjunto com o marido e contribuindo para estudos científicos tão importantes como a Teoria da Relatividade.
Contudo, por nunca ter concluído a licenciatura, todo o mérito dos artigos que escreve com o marido é atribuído a ele. À medida que a fama de Albert Einstein aumenta, cresce também o receio de Mileva de que as suas próprias ideias científicas permaneçam para sempre sob a sombra do marido, com quem mantém uma relação cada vez mais conturbada.


Romance inspirado em factos reais, 
que relata a história da primeira mulher de Einstein 
 que trabalhou e casou com um dos maiores 
cientistas da História.




"Com os olhos cansados de olhar para os cálculos minúsculos, 
alisei a capa do artigo:
 " Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento".
 Os nossos dois nomes - Albert Einstein e Mileva Maric Einstein
 - surgiam por baixo do título. 
O trabalho era, em grande parte, meu, mas eu compreendia que, 
sem ter tirado a licenciatura nem o doutoramento, 
o nome do Albert teria de constar em primeiro lugar."



Marie Benedict tem uma licenciatura em Direito, formou-se também no Boston College em História e História da Arte. Sempre sonhou em desenvolver trabalhos que pudessem dar a conhecer a vida e os grandes feitos de grandes mulheres da História.
" (...) Na verdade, nem sequer nunca tinha ouvido falar de Mileva Maric até ter ajudado o meu filho Jack num trabalho sobre o magnífico livro infantil Quem foi Albert Einstein?, que referia, de passagem, que a primeira mulher de Albert Einstein também era física.
Fiquei curiosa. Quem era esta mulher desconhecida, uma física na altura em que pouquíssimas mulheres estudavam na universidade? E que papel poderia ela ter desempenhado nas grandes descobertas do cientista?"



"Um intrigante romance sobre uma das mais fortes
 parcerias intelectuais do século XX"
                                                                            Kirkus Reviews










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