Há peixes tropicais a surgir na costa portuguesa. Há aves que deixaram de emigrar para África e passam cá o inverno. As amendoeiras estão a florir quase um mês mais cedo do que há 30 anos. Nas montanhas, as árvores estão a trepar para fugir ao calor. Na ilha da Madeira, os mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela chegaram, em 2004, e instalaram-se. Só não transmitem as doenças, porque não estão infectados com os vírus.
Há muitas incógnitas sobre o rumo que o clima do planeta tomará.
Itália é o primeiro país em todo o mundo a estabelecer como obrigatório o debate escolar sobre as alterações climáticas.
"Quero fazer do sistema educativo italiano o primeiro que coloca o ambiente e a sociedade no centro de tudo o que aprendemos na escola." afirma o ministro da Educação Italiano Lorenzo Fioramonti.
A medida será posta em prática em setembro de 2020, no início do próximo ano lectivo, e as aulas deverão corresponder a um total de 33 horas por ano lectivo. Os professores já começaram a receber formação.
A Europa será dos continentes mais afectados e Portugal terá de enfrentar uma das maiores subidas regionais da temperatura. Há quem diga que Lisboa pode vir a ter a temperatura média atual de Rabat. (...)
Perante este futuro, o que é que a Lisboa do final do século XXI pode fazer para aguentar calores como os de Rabat?
"O Livro faz uma breve história do estudo das alterações climáticas em Portugal, incluindo os modelos e cenários climáticos futuros e os impactos nos mais importantes sectores sociais e económicos e, ainda, nos sistemas bio-físicos. (...)
O leitor fica com uma visão integrada dos problemas associados às alterações climáticas no nosso país e das incertezas que ainda existem."
Perante este futuro, o que é que a Lisboa do final do século XXI pode fazer para aguentar calores como os de Rabat?
Já em 2009 Filomena Naves e Teresa Firmino no seu livro
Portugal a Quente e Frio,
Portugal a Quente e Frio,
alertavam para as alterações climáticas no século XXI
"O Livro faz uma breve história do estudo das alterações climáticas em Portugal, incluindo os modelos e cenários climáticos futuros e os impactos nos mais importantes sectores sociais e económicos e, ainda, nos sistemas bio-físicos. (...)
O leitor fica com uma visão integrada dos problemas associados às alterações climáticas no nosso país e das incertezas que ainda existem."
Filipe Duarte Santos
"Há sinais de alerta que chegam de todo o lado, como se houvesse luzes vermelhas a piscar em vários pontos da terra. Os glaciares recuam nas montanhas (...) secas intensas matam à sede vastas regiões africanas e asiáticas (...) ondas de calor abrasam a Europa e incendeiam florestas, cheias inesperadas e dias quentes surpreendem o inverno europeu. (...)
Os exemplos sucedem-se, basta estar atento às notícias para se perceber que algo de errado está a acontecer. No entanto, dizem os cientistas do IPPC, isto é só o princípio de algo mais perturbador e profundo que chegará nas próximas décadas. (...)
Será que o tempo endoideceu assim tanto que ora nos põe a tremelicar de frio, ora a sufocar de calor? Parece contraditório. Afinal, com o avanço do aquecimento global, os dias de frio não deveriam desaparecer? Certamente que não."
Será que o tempo endoideceu assim tanto que ora nos põe a tremelicar de frio, ora a sufocar de calor? Parece contraditório. Afinal, com o avanço do aquecimento global, os dias de frio não deveriam desaparecer? Certamente que não."
"O nosso desejo é que este livro
também contribua para que cuidemos
melhor do planeta e do clima."
Filomena Naves
Teresa Firmino
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