agosto 12, 2015

"TINHA DE HAVER ALGUMA COISA ANTES DE O INFERNO SE INSTALAR"





"E foi através do olhar de duas famílias judias que decidi contar 
como se transforma uma cidade feliz numa coisa obscena como Auschwitz"
                                                                                                                João Pinto Coelho


Osphitzin, o nome da pacata cidade polaca que os alemães, 
em 1939 rebatizaram e transformaram no maior campo de extermínio de sempre.




Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald's a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah. Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador.
Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; à sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou.

João Pinto Coelho escreveu
As Publicações D. Quixote editaram
a obra finalista do Prémio Leya em 2014
Perguntem a Sarah Gross

 


"E, se perguntarem, terei de vos dizer que é muito, mas muito bom, 
impossível de largar depois de se começar a ler. 
Perguntem-me, e dir-vos-ei que é imperioso que o leiam"
Maria do Rosário Pedreira



João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967. Licenciou-se em Arquitetura em 1992 e viveu a maior parte da sua vida em Lisboa. Passou diversas temporadas nos Estados Unidos, onde chegou a trabalhar num teatro profissional perto de Nova Iorque e dos cenários que evoca neste romance. Em 2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho da Europa que tiveram lugar em Auschwitz, na Polónia, trabalhando de perto com diversos investigadores sobre o Holocausto.
No mesmo período, concebeu e implementou o projeto Auscwitz in 1st Person/A letter to Meir Berkovich, que juntou jovens portugueses e polacos e que o levou uma vez mais à Polónia, às ruas de Oswiécim e aos campos de concentração e extermínio. A esse propósito tem realizado diversas intervenções públicas, uma das quais, como orador, na conferência internacional Portugal e o Holocausto, que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2012.
Perguntem a Sarah Gross é o seu primeiro romance





- Óscar vou já brincar ...
- Óscar já falta pouco ...
- Óscar enquanto não acabar de ler Perguntem a Sarah Gross, não saio daqui !!!


agosto 07, 2015

NÃO, NÃO FORAM NO COMBOIO...


Óscar, um dos cães sortudos que não vai ser abandonado estas férias.


A família Ferreira e o Óscar foram de férias de carro.

No comboio, vai a Rachel, uma das personagens do livro da nossa
sugestão de leitura para o seu fim de semana
Thriller com mais de 2 milhões de exemplares vendidos
 em todo o mundo em apenas 3 meses 
e já em processo de vir a ser adaptado ao cinema pela DreamWorks. 

E enquanto isso acontece
pode o Leitor requisitar, na sua Biblioteca, 
este thriller arrepiante,

A Rapariga no Comboio
editado pela Top Seller e escrito pela autora Paula Hawkins.


"A policia está convencida de que sou uma tarada.
 Acham que não passo de uma obcecada, de uma maluca desequilibrada".


Todos os dias, Rachel apanha o comboio...
No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.


Paula Hawkins, nascida e crida no Zimbabué, mudou-se para Londres em 1989, onde vive atualmente. Foi, durante 15 anos jornalista na área financeira, antes de se dedicar inteiramente à escrita de ficção. 
A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana é o seu primeiro romance e manteve acordado toda a noite Stephen King.

Pintura de Karin Jurick


De Férias ou de Fim de Semana
Não deixe de Ler na companhia do seu amigo

Esperamos por si...




julho 24, 2015

MÁRIO CLÁUDIO, PREMIADO COM O LIVRO "RETRATO DE RAPAZ"



Mário Cláudio, pseudónimo literário de Rui Manuel Pinto Barbot Costa, escritor português, foi recentemente galardoado com o Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores (A.P.E,), com o romance "Retrato de Rapaz". É a segunda vez que o autor viu a sua obra distinguida com este prémio, tendo sido já galardoado em 1984 com o livro "Amadeo".


Francisco José Viegas,
sobre "O Retrato de Rapaz"


Nascido no Porto, a 6 de novembro de 1941, Mário Cláudio é formado em Direito pela Universidade de Coimbra, diplomado com o Curso de Bibliotecário-Arquivista, da Faculdade de Letras da mesma Universidade, e Master of Arts em Biblioteconomia e Ciências Documentais, pela Universidade de Londres. 
Ficcionista, poeta, dramaturgo e ensaísta, Mário Cláudio é um autor com uma vasta e multifacetada obra, que se encontra traduzida em várias línguas. Para além do Grande Prémio da A.P.E., recentemente atribuído, o escritor já viu a sua vida literária ser largamente reconhecida e galardoada, nomeadamente, com o Prémio PEN Clube (1998), com o Prémio Eça de Queirós, Prémio Vergílio Ferreira, Prémio Fernando Namora e o Prémio Pessoa (2004).


"Retrato de Rapaz", publicado pela D. Quixote, faz parte de uma trilogia de novelas que Mário Cláudio dedicou às relações entre as pessoas de idades distintas. Este é o segundo livro da trilogia e ficciona a vida de Giacomo, um discípulo no estúdio do pintor renascentista Leonardo da Vinci. A trilogia foi iniciada em 2008, com o livro "Boa noite, Senhor Soares", que recria o microcosmo do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, trazendo para a cena um aprendiz, que trabalha no mesmo escritório de Bernardo Soares, e a relação com António, "moço de escritório". A trilogia ficou concluída este ano (2015) com o livro "O fotógrafo e a Rapariga".

E é este livro que sugerimos para 
leitura de fim de semana.


"Os protagonistas deste livro são o britânico Charles Dodgson, que se celebrizou com o pseudónimo Lewis Carroll com que assinou, entre outros, o clássico "Alice no País das Maravilhas", e Alice Lidell, a rapariga que o inspirou, posando provocadoramente para os seus retratos e alimentando as suas fantasias. Uma pequena ficção absolutamente sublime." 










julho 14, 2015

OS DADOS DO 1.º SEMESTRE

Terminado o primeiro semestre de 2015, vamos hoje apresentar alguns números, que refletem parte da atividade da Biblioteca Municipal e dos serviços por ela prestados.
Através do gráfico apresentado a seguir, podemos ver o número de livros emprestados para leitura domiciliária e a comparação com os meses análogos do ano anterior.


Comparativamente ao ano anterior, verificamos que houve um decréscimo na quantidade de livros emprestados. De 4.442 livros emprestados no 1.º semestre de 2014, passámos para 3.773 em 2015, significando uma redução de 669 livros requisitados.

A causa para este decréscimo pode, eventualmente, encontrar-se na diminuição da população residente na Marinha Grande (?), no menor fluxo de entrada de livros novos na Biblioteca Municipal, na desmotivação e desencanto generalizado, na concorrência de novas tecnologias e fontes de informação, entre outras.

Contudo, não deixámos de registar novas adesões, com a inscrição de 119 novos leitores, distribuídas da seguinte forma: 72 inscrições de novos leitores com idade acima dos 18 anos, 14 com idade compreendida entre os 13 e os 17 anos e as restantes 33 inscrições de crianças até aos 12 anos. 



Da totalidade de livros requisitados, cerca de 71% foram por leitores numa faixa etária acima dos 18 anos, 6% na faixa situada entre os 13 e os 17 anos e 23% dos livros emprestados pela Biblioteca Municipal destinaram-se a leitores até aos 12 anos.



TOP dos 6 mais requisitados
ao longo do primeiro semestre























julho 08, 2015

QUE IMPORTA A FÚRIA DO MAR



"O mar não se submete nunca, a não ser a forças fora deste mundo, como as da Lua, das pressões, das correntes, dos ventos e das marés.(...)
Às vezes empolgava-se com as suas narrativas, as perseguições pelos telhados da Marinha Grande, as prisões, o desterro, a longa viagem de barco nos porões como escravos nas galés, o contacto com os marinheiros da revolta de 1936".
Ana Margarida de Carvalho
In, Que Importa a Fúria do Mar



Que Importa a Fúria do Mar
Ana Margarida de Carvalho
Editora Teorema

Romance de estreia de Ana Margarida de Carvalho foi finalista do Prémio Leya de 2012 e venceu, por unanimidade, entre os 107 livros admitidos a concurso o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE) 2013.


Numa madrugada de 1934, um maço de cartas é lançado de um comboio em andamento por um homem que deixou uma história de amor interrompida e leva uma estilha cravada no coração. Na carruagem, além de Joaquim, viajam os revoltosos do golpe da Marinha Grande, feitos prisioneiros pela Polícia de Salazar, que cumprem a primeira etapa de uma viagem com destino a Cabo Verde, onde inaugurarão o campo de concentração do Tarrafal.
Dessas cartas e da mulher a quem se dirigiam ouvirá falar muitos anos mais tarde Eugénia, a jornalista encarregada de entrevistar um dos últimos sobreviventes desse inferno africano e cuja vida, depois do primeiro encontro com Joaquim, nunca mais será a mesma. Separados pelo tempo, pelo espaço, pelos continentes, pela malária e pelo arame farpado, os destinos de Joaquim e Eugénia tocar-se-ão, apesar de tudo, no pêlo de um gato sem nome que ambos afagam e na estranha cumplicidade com que partilham memórias insólitas, infâncias sombrias e amores decididamente impossíveis.


"O romance passa-se em duas épocas , em paralelo, nos anos 1930, a partir da revolta na Marinha Grande, e na atualidade, no século XXI, e é um livro que contém outras fúrias e revoltas, como a dos marinheiros, e as nossas fúrias quotidianas, conjugais, laborais, etc."
Ana Margarida de Carvalho


Ana Margarida de Carvalho, filha do escritor Mário de Carvalho, nasceu em Lisboa. Licenciada em Direito, é jornalista na Revista Visão há 20 anos e ocupa neste momento o cargo de Grande Repórter.
Como jornalista assinou reportagens que lhe valeram sete dos mais prestigiados prémios do jornalismo em Portugal, entre os quais o Prémio Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, do Clube de Jornalistas do Porto ou da Casa de Imprensa.
Publicou artigos em várias publicações, entre elas a Revista Ler, Jornal de Letras, Marie Claire. Lecionou Escrita Criativa em workshops, foi jurada em vários concursos oficiais e festivais de cinema.




"O gato, que se chamou sempre gato, (...) trocou-a. 
Preferiu um velho tão modorrento quanto ele, ..."






julho 03, 2015

CÓDIGO PENAL OU OS MAIAS?



Leitura para Férias

"Eu, que pertenço àquela desgraçada, e decerto traumatizadíssima, geração que fez exames desde a terceira classe, ando fascinada a ler as declarações aos jornais de muitos jovens que, de repente, se vêem confrontados com esse bicho de sete (ou mais) cabeças.
Há quem fale de "ditadura" porque - ó céus! - não se pode sair da sala enquanto a prova decorre.
Há quem precise que lhe ensinem que, durante o tempo que durar o exame, não podem levantar-se, falar, enfim, têm de estar quietos e comportar-se civilizadamente.
Mas, palavra que o que mais me surpreendeu foi a desenvolta resposta de um jovem que se preparava para fazer o exame de Português do 12º ano, e confessava estar um pouco aflito por não ter conseguido ler Os Maias. Aquilo - explicava ele - era uma chatice. Aquilo eram descrições atrás de descrições, quem é que podia aguentar uma coisa daquelas, sem diálogos, sem nada. Tive receio que ele acrescentasse "e sem bonecos", mas não, vá lá!
Remata apenas dizendo que ele - que ia tentar entrar para Direito - até já tinha lido, e sem nenhuma dificuldade, o Código Penal.
Agora Os Maias? Isso é que era mesmo uma seca, isso é que ele não tinha conseguido.
Desde então - juro - tenho andado com uma vontade imensa de ler o Código Penal. Pelos vistos tenho-me privado de um romance divertidíssimo, cheio de diálogos de uma ponta à outra, o artigo 56 em amena cavaqueira com o artigo 73, casarão, não casarão?, com quem andará a dormir o artigo 35 que, praticamente já dormiu com todos, enfim, assim uma coisa levezinha, uma mistura de Margarida Rebelo Pinto e Nicholas Spark.
Quando finalmente puder ir de férias, já tenho leitura escolhida: aterro no areal da Costa Nova com o Código Penal dentro do saco, entre a toalha e o protetor solar. E não se admirem se as minhas gargalhadas se ouvirem no farol da Barra. É tudo por causa do Código Penal".

Alice Vieira
In, Pezinhos de Coentrada




Caro Leitor, não precisa de ir tão carregado.
Já chega ter de carregar com o chapéu de sol, a cadeira,
 a toalha, o protetor solar, ...
1226 páginas tem o Código Penal, imagine o peso!!! 



E de certeza que a sua leitura não é tão interessante como
 as nossas sugestões escolhidas a pensar em si.

Pintura de Brian Cameron

Faça como ela, 
vá de férias, mas antes passe por cá!!




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