janeiro 17, 2011

MIGUEL TORGA

16 anos após a sua morte

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha, nasceu em São Martinho de Anta, a 12 de Agosto de 1907, foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XX.
A intervenção cívica de Miguel Torga, na oposição ao Estado Novo e na denúncia dos crimes da guerra civil espanhola e de Franco, valeu-lhe a apreensão de algumas das suas obras pela censura e, mesmo, a prisão pela polícia política portuguesa.
Contista exímio, romancista, ensaísta, dramaturgo, autor de mais de 50 obras publicadas desde os 21 anos, estreou-se em 1928 com o volume de poesia “Ansiedade”.
Várias vezes premiado, nacional e internacionalmente, foram-lhe atribuídos, entre outros, o prémio Diário de Notícias (1969), o Prémio Internacional de Poesia (1977), o prémio Montaigne (1981), o prémio Camões (1989), o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (1992) e o Prémio da Crítica, consagrando a sua obra (1993).

Morreu em Coimbra a 17 de Janeiro de 1995.




Esperança

Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...
Peco
Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio de um vinho herético e sagrado.   

Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório'

1 comentário:

  1. Obrigado por recordarem um grande escritor, tantas vezes esquecido....

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