abril 14, 2014

O ANALFABETO POLÍTICO


O ANALFABETO POLÍTICO
 
 
O pior analfabeto é o analfabeto político.
 
Ele não ouve, não fala, nem participa nos
acontecimentos políticos.
 
ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, da renda de casa, do sapato
e do remédio dependem das decisões políticas.
 
O analfabeto político é tão burro que se orgulha
e incha o peito dizendo que odeia a política.
 
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, reles, o corrupto
e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

                                                           Bertolt Brecht, In Brecht Seleção de Poesias, Textos e Teatro




25 de Abril de 1974, Fotografia de Alfredo Cunha

"A 25 de Abril de 1974, o movimento dos capitães derrubou a mais velha ditadura da Europa, com 48 anos. caiu mansa, sem resistência, tão sólida estava que quase ninguém levantou um dedo para a defender. A cavalaria de Salgueiro Maia desceu de Santarém a Lisboa e romanticamente tomou o poder. Tudo pareceu muito fácil, tão natural que um veículo blindado M47 passeia na Rua Augusta, com o Arco Triunfal ao fundo, e D. José, na estátua, observa tudo do Terreiro do Paço. O povo está na rua, é sereno - e aqui, na Rua Augusta, parece mesmo indiferente, como se fosse apenas mais um dia, o primeiro do resto da sua vida."
                                                                                                                          Expresso, 06/04/2012




Num inquérito feito aos portugueses é revelado que o 25 de Abril de 1974 foi o facto mais relevante da História de Portugal e que os portugueses rejeitam o tempo em que se viveu em ditadura.
 
Mas um estudo sobre os 40 anos do 25 de Abril, revela também que os portugueses desconhecem quais foram os protagonistas que marcaram a história da democracia.
 
 
Caro Leitor, se não sabe, se não se lembra e quer recordar
a parir de hoje e até 30 de abril
está patente ao público no hall de entrada da sua Biblioteca
uma mostra bibliográfica sobre os protagonistas da liberdade




Visite-nos


abril 09, 2014

IKEBANA - SABE O QUE É?

A Ikebana é uma arte floral japonesa, originária da Índia, que se caracteriza por criar uma harmonia de construção em que todos os elementos interagem de forma linear. Nos arranjos não prevalecem apenas flores, mas também caules, ramos, folhas, em perfeita harmonia com o próprio recipiente em que o arranjo é feito. A estrutura dos arranjos assenta em três princípios básicos, que simbolizam o céu, a terra e a humanidade. Existem vários estilos e escolas de ikebana, mas todas eles buscam encontrar formas de alcançar o equilíbrio e a simplicidade, criando composições que reflitam a beleza na sua forma mais natural e pura, transmitindo paz, alegria e tranquilidade.
 

 
E foi de Ikebana, que se falou no passado dia 03 de abril, na Biblioteca Municipal. O tema foi tratado por Ayami Pedro, no âmbito da atividade Tertúlia dos Anos de Ouro. Ayami Pedro é de origem japonesa, casou com um marinhense e vive há vários anos na Marinha Grande. Veio falar sobre as características desta arte milenar, trouxe alguns arranjos florais, que podemos ver nas fotos, e exemplificou a forma como se podem fazer composições deste estilo, partindo de simples elementos encontrados na natureza.    
 


 
Venha à Biblioteca Municipal,
 onde poderá encontrar um destes arranjos florais
 
 
 
 
 

abril 07, 2014

EL FUTURO DE LOS NIÑOS ES SIEMPRE HOY. MAÑANA SERÁ TARDE.

Foi, em 1945,  a primeira escritora latino-americana a ganhar o Prémio Nobel da Literatura.
Na cerimónia da entrega do prémio, foi apelidada de "rainha da literatura latino-americana"
 
 
 
Gabriela Mistral, pseudónimo de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga, nasceu a 7 de abril de 1889, em Vicuña, Chile, foi poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena. Escolheu Gabriela, por prazer, e Mistral, porque sentia ser o vento que soprava com força e tudo varria.
 
Teve uma vida marcada por terríveis perdas. Foi abandonada, ainda bebé pelo pai, a mãe morreu em 1929, o seu noivo suicidou-se em 1907 e, anos mais tarde, em 1943, o seu filho adotivo, Yin Yin, suicidou-se com arsénico.
 
"Alma tremendamente apaixonada, grande em tudo, depois de verter em vários poemas a dor da sua íntima desolação, encheu esse vazio com a preocupação pela educação das crianças, a redenção dos humildes e o destino dos povos hispânicos. Tudo isto, porém, são outros tantos modos de expressão do sentimento principal da sua poesia: a ânsia insatisfeita da maternidade, que é ao mesmo tempo instinto feminino e anelo religioso da eternidade"
                                                                                                             Federico de Onís




Em 1932 inicia a carreira diplomática. Foi nomeada cônsul em Nápoles, mas Mussolini recusa-a. Foi designada consulesa em Lisboa em 1935 e 1936. Esperava encontrar em Portugal um lugar calmo para se dedicar à sua escrita, mas o presidente chileno, Arturo Alessandri Palma, solicitou-lhe que ajudasse a resgatar médicos, intelectuais  e escritores fugidos da ditadura espanhola.
Com a colaboração de antissalazaristas, conseguiu vistos via Portugal para o Chile, de algumas dezenas de intelectuais republicanos. Miguel de Unamuno agradeceu-lhe ter conseguido fugir para França.
"Lisboa tem-me curado da dor da Espanha, mas não durmo a pensar na dor do povo que sofre a matança da Legião Condor".
 
 
Gabriela Mistral gostou de Portugal: "Neste Portugal encontrei paz, tendo um ano de felicidade, nada menos que felicidade". Aprendeu português, língua em que escreveu Repertório Americano e namorou-se da palavra saudade, que definiu como viver em estranheza do mundo.
 
 
Gabriela Mistral é exonerada das suas funções por Salazar, tendo que fugir do país.
 
 
 "Estamos em vésperas da Segunda Guerra Mundial e Gabriela sente-se deprimida pelo que se passa na Europa, ao mesmo tempo que dezassete países da América Latina a propõem para o Prémio Nobel. (...) Em dezembro desse ano, 1945, recebe das mãos do Rei Gustavo V, em Estocolmo, o Prémio Nobel da Literatura. No discurso de agradecimento Gabriela não esquece o povo português no meio de quem gostou de viver: " Por uma sorte que me ultrapassa, sou neste mundo a voz direta dos poetas da minha raça e a indireta das mui nobres línguas espanhola e portuguesa"
                                                                              In Mulheres Escritoras, de Maria Ondina Braga
 
 
 
Seu nome é hoje
 
Somos culpados
de muitos erros e faltas
porém nosso pior crime
é o abandono das crianças
negando-lhes a fonte da vida
Muitas das coisas
de que necessitamos
podem esperar. A criança não pode
Agora é o momento em que
seus ossos se estão formando
seu sangue também está
e seus sentidos
estão se desenvolvendo
A ela não podemos responder "amanhã"
seu nome é hoje.

                                                                                                       Gabriela Mistral
 
 

"Esta mulher canta a criança como ninguém o fez antes dela"
                                                                                                       Paul Valéry
  
 
Depois de uma doença prolongada, morreu em Nova Iorque a 10 de janeiro de 1957. No Chile, são declarados 3 dias de luto nacional e são prestadas homenagens em todo o continente americano.
 
Atualmente, no Chile,  é reconhecida como a maior poetisa nacional, onde existem ruas e museus com o seu nome.
Nas comemorações dos 60 anos da atribuição do Nobel, a 15 de novembro de 2005, o metro de Santiago, dedicou-lhe uma carruagem com o seu nome e com as suas fotografias.
Em setembro de 2009, entrou em circulação uma nova nota de 5 mil pesos com a sua imagem.
 
 
Não existe em Portugal muita informação sobre Gabriela Mistral, mas,
caro leitor,  na Biblioteca da sua Cidade pode requisitar o livro
 Mulheres Escritoras, de Maria Ondina Braga
 para ficar a conhecer melhor a vida e a obra da nossa homenageada de hoje.
 
 
 
Esperamos  pela sua visita
 
 
 
  

março 28, 2014

TODAS AS MADRUGADAS SÃO SUJAS. SÓ AS MANHÃS SÃO LIMPAS


Ficou tão embrenhada na leitura da nossa
sugestão de fim de semana,
que nada mais importa.



Ilustração de Fiep Westendorp
"Alguém dissera um dia que se podia viver sem tudo, menos água e comida,
mas que viver sem livros e sem música não seria o mesmo que viver". 
                                                                                                                
 
E que sugestão é essa?
 
 
É um romance em que, através de três histórias que se cruzam, desde uma aldeia no interior alentejano até ao topo do poder, é retratado o Portugal que construímos e que tão bem conhecemos.

De Miguel Sousa Tavares
Editado pelo Clube do Autor
Madrugada Suja

 


"Fora a época dourada dos grandes dinheiros europeus, em que bastava apresentar um projeto e Bruxelas financiava. Faltava uma piscina municipal no concelho? Bruxelas financiava. (...) E Bruxelas financiava também submarinos alemães de última geração, destinados a combater as fragatas soviéticas no Atlântico Norte e tornados inúteis pela queda do Muro de Berlim, (...) aviões F-16 para inexistentes combates aéreos, plantações de frutos tropicais, abate de barcos de pesca ou inquéritos de opinião sobre as vantagens da democracia. Bruxelas financiava tudo. (...) Foi a época dourada do poder local: sem grande esforço, Luís Morais fez-se eleger e reeleger presidente da câmara de Riogrande, prometendo e fazendo, voltando a prometer e voltando a fazer". 

 


Filho da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen e do advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, Miguel Sousa Tavares nasceu no Porto a 25 de junho de 1952. Licenciado em Direito, exerceu advocacia durante doze anos, mas abdicou daquela profissão e passou a dedicar-se exclusivamente ao jornalismo, tendo-se estreado na RTP em 1978.
Em 1989 foi um dos fundadores da revista Grande Reportagem, tendo sido diretor da mesma no ano seguinte e na qual se manteve durante dez anos, até ser substituído por Francisco José Viegas. Ainda em 1989, foi diretor da revista Sábado e cronista do jornal Público de 1990 até 2002.
Na SIC, Miguel Sousa Tavares apresentou programas de informação como "Crossfire" com a jornalista Margarida Marante, falecida a 5 de outubro de 2012.
Em 1998 recusou o cargo de Diretor Geral da RTP e em 1999, na TVI,  partilhou o debate no programa "Em legítima defesa" com Paula Teixeira da Cruz, atual ministra da justiça. Nesta mesma estação televisiva, estreou-se, em 2000, como comentador fixo às terças-feiras, no Jornal Nacional, com a análise à atualidade nacional e internacional.
Atualmente é o comentar do residente do Jornal da Noite da SIC às segundas-feiras.
Depois de incursões no domínio da literatura infantil e de viagens, estreou-se no romance em 2003, com Equador, que vendeu mais de 400.000 exemplares em Portugal, estando ainda traduzido em 11 línguas e editado em cerca de 30 países, com adaptação televisiva em Portugal e no Brasil.
Seguiu-se, em 2007, Rio das Flores, com uma primeira tiragem de 100 mil exemplares. Recebeu o Prémio de Jornalismo e Comunicação Victor Cunha Rego, em 2007.
 
 
 Bom Fim de Semana
com
Boas Leituras
 
 
 
 

março 21, 2014

JÁ A CAMINHO ...

É verdade, já estamos a caminho de mais um fim de semana, que, aparentemente, não vai ser de sol. Apesar da chegada da primavera, tudo indica que ela não nos irá alegrar nos próximos dias, porque a chuva irá voltar e as temperaturas irão descer. Mas não desanime, porque nós vamos compensá-lo, deixando algumas sugestões para o seu fim de semana.
 
Porque não vir à Biblioteca Municipal?
Fazer o quê?

Por exemplo, requisitar um livro. 
 
Ilustração de Juliano Lopes
 
Assistir ao lançamento do novo livro do Prof. Armando Castro.
Vai ser amanhã, no nosso auditório, pelas 15:00.
 
  
"Para lá do horizonte das palavras, escreveu-se através de um "trem de estórias" em que cada carruagem, com vidros transparentes, segue ao ritmo do tempo apeado em cada "estação", onde o apito do "maquinista" nos faz uma pergunta: "Penso, logo respondo ..." é um exercício de memórias vivas reais/imaginárias (vividas algumas pelo maquinista), ordenadas no tempo da existência dos viajantes, que se situam no fulcro dos finais do século XX e primórdios do XXI ...
Neste livro, poder-se-á encontrar um certo relato timbrado, talvez um pouco ingénuo em cada uma das carruagens, mas algo de pertinente pelo eco/ego emitido pelo leitor, através da sua resposta/consciência diferenciada; folheá-lo, de trás para a frente, ou da frente para trás, ele é um gozo para ler e pensar, enquanto houver memória.
Neste "comboio de estórias", cujas carruagens são pedaços de vida, somos (em suma) transportados (à boleia), por um acervo de leituras picarescas, com cariz pueril, mais poéticas que pertinentes; nas paragens há que perguntar, reflectir e prosseguir viagem - há que ler."
O AUTOR
 

ARMANDO CASTRO nasceu em 1944 e é natural de uma freguesia situada nos contrafortes da Serra da Estrela - Silvares, concelho do Fundão. Frequentou o Liceu Nacional de Castelo Branco e a Escola do Magistério Primário da mesma cidade. O seu percurso académico é multifacetado, sendo licenciado em Administração Escolar pelo ISET (Porto).
Aos 18 anos, o jovem professor primário rumou, à procura de trabalho, para as terras do Lis.
Foi docente dos 1.º e 2.º Ciclos do EB, quer no ensino Oficial, quer no ensino Particular e Cooperativo, chegando a exercer, durante cinco anos, as funções de inspetor pedagógico na IGE (Lisboa) e, mais tarde, supervisor técnico do GAVE (Lisboa).
[...] Na cidade da Marinha Grande, onde constituiu família e reside atualmente, escreve no Jornal da Marinha Grande, com a rubrica Entrelinhas, que aborda, essencialmente, questões da pedagogia e da política educativa. É autor dos livros Coragem na Ancoragem, Ao Soprar da Cana: Entrelinhas  e Um Neurónio Curioso, sendo este último uma incursão do autor na literatura infantil.



Ou então, assista ao atelier de poesia e música
"Poesia em estado líquido", pelas 16:00, no Jardim Stephens. 
 

FIQUE CONNOSCO
 TENHA UM BOM FIM DE SEMANA
 
 

março 12, 2014

2014, ANO DECISIVO NA LUTA CONTRA AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

 O grupo internacional "The Elders" pediu aos líderes mundiais,
 que dessem demonstrações de coragem face às alterações climáticas.
"O maior desafio do nosso tempo"


"Quando Nelson Mandela fundou o grupo The Elders, pediu-nos para sermos
mais audazes e emprestar a nossa voz àqueles que não a têm".
                                                                                                Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU

The Elders (em inglês - Os Velhos ou Os Anciãos), é uma organização internacional, fundada, em 2007, por Nelson Mandela a partir da ideia do músico Peter Gabriel e do milionário Richard Branson, formada por um grupo de elite e de ex-governantes que, reunindo as suas experiências, pretende debater soluções para os problemas mundiais, sendo as alterações climáticas um deles. O grupo foi oficialmente anunciado a 18 de julho de 2007, data do aniversário de Mandela.
Para além de Nelson Mandela, The Elders era composto por Jimmy Carter (ex presidente dos EUA e Nobel da Paz), Desmond Tutu (arcebispo amérito da Cidade do Cabo), Kofi Annan (ex-secretátio geral da ONU) Muhammad Yunus (fundador do Green Bank), Mary Robinson (ex-presidente da Irlanda), Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente do Brasil) entre outros.
 
 
Para este grupo, 2014 é um ano decisivo na luta contra as alterações climáticas, com a cimeira organizada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em setembro, em Nova Iorque, destinada a preparar a grande conferência de 2015, em Paris, na qual se espera concluir o acordo mais ambicioso jamais alcançado para reduzir as emissões de gás com efeito de estufa.
 
"Estamos numa encruzilhada. Se tomarmos uma certa direção, corremos o risco de transmitir um terrível legado para os nossos filhos e netos. Se escolhermos outra, teremos a possibilidade de colocar o nosso futuro no rumo mais justo e sustentável".
                                                                                                                       Kofi Annan
 
As alterações climáticas são a maior ameaça ambiental do século XXI, e todos nós estamos a ser afetados por elas. O último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) sugere, que o termómetro global pode subir até 4,8 graus Celsius este século. Mas na Península Ibérica o aumento pode ser muito maior. Temos de estar atentos e desenvolver uma atitude de prevenção e de respeito pela Natureza.
 
 
 
Caro Leitor
Se tem preocupações ambientais e se valoriza a prevenção,
então visite a nossa mostra bibliográfica e leia o material informativo,
 que temos em exposição no átrio da entrada da Biblioteca Municipal.


 
ESPERAMOS POR SI. 
 
 
 
 
 

março 05, 2014

A LUTA DAS MULHERES - UM POUCO DA SUA HISTÓRIA

Em Portugal, pela primeira vez, cargos superiores do Estado são ocupados, em simultâneo, por mulheres - Procuradoria-Geral da República, Assembleia da República, Ministério da Justiça e Ministério da Agricultura e do Mar. 
 
Há mulheres em posições de destaque por todo o mundo, mas nem sempre foi assim. Foi necessário percorrer um longo caminho...
 
 
1848 - Primeira convenção para os Direitos da Mulher em Nova Iorque.
 
 
1857 - A 8 de março, numa fábrica em Nova Iorque, 129 operárias morreram queimadas numa ação policial para acabar com as reivindicações pela redução do horário de trabalho de 14 para 10 horas diárias e o direito à licença de maternidade.
Foi instituído o Dia Internacional da Mulher.
 
1889 - Elisa Augusta da Conceição Andrade foi a primeira mulher portuguesa licenciada em Medicina.
 
1893 - Pela primeira vez no mundo, na nova Zelândia, as mulheres têm direito a votar.


1900 - As mulheres competem nos Jogos Olímpicos de Paris pela primeira vez.
Charlotte Cooper, foi a primeira mulher a vencer a final de singulares em ténis e mais tarde a final de pares.
 
1903 - Marie Curie foi a primeira mulher a receber um Prémio Nobel. Depois de ter recebido, em 1903, o Nobel da Química, recebeu em 1911 o Nobel da Física. Foi a primeira mulher a receber um Prémio Nobel em duas categorias diferentes.
 
 
1904 - Feministas francesas queimam o código civil napoleónico, que inspirou o italiano e o português, e que impunha limitações às mulheres.
 
1906 - Abre em Lisboa o primeiro liceu feminino (Maria Pia). A Finlândia é na Europa o primeiro país a dar o direito de voto às mulheres.
 
1909 - Surge a primeira organização feminista portuguesa - Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Lutava pelo direito ao voto, ao divórcio, à igualdade na educação e no trabalho.
 
 
 
1911 - Em Portugal, as mulheres conquistam o direito de trabalhar na função pública. A médica Carolina Beatriz Ângelo (na foto) foi a primeira portuguesa a votar para as eleições da Assembleia Constituinte a 28 de maio de 1911.
 
1918 - Portugal autoriza o direito de as mulheres exercerem a advocacia.
 
1920 - Sufrágio feminino nos Estados Unidos da América. Legalização do aborto na União Soviética, o primeiro país a fazê-lo.
 
1931 - Em Portugal é reconhecido o direito de voto às mulheres com cursos secundários ou universitários. Os homens precisam apenas de ler e escrever.
 
 
1933 - Desafiando a lei francesa, Marlene Dietrich aparece em público de calças.
 
1935 - São eleitas em Portugal as primeiras deputadas para a Assembleia Nacional.
 
1945 - A Carta das Nações Unidas reconhece a igualdade de direitos entre homens e mulheres e, pela primeira vez, em França as mulheres podem votar.
 
 
1949 - Simone de Beauvoir publica o livro "O segundo Sexo", onde afirma que não se nasce mulher, a sociedade é que constrói a identidade feminina.
 
1951 - A Organização Internacional do Trabalho aprova a igualdade de remuneração do trabalho masculino e feminino para a mesma função.
 
1960 - Começa a ser comercializada a pílula contracetiva.

1967 - Entra em vigor em Portugal um novo Código Civil, que determina que o marido é o chefe de família.

1969 - É introduzido na legislação portuguesa o princípio de salário igual para trabalho igual, independentemente do género.

 
1972 - Publicação de "Novas Cartas Portuguesas", de Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta, livro proibido pela censura, onde é abordada a condição feminina, a guerra colonial e a dimensão repressiva do regime.

1976 - Em Portugal entra em vigor a nova Constituição, determinando a igualdade entre homens e mulheres em todos os domínios. É abolido o direito de os maridos abrirem a correspondência das mulheres.

 
1979 - Maria de Lourdes Pintassilgo (na foto) foi a primeira mulher portuguesa nomeada para o cargo de primeira-ministra no V Governo Constitucional.

2007 - Despenalização do aborto por referendo em Portugal.
 

E houve um dia em que a mulher disse NÃO às amarras.


 
Mulher Livre, de Raúl Fernando Zuleta




Bom Fim de Semana
e
Bom Dia da Mulher

 
 


março 03, 2014

PARA CONHECER

 
 
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