novembro 06, 2024

PARABÉNS HUGO GONÇALVES

 

"Interessa-me ir ao fundo da existência humana.
A esta altura do campeonato, não tenho a mínima dúvida 
de que escrevo para entender o mundo". 

Nasceu a 9 de julho de 1976 em Sintra. Estudou Comunicação Social no ISCSP e estreou-se como jornalista na equipa fundadora da revista Focus. Morou e foi correspondente de várias publicações portuguesas em Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro.
Ao longo da sua carreira, escreveu reportagens e crónicas para o Jornal de Notícias, Diário Económico, Jornal i, Expresso, revista Visão e Diário de Notícias. Foi ainda guionista da série Rabo de Peixe que passou na Netflix e criador do podcast "Sem barbas na língua".
Em 2000 recebeu o Prémio Revelação do Clube Português de Imprensa, com a reportagem Esto es el fin del mundo, sobre as cheias na Venezuela que ocorreram em dezembro de 1999.

É autor de vários romances, tendo já sido finalista, em 2019, do Prémio Literário Fernando Namora com a obra "Filho da Mãe".
E no passado dia 31 de outubro, o seu romance Revolução foi o vencedor do Prémio Literário Fernando Namora.
Para os jurados este "é um livro que se aproxima do testemunho, mas onde também coexiste um grande fascínio pela riqueza da própria natureza humana."


"Com um estilo direto, fluído e comunicativo e com uma linguagem que se alia à expressão do tempo e dos seus atores sociais, Revolução é um livro que se impõe literalmente, graças ao modo como liga "pontas soltas" da história portuguesa recente, mantendo sempre, no entanto, o desenho narrativo de personagens contraditórias, heroicas ou trágicas, fortes ou fracas, e cujos perfis interpelam e comentam os leitores atuais do romance e as suas respetivas posições ideológicas."
                                                                                    Júri do Prémio Literário Fernando Namora




Um disparo perfura a noite na serra se Sintra, durante um jantar da família Storm, e a matriarca sabe que perdeu um dos três filhos. 
O epicentro do colapso tem origem muitos anos antes, entre o fim da ditadura e os primeiros tempos da revolução. Maria Luísa, a filha mais velha, opositora clandestina do regime, é perseguida pela PIDE. Frederico, o filho mais novo, está obcecado em perder a virgindade antes de ser mobilizado para a guerra colonial. E Pureza, a filha do meio, vê os seus sonhos de uma perfeita família tradicional despedaçados pelo processo revolucionário em curso.
Revolução acompanha a família Storm, do desmoronar do império ao despertar da democracia, ao longo dos recambolescos, violentos e excessivos meses do PREC, quando a esperança e o medo dividem os portugueses, separando filhos e pais, colocando irmãos em lados opostos da barricada.
Um romance, a tempos trágico, a tempos cómico, sobre a liberdade e as relações familiares, sobre as escolhas que nos definem e as omissões que nos revelam.

"O melhor romance português do ano.
É um prazer ler romances assim."
                                                                                         Miguel Real, Jornal de Letras





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