outubro 16, 2025

A ÚNICA MULHER NA SALA



"A minha voz soou calma, uma emoção completamente contrária ao que eu estava a sentir:
- Deixem-me ver se compreendi. Estão a recusar a nossa invenção, que nos tornaria praticamente invencíveis nos mares, só porque eu sou mulher? E uma mulher famosa que preferiam pôr a vender títulos de guerra em vez de vos ajudar a criar armas eficazes? Sabem que posso fazer as duas coisas, se é isso que querem: vender os títulos de guerra e ajudar-vos a melhorar os torpedos."


"- (...) Mas, já que levantou a questão, tenho de admitir que nos custaria um bocado fazer depender a vida dos nossos soldados e marinheiros de um sistema de armamento inventado por uma mulher. E não estamos dispostos a correr esse risco."


Na altura, os militares norte-americanos não souberam apreciar a utilidade do invento que Hedy Lamarr lhes oferecera. Só muitos anos mais tarde, em 1962, aquando da crise dos mísseis cubanos, é que a tecnologia de Lamarr foi utilizada para interceptar as comunicações e o controlo dos torpedos. Atualmente, este método é utilizado pelos sistemas de posicionamento via satélite, como o GPS, e foi o precursor do WiFi.
Quando as suas capacidades e feitos foram finalmente reconhecidos, já era demasiado tarde. A sua amargura aumentara ao ponto de, quando lhe comunicaram que fora premiada com o Pioneer Award em 1997, ter ficado imperturbável e dito: It's about time (Até que enfim).
No verão de 1999,  Kunsthalle de Viena organizou um projeto multimédia em homenagem à atriz e inventora mais singular do século XX.
Na Áustria, seu país natal e em sua homenagem,  o Dia do Inventor celebra-se a 9 de novembro, data do seu nascimento.

O romance que hoje divulgamos fala-nos da austríaca Hedy Lamarr, que encheu as salas de cinema nas décadas de 1930 e 1940. Protagonizou o primeiro nu integral da história do cinema e foi considerada uma das atrizes mais belas de Hollywood.
A sua faceta de atriz eclipsou por completo a sua dimensão de inventora.

"Qualquer rapariga pode ser glamorosa. 
Tudo o que precisa de fazer é ficar quieta e parecer estúpida", disse ironicamente.




Ela é linda. E é um génio.
Será um mundo dominado por homens capaz de a aceitar?

Marie Benedict

"Todos os dias, quase todos nós pegamos num objeto idealizado - ainda que indiretamente - por Hedy Lamarr. 
Que pedaço literal da História é este? Trata-se de um objeto que não pude abordar neste livro, dado o seu alcance e âmbito temporal. É o telemóvel. Mas como raio é que uma invenção patenteada por uma estrela de cinema espampanante em 1942 se pode ter tornado a base para o moderno telemóvel, um aparelho que transformou por completo o nosso mundo?
Como provavelmente já sabem, A Única Mulher na Sala explora a vida singular e frequentemente inacreditável da mulher que ficou célebre como a estrela de cinema Hedy Lamarr. Se eu tiver feito bem o meu trabalho, o livro também revela alguns aspetos bastante menos conhecidos da sua vida: a sua infância como jovem judia numa Áustria extremamente católica; o seu casamento tão surpreendente quanto perturbador com o fabricante e vendedor de armas Friedrich "Fritz" Mandl, de quem acabou por fugir; e, talvez a parte mais importante, o tempo que passou a desenvolver invenções que esperava poderem ajudar os Aliados a derrotar os nazis na Segunda Guerra Mundial."


"Um retrato brilhante de uma mulher que tem consciência do poder
 da sua beleza,  mas que deseja ser reconhecida pelo seu intelecto aguçado.
Os leitores vão ficar fascinados"
                                                                  Publishers Weekley




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