O novo romance de Miguel Sousa Tavares, escrito em tempo de confinamento.
“O detonador do romance é um acontecimento passado em
Espanha:
O apedrejamento de um autocarro que levava idosos infetados pela
covid.
A partir daí senti necessidade de o situar de forma correta.”
Pablo tem 93 anos, viveu a Guerra Civil Espanhola, viveu os campos de refugiados da guerra em França, viveu quatro anos no campo de extermínio nazi de Mauthausen e depois viveu 75 anos tão feliz quanto possível, entre os campos de Landes, em França, e os da Andaluzia espanhola.
Inez tem 37 anos, é médica e vive um casamento e uma carreira de sucesso com Martín, em Madrid, até ao dia em que conhece Paolo, um médico italiano que está mergulhado no olho do furacão do combate a uma doença provocada por um vírus novo e devastador, chegado da China: o SARS-CoV-2.
Essa nova doença, transformada numa pandemia sem fim, vai mudar a vida de todos eles, aproximando-os ou afastando-os, e a cada um convocando para enfrentar dilemas éticos a que se julgavam imunes.
Fotografia de Tiago Miranda/Expresso |
Miguel Sousa Tavares, nasceu no Porto, a 25 de junho de 1952.
Licenciado em Direito, viria a abandonar a advocacia pelo jornalismo e, mais tarde, o jornalismo pela escrita literária e pelo romance. Trabalhou em jornais, revistas e televisão, tendo conquistado diversos prémios como repórter, entre os quais o Grande Prémio de Jornalismo do Clube Português de Imprensa e o Tucano de Ouro, 1º Prémio de reportagem televisiva no FestRio - Festival de Televisão e Cinema do Rio de Janeiro.
Foi um dos fundadores da revista Grande Reportagem, que dirigiu durante dez anos, e que foi uma referência no panorama jornalístico português.
Publicou o seu primeiro romance, Equador, em 2010, que vendeu mais de 400 mil exemplares em Portugal, foi traduzido em 12 línguas, editado em cerca de 30 países e foi adaptado à televisão em Portugal e no Brasil.
Destacam-se ainda Rio das Flores, No Teu Deserto, Madrugada Suja e Cebola Crua Com Sal e Broa, todos disponíveis para empréstimo domiciliário, aqui na Biblioteca Municipal.
"Eu sou como o Arturo Pérez-Reverte.
Escrevo porque gosto de contar histórias aos outros.
Se não tenho uma história para contar, e se o que me ocupa são apenas dramas psicológicos meus,
acho preferível ir ao psicanalista a chatear os leitores".