Sofi Oksanen nasceu a 7 de janeiro de 1977 em Jyväskylä, na Filândia.
É romancista e dramaturga, autora de seis romances publicados entre 2003 e 2019 e é, frequentemente, comparada a Charles Dickens e a Margaret Atwood.
A sua obra está traduzida em quarenta línguas e vendeu mais de dois milhões de exemplares em todo o mundo.
Todos os seus livros são escritos em finlandês. Apesar de falar estónio, país natal da sua mãe, nunca aprendeu a escrevê-lo, e é na Estónia e na sua história que pensa, quando escreve. O seu objetivo é colocar a Estónia no mapa histórico da Europa. Foi precisamente para dar a conhecer aos seus leitores um país, cuja história foi apagada por anos de ocupação, o que admitiu, na sua participação em 2018, na oitava edição do Festival Literário da Madeira (FLM).
Sofi Oksanen já foi galardoada com inúmeros prémios literários entre os quais:
- 2008 - Prémio Filândia
- 2009 - Prémio Runeberg
- 2010 - Prémio de Literatura do Conselho Nórdico
- 2010 - Prémio Livro Europeu do Ano (European Book Prize)
- 2010 - Prémio Femina
- 2013 - Prémio Nórdico da Academia Sueca
- 2019 foi condecorada com a medalha de honra da Ordem das Artes e Letras, em França.
Hoje divulgamos aos nossos leitores o seu segundo livro publicado em Portugal,
O Parque dos Cães
" Um impressionante retrato do universo feminino. (...)
O Parque dos Cães, simultaneamente romance histórico e romance policial,
pode ser resumido como um conto dos irmãos Grimm tornado realidade."
Lire (França)
Um romance sobre a condição feminina, a exploração do corpo da mulher,
a maternidade e a teia criminosa e lucrativa em torno daquelas que tudo perderam.
O Parque dos Cães oscila entre dois mundos: a Helsínquia da atualidade e a Ucrânia que conquistou a independência, após o colapso da União Soviética. Do cruzamento destas duas realidades, surge uma outra: a endémica corrupção do Leste, alimentando a ganância voraz do Ocidente. Nesta interseção, conhecemos duas mulheres, que partilham uma história de lealdade, amor e confiança traída. Dão por si arrastadas para uma torrente de lutas de poder, que opõe famílias influentes, mas que também opõe sexo feminino e sexo masculino. A razão é só uma: o corpo da mulher tem a capacidade de dar vida e, por causa disso, torna-se fonte de lucro.
O Parque dos Cães retrata a vida de uma mulher que se descobre incapaz de fugir à memória do filho que perdeu, aos fantasmas que a assombram e às mentiras que lhe salvaram a vida. Esta é a história do lado negro da indústria da fertilidade, mas também do ponto a que somos capazes de chegar para concretizar sonhos impossíveis.
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