janeiro 25, 2011

FAZIA ANOS HOJE

Virginia Woolf nasceu em Londres, a 25 de Janeiro de 1882.
Fez parte do grupo Bloomsbury, círculo de intelectuais sofisticados que, passada a I Guerra Mundial, investiria contra as tradições literárias, políticas e sociais da era vitoriana.
Toda a sua vida foi dedicada à literatura e a sua obra é classificada como sendo das mais inovadoras e estimulantes.
Escreveu nove romances, duas biografias, sete volumes de ensaios, vinte e seis cadernos de diários e um sem número de cartas.
Vítima de uma grave depressão, suicidou-se a 28 de Março de 1941.

Bibliografia da autora existente na BM:
"As ondas"; "Momento total"; "Rumo ao farol"; "O quarto de Jacob"; "Orlando"; "Mrs. Dalloway"; "Diário" e "Entre os actos".
Pesquise directamente no nosso catálogo on-line em http://services.cm-mgrande.pt/pacweb/ 

“Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial”

janeiro 21, 2011

23 de JANEIRO - DIA MUNDIAL DA LIBERDADE

                       
Liberdade

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

de Sophia de Mello Breyner Andresen





--- Votar é um sinónimo de LIBERDADE. Dia 23 de Janeiro VOTE ---

LEITURA DE FIM-DE-SEMANA

Vamos de fim-de-semana! Mas não o faremos, sem primeiro deixar aqui uma sugestão de leitura para si.
A nossa sugestão é "Gaiola de Ouro", de Shirin Ebadi, editora A Esfera dos Livros.

Sinopse: No entanto a Revolução Islâmica está destinada a mudar tudo, dispersando os três irmãos de Pari por diferentes caminhos e tornando-os inimigos. Uma família dividida pela história e unida num destino de tragédia: Abbas é general do exército do Xá e, quando o regime é dissolvido, vê-se obrigado a fugir, na companhia da mulher doente, para a América, onde o espera o choque de uma cultura alheia. Javad, activista do partido comunista Tudeh, é votado a uma existência de clandestinidade e perigos que o conduzirão várias vezes à prisão. Ali junta-se com entusiasmo à revolução e acaba na frente a combater as tropas de Saddam Hussein. Enquanto, Pari procura manter juntos os fios desfeitos da família, o país inteiro desmorona-se num abismo de violência, corrupção e opressão de onde parece impossível sair. E que também põe em perigo a sua vida e a de Shirin.


Shirin Ebadi nasceu no Irão a 21 de Junho de 1947. Em 2003 foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz. Shirin Ebadi é advogada e uma activista dos Direitos Humanos. Na mira do regime de Ahmadinejad, devido às suas batalhas a favor da democracia e dos direitos das mulheres, conduz uma intensíssima actividade de propaganda e uma batalha legal que a leva a percorrer o mundo. Publicou O Meu Irão (Sperling & Kupfer, 2006).

-- Pode requisitar este livro na Biblioteca da sua cidade --

janeiro 19, 2011

O 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande

No dia em que se comemorou mais um aniversário sobre os acontecimentos do 18 de Janeiro de 1934, a Biblioteca Municipal exibiu no seu auditório o DVD com a reconstituição teatral dos acontecimentos, feita na Marinha Grande em 1998, sob a direcção e encenação de Norberto Barroca e que contou com numerosos actores e figurantes anónimos.                                                                                                               

A sessão teve início às 14.30 horas e contou com a presença de um turma de 17 formandos da Crisform  e várias pessoas anónimas. Entre os presentes esteve o próprio encenador  Norberto Barroca, que relembrou as filmagens e toda a ambiência vivida há 13 anos.

                                                                                                            
                         
                                                                                                                                                                                                                           
                                                                                                                                                                                                                                                  

FAZIA ANOS HOJE

Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu a 19 de Janeiro de 1923 em Póvoa de Atalaia, Fundão.
Entre 1943 e 1946 Eugénio de Andrade encontra-se em Coimbra, onde estabelece relações de amizade com alguns dos maiores vultos da literatura e do pensamento portugueses da época, como Miguel Torga, Carlos de Oliveira e Eduardo Lourenço.

Privando com os grandes nomes da literatura portuguesa, tanto da sua geração como das seguintes,   Eugénio foi amigo íntimo de poetas de estéticas muito diversas – como Sophia de Mello Breyner Andresen, Mário Cesariny ou Luís Miguel Nava – e de críticos consagrados, como Óscar Lopes, António José Saraiva, João Gaspar Simões, Fernando Pinto do Amaral e Arnaldo Saraiva; por outro lado, poeta do mundo, entusiasta de viagens dentro e fora de Portugal, que poeticamente descreve, conhece e corresponde-se com autores estrangeiros, como Angél Crespo, Vicente Aleixandre, Luís Cernuda e Marguerite Yourcenar.
A casa do poeta, no Passeio Alegre (Foz do Douro – Porto), alberga desde 1995 a Fundação Eugénio de Andrade, instituída para divulgação e estudo da sua obra. Ali ocorrem regularmente  encontros de poetas.   A Fundação edita também os Cadernos de Serrúbia, revista de estudos sobre poesia.
Recebeu um sem número de distinções, entre as quais o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários em 1986, Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus em 1988, Grande Prémio da Poesia da Associação Portuguesa de Escritores em 1989 e Prémio Camões em 2001.
Faleceu a 13 de Junho de 2005.
                                                                                                          

É URGENTE O AMOR

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
 

impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
Eugénio de Andrade, in "Até Amanhã"

janeiro 18, 2011

18 de JANEIRO de 1934


"... À crise económica acrescentou-se , depois do golpe de 28 de Maio, a ameaça às liberdades sindicais. A 18 de Janeiro de 1934, os vidreiros pegaram em armas. Outros ofícios estariam, como este, ameaçados, mas só na Marinha Grande existir uma comunidade antiga e isolada que acreditou que as massas se iriam levantar, de armas nas mãos, para fazer a Revolução."
in, Artesãos e Operários, de Maria Filomena Mónica

"Em 18 de Janeiro de 1934, eclode, em vários pontos do país, uma "Greve Geral Revolucionária" contra o salazarismo. Não podendo contar com a participação da corrente republicana, a revolta é sufocada. Várias foram as interpretações propostas por estudiosos, sindicalistas e políticos. Mas, após o 25 de Abril, o "18 de Janeiro" transforma-se em grande mito revolucionário comunista."
                        in, Sindicatos contra Salazar: A revolta do 18 de Janeiro de 1934, de Fátima Patriarca 

"Ao longo dos anos, principalmente no pós 25 de Abril, diversas abordagens têm sido feitas, por estudiosos de diversos quadrantes políticos e intelectuais, na tentativa de procurar compreender o sentido do pensamento que levou um grupo de homens corajosos, muito jovens na sua esmagadora maioria, a levantar um movimento de revolta contra a ditadura fascista que estrangulava o movimento operário português."
in, 18 de Janeiro de 1934 ROSTOS..., de Hermínio de Freitas Nunes

-- Na BMMG pode encontrar estes e outros documentos alusivos à data --
Maria de Lurdes Pintassilgo nasceu em Abrantes a 18 de Janeiro de 1930. Aos 12 anos era já, no Liceu Filipa de Vilhena (Lisboa), responsável por todo o núcleo do Movimento Feminino Português. Licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial. Em 1961, na Holanda, dedicou-se por inteiro ao movimento religioso Chamamento do Graal. Regressou a Portugal em 1969, passando a ser representante de Portugal na Organização das Nações Unidas.Depois do 25 de Abril ocupou vários cargos governamentais, sendo ministra dos Assuntos Sociais do II e III Governos Provisórios e 1ª Ministra do V Governo Constitucional, em funções de Julho de 1979 a Janeiro de 1980. Até hoje, foi a única mulher que desempenhou o cargo de primeiro-ministro em Portugal. Foi candidata às Presidenciais de 1986. Integrou variadíssimas organizações internacionais. Foi eleita Deputada pelo Partido Socialista ao Parlamento Europeu em 1987.

Publicou algumas obras referentes ao papel da Igreja na sociedade e à ascensão das mulheres na vida política e pública.
Morreu a 10 de Julho de 2004.

janeiro 17, 2011

MIGUEL TORGA

16 anos após a sua morte

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha, nasceu em São Martinho de Anta, a 12 de Agosto de 1907, foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XX.
A intervenção cívica de Miguel Torga, na oposição ao Estado Novo e na denúncia dos crimes da guerra civil espanhola e de Franco, valeu-lhe a apreensão de algumas das suas obras pela censura e, mesmo, a prisão pela polícia política portuguesa.
Contista exímio, romancista, ensaísta, dramaturgo, autor de mais de 50 obras publicadas desde os 21 anos, estreou-se em 1928 com o volume de poesia “Ansiedade”.
Várias vezes premiado, nacional e internacionalmente, foram-lhe atribuídos, entre outros, o prémio Diário de Notícias (1969), o Prémio Internacional de Poesia (1977), o prémio Montaigne (1981), o prémio Camões (1989), o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (1992) e o Prémio da Crítica, consagrando a sua obra (1993).

Morreu em Coimbra a 17 de Janeiro de 1995.




Esperança

Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...
Peco
Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio de um vinho herético e sagrado.   

Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório'

janeiro 14, 2011

LEITURA DE FIM-DE-SEMANA

Vamos de fim-de-semana! Mas não o faremos, sem primeiro deixar aqui uma sugestão de leitura para si.
A nossa sugestão é "Um amor sem tempo", de Carlos Machado, Editorial Presença. 

Sinopse: Após seis anos de ausência, Eduardo regressa à aldeia onde nasceu para vender a propriedade da família, votada ao abandono desde a morte do avô. «Ia ficar pouco tempo», pensava encostado a uma árvore do carvalhal que bordejava a aldeia. Mas, subitamente, uma sucessão seca de tiros fez reverberar o ar sólido do estio e acabou com a paz daquele dia. Os famosos pombos-correio de Severino Sarmento, o homem mais poderoso da terra, tinham sido traiçoeiramente abatidos. E é, então, que se dá o reencontro de Eduardo com o seu passado e com todos aqueles que o marcaram de forma indelével. Sobretudo Mariana, a bela filha de Severino e seu grande amor. Carlos Machado, num romance apaixonante, conduz-nos através de uma trama que tem lugar nos tempos agitados do pós-25 de Abril e que nos coloca, sem moralismos, perante fraquezas e grandezas da natureza humana.

Carlos Machado

Biografia: Carlos Machado nasceu em Montalegre, em 1954. Licenciado em Engenharia Electrotécnica tem desenvolvido a sua actividade profissional na área das telecomunicações. A paixão pela escrita foi desde sempre uma constante na sua vida, e a auspiciosa distinção do seu primeiro romance com o Prémio Alves Redol, atribuído pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, não faz apenas justiça à inegável qualidade desta obra, mas constitui também um excelente augúrio quanto ao futuro literário do autor.

Pode requisitar este livro na Biblioteca da sua Cidade.

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