Umberto Eco, filósofo, semiólogo, linguista, historiador e escritor, considerado um dos maiores estudiosos da ciência da comunicação, nasceu em Alexandria, na região do Piemonte, Itália, a 5 de janeiro de 1932.
Cresceu durante a II Guerra Mundial, estudou filosofia e estética e formou-se com uma tese sobre a estética de São Tomás de Aquino. Em 1954, foi trabalhar na RAI, a televisão pública italiana, onde esteve durante cinco anos como editor cultural. A partir da década de 1960 foi professor convidado em inúmeras prestigiadas universidades, tais como a New York University, columbia, Yale, Cambridge, Oxford, Harvard, entre outras, tendo recebido o título de Doutor Honoris Causa em mais de 30 universidades. Foi também colunista em diversos jornais italianos, tais como Il Giorno, Corriere della Sera e L'Expresso.
Publica diversos livros e coletâneas e de ensaios na década de 70, antes de começar a escrever romances.
O seu primeiro livro de ficção, O Nome da Rosa (1980) cuja ação decorre na primeira metade do século XIV, é um romance histórico que se funde com a narrativa policial e desenvolve uma série de apontamentos teológicos e filosóficos, tornou-se um best-seller e foi adaptado para cinema pelo cineasta francês Jean-Jacques Arnaud, tendo como protagonista o ator Sean Connery.
Umberto Eco esteve várias vezes em Portugal e gostava particularmente da cidade de Tomar, chegando a apelidá-la de "l'ombelico del mondo" (umbigo do mundo), expressão italiana para lugares cuja beleza e importância se equipara à da outrora capital do Império Romano. Em 1984 visitou o Convento de Cristo, monumento que exercia sobre o autor um fascínio, de sobretudo e chapéu à Sherlok Holmes e há quem diga que o viu escrever sentado no Café Paraíso.
"Estive lá duas vezes: uma primeira a convite de Mário Soares,
durante a qual conheci Saramago, e depois aquando da pesquisa
para o romance O Pêndulo de Foucault, tendo visitado Tomar por causa dos Templários.
E ouvi fado numa casa típica"
Umberto Eco
Foi um defensor da importância do pensamento crítico: "Os livros não são feitos para acreditarmos neles mas para os questionarmos. Quando pensamos num livro não devemos perguntar-nos o que é que diz mas sim o que é que significa".
Autor de inúmeros ensaios sobre semiótica, estética medieval, linguística e filosofia, considerava-se sobretudo um filósofo: "Só escrevo romances aos fins de semana".
Autor de inúmeros ensaios sobre semiótica, estética medieval, linguística e filosofia, considerava-se sobretudo um filósofo: "Só escrevo romances aos fins de semana".
Aos 84 anos de idade, o filósofo morreu em sua casa, em Milão, na noite de 19 de fevereiro de 2016.
A par de outras sugestões de leitura, durante este mês,
Toda a Bibliografia de Umberto Eco
que a Biblioteca Municipal
dispõe para empréstimo domiciliário,
estará patente no nosso habitual cantinho das sugestões.
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