julho 15, 2014

NADINE GORDIMER [1923 - 2014]


Nadine Gordimer, escritora sul-africana, premiada com o Nobel da Literatura em 1991, morreu no passado domingo, com 90 anos, com uma vida dedicada à literatura e às causas raciais da África do Sul. 
Nascida a 20 de novembro de 1923, em Springs, nos arredores de Joanesburgo, começou a escrever ainda muito jovem, publicando o seu primeiro trabalho com apenas 15 anos, um conto, num suplemento juvenil de um jornal. Aos 20 anos lança a sua primeira obra, uma coletânea de contos curtos e breves.
 
Mas foi no romance que Nadine Gordimer se revelou como uma escritora interventiva, utilizando a escrita para denunciar as questões raciais do seu país e de outros estados africanos. Muitos dos seus romances têm uma forte componente autobiográfica, dado que desde cedo testemunhou de perto a repressão imposta pelo regime de apartheid da África do Sul. Aderiu ao ANC - Congresso Nacional Africano, quando este era ainda uma organização ilegal, porque acreditava que estaria ali uma esperança de acabar com o apartheid. Foi amiga de Nelson Mandela, que a admirava como escritora e como ativista em defesa dos direitos humanos. Alguns dos seus livros foram mesmo proibidos na África do Sul.
 
 
Nadine viu a sua obra e a sua intervenção cívica serem reconhecidas internacionalmente. Em 1974 recebeu o Booker Prize com o seu livro O Conservador. Em 1991 foi distinguida com o Prémio Nobel da Literatura.
Da obra que deixou, destacamos quatro dos seus livros mais conhecidos - A filha de Burger (1979), Um abraço de Soldado (1980), A gente de July (1981), A história do meu filho (1990).
 
 
 
Se está de férias, convidamo-lo a passar pela Biblioteca Municipal e a requisitar um livro de Nadine Gordimer.
Sugerimos-lhe a leitura do livro
A HISTÓRIA DO MEU FILHO
 
Um romance de uma autora de renome, escrito na linguagem incisiva a que a autora nos habituou na sua luta constante contra o apartheid, pelo bem inestimável que é a liberdade do ser humano. Através da história de uma família que de vulgar só tem a aparência, já que o patriarca é um homem que não se submeteu às leis desumanas que vigoravam na África do Sul, a escrita clara e crua de Nadine Gordimer faz-nos sentir na pele a discriminação racial que não reconhecia aos negros os seus direitos de cidadãos. Uma família onde a formação humana e social era uma herança a cumprir e onde cada membro revelou o seu valor no desempenho do seu papel na sociedade.
 
 
SE NÃO ESTÁ DE FÉRIAS, VENHA NA MESMA
FIQUE A CONHECER MELHOR A ESCRITORA
ESPERAMOS POR SI
 
 
 

julho 09, 2014

OS NÚMEROS DO 1.º SEMESTRE

Terminado o primeiro semestre de 2014, vamos hoje apresentar alguns números, que refletem parte da atividade da Biblioteca Municipal e dos serviços por ela prestados.
Através do gráfico apresentado a seguir, podemos ver o número de livros emprestados para leitura domiciliária e a comparação com os meses análogos do ano anterior.
  
 
Comparativamente com o ano anterior, verificamos que houve um decréscimo na quantidade de livros emprestados. De 4.668 livros emprestados em 2013, passámos para 4.442 em 2014, implicando uma redução de 226 livros.
 
A causa para este decréscimo pode, eventualmente, encontrar-se na diminuição da população residente na Marinha Grande (?), no menor fluxo de entrada de livros novos na Biblioteca Municipal, na desmotivação e desencanto generalizado, na concorrência de novas tecnologias e fontes de informação, entre outras.
 
Contudo, não deixámos de registar novas adesões, com a inscrição de 164 novos leitores, distribuídas da seguinte forma: 94 inscrições de novos leitores com idade acima dos 18 anos, 13 com idade compreendida entre os 13 e os 17 anos e as restantes 57 inscrições de crianças até aos 12 anos. 
 
 
TOP 5
os mais requisitados
ao longo do primeiro semestre
 





 
MESMO EM FÉRIAS NÃO DEIXE DE LER
 
VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL 

 
 
 
 
 

julho 01, 2014

NEWSLETTER julho

 
                                                                       VER AQUI
 
 
 
 
 
 


junho 19, 2014

FELIZ ANIVERSÁRIO CHICO




A 19 de junho de 1944,  na maternidade São Sebastião, no Largo do Machado, Rio de Janeiro, nascia Francisco Buarque de Hollanda, o quarto dos sete filhos do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim.

Ainda jovem os seus trabalhos conquistaram o reconhecimento da crítica e do publico. Teve como parceiros nomes maiores da MPB (Música Popular Brasileira) como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho, Milton Nascimento e Caetano Veloso.




Caro Leitor, nada melhor que conhecer as suas letras que são marcantes, conhecer as histórias mais interessantes que estão por trás de algumas das suas maiores composições. Para isso, na sua próxima deslocação à Biblioteca Municipal requisite o livro que aqui lhe sugerimos:



De Wagner Homem
Chico Buarque
Publicado pela Dom Quixote



"Gostei da leitura, flui muito bem. Enquanto lia, eu pensava, tenho uma história boa para contar ao Wagner. Mas, à medida que o livro avançava, todas essas histórias apareciam. Vou pensar mais um pouco, procurar alguma anedota inédita, mas acho que você as conhece todas, melhor que eu.
Um grande abraço,
Chico."

O Chico gostou e certamente o Leitor também irá gostar desta
História de Canções de Chico Buarque,
são 70 anos de idade e 50 de carreia





Encontrando-se atualmente em Paris a ultimar o seu mais recente romance, tem o Leitor a oportunidade de ler ou reler os seus outros romances: Estorvo, Benjamim e Leite Derramado, que disponibilizamos para empréstimo domiciliário.
Na sala  de Áudio/Vídeo poderá ouvir alguma da sua discografia.






Para o escritor Millôr Fernandes, Chico Buarque é a "única unanimidade nacional".
 
Visite-nos e saiba porquê.





 

junho 13, 2014

LEITURA DE FIM DE SEMANA

"A beleza é uma enorme dádiva imerecida, concedida de uma forma aleatória, estupidamente."
 
Caro Leitor,
não se esqueça do protetor solar, pois com a nossa
sugestão de leitura de fim de semana,
só vai querer sair da praia quando chegar à pág. 387 e então
"Deixa-se levar pelo sono, serenamente. E, a um tempo, tudo é límpido, tudo resplandece".
 
Ilustração de Harold Harvey
 
Curioso?
 
O autor que hoje lhe sugerimos, já seu conhecido, tem o dom de emocionar o leitor do principio ao fim dos seus livros e de, através da palavra, expressar sentimentos e provocar visões ao desenrolar o dia a dia de um povo. De acordo com a Amazon.com, foi um dos dez melhores livros de 2013, tendo vendido perto de 1 milhão de exemplares em 42 países.

Lembra-se de Mariam e Laila?  E Khaled Hosseini diz-lhe alguma coisa?
 
Reveja Aqui.
 
 
Agora que já se lembrou do autor e do seu outro êxito, é altura de ler o seu mais recente romance:
 
Editado pela Editorial Presença
E as Montanhas Ecoaram
 
 
"A fábula com que inicio E as Montanhas Ecoaram, ainda que eu a tenha inventado,
 é uma homenagem às histórias que eu ouvia em criança."
 
 
 
"1952. Em Shadbagh, uma pequena aldeia no Afeganistão, Saboor é um pai que um dia se vê obrigado a tomar uma das decisões mais difíceis da sua vida: vender a filha mais nova, Pari, a um casal abastado em Cabul e assim poder continuar a sustentar a restante família. A separação é particularmente devastadora para Abdullah, o irmão mais velho que cuidou de Pari desde a morte da mãe de ambos. Nenhum dos dois imaginava que aquela viagem até à capital iria instalar um vazio nas suas vidas que seria capaz de atravessar décadas e quilómetros e condicionar os seus destinos..."



O médico e escritor Khaled Hosseini nasceu a 4 de março de 1965 em  Cabul, capital do Afeganistão e onde viveu até aos 11 anos de idade.
"Saímos de Cabul em 1976. O meu pai tinha um posto diplomático em Paris. Depois da invasão soviética, pedimos asilo político aos Estados Unidos. Foi em 1980, tinha eu 15 anos. Para os meus pais, que sempre foram doadores generosos, era uma afronta viver de benefícios do Estado, da caridade".
Tirou o curso de Medicina na Universidade da Califórnia e em 1993 começou a trabalhar como médico. Em 2003, aos 38 anos de idade, voltou ao seu país onde "me senti como um turista".
Em 2006, Hosseini foi nomeado Embaixador da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Todos os seus três romances foram best-sellers: O menino de Cabul , tendo sido já adaptado ao cinema por Marc Forster, Mil Sois Resplandecentes e agora E as Montanhas Ecoaram.


Bom Fim de Semana
Com Boas Leituras


 

junho 04, 2014

FELIZ ANIVERSÁRIO PAULINA CHIZIANE


A escritora moçambicana Paulina Chiziane nasceu a 4 de junho de 1955 em Manjacaze, no seio de uma família protestante onde se falavam as línguas chope e ronga.
O português aprendeu-o na escola de uma missão católica.
Viveu no campo até aos 7 anos de idade, mudando-se  depois para os subúrbios da cidade de Maputo, tendo frequentado, na Universidade Eduardo Mondlane, estudos superiores de Linguística, sem no entanto ter concluído o curso.
 
 
"Sou chope, o meu pai era alfaiate de esquina, só depois arranjou uma barraca.
A minha mãe sempre foi camponesa, às vezes ficava uma semana sem vir a casa,
a tratar da machamba (plantação de mandioca)"
 
Participou ativamente na cena política moçambicana como membro da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) e aos 20 anos cantou o hino da independência moçambicana, gritou contra o imperialismo e o colonialismo e depois, com a guerra civil (1975-1922) que arrasou o seu país, desencantou-se com a política.
Trocou a vida partidária para se dedicar à escrita, ao trabalho na Cruz Vermelha e à publicação das suas obras. O seu livro "Ventos do Apocalipse", que foi uma edição de autor, pode ser requisitado na  Biblioteca Municipal. 
 
Iniciou a sua atividade literária em 1984, com uma série de contos publicados na imprensa moçambicana.
Apesar de negar ser romancista, "Nem sei o que isso é. Eu sou só contadora de estórias. Escrevo livros com muitas estórias, estórias grandes e pequenas. Inspiro-me nos contos à volta da fogueira, a minha primeira escola de arte.", tornou-se a primeira mulher moçambicana a publicar um romance, Balada de Amor ao Vento, em 1990.
 
Fotografia António Silva da LUSA
O embaixador de Portugal em Maputo, José Augusto Duarte, acompanhado pelos escritores moçambicanos, Paulina Chiziane e Ungulani Ba Ka Khossa, discursa numa conferência de imprensa sobre a condecoração, com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique,  atribuída aos dois escritores pelo Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, num reconhecimento do mérito da obra de ambos e que pretende reforçar as relações bilaterais entre os dois países.
 
 "Na história, há um gajo que eu admiro. Eu gosto de Luís de Camões. Mas não pela mesma razão dos outros. Eu gosto dele porque ele não seguiu um caminho, ele abriu um caminho."
                                                                                                                      Paulina Chiziane
 
 
 
Faça também o caminho até à sua Biblioteca
 
Esperamos por Si


 
 

maio 30, 2014

MAS ÉS O CÃO DA VIZINHA! QUE FAZES AQUI, SOZINHO?

Foi assim que tudo começou...


Uma lição de vida de um pequeno grupo de idosos que descobrem
que são uteis e capazes de viverem as suas vidas, é a nossa
sugestão de leitura de fim de semana.
 
É uma história que segundo Le Monde des Livres gostaríamos que fosse verdadeira,
 pois está repleta de entreajuda e de generosidade.

 
E depois, a Paulette...
Escrito por
Barbara Constantine
Publicado pela
Bertrand Editora
 



"Um dia, depois de uma violenta tempestade, Ferdinand passa com os netos pela vizinha e descobre que o teto dela está prestes a desabar. Claramente, ela não tem para onde ir. E, com grande naturalidade, os meninos, de seis e oito anos, sugerem ao avô que a convide para ficar na quinta. Mas a realidade não é assim tão simples, há certas coisas que se fazem, e outras não...
Depois de uma longa noite de reflexão, ele acaba por ir procura-la na mesma. Uma coisa leva à outra e a quinta começa a encher-se, a agitar-se, recomeça a funcionar. Um amigo de infância agora idoso, duas senhoras muito velhas em estado de pânico, estudantes um pouco perdidos, um amor que nasce, animais. E depois a Paulette..."



Basta dar o primeiro passo e ter vontade de realmente ajudar alguém, para que tudo melhore. Não só para nós, mas também para quem nos rodeia. O livro fala-nos da entreajuda, de segundas oportunidades, de estarmos abertos a novas experiências e de partilharmos o que temos, sem que precisemos propriamente de um motivo para o fazer.
Quem não gostaria de ter assim uns vizinhos!!
 
 
 
 
Barbara Constantine nasceu em Nice em 1955. É guionista, ceramista e escritora.
Venceu, em 2010, o Prémio Charles Exbrayante com o livro Tom, Petit Tom, Tout Petit Homme, Tom. A nossa sugestão de leitura de fim de semana, E depois, a Paulette ... é o seu quarto romance.


Tenha um Bom FIM de Semana
com esta história inspiradora,
cheia de alegria, ternura e esperança.


Esperamos por si



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