outubro 21, 2014

GRANDES LIVROS - GRANDES AUTORES NO NOSSO PORTUGUÊS

"As crendices populares de Portugal são geralmente bonitas e parece sentir-se nelas que vieram até nós do génio poético dos árabes. (...)
É a fraqueza de temperamento; a necessidade de sentir-se escravo, que nos faz ser um povo bisonho, a cismar não se sabe em quê, mal-humorado, merencório e fusco, gatos-pingados por natureza! Os que não têm desgostos, engendram-nos. Imitamos tudo, menos a alegria dos povos livres.(...).

 
Portugal é a terra das sinas - histórias quentes e coloridas como o país; contos que nas noites de inverno entretêm as crianças pequenas ... e as grandes, ao pé do amigo lar.

Quem nascer nos fins de janeiro será sujeito a paixões amorosas (como os gatos);
de 13 de fevereiro a 20 de março, nascem os que hão-se ser gastrónomos;
de 21 de março a 9 de abril, os engenhosos e prudentes, com sinal visível no corpo e ameaçados pela ferocidade de algum animal;
de 20 de abril a 20 de maio, o que há-de casar rico, dar uma grande queda (talvez essa!) e ser careca;
de 21 de maio a 22 de junho, os de sentimentos humanitários;
de 23 de junho a 22 de julho, gente destinada a demandas e a viver até aos setenta anos;
de 23 de julho até 25 de agosto, os bonitos que hão-de casar com mulher que sofra de histérico, ter no decurso da vida perigo grande de golpe de ferro ou águas do mar, felizes nos negócios, achando algum tesouro escondido (o do Lavradio, por exemplo!);
de 24 de agosto a 21 de setembro, os que hão-de exercer cargos do Governo (entre nós toda a gente!), as senhoras ficarão solteiras, apesar de grande número de namoros, e hão-de gostar muito de cores espantadas;
de 24 de agosto a 21 de setembro, homens castos (oh!), mulheres ativas, cabelos ruivos;
de 22 de setembro a 23 de outubro, ventura no que se empreende, honradez, passar melhor em terras estranhas do que na pátria, mulheres elegantes com uma queimadura num dos pés,
de 24 outubro a 22 de novembro, teimosos, inclinados à astrologia, mulheres robustas, de beiços grossos e dentes grandes;
de 23 de novembro a 21 de dezembro, caráter vergonhoso, afável, dado à navegação, mulheres com falta de cabelo;
de 22 de dezembro a 20 de janeiro, génio iracundo, mentiroso, vão, costume de falar só, pouco saudáveis, mulheres tafulas, que hão-de ser mordidas por algum bicho, brancas, de olhos castanhos, gostando de bailes, tendo muitos namoros, quase todos militares.
Tais são as sinas, e muito mais ainda; centos de coisas - tudo.
Aparecem, por via de regra, em a gente as procurando: vêm do que nos suceder  depois de nascer ... ou antes. A mão o dirá. Na mão há muito. A mão diz tudo. (...)".
Júlio César Machado,
 In Da loucura e Manias em Portugal
[Ensaio humorístico do séc. XIX - 1871]
 
 
 
 Caro Leitor,
este e outros livros poderão ser por si requisitados na
Biblioteca Municipal
 Visite-nos.
Veja a mostra bibliográfica que temos para si, até ao final do mês, no átrio de entrada da Biblioteca Municipal.
 
 
Grandes Livros e Grandes Autores,
tudo no nosso português.
 
Esperamos por Si
  
"Coisa má" é querer trabalhar e não ter em quê; querer amar e não ter a quem; querer remar e não ter braços. O "politicão" que passa a vida a recusar pastas que não lhe oferecem - diz que o país tem "coisa má"; o beberrão que troca as pernas - acusa de ter "coisa má" o vinho de mais que bebeu.
"Coisa má" é a mulher que gosta de outro; e o dinheiro que a gente não tem!(...)."
                                                                                              
Júlio César Machado
                                                                                               In, Da Loucura e Manias em Portugal
 
 
 
 
 
 
 
 
 

outubro 17, 2014

PATRICK MODIANO - NOBEL DA LITERATURA 2014


Livros de Patrick Modiano a serem disputados numa livraria
em Estocolmo, minutos após o anúncio do Nobel da Literatura.
Fotografia de Henrik Montgomery/Reuters

Por cá, foi mais calmo.
Os nossos leitores mais atentos ao anúncio do Nobel da Literatura deste ano procederam de imediato, via telefone, à reserva dos livros do premiado.

 
Mas quem é Patrick Modiano? 
 
 
Patrick Modiano, filho de um homem de negócios italiano de origem judaica e da atriz belga Louisa Colpeyn,  nasceu a 30 de julho de 1945 na comuna Boulogne-Billancourt, subúrbio de Paris.
Foi durante a II Guerra Mundial que os seus pais se conheceram. A sua infância, passada quase toda em colégios internos, marcada pelo comportamento dúbio dos pais durante a ocupação nazi e pela morte do seu irmão aos 12 anos, determinou o seu projeto literário centrado em Paris, durante e após a ocupação. Uma influência decisiva  no seu desenvolvimento foi o seu professor de geometria, o escritor Raymond Queneau.
Publicou o seu primeiro romance "La Place de l'Étoile" em 1968. Com "Rue des boutiques obscures", publicado em 1978, recebeu o Prémio Gouncourt. Em 1972, recebeu o Grande Prémio de Romance da Academia Francesa. Pelo conjunto da sua obra, recebeu o Grande Prémio Nacional de Letras, em 1996, e o Prémio Marguerite Duras em 2011. O seu último romance, "Pour que tu ne te perdes pas dans le quartier", acabou de ser editado em França.
A sua obra centra-se essencialmente em questões relacionadas com a memória, o esquecimento, a identidade e a culpa, em que a cidade de Paris é o cenário principal, quase uma personagem.


"Escrever um livro é lançar luz de farol ou sinais de morse a favor
de certas pessoas das quais não se sabe o que lhes aconteceu"
                                                                                              Patrick Modiano


"Pela arte da memória que utilizou para evocar os destinos humanos mais inalcançáveis e por revelar o universo da ocupação [alemã]", destacou Peter Englund, secretário da Academia Sueca, ao anunciar o nome de Modiano como Nobel da Literatura deste ano.
O galardão será entregue numa cerimónia em Estocolmo, a 10 de dezembro, dia do aniversário de Alfred Nobel, que instituiu o galardão.


"J'aimerai savoir pourquoi ils m'ont choisi."
                                                                                                              Patrick Modiano


O laureado deste ano é também autor de livros infantis, argumentos para cinema e ainda de letras de canções, como a que aqui apresentamos na voz de Françoise Hardy.

 
 
No grande ecrã, Modiano fez trabalhos pontuais como ator, no filme do realizador Raoul Ruiz em Genealogias de um Crime, de 1977. Foi coautor, com Louis Malle, no filme de 1974, "Lacombe Lucien" sobre um colaboracionista francês na II Guerra Mundial, que foi vencedor dos prémios BAFTA e Meliès nesse mesmo ano e que acabou nomeado a Oscar de melhor filme estrangeiro de 1975. E no ano 2000, Modiano integrou o júri do Festival de Cannes. 
 
 
Agora que o Leitor ficou a conhecer um pouco melhor
Patrick Modiano,
que tal conhecer a sua obra?
 
 
De momento os seus livros estão esgotados para empréstimo domiciliário, mas
o Leitor pode fazer a sua reserva por telefone ou por email.
 
 
 Bom Fim de Semana
 
 
  


outubro 03, 2014

MATARAM O REI! MATARAM O REI!

 
"A família real e a sua comitiva tomaram o comboio, no Alentejo, no dia 1 de fevereiro de 1908. A inquietação pairava, apesar terem recebido uma carta de João Franco garantindo que o ambiente político em Lisboa acalmara. Seria mesmo assim?
As dúvidas agravaram-se quando o comboio descarrilou em Casa Branca, no Alentejo. Houve gente que pensou tratar-se de sabotagem e o rei ficou tão apreensivo que não voltou a falar com ninguém até chegar a Lisboa.
Ao desembarcar no Terreiro do Paço apressou-se a perguntar ao chefe da polícia de serviço: Isto como vai? A resposta terá sido: Meu senhor, isto vai muito mal...
Foi portanto com uma expressão grave que o rei recebeu cumprimentos dos vários ministros que o aguardavam e teve uma pequena conversa com João Franco. Em seguida abraçou D. Manuel, que tinha ido esperar a família ao cais, e depois subiram todos para a carruagem, que ali se encontrava para levar a família real ao palácio das Necessidades.
 
 
Estava muita gente nas ruas e a atmosfera carregada de sentimentos fortes; medo, raiva, ansiedade, excitação. O cocheiro agitou as rédeas para que os cavalos iniciassem a marcha. A carruagem seguiu lentamente por entre a multidão, que se alinhava nos passeios. De repente destacou-se um homem de barba preta que entreabriu a capa, onde escondia uma carabina, e disparou.
Gerou-se de imediato a maior das confusões. Gritos, berros, um tiroteio cerrado. Do passeio do lado oposto saiu outro homem, que correu em direção à carruagem, saltou para o estribo e despejou o carregador da sua pistola nas costas do rei D. Carlos. O príncipe Luís Filipe ainda se pôs de pé e tentou defender-se a tiro, mas também ele foi abatido. A rainha ergueu-se desvairada, agitando no ar um ramo de flores enquanto gritava: Infames! Infames! 
Por entre magotes de gente em pânico as autoridades surgiram por fim, alvejando primeiro os agressores e depois transeuntes ao acaso. Aflitíssimas e desorientadas as pessoas fugiam, chocavam umas com as outras, tropeçavam, caíam, atravessavam-se no caminho dos trens, provocando acidentes em cadeia. E o mesmo grito ecoou pelas ruas da cidade: Mataram o rei! Mataram o rei!"

António Reis, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
 In, O 5 de Outubro e a Primeira República
 
 
 
 O que aconteceu a seguir e que culminou no dia 5 de Outubro de 1910,
com José Relvas a proclamar às 11 da manhã da varanda da Câmara Municipal de Lisboa:
"Unidos todos numa mesma aspiração ideal, o Povo, o Exército e a Armada acabou de,
em Portugal, proclamar a República."
poderá o Leitor ficar a conhecer melhor se nos visitar e requisitar os livros
 da mostra bibliográfica que preparámos para si.
 


 
 
Aguardamos a sua visita




 

setembro 24, 2014

LA LECTURA OBLIGADA ES NEFASTA.




Fez no passado dia 22 de setembro um ano que faleceu o escritor colombiano Álvaro Mutis.
 
O seu grande amigo e primeiro leitor das suas obras, Gabriel Garcia Marquez, que o descrevia como "um dos maiores escritores do nosso tempo", pouco depois de conhecida a notícia da sua morte, escreveu apenas uma palavra no Twitter: Mutis.

 

Álvaro Mutis nasceu a 25 de agosto de 1923, em Bogotá, Colômbia. Filho do diplomata Santiago Mutis, passou parte da sua infância em Bruxelas onde o pai foi embaixador.
Antes de se tornar escritor, trabalhou no seu país como jornalista, relações públicas, locutor de rádio, distribuidor de filmes da 20Th Century Fox na América Latina, fez dobragens em filmes e deu voz ao narrador da série Os Intocáveis.
Em 1948 iniciou a sua carreira literária com a publicação de um livro de poesia, La Balanza, seguindo-se, em 1953, Los Elementos del Desastre.
Octavio Paz, de quem era amigo,  Pablo Neruda, Saint-John Perse e Walt Whitman, foram as suas grandes influências.
 
 
Viajou para o México em 1956 com cartas de recomendação do realizador espanhol Luis Buñel e do produtor mexicano de televisão Luis de Llano Palmer.
Três anos depois da sua chegada ao México, foi acusado de fraude pela multinacional norte-americana Standard Oil Co, onde trabalhava como relações públicas. Esteve preso durante 15 meses na prisão de Lecumberri, na Cidade do México. Dessa experiência "uma lição que nunca esquecerei nas mais intensas e profundas camadas de dor e fracasso", nasceu, em 1959,  o seu primeiro romance Diário de Lecumberri.

"O homem é uma espécie que falhou como espécie,
um ser dedicado a destruir o meio em que vive"

Em 1953 criou a personagem Maqroll, el Gavieiro, seu alter ego, que se tornou uma marca da sua obra, sendo o protagonista de sete dos seus nove romances. 
A Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário dois romances:
  • A Neve do Almirante
  • A Última Escalada do Tramp Steamer.
Por diversas ocasiões Álvaro Mutis mencionou abertamente o seu amor por Portugal e pela sua literatura. Falava português e era um fiel leitor de Fernando Pessoa.
Em vários dos seus escritos assinou com o pseudónimo de Arvar de Matos, diplomata português.

"O outono estava prestes a terminar e Lisboa mostrava o seu rosto de opacidade e tristeza, tão de acordo com os fados  que os turistas fingem desfrutar nas tabernas."
                                                                                    In A Última Escalada do Tramp Steamer
 
 
Álvaro Mutis foi galardoado com os seguintes Prémios: 
  • Prémio Médicis para melhor romance estrangeiro em França (A Neve do Almirante, 1988)
  • Prémio Príncipe das Astúrias de Letras em 1997
  • Prémio Rainha Sofia de Poesia em 1997
  • Prémio Cervantes em 2001 





Visite-nos e Descubra o Prazer da Leitura

setembro 19, 2014

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Com chuva ou com sol, o fim de semana aí está.
Vamos aproveitá-lo da melhor maneira.
Para tal, sugerimos-lhe
"Uma estreia arrebatadora . . ."
                                               The Washington Post


O livro que lhe sugerimos conta-nos o efeito devastador que a intolerância religiosa, neste caso da religião católica,  tem sobre quem lhe é próximo e que, baseado num fundamentalismo religioso, educa pelo medo e pela repressão, em contraponto com os valores como a solidariedade, a compaixão e a generosidade.
 
A Cor do Hibisco
de Chimamanda Ngozi Adichie
Edições ASA


Os limites do mundo da jovem Kambili são definidos pelos muros da luxuosa propriedade da família e pelas regras de um pai repressivo. O dia a dia é regulado por horários: rezar, dormir, estudar e rezar ainda mais. A sua vida é privilegiada, mas o ambiente familiar é tudo menos harmonioso. O pai tem expetativas irreais para a mulher e os filhos, e pune-os severamente quando se mostram menos que perfeitos.
Quando um golpe militar ameaça fazer desmoronar a Nigéria, o pai de Kambili envia-a, juntamente com o irmão, para casa da tia. É aí, nessa casa cheia de energia e riso, que ela descobre todo um novo mundo onde os livros não são proibidos, os aromas a caril e a noz-moscada impregnam o ar e a alegria dos primos ecoa.
Esta visita vai despertá-la para a vida e para o amor e acabar de vez com o silêncio sufocante que a amordaçava. Mas a sua desobediência vai ter consequências inesperadas...
 

 
"Uma história delicada e comovente
sobre uma jovem vítima da intolerância religiosa
 e sobre o lado negro do Estado nigeriano"
                                                                   J. M. Coetzee
 
 
 
Chimamanda Ngozi Adichie, nasceu a 15 de setembro de 1977 na Nigéria, tendo ido estudar para os Estados Unidos aos dezanove anos. Os seus contos apareceram em diversas publicações e receberam inúmeros galardões como o da BBC Short Story Competition em 2002 e o O. Henry Short Story Prize em 2003.
A nossa sugestão de leitura para este fim de semana foi o seu primeiro romance e foi distinguido com o Hurston/Wright Legacy Award 2004 e o Commonwealth Writers' Prize 2005, tendo também sido finalista do Orange Broadband Prize 2004 e nomeado para o Man Booker Prize 2004.
A autora foi também distinguida, em 2008, com um Future Award na categoria de Jovem do Ano e recebeu uma bolsa da MacArthur Foundation, considerada a "bolsa de génios", no valor de 500 mil dólares. A sua obra encontra-se traduzida em trinta e uma línguas.


Aceite a nossa sugestão de leitura
e tenha um Bom Fim de Semana


 
 

setembro 12, 2014

LEITURA DE FIM DE SEMANA



"Para que servem os livros senão para nos mudarem a vida?"
                                                                                     J. M. Coetzee
 
 
 
 
Ilustração de Tatsuro Kiuchi
 
 
As férias até já podem ter acabado, mas não os fins de semana.
E vamos passar o fim de semana
quer seja na praia ou no sofá sem um Livro?
É claro que NÃO.
 
 
 
Caro leitor, a nossa sugestão de leitura de fim de semana baseia-se em factos reais que o vão fascinar. O romance envolve um dos tesouros da Antiguidade, em cenários exóticos marcados pelo mistério e mantendo o suspense até ao último momento.

 
 
O Bibliotecário
De A. M. Dean
Editado pelo Clube do Autor

 
 
 

"Existe alguma prova clara de que a Biblioteca de Alexandria ainda existia
no tempo da conquista árabe ou de que essas tropas a destruíram?


Uma professora universitária, especialista em história das religiões, sonha com uma vida de aventuras, desconhecendo que o seu desejo está prestes a concretizar-se.
Arno Holmstrand, um reputado académico, deixa um conjunto de pistas à jovem professora momentos antes de ser assassinado. Emily inicia então uma busca tão inesperada quanto perigosa: a localização da biblioteca perdida de Alexandria. Durante sete séculos, o edifício guardou o maior património cultural e científico da Antiguidade. O mundo julga esse tesouro perdido para todo o sempre, mas as evidências levam Emily a questionar a história.
Decifrando as sucessivas pistas deixadas pelo misterioso guardião, Emily lança-se numa corrida contra o tempo para impedir que o paradeiro da biblioteca e a sua preciosa sabedoria caia nas mãos erradas.





O nosso amigo já escolheu o livro dele.
 
Visite-nos e leia o livro que escolhemos para si.
 
 
Bom Fim de Semana com Boas Leituras


setembro 11, 2014

11 de setembro de 2001

FAZ 13 ANOS QUE O  TERROR  VEIO  DO  CÉU 

A História está cheia de feitos heroicos e conquistas fantásticas, mas também de acontecimentos terríveis. O dia 11 de setembro de 2001 inscreve-se nesta categoria. Foram acontecimentos que introduziram o uso frequente de termos como TERRORISMO.
 
Terrorismo - s.m. Uso ou ameaça de violência, com o objetivo de atemorizar um povo e enfraquecer a sua resistência. Entre os atos mais comuns de terrorismo estão o assassinato, o bombardeamento e o sequestro.
In, Dicionário on-line de Português
 
Já muito se falou e escreveu sobre os acontecimentos de 11 de setembro de 2001.
Não vamos acrescentar mais nada. Vamos apenas recordar o que escrevemos em 2013, dado que o seu conteúdo continua na ordem do dia.
 

 
 
Um conhecimento mais profundo dos acontecimentos que ocorreram a 11 de setembro de 2001, ajuda-nos a compreender melhor a realidade atual e algumas das atrocidades que continuam a chocar o Mundo. 
Por isso, convidamo-lo a vir à Biblioteca Municipal e a requisitar um dos vários livros que possuímos e onde o tema é abordado, sob variadas perspetivas e suportes. 
 
 
A INFORMAÇÃO AJUDA-NOS A INTERPRETAR A REALIDADE.
 
VENHA À BIBLIOTECA MUNICIPAL
LEIA E MANTENHA-SE INFORMADO
 
 
 



 

setembro 04, 2014

MANUAIS ESCOLARES NA BIBLIOTECA

Com a proximidade de mais um ano letivo, aumenta a preocupação dos pais e encarregados de educação. Nesta fase, não é ainda o desempenho escolar dos filhos a preocupação que surge em primeiro lugar. Agora, a preocupação mais imediata, é a compra dos materiais e, sobretudo, dos manuais escolares. É uma fase preocupante e com forte impacto nos orçamentos familiares.


Quem tem filhos sabe do que estamos a falar.
É uma fase em que qualquer ajuda é bem-vinda.

Por isso, a Biblioteca Municipal, à semelhança dos anos anteriores, pode dar um pequeno contributo. Não aquele que muitas famílias gostariam de ter, mas aquele que nos é possível prestar.


 
A Biblioteca Municipal dispõe de alguns manuais escolares,
que pode ceder gratuitamente a quem deles necessitar.
 
São manuais que foram entregues voluntariamente por quem deles já não necessitava. Infelizmente, muitos deles já não constam da lista de livros adotados para este ano letivo. Mesmo assim, podem ainda constituir recursos e complementos formativos, com conteúdos perfeitamente válidos.
 
Os manuais encontram-se expostos no átrio da entrada
da Biblioteca Municipal.


PASSE POR CÁ.
SE PRECISAR, LEVE.
 

 


agosto 27, 2014

QUEM MATOU NOLA KELLERGAN?




Caro Leitor, aproveite os últimos dias de férias, escolha a melhor posição
 para ler o romance e saiba . . . quem matou Nola Kellergan!
 

"É muito invulgar, mas quando acontece é absolutamente excitante. Jovem ou velho, leitor exigente ou fácil de contentar, mulher ou homem, lerá sem interrupção, até à última página, o romance de Joël Dicker. Terminará de o ler exausto e exultante, graças ao jorro contínuo de adrenalina literária que o autor injetou continuamente nas suas veias..."
                                                                                                                  Le Figaro Littéraire

 
A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert
De Joël Dicker
Editado pela Alfaguara
 
 
Verão de 1975, Aurora. Nola Kellergan, uma jovem de quinze anos, desaparece misteriosamente da pequena vila costeira de Nova Inglaterra. As investigações da policia são inconclusivas. Primavera de 2008, Nova Iorque. Marcus Goldman, jovem escritor, vive atormentado por uma crise da página em branco, depois do seu primeiro romance ter sido um sucesso inesperado. Sente-se incapaz de escrever, e o prazo para entregar o novo romance expirará dentro de poucos meses.
Junho de 2008, Aurora. Harry Quebert, professor universitário e um dos escritores mais respeitados do país, é preso e acusado de assassinar Nola Kellergan, depois de o cadáver da rapariga ser descoberto no seu jardim.
Alguns meses antes, Marcus, amigo e discípulo de Harry, descobrira que o professor vivera um romance com Nola, pouco tempo antes do desaparecimento da jovem. Convencido da inocência de Harry, Marcus abandona tudo e parte para Aurora para conduzir  a sua própria investigação. O objetivo é salvar a sua carreira, escrevendo um livro sobre o caso mais quente do ano, e dar resposta à incógnita que inquieta toda a América: Quem Matou Nola Kellergan?


"Um bom livro, Marcus, é um livro que lamentamos ter acabado de ler."




Joël Dicker nasceu a 16 de junho de 1985 em Genéve, Suiça. A verdade sobre o caso Harry Quebert é o seu segundo romance, com o qual arrecadou vários prémios:
  • Prix da la Vocation Bleustein-Blanchet,
  • O Grande Prémio de Romance da Academia Francesa,
  • O Prémio Goncourt des Lycéens,
  • Prémio da revista Lire para Melhor Romance em língua francesa.


Tudo boas razões para nos visitar e assim terminar as férias envolto em mistério.

Esperamos por si





 

agosto 22, 2014

DEPOIS DE 40 ANOS, O REENCONTRO




 
Estela de Carlotto, de 82 anos, mítica líder da organização humanitária Avós da Praça de Maio, descobriu o seu neto desaparecido há quase quatro décadas. Ignacio Hurban, ou Guido, o seu nome de nascimento, submeteu-se a um teste de ADN e descobriu então que era filho de Laura de Carlotto e Waldir Oscar Montoya. Ambos eram membros da organização guerrilheira Montoneros e foram ambos assassinados pelo regime do general Videla.
 
 
 
 
 
A missão de Estela e das outras avós é de encontrar as crianças raptadas e ilegalmente adotadas durante a ditadura militar que governou a Argentina entre 1976 e 1983. Segundo organizações de direitos humanos, o regime sequestrou, torturou e assassinou cerca de 30 mil pessoas.
O tratamento para com os detidos era brutal. As mulheres grávidas só eram executadas depois de darem à luz. Eram-lhes então retirados os filhos, que eram adotados por famílias ligadas ao poder. Só então eram fuziladas, como foi o caso de Laura de Carlotto, em novembro de 1977.
8.000 é o número de argentinos que fizeram teste de ADN para saberem se os seus pais biológicos foram vítimas da Junta Militar.
Desde o aparecimento de Ignacio Hurban, as Avós da Praça de Maio já receberam centenas de novos interessados em fazer testes de ADN.
 
 
 
Assim como o mundo ficou emocionado com este
 reencontro familiar,
pode o Leitor emocionar-se também com a nossa
sugestão de leitura de fim de semana.
 


Da escritora argentina Elsa Osorio
Publicado pelas Edições Asa
Há Vinte Anos, Luz

 
 
 
 Luz Iturbe, argentina, viaja até Madrid para conhecer o pai, Carlos Squirru, e contar-lhe a sua história - uma história que começou em 1976, quando a Junta Militar ocupava o poder e os militantes de esquerda eram sequestrados, torturados e assassinados ...
Entrelaçando um amplo e representativo leque de personagens, pondo a nu aspetos desconhecidos da sociedade argentina nos tempos da ditadura, Há Vinte Anos, Luz constrói-se como uma história policial em que o suspense se mantém da primeira à última página. Mas também como uma história de amor - desse amor que obriga cada um dos protagonistas a tirar a venda dos olhos e a procurar obstinadamente a verdade.


"Que la literatura dé cuenta de la historia"
                                                                                     Elsa Osorio



 
 Elsa Osorio, nasceu em Buenos Aires em 1952. Amante de livros policiais, começou a escrever ainda muito jovem. Em 1983 ganhou o Prémio Nacional de Literatura da Argentina com o seu livro de contos Ritos Privados.
Há Vinte Anos, Luz, nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana, já é considerado em clássico da literatura latino-americana, foi traduzido em mais de quinze idiomas e em breve será levado ao grande écran. Foi ainda finalista do prestigiado Prémio Femina em França e venceu o  Prémio da Amnistia Internacional.

 
 
 
 "Esta novela escrita contra el olvido es una novela que no se olvidará"
                                                                                                                      Der Spigel





Bom Fim de Semana
Com Boas Leituras


Ilustração de Karin Jurik
 

 

agosto 12, 2014

É PROIBIDO FALAR COM ESTRANHOS


É proibido falar com estranhos
Sinal de trânsito à entrada do
 Parque do Lago do Patriarca em Moscovo

É véspera da Páscoa em Moscovo dos anos 30 e véspera da Páscoa em Jerusalém no ano 33 D.C., antes da morte de Jesus Cristo. No centro de Moscovo, no Parque do Lago do Patriarca, dois escritores russos conversam sobre a existência de Jesus Cristo. E na figura de um elegante mágico, Woland, (baseado em Estaline)  o diabo aparece, dominando rapidamente a conversa. Conta descontraído um seu pequeno almoço com Kant, o frente a frente entre Pilatos e Jesus da Nazaré e garante a verdade da existência de Jesus Cristo, ao afirmar que presenciou a crucificação. Ponto de partida para a discussão entre o bem e o mal, sobre Deus e o Diabo, a coragem e a cobardia, a inocência e a culpa, o romance defende a liberdade de espírito num mundo que não é livre.
 
 
Mikhail Bulgakov,
escritor soviético, deixou como herança um dos maiores romances do século XX.
 
Margarita e o Mestre
é uma sátira impiedosa da Rússia soviética.
 
 
O romance, escrito em segredo, foi interdito durante quase 30 anos. Bulgakov tinha plena consciência que a sua obra-prima nunca poderia ser publicada durante a sua vida, foi publicada pela primeira vez após a morte de Estaline, como folhetim, numa revista, em 1967. Apesar de fortemente censurada, teve um enorme êxito.
 
 
Gato Behemoth e Koroviev em Moscovo

 
Margarita e o Mestre influenciou Salman Rushdie em "Os Versículos Satânicos"; na década de 1960, Mick Jagger foi influenciado pelo livro para escrever o tema dos Rolling Stones "Sympathy for the Devil"; os Pearl Jam em "Pilate"; os Franz Ferdinand em "Love and Destroy"; York Höller na ópera "Der Meister und Margarita" e na banda desenhada de Christophe Bec e Richard Marazano em "Zero absolu".
 
 
 
"Isso de um escritor que fica em silêncio não existe.
Se fica em silêncio, isso significa que nunca foi um verdadeiro escritor."
 
 
Mikhail Bulgakov, nasceu a 15 de maio de 1891 em Kiev, formou-se em medicina em 1916 e prestou serviço como médico de campanha no Exercito Branco durante a Guerra Civil Russa.
Exerceu a profissão de médico até 1920, altura em que decidiu dedicar-se inteiramente à literatura e ao teatro, apesar das dificuldades encontradas.
A sua recusa em fugir da sua pátria, ou de se tornar porta-voz da propaganda comunista, tornou-o, segundo ele, "o único lobo literário" da União Soviética. Muitas das suas obras foram reprimidas e em 1930, numa carta ao governo soviético, a pedir autorização para emigrar, Bulgakov traçou o destino que enfrentava como escritor proibido: " perseguição, desespero e morte".
A sua obra, quando era permitida a sua publicação, era muito popular. O seu grande êxito Os Dias dos Turbins, uma adaptação de um seu romance sobre a Guerra Civil, A Guarda Branca, estreou-se em 1926. Foi a primeira peça desde a Revolução a dar um retrato simpático dos Brancos contrarrevolucionários.  Sob coação, Bulgakov muda o título da peça e arranja um final simpático para a causa comunista. Tornou-se a peça favorita de Estaline que a viu 15 vezes e exigiu que a mesma passasse a fazer parte do repertório do Teatro das Artes de Moscovo, e apoiou a admissão do autor como encenador assistente nesse teatro,  possibilitando assim a  sua única fonte de rendimento.
Demitido em 1936, ocupou-se da escrita de Margarita e o Mestre até à sua morte a 10 de março de 1940.
Bulgakov não era um dissidente enquanto tal: sobreviveu na Rússia estalinista para escrever. Era um escritor vulgar e não um batalhador político e fez os seus compromissos com o regime  afim de sobreviver. Muitos escritores foram mortos por Estaline, mas, como Bulgakov escreveu, "Os manuscritos não ardem".


Koroviev, o gato Behemoh, Margarita, Woland e muitos outros esperam por si.
 

E Nós Também
 
Não Vá de Férias Sem Passar Pela Sua Biblioteca

 

agosto 08, 2014

VÁ DE FÉRIAS, E FAÇA COMO ELES



Passaram pela Biblioteca Municipal
e numa daquelas malas vão livros para toda a família.
Leitura é que não vai faltar nas férias!!!


 
O livro que não vai viajar com aquela família,
é a nossa sugestão de leitura para este fim de semana.
 
É um romance sobre o amor sem limites, a traição e os custos da vingança - e também uma obra arrojada sobre as tensões homossexuais reprimidas, sobre as vidas desperdiçadas de tantos portugueses na Primeira Guerra Mundial e sobre as diferenças - se é que existem - entre o teatro e a vida real.
 
 
 
Da escritora Ana Cristina Silva
Publicado pela Oficina do Livro
A Segunda Morte de Anna Karérina
 
 
 
 
Violante tinha, desde criança, um talento raro para a representação e, com a ajuda de Luís Henrique, um grande ator com quem acabou por se casar, tornou-se uma das mais aplaudidas atrizes portuguesas do princípio de século XX. Contudo, os que a veem brilhar e afirmar o seu génio no palco dos maiores teatros nacionais desconhecem o terrível segredo que minou a sua vida e levou para longe o marido numa noite que podia ter acabado em tragédia. Agora, que Violante visita, longe da multidão, o jazigo de Rodrigo - um jovem oficial português caído na guerra das trincheiras em França -, espera finalmente sentir o desgosto da mãe que não chegou a ser, mas descobre que o filho que não criou carregava, afinal, no peito um peso tão grande ou maior do que o seu.
E, com o espetro das recordações que esta revelação desencadeia, regressa também inesperadamente o próprio Luís Henrique, desejoso de obter, ao fim de tantos anos, a resposta que Violante não lhe pôde dar. O problema é que, numa conversa entre dois atores de exceção, nunca se sabe exatamente o que é verdade.
 
   
 

 
 

Ana Cristina Silva nasceu a 11 de novembro de 1964, em Vila Franca de Xira. É docente universitária no Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Doutorada em Psicologia da Educação, especializou-se na área da aprendizagem da leitura e da escrita, desenvolvendo investigação neste domínio com obra científica publicada em Portugal e no estrangeiro.
A sua estreia literária ocorreu em 2002 com a publicação do romance "Maria, Todas as Cartas". Em 2011, o seu romance "Cartas Vermelhas" foi selecionado como Livro do Ano pelo jornal Expresso e finalista do Prémio Literário Fernando Namora. O seu romance "O Rei do Monte Brasil", publicado em 2012, foi finalista do Prémio SPA/RTP e vencedor do Prémio Urbano Tavares.
"A Segunda Morte de Anna Karénina", nossa sugestão de leitura de fim de semana, é o seu décimo romance.
 
 
Boas Férias
ou
Bom Fim de Semana
Com Boas leituras 
 
 


 
 

agosto 01, 2014

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