outubro 09, 2013

UM DIA LI UM LIVRO E TODA A MINHA VIDA MUDOU


Fez ontem 15 anos que José Saramago recebeu o Prémio Nobel da Literatura.
 
Amanhã saberemos qual será o vencedor deste ano...


Enquanto esperamos ansiosos pela divulgação,
vamos ficar a conhecer 
o autor laureado com o Nobel em 2006.




"Em busca da alma melancólica da sua cidade natal,
Pamuk encontrou novos símbolos para retratar o choque
e o cruzamento de culturas."
                                                                                           Academia Sueca


"O ponto de partida da verdadeira literatura, é o homem que fecha a porta
e se recolhe com os seus livros".
 Frase proferida no seu discurso durante a entrega do Prémio Nobel em 2006.





Ferit Orhan Pamuk, conhecido apenas por Orhan Pamuk, nasceu a 7 de junho de 1952, em Istambul, no seio de uma família da classe média turca. Formou-se em Arquitetura na Universidade Técnica de Istambul e em jornalismo na Universidade de Istambul, mas nunca exerceu nenhuma destas profissões.
É professor de literatura da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
É um dos mais proeminentes escritores turcos e os seus livros estão traduzidos em mais de cinquenta línguas. Depois de ter ganho diversos prémios nacionais e internacionais, chegou a vez do Nobel da Literatura em 2006
No seu escritório, Orhan Pamuk vive no meio de milhares de livros, objetos pessoais, rascunhos, canetas, cadernos com muitas histórias para contar. Da janela, tem uma vista priveligiada: o ocidente. Um continente inteiro na outra margem do Estreito do Bósforo.
 

"O Nobel não mudou muito a minha vida.
No meu país, tornou-me mais conhecido do que eu desejava e deu-me uma conotação política que eu não queria."




"Um escritor não se deve envolver em situações politicas, mas é inevitável."
                                                                                              Orhan Pamuk

Algumas das posições que Orhan Pamuk assumiu publicamente valeram-lhe o título de persona non grata para alguns dos seus compatriotas. Foi o primeiro do mundo islâmico a condenar abertamente a fatwa contra Salman Rushdie e a tornar público o seu apoio ao escritor turco Yasar Kemal quando este foi julgado e condenado pelas autoridades turcas, em 1995.
Orhan Pamuk é uma figura de proa na Turquia na defesa dos direitos políticos dos Curdos.
Em 2005 foi insultado e perseguido pela justiça do seu país por "insulto à nação turca", depois de ter afirmado, numa entrevita ao jornal suíço Das Magazin, que "Ninguém se atreve a falar do genocídio contra o povo arménio levado a cabo pela Turquia durante a Primeira Guerra Mundial e da posterior matança de 30.000 curdos"
O caso foi levado a tribunal e o autor teve mesmo que prestar declarações, o que sustitou grande polémica internacional e a queixa foi retirada em 2006.
 
Já este ano, acusou o governo da Turquia de ser "opressor e autoritário", afirmando que os manifestantes que protestaram nas ruas da capital lhe deram "esperança no futuro".
 
Mas Orhan Pamuk, é também um símbolo da luta do seu país para entrar na União Europeia: "Se a Europa é um clube cristão, baseado no nacionalismo e no cristianismo, então a Turquia não tem lugar na Europa. Mas a Europa é baseada na liberdade, igualdade e fraternidade, então a Turquia tem esse lugar na Europa".
 
 
Para ficar a conhecer melhor este autor,  o Leitor encontrará na sua Biblioteca as seguintes obras que poderá requisitar para empréstimo domiciliário:
  • A Cidadela Branca
  • Os Jardins da Memória
  • O Meu Nome é Vermelho
  • Istambul: memórias de uma cidade
  • Vida Nova
 
 
«Um dia li um livro e toda a minha vida mudou.» Osman, um jovem universitário de Istambul, descreve assim o assombro da sua iniciação à idade adulta. Obcecado pelo livro mágico, que lhe parece mostrar a sua própria vida num outro universo, Osman lê-o com fervor, noite após noite, e apaixona-se por uma lindíssima jovem, Janan. Este livro promete revelações luminosas e terríveis, para além da compreensão de Osman. Movido por um impulso incontrolável, o jovem abandona tudo, para reencontrar a sua amada e descobrir os segredos mais obscuros que o livro encerra, viajando de autocarro em autocarro, até ao coração inóspito da Turquia rural. Num país suspenso entre o Oriente e o Ocidente, as personagens deste livro vivem aventuras quase míticas numa demanda que reflecte com talento a visão do mundo do autor.
 
 Sabe o Leitor de que livro estamos a falar?
 
A solução está perto, só necessita de se deslocar
à Biblioteca Municipal.
 
 
Visite-nos, porque ...
 
 
 "Um bom livro é algo que nos lembra o mundo inteiro."
 
  
 
 
 
 
 

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