julho 19, 2023

MILAN KUNDERA, 1929-2023



"Claro que o Nobel não lhe faz falta, caro Kundera; Também não fez falta a Tolstói, que o perdeu para um Sully Prudhomme que já ninguém recorda. Nem a Virginia Woolf, Nabokov, Mishima, Yourcenar, Duras, e muitos outros que continuam a iluminar-nos a existência.
 (...) Dizem que o prémio é "político"; mas se o fosse, no sentido nobre da palavra, 
o senhor já o teria recebido. O problema é que até a política acabou."
Inês Pedrosa



Milan Kundera resume a sua biografia em duas frases: Nasci na antiga Checoslováquia. Em 1975 instalei-me em França.

Nasceu a 1 de abril de 1929, em Brnö, na antiga Checoslováquia e em 1981 adotou a nacionalidade francesa. Para além de escritor, foi um ativista e um humanista.

O seu romance mais aclamado, quer pelos leitores, quer pela crítica, A Insustentável Leveza do Ser, foi considerado um dos principais romances do século XX.


Autor de importantes obras, que vão desde o romance, o ensaio e a poesia, disponíveis para empréstimo domiciliário na Biblioteca Municipal, como a Brincadeira, O Livro do Riso e do Esquecimento e A Insustentável Leveza do Ser, consagraram-no como um dos maiores escritores do século XX.
Escreveu em francês e a sua obra foi traduzida em mais de 40 línguas, o que faz de Milan Kundera um dos autores mais traduzidos em todo o mundo.




Não dá entrevistas nem participa em eventos com câmaras e fotógrafos. 
Em 2007, alegando problemas de saúde não esteve presente na homenagem da entrega do Prémio Nacional Checo de Literatura.
Não compareceu na Embaixada de França em Praga, em 12 de junho de 2021, quando foi agraciado como prestigioso Prémio Franz Kafka.
Em 2018 o primeiro-ministro checo Andrej Babis visitou-o no seu apartamento em Paris e alguns meses depois a nacionalidade checa foi-lhe restituída.
O seu espólio foi doado à cidade onde nasceu.
Faleceu em Paris no passado dia 11 de julho. O Parlamento Europeu fez um minuto de silêncio após a notícia do seu falecimento.


"Através das sua páginas, ajudou-nos a descobrir quem somos, 
a encontrar um caminho através do absurdo do mundo. 
Com ele morre uma das maiores vozes da literatura europeia".
                                                                             Rima Abdul Malak, Ministra da Cultura Francesa





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