maio 28, 2025

LER É LIBERDADE




 As Bibliotecas são espaços fundamentais de cultura, conhecimento e liberdade de expressão. 
Elas garantem o acesso democrático à informação, promovendo o pensamento crítico e o respeito à pluralidade de ideias.
As Bibliotecas assumem uma função crucial na defesa dos direitos humanos ao proporcionarem o acesso universal à informação.
A proibição de livros representa uma ameaça direta a esses valores, pois restringe o direito das pessoas de ler, de refletir e de formar as suas próprias opiniões.
Nesse cenário, as Bibliotecas tornam-se não apenas locais de leitura, mas também locais na defesa da liberdade intelectual, resistindo à censura e afirmando que o livre acesso ao saber é essencial para uma sociedade livre e plural.

O que têm em comum estes três livros que fazem parte do fundo bibliográfico da Biblioteca Municipal da Marinha Grande?



  • Dezanove Minutos, de Jodi Picoult
  • Por treze razões, de Jay Asher
  • O menino de Cabul, de Khaled Hosseini 

Estão proibidos nos Estados Unidos da América. 
Todos os anos, nos EUA, o número de livros proibidos tem vindo a crescer e aumenta o alerta para que a censura seja travada. Em causa estão temas como o racismo, a sexualidade e até a História. Só no ano letivo 2023-2024, mais de 10.000 livros foram proibidos nas escolas e nas bibliotecas públicas e nem a Bíblia escapou à censura em algumas escolas e bibliotecas no estado do Utah.

Em 2025, existe uma lista de palavras que estão a ser retiradas de sites e documentos governamentais, numa tentativa de eliminar as referências à diversidade, equidade, inclusão e até às alterações climáticas e às vacinas. Até ao momento essa lista contém mais de 250 palavras e expressões que vão desde aborto, mulheres, deficiência, idosos, nativos americanos e Golfo do México.

A censura de livros, seja velada ou explícita, representa um retrocesso. Ao proibir os livros, as ideias ou autores, não se protege uma sociedade, mas limita-se o seu crescimento. A censura não apaga apenas as vozes existentes, mas tenta impedir que novas vozes se formem. E, quando isso acontece, todos perdem: perde o leitor, perde a educação e perde a democracia.
Com o avanço da desinformação, mais do que nunca é preciso defender o direito de ler. 
As Bibliotecas são espaços de livre acesso e de pluralidade de ideias e conhecimento.
Proteger os livros é proteger o pensamento.


"Ler mudou, muda e continuará mudando o mundo"
                                                                                                                    Virginia Woolf




Ler forma cidadãos conscientes, 
capazes de refletir sobre o mundo em que vivem.

A Biblioteca Municipal da Marinha Grande 
aguarda a sua visita






maio 22, 2025

HERGÉ, 1907-1983


Hergé, pseudónimo de Georges Prosper Remi, autor de Banda Desenhada belga, nasceu a 22 de maio de 1907, em Etterbeek, Bruxelas.
É conhecido como o criador de As Aventuras de Tintim (Les Aventures de Tintin), uma das séries de BD mais populares do século XX.
Hergé começou a sua carreira ilustrando jornais e revistas, mas foi em 1929 que Tintim, o jovem repórter destemido acompanhado pelo seu fiel cão Milu apareceu pela primeira vez no Le Petit Vingtième, um suplemento infantil do jornal Le Vingtième Siècle. 


Tintim no país dos Sovietes (Tintin au pays des soviets) foi o primeiro livro e foi o único totalmente a preto e branco. Relata as aventuras de Tintim e Milu na Rússia, denunciando e ridicularizando o regime  comunista dos sovietes.

O estilo claro e detalhado de Hergé, conhecido como "linha clara" (ligne claire), teve uma grande influência na BD europeia.
Nunca o vemos numa redação a escrever um artigo, mas Tintim é o jornalista mais famoso do mundo da Banda Desenhada. Repórter destemido, correu o mundo em aventuras acompanhado pelo seu cão Milu e foi o primeiro a chegar à Lua.
As suas aventuras refletem os eventos históricos e as mudanças no mundo, tornando-se por isso um registo cultural.
Mais tarde, juntaram-se à dupla Tintim e Milu o Capitão Haddock, o Professor Girassol, os detetives  Dupond e Dupont e a cantora de ópera Bianca Castasfiore.



Ao longo da sua vida, Hergé escreveu e ilustrou 24 álbuns do Tintim, que foram traduzidos para mais de 70 idiomas e que venderam mais de 230 milhões de exemplares por todo o mundo. 

De acordo com o UNESCO Index Translationum, Hergé é o nono autor mais traduzido em língua francesa.
Algumas aventuras foram mais tarde adaptadas para animação, cinemas e até peças de teatro.


Em Bruxelas, a 29 de setembro de 1976, foi inaugurada uma estátua em bronze de Tintim e Milu.
Em 1979, para comemorar os 50 anos de Tintim, os correios belgas lançaram um selo comemorativo.
Em 1982, para celebrar o 75º aniversário de Hergé, a Sociedade Belga de Astronomia dá o seu nome a um asteroide descoberto recentemente: 1652 Hergé.
Hergé faleceu a 3 de março de 1983.

Desde 2009, existe, em Louvain-la-Neuve, na Bélgica, o Museu Hergé, que reúne mais de 80 chapas, 800 fotografias, documentos e objetos que pertenceram ao artista.



As Aventuras de Tintim encantam gerações.
Dos mais novos aos mais velhos a diversão é garantida para todas as idades




Visite-nos


maio 05, 2025

OS AUTORES LOCAIS

desempenham um papel fundamental na preservação e no fortalecimento da cultura na nossa cidade.
Eles capturam a essência da cidade, as suas histórias, personagens, tradições e desafios.
São eles que retratam os costumes, a linguagem, as crenças e modos de vida, fortalecendo a identidade cultural, ao mesmo tempo que mantêm viva as tradições locais.
Os seus livros podem servir como uma fonte valiosa para entender o passado e refletir sobre o presente.
São os autores locais que documentam os eventos históricos, as mudanças sociais e o desenvolvimento da cidade ao longo do tempo, criando laços entre os cidadãos e a cidade.
O valorizar os autores locais é essencial para manter viva a cultura da nossa cidade.



"CALHANDREIRA/S
Desta alcunha, lembrar-se-ão bem os mais velhos. Faz parte da nossa toponímia marinhense.  Quem não conhece ou não ouviu falar já do "Largo das Calhandreiras"? (...)
Dantes, a Marinha era um meio pequeno onde todos se conheciam. Naquele Largo havia de tudo, pessoas humildes e outras de posses. E, tratando-se de um sítio de passagem, tudo se sabia. (...)
Havia ali a Fonte do Magalhães, onde a toda a hora acorriam mulheres de cântaro à cabeça. Muitas, ficavam ali horas esquecidas na "calhandra", e outras, passavam tardes inteiras à janela, a dar fé de tudo.(...)"
Deolinda Bonita, 
In, Alcunhas Marinhenses


A Biblioteca Municipal convida todos os marinhenses a explorarem a riqueza da literatura local.



Venha conhecer
 os escritores que dão voz ao nosso concelho, partilhar experiências e mergulhar  nas histórias que refletem a nossa identidade cultural.







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