abril 14, 2011

"PARA OS FILHOS DOS HOMENS QUE NUNCA FORAM MENINOS"

Soeiro Pereira Gomes nasceu em Gestaçô, Porto, a 14 de abril de 1910. Frequentou a Escola Agrícola de Coimbra, onde tirou o curso de regente agrícola. Emigrou para Angola onde exerceu a sua profissão durante cerca de um ano. De regresso a Portugal fixou-se em Alhandra, em 1932, onde trabalhou como empregado de escritório na Fábrica de Cimentos Tejo. Aqui desenvolveu uma intensa actividade de dinamização cultural junto dos operários. Mas foi como escritor que Soeiro Pereira Gomes se notabilizou, sendo um dos mais coerentes e claros exemplos da ficção neo-realista em Portugal.



A sua obra maior é "Esteiros", publicada em 1941, com ilustrações de Álvaro Cunhal. Dedicado "aos filhos dos homens que nunca foram meninos" o romance "acompanha (...) as deambulações de um grupo de miúdos (...), cuja condição social lhes impõe, em vez da escola, o trabalho numa rudimentar fábrica de tijolos à beira-Tejo."


 

"Engrenagem" é igualmente uma obra central do neo-realismo português, escrita na clandestinidade, foi publicada em 1951, já depois da sua morte. Assim como "Contos Vermelhos", "Última Carta" e "Refúgio Perdido", obras publicadas postumamente.

Morreu em Lisboa a 5 de dezembro de 1949.


Veja AQUI a bibliografia do autor que a Biblioteca Municipal
tem à sua disposiçao para empréstimo domiciliário.

abril 13, 2011

FÉRIAS DA PÁSCOA


"Ah! Tu, livro despretensioso, que, na sombra de uma prateleira, uma criança livremente descobriu, pelo qual se encantou, e, sem figuras, sem extravagâncias, esqueceu as horas, os companheiros, a merenda... tu, sim, és um livro infantil, e o teu prestígio será, na verdade, imortal."

Cecília Meireles

 Venha com os  seus meninos à
Biblioteca Municipal
nestas férias da Páscoa e participe nas actividades que programámos para eles.
 Para além dos  livros e dos filmes, temos também todos os dias, a partir das 15h00, diversas actividades.


foto retirada do blog "o tapete vermelho das imagens"
As actividades estão condicionadas à capacidade da sala e recursos existentes 

abril 11, 2011

ANTÓNIO DE SPÍNOLA

Nasceu em Estremoz a 11 de Abril do 1910. Foi um militar e político português, décimo quarto presidente da república portuguesa e o primeiro após o 25 de Abril de 1974.

Com o início da guerra em Angola oferece-se como voluntário e organiza o Grupo de Cavalaria 345. É colocado com a sua unidade, em Angola, em 1961, onde permanecerá até 1963. Em novembro de 1973 é convidado por Marcelo Caetano, numa tentativa de o colocar no regime, para ocupar a pasta de Ministro do Ultramar, cargo que não aceita.

O seu livro "Portugal e o Futuro" é publicado a 23 de fevereiro de 1974, onde já expressava a ideia de que a solução para o problema colonial passava por outras vias que não a continuação da guerra.



A 25 de Abril de 1974, como representante do MFA (Movimento das Forças Armadas), aceita do Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, a rendição do governo, o que significa uma transmissão de poderes. Ocupará a Presidência da República a 15 de maio de 1974, cargo que irá exercer até 30 de setembro desse mesmo ano, altura em que renuncia e é substituído pelo general Costa Gomes.

O importante papel que desempenhou é oficialmente reconhecido a 5 de fevereiro de 1987, pelo então Presidente da República Mário Soares, ao empossá-lo como Chanceler das Antigas Ordens Militares e ao entregar-lhe as insígnias da Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, pelos "feitos de heroísmo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da República após a ditadura".

A 13 de agosto de 1996, Spínola morre com 86 anos.



A Biblioteca Municipal tem à sua disposição para empréstimo domiciliário
o seu livro "Portugal e o Futuro".
Poderá requisitá-lo dentro do horário de funcionamento da Biblioteca Municipal.

abril 08, 2011

MINIATURAS DE BARCOS DO TEJO

Como sugestão de fim-de-semana deixamos-lhe um CONVITE.

Venha à Biblioteca Municipal e visite a mostra de artesanato "Miniaturas de Barcos do Tejo", feitas em cortiça, da autoria de Fernando de Oliveira. 

Fernando de Oliveira, nasceu em 1940 em Sarilhos Pequenos, freguesia do concelho da Moita,  oriundo de uma família com ligações à faina no rio Tejo.
Aos 26 anos veio para a Marinha Grande trabalhar na indústria vidreira. Reformado, dedicou-se a este hobby como forma de homenagear as gentes ribeirinhas.

Entre os modelos expostos, podemos ver algumas miniaturas de Arte Xávega inspiradas nos barcos usados na pesca na Praia da Vieira e na Nazaré.

E por falarmos em Arte Xávega, deixamos como sugestão de LEITURA DE FIM-DE-SEMANA o livro "A Arte Xávega na Praia da Vieira: História e Imagens", de Francisco Oneto Nunes, edição da Junta de Freguesia de Vieira de Leira, 2004.
  

 "O presente volume revela-nos o olhar dos fotógrafos em torno da mais característica forma de pesca do litoral português - a arte xávega, que ainda hoje se pratica na Praia da Vieira e em muitas outras localidades desta zona do país.(...) Este livro representa um esforço no sentido de compreender as transformações por que passou o exercício da pesca com artes de xávega ao longo dos séculos XIX e XX, perspectivando as circunstâncias ecológicas e a historicidade das práticas do trabalho que constituíram o molde para a emergência da ocupação humana dos areais da Praia da Vieira."

abril 07, 2011




DESAFIO de ABRIL

Aproveitando a  passagem de mais um ano sobre o 25 de Abril de 1974,
 o nosso blogue lançou um novo DESAFIO.

Para saber do que se trata consulte a nossa página DESAFIO

"POETA D'ORPHEU, FUTURISTA E TUDO"

" Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!"



Almada Negreiros, conhecido como "Mestre Almada", nasceu em S.Tomé e Príncipe a 7 de Abril de 1893. Foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta e dramaturgo.
Foi também um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.
Em 1913,  apresenta na Escola Internacional de Lisboa a sua primeira exposição individual, composta de 90 desenhos; aqui trava conhecimento com Fernando Pessoa, com quem edita a Revista Orpheu, juntamente com Mário de Sá Carneiro. 
Em 1954 casa com a pintora Sarah Afonso.



"Eu não sou pessimista nem optimista,
entre mim e a vida não há nenhum mal entendido"

O seu romance "Nome de Guerra", a sua obra literária mais conhecida, é publicado em 1938, treze anos depois de escrito, e é considerado um dos romances fundamentais do século XX português.  
Em 1954 Almada pinta o célebre retrato de Fernando Pessoa, que em 1970 foi leiloado, atingindo o valor de 1300 contos, o valor mais alto de sempre. 
Em 15 de junho de 1970 morre no Hospital de São Luís dos Franceses, no mesmo quarto em que havia falecido Fernando Pessoa. 
Segundo António Ferro, Almada Negreiros não foi capaz de escolher nenhuma das artes, " as artes é que o escolheram todas a ele".


"Bem haja o povo que encontrou para seu idioma esta denunciante expressão da pessoa que é vítima de si mesma: a esperteza saloia"


Júlio Dantas, médico, poeta, jornalista e dramaturgo, é a maior figura da intelectualidade da época e afirma que a "Revista" é feita por gente sem juízo. Irónico, mordaz, provocador, Almada responde com o Manifesto Anti-Dantas, onde escreve: ..."uma geração que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra! Pim!"


Reconhecimento à loucura

Já alguém sentiu a loucura
Vestir de repente o nosso corpo?
Já.
E tomar a forma dos objectos?
Sim.                                                                                               
E acender relâmpagos no pensamento?
Também.
E às vezes parecer ser o fim?
Exactamente.


Em tempos, Almada respondera a alguém:
"As pessoas que eu mais admiro são aquelas que nunca acabam"


Venha conhecer melhor o "Mestre Almada".
Veja AQUI a bibliografia que a Biblioteca Municipal tem à sua disposição

abril 06, 2011

Contamos ...CONTIGO


Hoje tivemos a alegre visita dos meninos da Sala das Joaninhas do Jardim Infantil Arco-íris. O grupo era constituído por 19 crianças, com 3 anos de idade e fizeram-se acompanhar pela respectiva educadora e auxiliar. Como o tempo também ajudava, as crianças vinham bastante alegres, ativas e muito bem dispostas, fato que muito contribuiu para que as atividades resultassem muito animadas.

A visita teve início com um breve Bibliotour pelos diferentes espaços da Biblioteca e  terminou na sala Infantil com a leitura do livro "O porquinho Vitor",  de Jorge Amaro e Luís Valente.
Dado que o grupo continuava bastante recetivo e bem disposto, a Tecnica da Biblioteca deu sequência à atividade com um livro de adivinhas, adaptadas à respetiva faixa etária, tendo os meninos correspondido na perfeição acertando em todas as adivinhas.
A visita terminou com o habitual contacto individual com os livros que foram objecto de uma prévia seleção feita pelas Tecnicas da Biblioteca.
Os  meninos despediram-se prometendo voltar em breve, acompanhados dos pais para se inscreverem como novos leitores.

abril 04, 2011

I HAVE A DREAM


"Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados
 pela sua personalidade, não pela cor da sua pele".


A 4 de abril de 1968, Martin Luther King, líder da causa dos direitos civis nos Estados Unidos da América, foi morto com um tiro, num hotel de Memphis pouco tempo antes de iniciar mais uma Marcha Não Violenta pelos Direitos Civis. Tinha 39 anos.

O seu discurso mais famoso é "Eu tenho um sonho". No original "I have a Dream" é o nome popular dado ao seu histórico discurso público em 1963.  Martin Luther King falava da necessidade de união e coexistência pacífica entre negros e brancos.


Este discurso, realizado no dia 28 de agosto de 1963 nos degraus do Lincoln Memorial em Washington, D.C., foi um momento decisivo da história do Movimento Americano pelos Direitos Civis.

Martin Luther King foi a mais nova personalidade a receber o Prémio Nobel da Paz em 1964.

"O que me preocupa não é o grito dos maus,
 É o silencio dos bons".




Consulte AQUI bibliografia sobre Direitos Humanos
que a Biblioteca Municipal tem à sua disposição


Nota do blog: Para os mais distraídos chamamos a atenção, que na sexta-feira foi o dia 1 de Abril, Dia das Mentiras e o conteúdo da nota do blog da mensagem publicada nesse dia não corresponde à verdade.

abril 01, 2011

MONTRA DE LIVROS




A nossa Montra de Livros desta semana pretende assinalar o dia 2 de Abril,  Dia Internacional do Livro Infantil, comemorado desde 1967 por iniciativa da IBBY- Internacional Board on Books for Young People.
Foi escolhido o dia 2 de Abril por ser a data de nascimento do escritor Hans Christian Andersen, autor dinamarquês de algumas das histórias para crianças mais lidas por todo o mundo. 



Veja com os seus filhos na página dos LEITORES + NOVOS o conto que deixamos para eles. 


2 de Abril -   "Neste dia nasceu, há mais de 200 anos, Hans Christian Andersen. Era uma criança pobre e perdeu o pai com 11 anos, sendo forçado a trabalhar desde então. Aos 14 anos resolveu partir para a capital da Dinamarca, sua pátria, para se tornar cantor e actor. O director do teatro, reconhecendo as grandes capacidades do jovem, conseguiu arranjar-lhe uma bolsa de estudo. Graças a ela pôde estudar, vindo a tornar-se escritor, famoso pelos contos que dedicou às crianças.
Gostava muito de viajar e, numa das suas viagens, veio conhecer Portugal.
É considerado o pai da Literatura Infantil".

   
in "O Livro das Datas" de Luísa Ducla Soares, Civilização Ed.

Nota do Blog - Numa destas viagens a Portugal, Hans Christian Andersen ficou hospedado em casa do seu tio Guilherme Stephens, sendo habitual passar as férias de verão na Marinha Grande, fazendos longos passeios à beira mar.
Era visita regular às tertulias literárias realizadas na casa de Afonso Lopes Vieira em S. Pedro de Muel, facto que muito contribuiu para o estilo literário que veio a desenvolver.

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