janeiro 09, 2015

ÀS TRÊS E MEIA DE UMA MANHÃ DO PRINCÍPIO DE JANEIRO...



O filme "As Duas Faces de Janeiro", realizado por Hossein Amini e tendo no seu elenco os atores Viggo Mortensen, Oscar Isaac e Kirsten Dunst, entre outros, estreou em Portugal no passado dia 30 de outubro.

"Rydal Keener está parado no quarto andar de um lúgubre hotel em Atenas. Aparentemente, espera o elevador. Na realidade, aguarda que alguém estranho e fascinante se cruze no seu caminho.
Ali perto, no confortável e acolhedor Hotel King Palace, Chester MacFarland também espera: de uma pancada no ombro, de uma pancada na porta que ponha fim a uma vida fraudulenta. E Colette, a mulher de Chester? Também ela está à espera de alguma coisa.
Passam-se seis dias até que Rydal, Colette e Chester se conheçam à porta do quarto do casal. Os três vêem-se apanhados numa teia de circunstâncias ameaçadoras e cercados por sombras do passado e perigos iminentes.
A cena passa de um quarto de hotel para outro, de Atenas para Creta.
E então, num labirinto deserto, o jogo explode em ação."


Caro Leitor, se perdeu a estreia do filme, 
pode sempre visitar-nos e requisitar o livro que deu origem ao filme 
e que é a nossa sugestão de leitura para este fim de semana.

Patricia Highsmith com o seu gato Ripley
fotografada por Martine Franck

Mary Patricia Plangman nasceu a 19 de janeiro de 1921 em Fort Worth, no estado do Texas. Os pais, ambos pintores publicitários, separaram-se antes do seu nascimento, tendo sido entregue aos cuidados da sua avó materna. Quando a mãe voltou a casar, resolveu adotar o nome do padrasto, Highsmith.
Estudou na Julia Richmond Highschool em Nova Iorque, tendo depois ido estudar na Universidade de Columbia, onde se formou, em 1942, em Inglês, Latim e Grego.
Patricia Highsmith começou por escrever histórias na sua adolescência e, depois de concluir os seus estudos, colaborou como argumentista de livros de banda desenhada na editora Wester Comics, de 1945 a 1947.
Em 1950, por sugestão de Truman Capote, publicou o seu primeiro romance policial "Strangers on a Train", tendo sido logo adaptado por Alfred Hitchcock, tornando-a uma autora de sucesso.

"I can't write if someone else is in the house, not even the cleaning woman", espelha bem o seu ódio pelos seres humanos em geral, tendo chegado a afirmar que preferia a companhia de animais, em especial os gatos, que adorava. Até os seus amigos a consideravam uma pessoa "difícil", não se importando de ser politicamente incorreta ao falar abertamente da sua antipatia pelos negros e pelo Estado de Israel. O seu personagem mais famoso, Tom Ripley, é o protagonista de cinco dos seus livros e de diversos filmes, é um assassino frio, mentiroso e impostor, que esconde a sua brutalidade sob um verniz de classe e sofisticação. O típico anti-herói de Patricia Highsmith. Os seus livros fogem à classificação tradicional do clássico romance policial o que acaba por fascinar os seus leitores.


"Prefiro escrever livros com começos lentos, até mesmo sossegados, em que o leitor 
vai acabar por conhecer a fundo o herói criminoso e as pessoas ao seu redor".
                                                                                                Patricia Highsmith

Em 1963, Patricia Highsmith veio viver para a Europa, para Inglaterra e França, tendo chegado a passar férias em Portugal, concretamente, em Albufeira. Faleceu a 4 de fevereiro de 1995, em Locarno, Suíça.

Autora de mais de 20 livros, recebeu vários prémios:
  • 1957 - O Grande Prémio Francês da Literatura Policial
  • 1964 - O Silver Dagger da Associação Inglesa de Escritores Policiais
  • O Prémio O. Henry Memorial
  • Prémio Edgar Allan Poe
***
Se quiser ficar a conhecer mais livros que deram origem a filmes, passe pela Biblioteca Municipal e visite a mostra bibliográfica que preparámos para si no átrio da entrada. 






dezembro 26, 2014

"THE DAY AFTER" DO PAI NATAL

Já é dia 26 de dezembro. Já terminou mais um ano de trabalho árduo para o Pai Natal. A idade já pesa e o mundo é imenso. São muitos os preparativos para a grande noite. Nada pode falhar.



E o mundo está cada vez mais cheio de dificuldades e obstáculos. 

É o estacionamento, difícil e muito caro. . .



É a pressão constante a que está sujeito . . .



São os recuperadores de calor que não ajudam em nada . . .  



Só falta mesmo é ser multado por excesso de velocidade . . .



Mas, agora tudo terminou . . .
Agora é tempo de descontrair e relaxar.












dezembro 24, 2014

NATAL É EM DEZEMBRO

QUANDO UM HOMEM QUISER

Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

                                                                                           José Carlos Ary dos Santos









dezembro 16, 2014

THE PAGE TURNER

Nós sabemos que esta quadra festiva é sempre um período muito agitado e com muitas preocupações. Sabemos que nem todas as pessoas reagem da mesma maneira. Sabemos que existem aquelas que são mais prevenidas e organizadas, que fazem tudo com muita antecedência, com muita calma e ponderação.


Mas, também sabemos, que nem todas as pessoas são assim e existem aquelas para quem o natal é sinónimo de nervos, agitação e stress. E para estas pessoas, apesar de todo o empenho, acaba sempre por faltar qualquer coisa. Falta um presente de última hora, um brinquedo que esgotou, dinheiro para comprar mais qualquer coisa e, sobretudo, tempo, tempo para fazerem tudo o que tinham planeado.














É por este motivo que sugerimos a visualização do vídeo que se segue. Através dele vemos que, com imaginação, criatividade e algum trabalho, conseguimos arranjar uma forma de ganhar tempo. Damos uma ideia: porque não lermos o jornal ao mesmo tempo que fazemos outras coisas, como por exemplo, embrulhar as prendas? Ou fazermos aquela encomenda de última hora? Porque não? Ora veja como pode ser possível.





Vai experimentar? 
Não. Achou muito complicado?

Então, nesse caso, venha até à Biblioteca Municipal e leia o jornal, calmamente e sem complicações. Vai ver que lhe vai sobrar tempo para fazer outras coisas.

E MAIS . . . É GRÁTIS!









dezembro 12, 2014

E O QUE É QUE ENCONTRASTE EM BELÉM?


Ilustração de Shooty

"- Viram-no? - foi a primeira pergunta de Taor.
 - Vimo-lo - disseram ao mesmo tempo Gaspar, Belchior e Baltasar.
 - É um príncipe, um rei, um imperador rodeado por um séquito magnífico? - quis Taor saber ainda.
 - É uma criança nascida na palha de um estábulo entre um boi e o burro - responderam os três. (...)
 - E o que é que encontraste em Belém?
 - Um recém-nascido na palha de um estábulo, já to dissemos, e os meus companheiros e todas as testemunhas daquela noite - a mais longa do ano - confirmam este testemunho. Mas o estábulo era como um templo, o carpinteiro, pai da criança, um patriarca, a sua mãe, uma virgem, a própria criança, um deus encarnado no mais fundo da pobre humanidade, e uma coluna de luz atravessava o telhado de colmo do miserável abrigo".

                                                                      Michel Tournier, In Gaspar, Belchior&Baltasar




Do escritor francês Michel Tournier
Editado pelas Publicações Dom Quixote
GASPAR, BELCHIOR & BALTASAR




O episódio dos Reis Magos, e a homenagem nela implícita, que povos longínquos e pagãos assim prestaram àquele que, na tradição judaica-cristã, veio para salvar o mundo, tem exercido desde há dois mil anos um inegável e misterioso fascínio. Isso, apesar de os Evangelhos quase os não mencionarem, e de a História e a lenda serem por isso avaras de informações a seu respeito.
A história desses homens, dos seus sonhos, das motivações que um dia os levaram a deixar os seus palácios e a sua gente, para seguirem o cometa que os conduziria até ao lugar do nascimento de Cristo, é o que sugerimos como leitura para este fim de semana.



Michel Tournier nasceu em Paris a 19 de dezembro de 1924. É considerado um dos mais notáveis e estimulantes escritores franceses da atualidade, tendo já obtido, em 1967, o Grande Prémio do Romance da Academia  Francesa com o seu romance Sexta-feira ou a Vida Selvagem e, em 1970, por unanimidade, o Prémio Goncourt com o seu romance O Rei dos Álamos.
Em 1993 obteve a Medalha Goethe e em 1997 foi Doctor Honoris Causa da Universidade de Londres.
Quando o definem como escritor juvenil, defende-se dizendo "eu não escrevo para crianças, escrevo com um ideal de brevidade, de clareza e de proximidade do concreto".



Bom Fim de Semana


dezembro 05, 2014

A LITERATURA FAZ BEM AO CÉREBRO


"Lendo, fica-se a saber quase tudo"
                                                                       José Saramago, In A Caverna


São cada vez mais as evidências de que ler faz bem à saúde. Cientistas analisaram o cérebro de adultos saudáveis, com idade igual ou superior a 60 anos e sem sinais de demência, e concluíram, que aqueles que lêem gozam de melhor saúde física e mental, além de provocarem mais facilmente empatia nos outros. Bastam 6 minutos de leitura atenta para reduzir o stress em 60%, além de diminuir a tensão muscular e de acalmar os batimentos cardíacos.

Na semana passada, um novo estudo, desta vez da Universidade de Emory, em Atlanta (EUA), revelou, que quem lê livros de ficção é mais empático. Os cientistas compararam a atividade cerebral de várias pessoas, depois de lerem o livro Pompeii, de Robert Harris e verificaram, que os leitores apresentavam mais ligações no córtex temporal esquerdo, a parte do cérebro associada à linguagem. 

Para que o Leitor melhore a sua saúde física e mental,
 visite-nos e requisite este livro para a 
sua leitura de fim de semana.



POMPEII
Do escritor britânico Robert Harris
Editado pela Bertrand 

Como é que ler ficção influencia a empatia?

Quando os leitores estão a sentir e a colocarem-se no lugar de uma personagem, quando se envolvem e adotam as suas emoções. Assim, os leitores são pessoas mais dispostas a ouvir o outro e a compreendê-lo, estando mais despertas para as alegrias e tristezas dos outros e a senti-las como se fossem suas. O estudo concluiu que essas pessoas serão bons amigos.   


Robert Harris nasceu em Nottingham, a 7 de março de 1957 e licenciou-se na Universidade de Cambridge. Foi jornalista nos programas da BBC Panorama e Newsnight, antes de se tornar editor político do jornal Observer, em 1987 e depois colunista do The Sunday Times e Daily Telegraph.
Em 2003 foi nomeado Colunista do Ano pelo British Press Awards.
É autor, para além do livro que hoje lhe sugerimos para o seu fim de semana, dos sucessos Fatherland, Enigma e Archangel, que o leitor pode encontrar na sua Biblioteca


" E acontece que um livro não é só um livro. 
É também, entre outras coisas, os lugares onde o leste, 
o consolo que te deu em cada momento, a diversão e a companhia."
                                                       A. Pérez Reverte



Bom Fim de Semana




novembro 28, 2014

LEITURA COM SABOR


"Para se ler de uma só vez, 
se possível debaixo de uma macieira"
                                                                                               La Mia Abitazione



O cenário já está montado, só falta mesmo um livro.

Um romance mágico que lhe vai apelar aos cinco sentidos. Três gerações de mulheres numa história repleta de segredos, de relações perigosas e amizades inesperadas, de nostalgias e esperança, é o que lhe vamos sugerir para leitura no seu fim de semana.

"Anna gostava de maçãs reineta, e Berth de cox orange. No outono o cabelo das irmãs cheirava a maçãs, bem como os seus vestidos e as suas mãos. Elas faziam compota de maçã e sidra e geleia de maçã com canela".


O Sabor dos Caroços de Maçã
Escrito por Katharina Hagena
Editado pela Porto Editora


Há diversas formas de esquecer e recordar é apenas uma delas . . .
Bootshaven, Norte da Alemanha. O cheiro a maçãs é intenso e envolve a antiga casa e o jardim.
Um perfume que leva Íris, bibliotecária em Friburgo, de regresso aos tempos de criança. Muitos anos passaram, mas tudo parece como dantes: a casa na orla do bosque, as groselheiras brancas, os tapetes de miosótis abafados pelas ervas daninhas. Um jardim mágico, dominado pela velha macieira, debaixo da qual as mulheres da família Lünschen conheceram o amor, a amizade... e a morte.
Iris recorda o terrível e misterioso acidente que vitimou Rosmarie, a sua prima querida, com apenas 15 anos. O que estava ela a fazer no telhado do jardim de inverno? E o que lhe teria tentado dizer?


"O que queria Rosmarie dizer-me? O quê, o quê? 
O que queria Rosmarie dizer-me? Porque fingi que estava a dormir?"


Katharina Hagena nasceu a 20 de novembro de 1967 em Karlsuhe.
Estudou Literatura Inglesa e Germânica em Marburgo, Londres e Friburgo. Foi investigadora na Fundação James Joyce, lecionou no Trinity College em Dublin e na Universidade de Hamburgo, onde atualmente vive e trabalha como escritora freelancer.
Publicou diversos livros infantis e um ensaio sobre a obra de James Joyce.
O livro que hoje lhe sugerimos como leitura de fim de semana é o seu primeiro romance e foi muito bem recebido na Alemanha e em França. Esteve vinte e uma semanas de permanência nos tops franceses e mais de setecentos mil exemplares foram vendidos na Alemanha. Os seus direitos internacionais foram vendidos para vinte e um países.
O Sabor dos Caroços de Maçã foi levado ao grande ecrã pela mão da realizadora alemã Vivian Naefe e estreou em 2013.


Bom Fim de Semana
com Boas Leituras

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