maio 05, 2025

OS AUTORES LOCAIS

desempenham um papel fundamental na preservação e no fortalecimento da cultura na nossa cidade.
Eles capturam a essência da cidade, as suas histórias, personagens, tradições e desafios.
São eles que retratam os costumes, a linguagem, as crenças e modos de vida, fortalecendo a identidade cultural, ao mesmo tempo que mantêm viva as tradições locais.
Os seus livros podem servir como uma fonte valiosa para entender o passado e refletir sobre o presente.
São os autores locais que documentam os eventos históricos, as mudanças sociais e o desenvolvimento da cidade ao longo do tempo, criando laços entre os cidadãos e a cidade.
O valorizar os autores locais é essencial para manter viva a cultura da nossa cidade.



"CALHANDREIRA/S
Desta alcunha, lembrar-se-ão bem os mais velhos. Faz parte da nossa toponímia marinhense.  Quem não conhece ou não ouviu falar já do "Largo das Calhandreiras"? (...)
Dantes, a Marinha era um meio pequeno onde todos se conheciam. Naquele Largo havia de tudo, pessoas humildes e outras de posses. E, tratando-se de um sítio de passagem, tudo se sabia. (...)
Havia ali a Fonte do Magalhães, onde a toda a hora acorriam mulheres de cântaro à cabeça. Muitas, ficavam ali horas esquecidas na "calhandra", e outras, passavam tardes inteiras à janela, a dar fé de tudo.(...)"
Deolinda Bonita, 
In, Alcunhas Marinhenses


A Biblioteca Municipal convida todos os marinhenses a explorarem a riqueza da literatura local.



Venha conhecer
 os escritores que dão voz ao nosso concelho, partilhar experiências e mergulhar  nas histórias que refletem a nossa identidade cultural.







abril 29, 2025

DIA MUNDIAL DA DANÇA

 


Hoje celebra-se o Dia Mundial da Dança
uma arte que transcende culturas, idades e fronteiras, 
promovendo a expressão, a liberdade 
e o bem-estar do ser humano.







Mais do que uma manifestação artística, a dança é uma poderosa aliada da saúde física e mental.
Movimentar o corpo ao ritmo da musica melhora a coordenação, a resistência e a flexibilidade, além de fortalecer o sistema cardiovascular.
No campo emocional, a dança liberta endorfinas, reduzindo o stress e a ansiedade, proporcionando uma sensação de alegria e de leveza.






Dançar é também uma forma de conexão - consigo mesmo, com os outros e com a cultura.
Seja numa apresentação profissional ou em momentos espontâneos de celebração, a dança lembra-nos a importância de sentir, de expressar e viver o momento presente.



Neste Dia Mundial da Dança,
 permita-se mexer o corpo, sentir e celebrar o poder transformador deste ato tão humano e universal.







E hoje, pelas 20h00 venha à Biblioteca Municipal assistir ao 
Live Streamind de Copélia ou a rapariga dos olhos de esmalte
pela Companhia Nacional de Bailado.






abril 24, 2025

DO 25 DE ABRIL DE 1974 AO 25 DE NOVEMBRO DE 1975

 

"O 25 de Abril de 1974 surpreendeu os serviços de informação ocidentais, até então relacionados com a DGS, da qual recebiam as informações sobre a situação portuguesa. Ao não terem sido avisados por esta polícia política de que algo iria acontecer, esses serviços compartilham com a DGS o mesmo tipo de ignorância. (...)
Na manhã de 25 de Abril, tanto o embaixador Nash Scott, como o consulado norte-americano em Ponta Delgada, nos Açores, começaram por informar o SD de que tudo estava "tranquilo" e apenas às 9:50h o embaixador enviou um primeiro telegrama. Intitulado "Distúrbios em Portugal", o telegrama descrevia a presença de carros de combate nas ruas de Lisboa, sedes de ministérios cercadas pelos militares, bem como os apelos à calma feitos pelos oficiais sublevados, através da rádio. (...)



E iniciaram-se os acontecimentos militares do dia 25 de novembro de 1975. A partir da madrugada, paraquedistas ocuparam a Base Escola de Tancos, bem como as bases aéreas de Monte Real e do Montijo. Avançando sobre Lisboa, ocupam o Depósito Geral de Material de Guerra e o Comando da 1º Região Aérea, em Monsanto, por volta das 7h da manhã. Aqui detiveram o general Pinho Freire e exigiram a demissão do CEMFA, general Morais e Silva"




"(...) o texto que aqui apresento é uma análise pessoal de episódios entre os finais da ditadura e o 25 de Novembro de 1975, com destaque para o que aconteceu à ex-polícia política e para a ação dos EUA, França e Alemanha nesse período relativamente a Portugal".


É da análise dos acontecimentos ocorridos ao longo de cerca de ano e meio
que surge este livro, essencial para o conhecimento da nossa História recente, 
que hoje divulgamos e sugerimos para 
Leitura do seu Fim de Semana




Irene Flunser Pimentel é uma historiadora portuguesa nascida a 2 de maio de 1950 em Lisboa.
Investigadora do Instituto de História Contemporânea, é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre e doutora em História Institucional e Política do Século XX pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O seu trabalho centra-se na análise crítica da repressão política durante o Estado Novo, com destaque para a atuação da PIDE, o papel das mulheres no regime, o exílio e a oposição à ditadura.
Também investigou o papel de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente o acolhimento de refugiados judeus e na atividade de espionagem em território português.
A sua investigação tem contribuído significativamente para o entendimento crítico da ditadura portuguesa e da memória histórica do seculo XX em Portugal.
  • Em 2007 foi galardoada com o Prémio Pessoa
  • Em 2009 foi galardoada com o Prémio Seeds of Science
  • Em 2015 foi condecorada pelo governo francês  com as insígnias Chevalier da Ordem Nacional da Legião de Honra.

"Pessoalmente, como muitos e muitas, agradeço aos militares de Abril, que, em 1973 e 1974 se reuniram, primeiro para lutarem por interesses corporativos, e, depois, com uma crescente consciência de que a Guerra Colonial tinha de ser resolvida politicamente, tiveram a audácia e a coragem de arriscar a vida e a liberdade, ao saírem à rua, com tanques e armas , em 25 de abril de 1974. Muito obrigada, oficiais do MFA, capitães de Abril, e às portuguesas e aos portugueses que contribuíram para a conquista da nossa democracia."










abril 15, 2025

LEONARDO DA VINCI 1452-1519

 


Leonardo Da Vinci é considerado o arquétipo do Homem do Renascimento, devido à sua genialidade multifacetada.
Pintor, inventor, cientista, engenheiro, arquiteto, naturalista e anatomista, personificou o ideal renascentista na procura pelo conhecimento nas mais diversas áreas do saber.
Nasceu em Vinci, na Toscana, a 15 de abril de 1452 (faz hoje 573 anos), e morreu em Cloux, perto de Amboise, França, a 2 de maio de 1519 e é um dos artistas mais representativos do Renascimento.

Os seus cadernos repletos de invenções e observações científicas influenciaram gerações. A sua importância na cultura reside na fusão entre arte e ciência, e o seu legado continua a inspirar a humanidade. 
Esteve em Florença, Milão, Roma, as cidades do Renascimento, onde trabalhou para mecenas como os Médici, Ludovico Sforza e os Papas da época.
Em França trabalhou para Francisco I, que o nomeou primeiro-pintor da corte, recompensando-o copiosamente e concedendo-lhe como residência privada o Castelo de Cloux, onde teve liberdade absoluta para se dedicar às suas investigações de anatomia e aos seus desenhos sobre o Dilúvio.


As suas obras-primas, Mona Lisa e A Última Ceia revolucionaram a pintura com técnicas inovadoras de luz e sombra (sfumato e chiaroscuro).
O seu icónico O Homem Vitruviano reflete a sua obsessão pela perfeição estética e pelo estudo das proporções humanas.


O seu legado transcende a sua época, influenciando a ciência, 
a arte e o pensamento moderno, consolidando-o como exemplo máximo do ideal renascentista.




Venha descobrir o génio de Leonardo da Vinci

Venha à Biblioteca Municipal e mergulhe no fascinante mundo deste mestre 
do Renascimento - artista, inventor, cientista, visionário.
Há livros à sua espera que revelam os segredos por trás das suas obras.

Inspire-se!







abril 09, 2025

UM PRETO MUITO PORTUGUÊS




Telma Marlise Escórcio da Silva, pseudónimo literário da nossa autora de hoje, Telma Tvon, nasceu em  Luanda em 1980, tendo emigrado para Lisboa em 1993, onde frequentou o ensino secundário ao mesmo tempo que se integrava na cultura Hip Hop. Desde os 16 anos que o seu mundo é o rap, o soul e o hip hop. Recentemente colaborou com o brasileiro Luca Argel no projeto Samba de Guerrilha.
Licenciou-se em Estudos Africanos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e concluiu o mestrado em Serviço Social pelo ISCTE.

A sua carreira como escritora teve início em 2017, com o romance Um Preto Muito Português, que tem agora uma nova edição pela Quetzal e que divulgamos junto dos nossos leitores.
A Câmara Municipal de Lisboa, em 2022, convidou 48 autoras (cantautoras, poetas, escritoras) a escreverem uma frase alusiva à Liberdade e Telma Tvon foi uma delas. As 48 frases foram depois pintadas no chão da cidade, no âmbito das comemorações dos 48 anos de 25 de Abril.




"Perguntam-me várias vezes de onde sou. Sou filho de cabo-verdianos que vivem em Portugal. Sou neto de cabo-verdianos que nunca conheceram Portugal. Sou bisneto de holandeses que mal conheceram Portugal. Sou bisneto de africanas que muito ouviram falar de Portugal.
E de onde sou eu? Nasci em Lisboa, mas sou tão tido como estrangeiro. (...)
Eu até me licenciei, eu até falo português conveniente. Ninguém sabe como lidar comigo, não se sabe se sou Preto o suficiente ou se ando a tentar passar por Branco inconscientemente. (...)
Cresci conformado, cresci habituado talvez, e nunca questionei a hostilidade que pairava sobre a minha proveniência, sobre a minha existência. Era tudo tão normal como eu ser estrangeiro na terra que imparcialmente me pariu."


"Ontem candidatei-me a um emprego e, não obstante a informação estar no meu curriculum vitae, fizeram-me a pergunta da praxe: "De onde é, João?"
Ao que respondi: " Sou português."
Ela ficou meio atordoada, mas insistiu: "Pois, mas tem outras origens, certo?"
E eu, parvamente, disse: "Tenho, claro, sou originário da Maternidade Alfredo da Costa, mas vivo na linha de Sintra.
Fim de conversa."







abril 04, 2025

CONCERTO EM MEMÓRIA DE UM ANJO


Hoje divulgamos aos nossos leitores um livro de contos,
  Concerto em Memória de um Anjo
que foi Prémio Goncourt de Conto em 2010.

Este prémio, concedido anualmente pela Academia Goncourt, reconhece a excelência das narrativas curtas e, em 2010, destacou Éric-Emmanuel Schmitt, pela sua habilidade em explorar a complexidade da alma humana com uma escrita envolvente e reflexiva.


  • Que relação existe entre uma mulher que envenena sucessivamente os seus maridos e um presidente da República apaixonado?
  • Qual a ligação entre um simples e honesto marinheiro e um escroque internacional que vende bugigangas religiosas fabricadas na China?
  • Por que milagre uma imagem de Santa Rita, padroeira das causas perdidas, assume o papel de guia misteriosa das suas existências?
Todas estas personagens tiveram a possibilidade de se redimir, de escolher a luz em vez da sombra. A todas foi um dia oferecida a salvação. Algumas aceitaram-na, outras recusaram-na, outras ainda não souberam reconhecê-la.
Quatro histórias com ligações entre si. Quatro histórias que atravessam o que de mais comum e mais extraordinário existe na nossa vida. Quatro histórias que exploram uma questão: 
  • Somos livres ou estamos presos a um destino? 
  • Será que podemos mudar?


Éric-Emmanuel Schmitt é um dos mais prolíficos e premiados romancistas franceses do nosso tempo. Entre os seus prémios contam-se o prestigiado prémio Goncourt de Romance e ainda o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa. Está no Top 10 dos autores franceses mais lidos e os seu livros estão traduzidos em mais de 40 idiomas.
Para quem ainda não se rendeu a este género literário (conto), o autor tem várias considerações no seu diário: 
"Contrariamente ao que muita gente pensa, um livro de contos é um livro a sério, com um tema e uma forma. (...) O conto é um esboço de romance, um romance reduzido ao essencial. Este género exigente não perdoa a traição. Enquanto o romance pode ser utilizado como uma arrecadação onde tudo cabe, o mesmo é impossível para o conto. É preciso medir o espaço dedicado à descrição, ao diálogo e à sequência. (...) A brevidade faz do leitor um cativo."


"Concerto em memória de um anjo": escrevo-o com a música de Alan Berg, que me enfeitiça, e me conduz até novas sensações inauditas, pensamentos novos. 
Nunca me apercebera de como a idade nos traz liberdade. Aos 20 anos, somos o  produto da nossa educação, mas aos 40, finalmente, somos o resultado das nossas escolhas (se as tivermos feito).
O jovem transforma-se no adulto desejado pela sua infância. Enquanto o homem maduro é a criança do jovem."








março 26, 2025

O FIM DO MUNDO EM CUECAS

 

 
Podem ser ameaças cósmicas, aliens 👽, 
vírus, supervulcões ou simplesmente a estupidez humana.
Mas uma coisa é certa: O mundo vai acabar.
Seria triste se não fosse tão giro!

Será que a humanidade vai continuar a evoluir e a descobrir os segredos do Universo, ou desaparece já no próximo século? Perigos para acabar connosco não faltam! As alterações climáticas já chegaram, a IA pode escravizar-nos em três tempos, um supervulcão pode tornar o mundo inabitável em menos de nada, a terceira guerra mundial pode estar ao virar da esquina. Isto para não falar de superpandemias, de vírus alienígenas, de homenzinhos verdes 👽 com más intenções ou de coisas tão simples como a estupidificação massiva da população através da desinformação.


O Fim do Mundo em Cuecas é uma coletânea de textos organizada por Hugo van der Ding, onde diversos especialistas e divulgadores de ciência em Portugal exploram, de forma científica e divertida, diferentes cenários apocalípticos. São abordados temas como alterações climáticas, inteligência artificial, pandemias, desinformação, acompanhado com ilustrações do próprio Hugo van der Ding. Entre os colaboradores encontram-se nomes como Joana Lobo Antunes, Fátima Viveiros, Pedro Ferreira, Miguel Gonçalves, Adriano Cerqueira e David Marçal. Cada um contribui com a sua perspetiva sobre possíveis ameaças ao futuro da humanidade, combinando rigor científico com humor. 


Hugo van der Ding é o pseudónimo de Hugo Sousa Tavares, um multifacetado criador português que se destaca como ilustrador, escritor, locutor e humorista. Ganhou notoriedade através de personagens digitais como a "Criada Malcriada" e "Cavaca a Presidenta", que conquistaram o público nas redes sociais.
Além do seu trabalho nas plataformas digitais, Hugo van der Ding é coautor do podcast "Vamos Todos Morrer", um dos mais ouvidos em Portugal, onde apresenta breves biografias históricas com um toque de humor negro. Esse projeto foi adaptado para livro, que pode ser requisitado para empréstimo domiciliário.
Na rádio, integrou a equipa das manhãs da Antena 3, contribuindo com a sua visão humorística e crítica sobre os mais diversos temas. Recentemente aventurou-se na televisão, apresentando o programa "Duas Pessoas a Fazer Televisão" na RTP, em parceria com Martim Sousa Tavares. 
Hugo van der Ding é reconhecido pela sua capacidade de abordar assuntos sérios com leveza e inteligência, utilizando como ferramenta o humor para a reflexão e crítica social.


O fim do mundo já foi anunciado inúmeras vezes por todo o tipo de profetas.
 E, no entanto, o mundo ainda cá está. Parece estar para lavar e durar,
 resistindo a epidemias, guerras e alterações climáticas. 
Os profetas do fim do mundo é que têm morrido.






março 18, 2025

APRESENTAÇÃO DE LIVRO | RUI CARIA | SÁBADO, 23 DE MARÇO




A Biblioteca Municipal da Marinha Grande recebe, no próximo dia 22 de março, às 15h30, a apresentação do livro "Palavras que Gritámos ao Mar", da autoria de Rui Caria.


Este romance transporta os leitores para a história de Umbro e os seus amigos, um grupo de jovens unidos pelo abandono e pela necessidade de contar a sua própria narrativa. Entre sonhos, desafios e a ameaça de um destino traçado, Umbro luta para proteger aqueles que ama e encontrar a Luz Secreta que pode salvar a todos.


Rui Caria é natural da Marinha Grande, sítio que permanece, até hoje, o epicentro da sua vida. Na Escola Secundária Calazans Duarte, sobreviveu à adolescência e partiu para levar o percurso académico até ao doutoramento na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e descobrir a sua paixão pelo ensino na Faculdade de Economia da mesma Universidade. Pelo caminho, apagou fogos e transportou doentes com a farda dos Bombeiros, nadou quilómetros em águas abertas pela académica de Coimbra, criou um curso para ensinar os alunos da universidade de Coimbra a estudar, falou com jovens reclusos da prisão escola de Leiria e, claro, contou histórias através dos seus livros.





março 14, 2025

CAMILO CASTELO BRANCO - 1825/2025

As comemorações do bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco, que ocorrerá a 16 de março, estão a ser organizadas em diversas instituições, em especial na região Norte, onde o escritor teve uma presença marcante.

A Biblioteca Municipal da Marinha Grande não poderia deixar passar em claro as comemorações do bicentenário e, para assinalar a data, preparámos uma mostra bibliográfica, destacando algumas das suas obras mais emblemáticas.





Camilo Castelo Branco (1825-1890) foi um dos maiores romancistas portugueses do século XIX, autor de obras marcantes como Amor de Perdição, A Queda de um Anjo e A Brasileira de Prazins.
Camilo escreveu mais de 260 obras, incluindo romances, contos, peças de teatro, ensaios e traduções. A sua obra influenciou as gerações posteriores e continua a ser estudada e adaptada para cinema, teatro e televisão. Foi um dos primeiros escritores portugueses a viver exclusivamente da escrita, apesar das dificuldades financeiras constantes.

Data de 1861 o seu romance mais conhecido, Amor de Perdição, inspirado na sua própria história de amor proibido com Ana Plácido, tornou-se um clássico do romantismo português.
Em 1860 envolveu-se num escândalo ao viver um romance extraconjugal com Ana Plácido, que era casada. Os dois foram presos por adultério na Cadeia da Relação do Porto. Após um ano, foram absolvidos e passaram a viver juntos em Seide, onde Camilo escreveu grande parte dos seus livros.
Nos últimos anos de vida enfrentou problemas de saúde, incluindo cegueira progressiva, o que o impedia de continuar a escrever. A 1 de junho de 1890, desesperado com a impossibilidade de continuar a sua vida de escritor, suicidou-se na sua casa de Seide, em Famalicão.

"Como poucos autores portugueses canónicos (num espectro que vai de Gil Vicente
 a Alexandre O'Neill), Camilo era um escritor divertido, hilariante mesmo,
 como nem os comediógrafos portugueses conseguiram ser"
                                                                       Pedro Mexia, Expresso de 07/03/2025



Porquê ler os Clássicos?

É essencial para compreender as raízes culturais e literárias de um povo. No caso da literatura portuguesa, essa importância torna-se ainda mais evidente quando nos debruçamos sobre a obra de Camilo Castelo Branco, um dos maiores expoentes do romantismo em Portugal.
Os clássicos não são apenas registo de uma época. Eles permitem-nos conhecer a sociedade do seu tempo, as transformações históricas e, principalmente, a essência do ser humano.
Um dos aspetos mais fascinantes da sua obra é a forma como retrata a sociedade portuguesa do século XIX, expondo os seus costumes, valores e contradições.
Camilo Castelo Branco, com a sua prosa envolvente e a sua capacidade de explorar as emoções humanas, deixou um legado inestimável para literatura.
Ao valorizarmos os clássicos, garantimos que a riqueza da nossa literatura continue viva e acessível para as futuras gerações.



Os nossos Leitores estão convidados a (re)descobrir um
 dos maiores escritores da literatura portuguesa






março 07, 2025

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


PARA TODAS AS MULHERES E MENINAS: 
DIREITOS. IGUALDADE. EMPODERAMENTO




O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, é uma data que homenageia as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres ao longo dos anos.
Este ano, o tema escolhido é "Para TODAS as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento."
Este tema vem reforçar a necessidade de garantir que todas as mulheres, sem exceção, tenham acesso aos seus direitos, que sejam tratadas com igualdade e autonomia.
A celebração deste ano é especialmente significativa, pois marca o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, um marco global na luta pelos direitos das mulheres e meninas em todo o mundo.
Ainda há muitos desafios a enfrentar: a desigualdade salarial, a violência de género, a falta de representatividade feminina em espaços de poder e decisão, o preconceito baseado na idade.



Que este dia seja um dia de reconhecimento e valorização, mas, acima de tudo, um dia para reforçarmos o nosso compromisso com um futuro mais justo, igualitário e inclusivo.
Porque igualdade de género não é um privilégio, é um direito.



A Sala de Leitura está de portas abertas para si!

Venha explorar a nossa Mostra Bibliográfica sobre
 Mulheres que fizeram História 
e deixe-se inspirar pelas suas vidas fascinantes, cheias de conhecimento e cultura.
Não perca a oportunidade de mergulhar no universo dos livros.


Visite-nos e surpreenda-se!



fevereiro 26, 2025

TRÊS ANOS DE GUERRA NA UCRÂNIA

 


26 de fevereiro [2022]
Lviv, 322760 refugiados

"(...) A cidade inteira já está a trabalhar para esta guerra e a guerra não tem 48 horas. "Estamos em guerra há oito anos", é a frase que toda a gente diz. Mas também diz: "Mas nunca pensei, nunca pensei.". Sirenes.
(...) A história da cidade é tempestuosa. Em 1349 é polaca. Em 1648 é brevemente tomada pelos cossacos, camponeses que lutaram contra o feudalismo; democráticos para os padrões da época, elegiam já os seus próprios chefes militares. Os ucranianos, principalmente no oeste, dizem-se orgulhosamente descendentes deles. Em 1704, Lviv passa para as mãos dos suecos e é entregue à Áustria na primeira divisão da Polónia, em 1772. A Rússia chega em 1914. Os alemães invadem em 1941 e os russos voltam depois da vitória sobre os nazis, em 1945. Entre 1914 e 1945, Lviv foi de oito países, impérios, poderes e entidades diferentes. (...)


Lviv

Os russos só abandonam o país, oficialmente, em 1991, quando a Ucrânia se torna independente, mas um tratado nada pode contra as velhas redes de influência e compadrio. Muitos ucranianos consideram que, até 2004, quando o povo se revolta contra o que muitos consideram a eleição-fantoche de Viktor Yanukovich, apoiado por Moscovo, não tinha ainda havido um momento de unidade nacional contra a influência do Kremlin nos destinos da Ucrânia."



Para assinalar esta triste data, divulgamos hoje o relato das experiências 
da jornalista Ana França durante a Guerra da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. 
A autora permaneceu no país cerca de um mês, 
percorrendo diversas cidades (Lviv, Bucha, Kyiv e Mykolaiv), 
documentando os acontecimentos e conversando com os habitantes locais.
Esse mês deu origem a este livro.


A 23 de fevereiro de 2022, um dia antes do início da guerra na Ucrânia, Ana França, jornalista, estava de férias em Trieste. E é nesse dia, o último antes de o mundo mudar irremediavelmente, que começa este livro. A 26 de fevereiro já a repórter chegava a Lviv e se adentrava no terreno, conversando com as pessoas, seguindo de cidade em cidade para contar o que via, numa sequência de reportagens que agora se transformam em livro e testemunho vivo de uma guerra ainda em curso.


O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa lêem apenas uma página.
                                                                                        Agostinho de Hipona




fevereiro 21, 2025

NA REALIDADE, OS ALIMENTOS NUNCA PARARAM DE VIAJAR

 


"A comida é uma coisa cheia de passado - de temperos e técnicas que passaram de avós para netos, de tias para sobrinhas, de chineses para portugueses, de peruanos para espanhóis, de filipinos para americanos, de mães para filhos, de turcomanos para eslavos do norte, de antepassados para vindouros. E de acasos, circunstâncias (vejam-se o sucesso da batata frita, do molho de soja ou do döner Kekab) (...)
Além da enorme lista de benefícios para a humanidade, isto é útil por dois motivos. Em primeiro lugar, as fronteiras diluíram-se e não é necessário ir à Coreia para provar Kimchi ou à China para reconhecer a invenção do ramen; basta irmos até ao fundo da rua, ao outro lado da cidade. Em segundo lugar, deixaram de existir cozinhas puras (o que é um festim de melancolia) e reconhecemos que, sendo conveniente conhecermos bem as nossas raízes, tudo o resto é empréstimo, troca e renovação. A cozinha dos portugueses sabe isso pelo que beneficiou e pelo que enriqueceu a mercearia do mundo."  
                                                                                                              Francisco José Viegas,
                                                                                                              In Posfácio A Mercearia do Mundo


Com uma feijoada, um churrasco, um caril, 
uma chávena de chá de rooibos, 
um copo de cerveja
 ou uma taça de champanhe, 
vamos levá-lo a viajar pelo mundo.
É a nossa 
sugestão de leitura para o seu fim de semana


Num país em que todos falam de comida e se apaixonam pela "cozinha do mundo" (do sushi ao poke, dos dim sum ao ramen, do Vinho do Porto ao melhor azeite e ao ceviche ou às especiarias mais raras), estas páginas explicam segredos de cada ingrediente e o modo como cada prato nos chegou à mesa, do século XVIII até hoje.
Se a popularidade do ramen não atinge ainda as proporções da do döner kebab ou do hambúrguer, já o azeite, a pizza, a pimenta, a margarina, o chá, o chili com carne, o sal, a vodca ou o açúcar e o champanhe fazem parte da história da humanidade como nós a conhecemos - a comer dim sum ou cuscuz, feijoada ou sardinhas de conserva, ostras ou corn flakes, mas também beber gin ou whisky, laranjada ou cerveja.
Todas as primeiras frases de cada capítulo incluem uma data e um lugar: são o ponto de partida para fazer a história de 88 produtos (molhos, bebidas, queijos, pratos tradicionais, ingredientes, frutos e sementes) que temperam, iluminam, alimentam ou satisfazem os apetites, as papilas de um mundo sem fronteiras, desejoso de saborear e inventar. Eis como mudámos o nosso mundo e o tornámos mais saboroso.



"A história da globalização também passa pelo estômago.
O livro faz com que o gin, os bagels ou o sushi falem para contar
a história da sua globalização de uma forma acessível.
É a aposta bem-sucedida dos dois historiadores."
                                                            24 Heures








fevereiro 12, 2025

ELA ACHA QUE SABE A VERDADE


A VERDADE É QUE ELA NÃO SABE NADA




Gosta de livros policiais, de mistério, de suspense?
O romance que hoje apresentamos é um thriller viciante, bem ao estilo do seu autor: capítulos curtos, com uma narrativa que o vai prender até à ultima página, com reviravoltas chocantes, onde nos questionamos sobre o que é real ou não.

Este thriller viciante deu origem a uma minissérie que estreou a 1º de janeiro de 2024 na Netflix, com o título A Grande Ilusão (Fool Me Once), chegando rapidamente ao Top das mais vistas. 
Criador e produtor executivo de vários sucessos da Netflix, foi o primeiro autor a vencer os três mais prestigiados prémios da literatura policial nos Estados Unidos da América - o Edgar Award, o Shamus Award e o Anthony Award.
Com mais de 75 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, viu mais de 30 dos seus livros tornarem-se bestsellers e a sua obra ser traduzida em 45 línguas.

De quem falamos nós?

Harlan Coben




Ex-piloto de operações especiais, Maya voltou recentemente para casa. Um dia, vê uma imagem impensável, capturada pela câmara escondida em sua casa: a filha de dois anos a brincar com Joe, o seu falecido marido, brutalmente assassinado duas semanas antes. Tentando manter a sanidade, Maya começa a investigar, mas as descobertas só levantam mais dúvidas.
Conforme os dias passam, ela já não sabe em quem confiar, até que se pergunta: é possível acreditar em tudo o que vemos com os próprios olhos, sobretudo quando é algo que desejamos desesperadamente?
Para encontrar a resposta, Maya vai ter de lidar com os segredos profundos e as mentiras do seu passado antes de encarar a impensável verdade sobre o seu marido ... e sobre si mesma.



"Harlan Coben é como um mágico: deixa o melhor e mais surpreendente truque para o final. Atordoante"
                                                                        Publishers Weekly









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