junho 11, 2025

SÃO AS PALAVRAS ...


"(...) que nos aproximam ou afastam dos outros, por isso, 
é decisivo saber utilizá-las da forma mais apropriada possível."



"Todos precisamos de escrever no nosso dia a dia. Este é um facto indiscutível e inquestionável (será esta expressão um clichê?). Quer seja para enviar um e-mail, fazer uma publicação nas redes sociais, enviar uma mensagem no telemóvel, criar um conteúdo para um blogue, passar nos testes e exames, redigir uma dissertação de mestrado, criar um website, gerar conteúdos como influencer, ou até para elaborar uma crónica, um artigo de opinião ou um livro de ficção ou não-ficção, as palavras preenchem definitivamente a nossa vida. Ainda bem que assim é."



Para que o leitor não corra o risco de "manchar" um texto ou comprometer a clareza de uma comunicação com um "tiro ao lado" na escolha das palavras, a autora preparou este guia  que vai ajudá-lo:

  • a aumentar o seu vocabulário e a reconquistar a confiança na escrita;
  • a garantir que a sua mensagem cumpre o seu papel, quer seja a informar, vender emocionar ou entreter.



Analita Santos nasceu na Alemanha a 20 de outubro de 1974. 
É autora, formadora de escrita e mentora literária, com certificação internacional em Storytelling, pós-graduação em Escrita de Ficção e várias formações em Escrita Criativa. É ativista literária e incentiva o "cuidado com a língua".
É curadora do clube de leitura "Encontros Literários O Prazer da Escrita", um dos clubes de leitura online mais dinâmicos em Portugal, que conta com o apoio institucional do Plano Nacional de Leitura, e criadora da "Agenda do Escritor", a única direcionada para o ofício da escrita e incentivo à leitura.

"Este livro pretende ser uma nova e decisiva ferramenta ao seu dispor para (re)conquistar a confiança na escrita, alertando-o para os erros mais frequentes, ajudando-o a aumentar o vocabulário, recordando os aspetos mais importantes da pontuação, com dicas práticas que poderá facilmente aplicar, tendo sempre os livros como ponto de partida."


Porque ler e escrever é essencial




junho 03, 2025

O AMIGO

Em 2018 foi o vencedor do National Book Award e do New York Public Library Best Book Award.
Em 2020 foi finalista do International Dublin Literary Awaard, conquistando a crítica e os leitores em todo o mundo.
O Amigo foi selecionado pelo jornal The New York Times como um dos 100 melhores livros do século XXI.

"Uma exploração mordaz, e em muitos momentos comovente, do amor,
 da amizade, da morte, da arte e da literatura."
                                                                                                            The New York Times


"A maior parte das vezes, ignora-me. Dir-se-ia que vive aqui sozinho. Nas raras ocasiões em que estabelece contacto visual comigo, desvia logo o olhar. Os seus olhos grandes, cor de avelã, são impressionantemente humanos; fazem-me lembrar os teus. Uma ocasião, em que tive de ausentar-me da cidade, deixei o meu gato com o namorado que tinha na altura. Ele não era fã de gatos, mas mais tarde disse-me que adorara ficar com o gato porque, disse ele, "senti a tua falta e tê-lo comigo foi como ter uma parte de ti aqui". 
Ter o teu cão é como ter uma parte de ti aqui."

A protagonista deste romance é uma escritora que perde o grande amigo e mentor e se vê forçada a cuidar do seu cão: um enorme grand danois.
O livro narra a comovente história de amizade, que se cria entre uma mulher solitária e um cão traumatizado pela inesperada perda do dono.
Para enfrentar a dor, começa a escrever. Ao fazê-lo, reflete sobre literatura e a arte de escrever, além de relembrar o passado. Enquanto os mais próximos temem que esteja mergulhada numa depressão profunda, a mulher, cada vez mais isolada e obcecada com o bem-estar do cão, recusa-se a separar-se do novo amigo, pois encara esse vínculo como a única hipótese de redenção para ambos.


A prova de que a perda pode conduzir a relações importantes nos lugares mais inusitados. 
Às vezes, é preciso um animal para uma pessoa compreender a sua humanidade.




Sigrid Nunez, nasceu a 22 de março de 1951, em Nova Iorque, onde ainda vive.
É membro da Academia Americana de Artes e Letras, foi professora em várias universidade norte-americanas, nomeadamente a Universidade de Princeton, Columbia e Boston. Trabalhou na revista The New York Review of Books, colaborou com várias publicações conceituadas.
A sua obra está traduzida em mais de vinte línguas e publicada em mais de trinta países.



Naomi Watts e Bill Murray são os protagonistas do filme O Amigo, que estreou nos cinemas no passado dia 28 de março. Fazem ainda parte do elenco as atrizes Sarah Pidgeon e Constance Wu. E claro, o cão Bing, no papel de Apollo, que também compareceu no tapete vermelho da estreia do filme.
O filme, baseado no romance que hoje divulgamos, realizado por Scott McGehe e David Siegel, ainda não tem estreia marcada para Portugal.
Tudo boas razões para requisitar o livro, aqui, na sua Biblioteca.





maio 28, 2025

LER É LIBERDADE




 As Bibliotecas são espaços fundamentais de cultura, conhecimento e liberdade de expressão. 
Elas garantem o acesso democrático à informação, promovendo o pensamento crítico e o respeito à pluralidade de ideias.
As Bibliotecas assumem uma função crucial na defesa dos direitos humanos ao proporcionarem o acesso universal à informação.
A proibição de livros representa uma ameaça direta a esses valores, pois restringe o direito das pessoas de ler, de refletir e de formar as suas próprias opiniões.
Nesse cenário, as Bibliotecas tornam-se não apenas locais de leitura, mas também locais na defesa da liberdade intelectual, resistindo à censura e afirmando que o livre acesso ao saber é essencial para uma sociedade livre e plural.

O que têm em comum estes três livros que fazem parte do fundo bibliográfico da Biblioteca Municipal da Marinha Grande?



  • Dezanove Minutos, de Jodi Picoult
  • Por treze razões, de Jay Asher
  • O menino de Cabul, de Khaled Hosseini 

Estão proibidos nos Estados Unidos da América. 
Todos os anos, nos EUA, o número de livros proibidos tem vindo a crescer e aumenta o alerta para que a censura seja travada. Em causa estão temas como o racismo, a sexualidade e até a História. Só no ano letivo 2023-2024, mais de 10.000 livros foram proibidos nas escolas e nas bibliotecas públicas e nem a Bíblia escapou à censura em algumas escolas e bibliotecas no estado do Utah.

Em 2025, existe uma lista de palavras que estão a ser retiradas de sites e documentos governamentais, numa tentativa de eliminar as referências à diversidade, equidade, inclusão e até às alterações climáticas e às vacinas. Até ao momento essa lista contém mais de 250 palavras e expressões que vão desde aborto, mulheres, deficiência, idosos, nativos americanos e Golfo do México.

A censura de livros, seja velada ou explícita, representa um retrocesso. Ao proibir os livros, as ideias ou autores, não se protege uma sociedade, mas limita-se o seu crescimento. A censura não apaga apenas as vozes existentes, mas tenta impedir que novas vozes se formem. E, quando isso acontece, todos perdem: perde o leitor, perde a educação e perde a democracia.
Com o avanço da desinformação, mais do que nunca é preciso defender o direito de ler. 
As Bibliotecas são espaços de livre acesso e de pluralidade de ideias e conhecimento.
Proteger os livros é proteger o pensamento.


"Ler mudou, muda e continuará mudando o mundo"
                                                                                                                    Virginia Woolf




Ler forma cidadãos conscientes, 
capazes de refletir sobre o mundo em que vivem.

A Biblioteca Municipal da Marinha Grande 
aguarda a sua visita






maio 22, 2025

HERGÉ, 1907-1983


Hergé, pseudónimo de Georges Prosper Remi, autor de Banda Desenhada belga, nasceu a 22 de maio de 1907, em Etterbeek, Bruxelas.
É conhecido como o criador de As Aventuras de Tintim (Les Aventures de Tintin), uma das séries de BD mais populares do século XX.
Hergé começou a sua carreira ilustrando jornais e revistas, mas foi em 1929 que Tintim, o jovem repórter destemido acompanhado pelo seu fiel cão Milu apareceu pela primeira vez no Le Petit Vingtième, um suplemento infantil do jornal Le Vingtième Siècle. 


Tintim no país dos Sovietes (Tintin au pays des soviets) foi o primeiro livro e foi o único totalmente a preto e branco. Relata as aventuras de Tintim e Milu na Rússia, denunciando e ridicularizando o regime  comunista dos sovietes.

O estilo claro e detalhado de Hergé, conhecido como "linha clara" (ligne claire), teve uma grande influência na BD europeia.
Nunca o vemos numa redação a escrever um artigo, mas Tintim é o jornalista mais famoso do mundo da Banda Desenhada. Repórter destemido, correu o mundo em aventuras acompanhado pelo seu cão Milu e foi o primeiro a chegar à Lua.
As suas aventuras refletem os eventos históricos e as mudanças no mundo, tornando-se por isso um registo cultural.
Mais tarde, juntaram-se à dupla Tintim e Milu o Capitão Haddock, o Professor Girassol, os detetives  Dupond e Dupont e a cantora de ópera Bianca Castasfiore.



Ao longo da sua vida, Hergé escreveu e ilustrou 24 álbuns do Tintim, que foram traduzidos para mais de 70 idiomas e que venderam mais de 230 milhões de exemplares por todo o mundo. 

De acordo com o UNESCO Index Translationum, Hergé é o nono autor mais traduzido em língua francesa.
Algumas aventuras foram mais tarde adaptadas para animação, cinemas e até peças de teatro.


Em Bruxelas, a 29 de setembro de 1976, foi inaugurada uma estátua em bronze de Tintim e Milu.
Em 1979, para comemorar os 50 anos de Tintim, os correios belgas lançaram um selo comemorativo.
Em 1982, para celebrar o 75º aniversário de Hergé, a Sociedade Belga de Astronomia dá o seu nome a um asteroide descoberto recentemente: 1652 Hergé.
Hergé faleceu a 3 de março de 1983.

Desde 2009, existe, em Louvain-la-Neuve, na Bélgica, o Museu Hergé, que reúne mais de 80 chapas, 800 fotografias, documentos e objetos que pertenceram ao artista.



As Aventuras de Tintim encantam gerações.
Dos mais novos aos mais velhos a diversão é garantida para todas as idades




Visite-nos


maio 05, 2025

OS AUTORES LOCAIS

desempenham um papel fundamental na preservação e no fortalecimento da cultura na nossa cidade.
Eles capturam a essência da cidade, as suas histórias, personagens, tradições e desafios.
São eles que retratam os costumes, a linguagem, as crenças e modos de vida, fortalecendo a identidade cultural, ao mesmo tempo que mantêm viva as tradições locais.
Os seus livros podem servir como uma fonte valiosa para entender o passado e refletir sobre o presente.
São os autores locais que documentam os eventos históricos, as mudanças sociais e o desenvolvimento da cidade ao longo do tempo, criando laços entre os cidadãos e a cidade.
O valorizar os autores locais é essencial para manter viva a cultura da nossa cidade.



"CALHANDREIRA/S
Desta alcunha, lembrar-se-ão bem os mais velhos. Faz parte da nossa toponímia marinhense.  Quem não conhece ou não ouviu falar já do "Largo das Calhandreiras"? (...)
Dantes, a Marinha era um meio pequeno onde todos se conheciam. Naquele Largo havia de tudo, pessoas humildes e outras de posses. E, tratando-se de um sítio de passagem, tudo se sabia. (...)
Havia ali a Fonte do Magalhães, onde a toda a hora acorriam mulheres de cântaro à cabeça. Muitas, ficavam ali horas esquecidas na "calhandra", e outras, passavam tardes inteiras à janela, a dar fé de tudo.(...)"
Deolinda Bonita, 
In, Alcunhas Marinhenses


A Biblioteca Municipal convida todos os marinhenses a explorarem a riqueza da literatura local.



Venha conhecer
 os escritores que dão voz ao nosso concelho, partilhar experiências e mergulhar  nas histórias que refletem a nossa identidade cultural.







abril 29, 2025

DIA MUNDIAL DA DANÇA

 


Hoje celebra-se o Dia Mundial da Dança
uma arte que transcende culturas, idades e fronteiras, 
promovendo a expressão, a liberdade 
e o bem-estar do ser humano.







Mais do que uma manifestação artística, a dança é uma poderosa aliada da saúde física e mental.
Movimentar o corpo ao ritmo da musica melhora a coordenação, a resistência e a flexibilidade, além de fortalecer o sistema cardiovascular.
No campo emocional, a dança liberta endorfinas, reduzindo o stress e a ansiedade, proporcionando uma sensação de alegria e de leveza.






Dançar é também uma forma de conexão - consigo mesmo, com os outros e com a cultura.
Seja numa apresentação profissional ou em momentos espontâneos de celebração, a dança lembra-nos a importância de sentir, de expressar e viver o momento presente.



Neste Dia Mundial da Dança,
 permita-se mexer o corpo, sentir e celebrar o poder transformador deste ato tão humano e universal.







E hoje, pelas 20h00 venha à Biblioteca Municipal assistir ao 
Live Streamind de Copélia ou a rapariga dos olhos de esmalte
pela Companhia Nacional de Bailado.






abril 24, 2025

DO 25 DE ABRIL DE 1974 AO 25 DE NOVEMBRO DE 1975

 

"O 25 de Abril de 1974 surpreendeu os serviços de informação ocidentais, até então relacionados com a DGS, da qual recebiam as informações sobre a situação portuguesa. Ao não terem sido avisados por esta polícia política de que algo iria acontecer, esses serviços compartilham com a DGS o mesmo tipo de ignorância. (...)
Na manhã de 25 de Abril, tanto o embaixador Nash Scott, como o consulado norte-americano em Ponta Delgada, nos Açores, começaram por informar o SD de que tudo estava "tranquilo" e apenas às 9:50h o embaixador enviou um primeiro telegrama. Intitulado "Distúrbios em Portugal", o telegrama descrevia a presença de carros de combate nas ruas de Lisboa, sedes de ministérios cercadas pelos militares, bem como os apelos à calma feitos pelos oficiais sublevados, através da rádio. (...)



E iniciaram-se os acontecimentos militares do dia 25 de novembro de 1975. A partir da madrugada, paraquedistas ocuparam a Base Escola de Tancos, bem como as bases aéreas de Monte Real e do Montijo. Avançando sobre Lisboa, ocupam o Depósito Geral de Material de Guerra e o Comando da 1º Região Aérea, em Monsanto, por volta das 7h da manhã. Aqui detiveram o general Pinho Freire e exigiram a demissão do CEMFA, general Morais e Silva"




"(...) o texto que aqui apresento é uma análise pessoal de episódios entre os finais da ditadura e o 25 de Novembro de 1975, com destaque para o que aconteceu à ex-polícia política e para a ação dos EUA, França e Alemanha nesse período relativamente a Portugal".


É da análise dos acontecimentos ocorridos ao longo de cerca de ano e meio
que surge este livro, essencial para o conhecimento da nossa História recente, 
que hoje divulgamos e sugerimos para 
Leitura do seu Fim de Semana




Irene Flunser Pimentel é uma historiadora portuguesa nascida a 2 de maio de 1950 em Lisboa.
Investigadora do Instituto de História Contemporânea, é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre e doutora em História Institucional e Política do Século XX pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O seu trabalho centra-se na análise crítica da repressão política durante o Estado Novo, com destaque para a atuação da PIDE, o papel das mulheres no regime, o exílio e a oposição à ditadura.
Também investigou o papel de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente o acolhimento de refugiados judeus e na atividade de espionagem em território português.
A sua investigação tem contribuído significativamente para o entendimento crítico da ditadura portuguesa e da memória histórica do seculo XX em Portugal.
  • Em 2007 foi galardoada com o Prémio Pessoa
  • Em 2009 foi galardoada com o Prémio Seeds of Science
  • Em 2015 foi condecorada pelo governo francês  com as insígnias Chevalier da Ordem Nacional da Legião de Honra.

"Pessoalmente, como muitos e muitas, agradeço aos militares de Abril, que, em 1973 e 1974 se reuniram, primeiro para lutarem por interesses corporativos, e, depois, com uma crescente consciência de que a Guerra Colonial tinha de ser resolvida politicamente, tiveram a audácia e a coragem de arriscar a vida e a liberdade, ao saírem à rua, com tanques e armas , em 25 de abril de 1974. Muito obrigada, oficiais do MFA, capitães de Abril, e às portuguesas e aos portugueses que contribuíram para a conquista da nossa democracia."










abril 15, 2025

LEONARDO DA VINCI 1452-1519

 


Leonardo Da Vinci é considerado o arquétipo do Homem do Renascimento, devido à sua genialidade multifacetada.
Pintor, inventor, cientista, engenheiro, arquiteto, naturalista e anatomista, personificou o ideal renascentista na procura pelo conhecimento nas mais diversas áreas do saber.
Nasceu em Vinci, na Toscana, a 15 de abril de 1452 (faz hoje 573 anos), e morreu em Cloux, perto de Amboise, França, a 2 de maio de 1519 e é um dos artistas mais representativos do Renascimento.

Os seus cadernos repletos de invenções e observações científicas influenciaram gerações. A sua importância na cultura reside na fusão entre arte e ciência, e o seu legado continua a inspirar a humanidade. 
Esteve em Florença, Milão, Roma, as cidades do Renascimento, onde trabalhou para mecenas como os Médici, Ludovico Sforza e os Papas da época.
Em França trabalhou para Francisco I, que o nomeou primeiro-pintor da corte, recompensando-o copiosamente e concedendo-lhe como residência privada o Castelo de Cloux, onde teve liberdade absoluta para se dedicar às suas investigações de anatomia e aos seus desenhos sobre o Dilúvio.


As suas obras-primas, Mona Lisa e A Última Ceia revolucionaram a pintura com técnicas inovadoras de luz e sombra (sfumato e chiaroscuro).
O seu icónico O Homem Vitruviano reflete a sua obsessão pela perfeição estética e pelo estudo das proporções humanas.


O seu legado transcende a sua época, influenciando a ciência, 
a arte e o pensamento moderno, consolidando-o como exemplo máximo do ideal renascentista.




Venha descobrir o génio de Leonardo da Vinci

Venha à Biblioteca Municipal e mergulhe no fascinante mundo deste mestre 
do Renascimento - artista, inventor, cientista, visionário.
Há livros à sua espera que revelam os segredos por trás das suas obras.

Inspire-se!







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