março 09, 2011

A 9 DE MARÇO DE 1916

 A ALEMANHA DECLARA GUERRA A PORTUGAL

Em Março de 1916, apesar das tentativas da Inglaterra para que Portugal não se envolvesse na guerra, o antigo aliado português decidiu pedir ao estado português o apresamento de 72 barcos alemães em todos os portos nacionais e das colónias. Esta atitude justificou a declaração oficial de guerra a Portugal a 9 de Março de 1916 por parte da Alemanha.

Em 1917 as primeiras tropas portuguesas do Corpo Expedicionário Português seguiam para a guerra na Europa, em direcção à Flandres. Portugal envolveu-se, depois, em combates em França.

É constituido o governo de "União Sagrada", presidido por António José de Almeida, com Afonso Costa nas Finanças e Norton de Matos na Guerra, que determina a imposição da censura e dissolve a União Operária Nacional e outras estruturas sindicais.

A pena de morte no teatro de guerra é reintroduzida. O serviço militar obrigatório é estendido a todos os cidadãos entre os 20 e os 45 anos. Os homens entre os 16 e os 45 anos foram proibidos de sair do país e os navios alemães iriam ter novos nomes portugueses.
Neste esforço de guerra, chegaram a estar mobilizados quase 200 mil homens. As perdas atingiram quase 10 mil mortos e milhares de feridos.
Os objectivos que levaram os responsáveis políticos portugueses a entrar na guerra saíram gorados na sua totalidade. A unidade nacional não seria conseguida por este meio e a instabilidade política acentuar-se-ia até à queda do regime democrático em 1926.




 Veja AQUI a bibliografia que a Biblioteca Municipal disponibiliza para empréstimo domiciliário sobre a Primeira Guerra Mundial.

março 04, 2011

LEITURA DE FIM-DE-SEMANA

08 de Março  -  Dia Internacional da Mulher

Não nos podemos esquecer que o dia 08 de Março é já na próxima 3ª feira.

Dado que na literatura são numerosos os livros escritos por, para e sobre as Mulheres, nós não iremos escolher apenas um livro para sugestão de Leitura de Fim-de-Semana.

Convidamo-lo a vir à Biblioteca Municipal escolher o livro que melhor se identifica consigo.

Certamente que o irá encontrar nas Sugestões de Leitura que preparámos para si.



A Mulher Mais Bonita do Mundo

estás tão bonita hoje. quando digo que nasceram        
flores novas na terra do jardim, quero dizer
que estás bonita.
entro na casa, entro no quarto, abro o armário,
abro uma gaveta, abro uma caixa onde está o teu fio
de ouro.
entre os dedos, seguro o teu fino fio de ouro, como
se tocasse a pele do teu pescoço.
há o céu, a casa, o quarto, e tu estás dentro de mim.
estás tão bonita hoje.
os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios.
estás dentro de algo que está dentro de todas as
coisas, a minha voz nomeia-te para descrever
a beleza.
os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios.
de encontro ao silêncio, dentro do mundo,
estás tão bonita é aquilo que quero dizer.

José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"

março 03, 2011

"PORQUE É QUE SOU ENGRAÇADO?"

"Não nasci na Graça nem o meu pai era para graças...."

Segundo o historiador Vítor Pavão dos Santos, o autor da frase  criou "o português que se desenrasca, meio aldrabão, cheio de bazófias".

De quem falamos?

António Silva, um dos maiores actores portugueses, nasceu em Lisboa a 15 de Agosto de 1886. Teve a sua formação teatral em grupos amadores e estreou-se profissionalmente em 1910 com a peça "O novo Cristo" de Tolstoi.
Foi a "Canção de Lisboa", de Cottinelli Telmo, em 1933, que o projectou no cinema. O seu papel como alfaiate Caetano tornou-se rapidamente num enorme sucesso.


Em 1944 ganhou o prémio "Actor do Ano" pelo seu desempenho em "A menina da rádio".
Fez mais de trinta filmes, entre eles "O Pátio das cantigas" em 1942, "O Costa do castelo" em 1943, "O Leão da Estrela" em 1947, entre outros.
A 4 de Novembro de 1966 foi distinguido como Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada, uma das Antigas Ordens Militares que distinguiam o mérito literário, científico e artístico.

Morreu aos 85 anos a 3 de Março de 1971.

A Biblioteca Municipal tem alguma filmografia dos clássicos do cinema português e para uma pesquisa mais personalizada consulte-nos em http://services.cm-mgrande.pt/pacweb

março 01, 2011

“Escrever é ter a companhia do outro nós que escreve”


Virgílio Ferreira, autor de uma obra multifacetada repartida pelo romance, o conto, o ensaio e o diário, foi um dos grandes romancista do século XX. Nasceu em Melo, uma aldeia do concelho de Gouveia a 28 de Janeiro de 1916. Estudou no seminário do Fundão, licenciou-se em Filologia Clássica na Universidade de Coimbra e exerceu funções docentes no ensino secundário.

A partir da publicação de "Manhã Submersa" em 1954 e, sobretudo, de "Aparição" em 1959, Virgílio Ferreira adere a preocupações de natureza metafísica e existencialista. O ensaio é outra das grandes vertentes da sua obra que, aliás, acaba por influenciar a sua criação romanesca. O autor deixou-nos ainda vários volumes do diário intitulado "Conta-corrente".
Em 1992 recebeu o Prémio Camões.
Morreu em Lisboa aos 80 anos a 1 de Março de 1996.


Em 1997 a família de Virgílio Ferreira doou o seu espólio à Biblioteca Nacional. Ainda nesse ano, a Universidade de Évora instituiu o Prémio Virgílio Ferreira, com o objectivo não só de homenagear o escritor que lhe dá o nome, mas também de galardoar o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio.

Este ano, a Universidade de Évora distinguiu a escritora Maria Alzira Seixo com o Prémio Virgílio Ferreira.

Veja AQUI a bibliografia do autor que a Biblioteca Municipal disponibiliza para empréstimo domiciliário.

Para ficar a conhecer melhor a obra da galardoada deste ano do Prémio Virgílio Ferreira, veja AQUI a bibliografia existente na Biblioteca Municipal.

fevereiro 25, 2011

LEITURA DE FIM-DE-SEMANA

A nossa sugestão para leitura de fim-de-semana vai para o "Livro", de José Luís Peixoto, da
Editora Quetzal. 

"Livro" elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura."


José Luís Peixoto nasceu em 1974, em Galveias, concelho de Ponte de Sor. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, foi professor do ensino secundário e é colaborador regular de vários jornais e revistas como o DNA (Diário de Notícias) e o Jornal de Letras, entre outros.
A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias traduzidas num vasto número de idiomas e estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, recebeu o Prémio Literário José Saramago com o romance Nenhum Olhar, que foi incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra no ano de 2007, tendo também sido incluído no programa Discover Great New Writers das livrarias norte-americanas Barnes & Noble. 
O seu romance Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, atribuído ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha em 2007. Em 2008, recebeu o Prémio de Poesia Daniel Faria com o livro Gaveta de Papéis.
Os seus romances estão publicados na Finlândia, Holanda, no Brasil, nos Estados Unidos, entre outros países, estando traduzidos num total de vinte idiomas.


Veja AQUI a bibliografia do autor disponível na Biblioteca Municipal.


CONTÁMOS COM...

PEQUENOS LEITORES DO JARDIM DE INFÂNCIA DE CASAL DE MALTA


De 23 a 25 de Fevereiro recebemos a visita das crianças do Jardim de Infância de Casal de Malta, que com a sua presença encheram de alegria a Biblioteca Municipal.
 
Estas crianças, pequenos leitores, fizeram a habitual visita guiada pelos vários espaços funcionais da Biblioteca, ouviram atentamente as explicações dadas pelas Técnicas e terminaram a visita na Sala Infantil onde assistiram à leitura animada do livro do mês e onde puderam autonomamente contactar com os livros da sua faixa etária.

Muitas destas crianças já são assíduos frequentadores da Biblioteca, encontrando-se inscritos como leitores e usufruindo do serviço de empréstimo domiciliário. Para esta situação muito tem contribuído o esforço e empenho das educadoras e auxiliares, que ao longo de sucessivos anos lectivos nos visitam com bastante regularidade, participando em diversas sessões de "A Hora do Conto" e noutras actividades que programamos especificamente para estas faixas etárias. 

Em Maio os nossos pequenos leitores de Casal de Malta voltarão à Biblioteca, com outras leituras e novas surpresas.
Até lá!

fevereiro 24, 2011

FAZIA ANOS HOJE

David Mourão-Ferreira nasceu em Lisboa a 24 de Fevereiro de 1927, escritor de
 prosa e poesia, é reconhecido como um dos grandes poetas portugueses do século XX.

A partir de 1981 foi responsável pelo Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian e dirigiu, desde 1984, a revista Colóquio/Letras, da mesma instituição.

Alguns dos seus textos foram adaptados à televisão e ao cinema,como por exemplo, "Aos costumes disse nada", em que se baseou José Fonseca e Costa para filmar, em 1983, "Sem sombra de pecado".



David Mourão-Ferreira foi ainda autor de poemas para fados, muitos deles celebrizados
 por Amália Rodrigues, como o "Barco Negro".


Morreu a 16 de Junho de 1996 e nesse mesmo ano recebeu o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.

A Biblioteca Municipal disponibiliza para empréstimo domiciliário a bibliografia do autor.  Faça AQUI a sua própria pesquisa.

fevereiro 23, 2011

TRAZ UM AMIGO TAMBÉM


Zeca Afonso nasceu em Aveiro, a 20 de Agosto de 1929. Foi uma figura central do movimento de renovação da música portuguesa, que se desenvolveu nas décadas de 1960/1970 do século XX. São suas algumas das mais conhecidas canções de intervenção.
De uma actuação, em 1964, na Sociedade Fraternidade Grandolense, nasce a canção "Grândola vila morena", que Zeca Afonso começa a cantar com mais regularidade ao vivo a partir dos anos setenta, tendo sido a canção escolhida para encerramento do espectáculo do Coliseu dos Recreios realizado a 29 de Março de 1974. Na sala estavam alguns dos oficiais que viriam a organizar a revolução de Abril e que a escolheram como senha do Movimento das Forças Armadas que instaurou a Democracia a 25 de Abril de 1974.

Zeca Afonso morreu a 23 de Fevereiro de 1987.

José Fanha recorda-o assim: "Inquieto, complexo, sarcástico, radical, fraterno até à medula. E por cima de tudo isso, uma voz única que me há-de ressoar no coração para sempre".

Consulte AQUI a discografia do Zeca Afonso,
 que a Biblioteca Municipal disponiibiliza para audição na Sala de Áudio.

fevereiro 22, 2011

CERCILEI VOLTA À BIBLIOTECA ...

                                       ... e concretizou-se o pedido do Nuno

Na última visita dos nossos amigos da Cercilei, o  Nuno, um dos utentes, manifestou vontade de reviver os tempos de infância, pedindo que fosse visualizado o filme "As aventuras de Tom Sawyer".

Hoje foi satisfeito o pedido do Nuno, que conjuntamente com os 18 amigos da instituição, visitaram as várias salas da Biblioteca Municipal, acabando com um momento de descontração na Sala Infantil, com a visualização do referido filme.

Recorde-se que estas visitas têm vindo a acontecer com frequência, com grupos de 18 ou 19 elementos, com alguns elementos fixos, entre os quais o Nuno, e outros que nos visitam pela primeira vez.
As visitas fazem parte do plano de socialização dos utentes da instituição, sendo esta uma das múltiplas actividades que desenvolvem diariamente.

A próxima visita ficou agendada para o dia 15 de Março, havendo uma surpresa que irá ser preparada pelas Técnicas da Biblioteca.       
           
             

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