setembro 27, 2024

ESTAR CALADO É FAZER MUITO MAIS DO QUE PARECE




"Custa muito, às vezes até chega a doer no corpo, mas saber estar calado pode ser uma das maiores e mais incompreendidas virtudes dos nossos tempos. Numa altura em que ninguém equaciona sequer a hipótese de não arremessar uma opinião sobre tudo e sobre nada, conseguir respirar fundo e guardar os pensamentos só para quem os pede, pode ser um trunfo para o qual não há elogios que cheguem. Quem vê e não sabe, pode até achar que quem escolhe não falar ou é porque não tem nada para dizer ou é porque é ignorante, mas isso é só a ansiedade dos que não sabem estar calados. Quem escolhe não falar está muitas vezes a avaliar até onde é que as pessoas que não se calam conseguem ir para mostrarem o que valem. (...)
As conversas valem muito, não me entendam mal; mas saber quando estar calado no momento certo, é uma pedra semi-preciosa.



Quando uma pessoa está atenta e calada a ouvir, quase que parece que não está a fazer nada. Mas está a fazer muito, está a dar espaço para que se chegue à conclusão que quando não há nada para dizer, não há nada que valha a pena dizer. (...)
Não perdíamos nada enquanto humanidade se houvesse um subsídio para as pessoas serem incentivadas à difícil, mas cada vez mais imprescindível arte de estarem caladas. É certo que o mundo avança de cada vez que há palestras sobre descobertas na Medicina, ou quando se discutem outros assuntos relevantes para o saudável funcionamento do mundo; mas saber estar calado é uma tarefa hercúlea que não tem o justo reconhecimento que merece. (...)
Já se fala tanto e do que para aí se fala nem metade é para aproveitar.
É por isso que quanto mais ouço, mais vontade tenho de estar calado."

"O humor está para a inteligência como os olhos para a cabeça.
Não se pode separá-lo. Tanto mais que o humor extraordinário 
do Bruno é inseparável do que ele pensa: E o que ele pensa não é bonito.
É verdadeiro e realista e generoso."
                                                                                          Miguel Esteves Cardoso



Bruno Nogueira, humorista, ator e apresentador de televisão, nasceu em Lisboa a 31 de janeiro de 1982.
Divide a sua carreira entre o teatro, a televisão e a rádio. É o criador do espetáculo Deixem o Pimba em Paz (2013), onde, ao lado de Manuela Azevedo, desconstrói os temas mais emblemáticos do cancioneiro pimba. Na televisão ganhou destaque nos programas Levanta-te e Ri (SIC), Manobras de Diversão (SIC), Labo B (RTP) e Contemporâneos (RTP), do qual também foi co-criador.
Criou, escreveu e atuou nas séries Último a Sair e Odisseia na RTP, Som de Cristal (SIC), ao lado Miguel Esteves Cardoso em Fugiram de Casa dos Seus Pais (RTP), Sara (RTP), Princípio, Meio e Fim (SIC) e Tabu (SIC).
Na rádio é autor, com João Quadros, de Tubo de Ensaio (TSF) e Mata-Bicho (Antena 3). 
No final de 2018, após um interregno de dez anos, regressou à stand up comedy com Depois do Medo.
Em outubro de 2019, apresentou o espetáculo em Lisboa, no Teatro Nacional Dana Maria II, e terminou a digressão na Altice Arena. Foi a primeira vez que um comediante esgotou este último recinto com um espetáculo a solo.
Durante a pandemia criou um projeto no Instagram intitulado Como é que o Bicho Mexe.
Em dezembro de 2023, integrou o espetáculo Uma Nêspera no Cu que esgotou três datas na Altice Arena.
Tem um podcast chamado Isso não se Diz e, desde novembro de 2022, assina semanalmente as páginas Talvez Crónica na revista Sábado.
Gosta da vida que tem.


E é a coletânea das suas crónicas publicadas na revista Sábado
 (que o Leitor pode ler na Sala de Periódicos da Biblioteca Municipal)
 que hoje sugerimos para leitura do seu fim de semana











setembro 19, 2024

OS ATRASOS NA DEVOLUÇÃO DE LIVROS




Os atrasos na devolução de livros às Bibliotecas são uma situação recorrente.
Ainda há uns dias, a Biblioteca Central Ooodi em Helsínquia divulgou, que recebeu a devolução de um livro que tinha sido requisitado há ... 84 anos.
O livro "Refugiados" de Sir Arthur Connan Doyle deveria ter sido devolvido à Biblioteca a 26 de dezembro de 1939.
Uma explicação provável para tal atraso poderá ter sido a invasão da Finlândia pelas tropas da União Soviética em novembro de 1939.

Mas na Marinha Grande?
Qual é a explicação para haver atrasos na devolução de livros à Biblioteca Municipal?
"O caminho das ciências: das estrelas à vida", de Omiti Francellho, que deveria ter sido devolvido a 24 de dezembro de 2004, é o livro mais atrasado na nossa Biblioteca.


Caro Leitor, se tiver em sua casa um livro da Biblioteca Municipal, por muito atrasado que ele esteja, por favor, devolva-o. 
Respeite os prazos de devolução dos livros. Se assim não acontecer, estará a privar outro Leitor de aceder ao mesmo livro.


A Biblioteca Municipal da Marinha Grande constitui um Serviço de Documentação e Informação, que tem como finalidade facilitar o acesso à cultura, à informação, à educação e ao lazer, contribuindo para elevar o nível cultural dos cidadãos. A utilização da Biblioteca Municipal é livre e aberta a todos, sem qualquer tipo de discriminação. Todos os serviços são de livre acesso e gratuitos.


O leitor pode requisitar para empréstimo domiciliário até 3 livros, por um período de 15 dias seguidos.
Se esse prazo não for suficiente, solicite a sua renovação por igual período, por telefone (244573322), por mail (biblioteca.mgrande@gmail.pt), caso contrário, passará a ser considerado leitor com livros em atraso.



Visite-nos,
 Requisite livros 
 Respeite os Prazos de Devolução






setembro 06, 2024

CRIME NA QUINTA DAS LÁGRIMAS

 

Lourenço Seruya nasceu em Lisboa a 9 de novembro de 1992.
Depois de uma breve passagem pela área da comunicação, concluiu em 2015 o Curso de Formação de Atores da ACT - Escola de Atores.
Desde 2011 que representa em teatro, cinema e televisão. Do seu currículo constam  cinco espetáculos teatrais, mais de vinte filmes e outras tantas participações em séries e novelas.
Paralelamente ao trabalho de ator, dá aulas de expressão dramática a crianças e adultos.
Escreve romances policiais e tem como referências Agatha Christie, Robert Bryndza e Camila Läckberg.


A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana
 é o seu terceiro romance:
Crime na Quinta das Lágrimas


"A Quinta das Lágrimas é um sítio absolutamente deslumbrante e há muito
tempo que queria escrever uma história policial lá.
Tem todos os requisitos para um bom mistério.
É um lugar que faz parte do imaginário de todos os portugueses, sobretudo por ter sido palco do romance mais trágico da nossa História.
No século XIV, era lá que D. Inês e D. Pedro se encontravam 
e foi também lá que a mataram".



Quando Alice e Diogo escolheram a Quinta das Lágrimas para celebrar o casamento, estavam longe de imaginar o horror em que se tornaria o dia mais feliz das suas vidas.
Naquela semana de inverno, com o hotel reservado em exclusivo para noivos, familiares e amigos, os preparativos são concluídos com sucesso.
Contudo, na manhã do casamento, os convidados acordam em sobressalto: a noiva desapareceu. Não a encontram em parte nenhuma e rapidamente se dá início a uma busca pelo exterior da Quinta. O jardim está coberto por um frio gélido e o cadáver de Alice é descoberto em circunstâncias macabras...
A chegada da Polícia Judiciária põe o hotel em alvoroço. Os inspetores estabelecem que o homicídio foi cometido por um dos hóspedes, mas as mentiras propagam-se e ampliam-se as suspeitas.
Quem matou a Alice?
Assim que as evidências se encaixam e começam a formar uma imagem concreta, a polícia inicia uma corrida contra o tempo no encalço de um assassino que não ficará por ali...


Quinta das Lágrimas, Coimbra



Há mais alguém que não sairá vivo 
da Quinta das Lágrimas 





agosto 28, 2024

MARIA CALLAS: A VOZ DA PAIXÃO

"O público aclamava. Os aplausos frenéticos não cessavam, os mais de quinze mil espetadores do Madison Square Garden estavam entusiasmados. As duas árias da ópera Carmen que Callas havia interpretado arrancaram muitos deles dos respetivos lugares."



 Hoje divulgamos aos nossos leitores a história
 da cantora mais famosa da sua época
 e a sua apaixonante e trágica história de amor.

Veneza, 1957. Aos 34 anos Maria Callas chega ao auge da sua carreira como soprano. É reconhecida e aplaudida pelo mundo, mas a sua perfeição artística em palco tem um preço alto a pagar. A voz ameaça falhar-lhe, está exausta e anseia por descanso, mas nem o público, nem o seu marido e empresário, Meneghini, lho permitem. É então que numa festa Maria Callas conhece o milionário grego Aristóteles Onassis e, contra todas as probabilidades, os dois iniciam um romance apaixonado e tumultuoso que durará dez anos, até Onassis conhecer Jackie Kennedy...


Michelle Marly conta-nos neste romance mágico, 
baseado em factos reais, a história de Maria Callas, a diva.
Uma artista carismática, com uma voz única, 
que viveu envolta em glamour e elegância, 
que conheceu a fama e a crítica, a paixão e o desgosto.


Michelle Marly nasceu a 29 de julho de 1956 em Hamburgo.
"Quando comecei a minha carreira jornalística como redatora em finais dos anos setenta, a história de Maria Callas e Aristóteles Onassis ainda continuava na boca de todos, sobretudo na presença dos sobreviventes: Christina Onassis, Jackie Kennedy e Battista Meneghini ainda viviam o seu próprio drama operístico. (...) a surpresa foi descobrir os pormenores da relação sentimental entre Maria e Aristóteles, e inclusive (ou melhor, sobretudo) a personalidade de Maria Callas, com quem tive a oportunidade de me reencontrar."










agosto 23, 2024

VEMO-NOS EM AGOSTO

 


Pintura de David de las Heras 



"(...)Tinha repetido aquela viagem todos os dias 16 de agosto à mesma hora, com o mesmo táxi e a mesma florista, debaixo do sol de fogo do mesmo cemitério indigente, para pôr um ramo de gladíolos frescos na sepultura da mãe. A partir desse momento nada mais tinha de fazer até às nove da manhã do dia seguinte, hora a que saía o primeiro ferry de regresso.(...)
Nunca mais voltaria a ser a mesma. Tinha-o vislumbrado no ferry de regresso, entre as hordas de turistas que sempre lhe tinham sido alheias e que de repente e sem motivos claros se lhe tornaram abomináveis."







Gabriel García Márquez nasceu a 6 de março de 1927, em Aracataca, Colômbia, e faleceu a 17 de abril de 2014, na Cidade do México.
Distinguido com o Prémio Nobel da Literatura em 1982, publicou o seu primeiro conto, "A Terceira Resignação", aos vinte anos, e no ano seguinte deu início ao seu percurso jornalístico.
Durante mais de meio século dividiu-se entre estes dois ofícios, enfeitiçado pelo "amargo encanto da máquina de escrever".
O seu talento narrativo fez dele um escritor fascinante para milhares de leitores. Considerado o expoente máximo de "realismo mágico", afirmou sempre: " Não há nos meu romances uma linha que não seja baseada na realidade". 
Foi, definitivamente, o criador de um dos mundos narrativos mais ricos que a língua espanhola produziu no século XX, e o carácter universal da sua obra coloca-o entre os maiores escritores de sempre.



O livro de Gabriel García Márquez 
que hoje sugerimos para leitura do seu fim de semana
é um romance inédito do autor, editado postumamente pelos seus filhos, 
lançado ao público no dia em que faria 97 anos e 
no ano em que se assinala uma década sobre a sua morte (06/03/2024)





Escrito no seu estilo inconfundível e fascinante 
Vemo-nos em Agosto
 é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino.









Todos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano. 
Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsas e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.







agosto 16, 2024

MULHERES QUE COMPRAM FLORES







"(...) Eu tenho a teoria de que a cada pessoa corresponde uma flor.
 E também a cada etapa da sua vida.
 Há mulheres que compram flores e há outras que não. É tudo."








Num bairro pequeno e central da cidade, há cinco mulheres que compram flores. A princípio, nenhuma o faz para si própria: uma compra-as para um amor secreto, outra para o seu escritório, a terceira para as pintar, uma outra para os seus clientes, e a última... para um homem morto. 
Após a perda do seu companheiro, Marina percebe que está totalmente perdida: durante demasiado tempo, ocupou um lugar secundário na sua própria existência. Procurando começar do zero, aceita trabalho temporário numa curiosa florista, chamada "O Jardim do Anjo". Lá , encontrará outras mulheres, todas muito diferentes entre si, mas que, como ela , estão numa encruzilhada vital no que diz respeito ao trabalho, aos amantes, aos desejos ou à família. Do relacionamento entre elas e Olivia, a excêntrica e sábia dona da florista, despontará uma amizade íntima da qual depende o novo rumo que as suas vidas tomarão.



"Um romance apaixonado que agarra 
e que te fará rir e emocionar"
                                                                         Rosa Montero






 

Vanessa Montfort nasceu em Barcelona a 4 de junho de 1975.
Romancista e dramaturga, é já considerada uma das principais vozes da atual literatura espanhola.
Premiada pelos seus três romances anteriores, alcançou o êxito internacional com
Mulheres que compram flores🌷
e que sugerimos para 
leitura do seu fim de semana.





Viciante, divertido, romântico e honesto,
Mulheres que compram flores🌷
é um comovente romance sobre amizade e 
independência feminina, numa viagem épica rumo
 ao centro dos sonhos da mulher contemporânea.






agosto 09, 2024

CAMPO OU PRAIA?

 

Quer vá de férias 
 para o campo 
ou 
para a praia


Passe por cá








Temos novidades para si









BOAS FÉRIAS




julho 30, 2024

A BIBLIOTECA NÃO É SÓ LIVROS

Por vezes há a ideia da Biblioteca ser apenas um espaço com livros, mas tal não corresponde à realidade, uma vez que a Biblioteca é um espaço de leitura, de trabalho, de convívio, de aprendizagem, de partilha, de acesso à informação. E nós podemos aceder à informação através de múltiplas formas e suportes, como por exemplo, através da imprensa escrita ou através da internet. 

E o que é que isso tem a ver com a nossa Biblioteca?

Na nossa Biblioteca pode encontrar um espaço de leitura dedicado às publicações periódicas, onde são disponibilizados diariamente vários títulos da imprensa, nacional e regional, e revistas de temáticas variadas. Também pode encontrar nessa sala um espaço com vários computadores destinados aos utentes e com ligação à internet. Em todo o espaço há acesso a rede wireless.

É tudo de acesso livre e gratuito.

Átrio da Entrada | Receção | Serviço de empréstimo

Sala de leitura de periódicos | Computadores

Espaço dedicado a leitura de revistas

Espaço dedicado a leitura de jornais

Sala de Periódicos






julho 24, 2024

SUGESTÃO DE LEITURA

TODOS OS AMANHÃS
Um hino maravilhoso à natureza que nos reconcilia com a vida.

É num verão brilhante e insuportável que a jovem Amande Luzin entra pela primeira vez na casa que arrendou na zona rural francesa de Auvergne. Para a acolher, encontra janelas fechadas, escuridão e silêncio: um refúgio. É ali, longe de todos, que decide esconder-se para viver o seu luto. Amande nunca abre as portadas e raramente sai à rua, evitando a interferência da luz na sua vida. Até que, um dia, encontra os diários e calendários da antiga proprietária, a senhora Hugues. Numa caligrafia redonda e elegante, há instruções detalhadas para os cuidados do jardim e para a confeção de receitas, uma espécie de almanaque caseiro.

Amande é uma mulher da cidade que nunca usou galochas nem utensílios de jardinagem. No entanto, apesar da dor que a corrói, decide seguir as instruções da senhora Hugues e recuperar o jardim abandonado, um espaço que parece mágico. A cada semente, encontra um rebento: no pântano da sua dor, cada amanhã traz uma pequena e perfumada promessa de futuro.


MÉLISSA DA COSTA 

É uma jovem escritora que conquistou o público com o seu primeiro romance, Tout le bleu du ciel, tornando-se uma nova voz a acompanhar. Os seus outros romances, Todos os amanhãs, Je revenais des autres e Les douleurs fantômes são também bestesellers, aclamados pelos livreiros e pela imprensa em França. Os seus livros já conquistaram mais de um milhão de leitores e a autora tem sido presença assídua na lista dos escritores franceses mais vendidos.

Todos os amanhãs é o primeiro romance de Mélissa da Costa publicado em Portugal, pela Suma de Letras.


Passe bem, passe por cá.



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