Depois de uma semana em que o blogue da Biblioteca Municipal esteve ausente da sua companhia para atualizações, que esperamos sejam do seu agrado, nada melhor para retomarmos a nossa habitual atividade do que a apresentação da autora distinguida pelo Prémio Literário D. Dinis deste ano, Maria Teresa Horta, com o romance As Luzes de Leonor.
"As Luzes de Leonor", obra publicada em 2011 pela D. Quixote, é um romance sobre a vida da marquesa de Alorna, Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre (1750-1839), neta dos marqueses de Távora, uma mulher que se destacou na história literária e política de Portugal num período denominado por "século das luzes".
O Prémio Literário D. Dinis foi criado em 1980 pela Fundação Casa de Mateus, em Vila Real, e é atribuído a uma obra literária de poesia, ensaio ou ficção, publicado no ano anterior ao da atribuição do prémio. O júri desta edição foi composto pelos escritores Vasco Graça Moura, Nuno Júdice e Fernando Pinto do Amaral.
"(...) sem dúvida um dos maiores romances biográficos da literatura portuguesa e, também sem dúvida, uma narrativa que marcará doravante os estudos sobre o iluminismo português e as origens do romantismo oitocentista em Portugal (...).
(...) As Luzes de Leonor é uma biografia apaixonada, escrita num tom de ardente paixão pela vida e obra da biografada, mas, sobretudo, uma biografia apaixonante. Com efeito, sendo conhecidas a obra de MTH e a sua atividade militante em prol do feminismo, não custa admitir uma fusão entre a autora, a narradora e o privilégio atribuído a certas características da personalidade de D. Leonor de Almeida."
Miguel Real, in Jornal de Letras de junho/2011
Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa a 20 de maio de 1937. Oriunda, pelo lado materno, de uma família da alta aristocracia portuguesa, conta entre os seus antepassados a célebre poetisa Marquesa de Alorna.
Estudou na Faculdades de Letras da Universidade de Lisboa. Dedicou-se ao cine-clubismo, como dirigente do ABC Cine-Clube, ao jornalismo e à questão feminismo, tendo feito parte do Movimento Feminista de Portugal, juntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. Em conjunto publicaram o livro "Novas Cartas Portuguesas", em 1971 e cujo conteúdo levou as autoras a tribunal.
Maria Teresa Horta também fez parte do grupo Poesia 61.
Publicou diversos textos em jornais como Diário de Lisboa, A capital, República, O século, Diário de Notícias e Jornal de Letras, tendo sido também chefe de redação da revista Mulheres.
A sua obra encontra-se marcada por uma forte tendência de experimentação e exploração das potencialidades da linguagem, numa escrita impetuosa e frequentemente sensual.
Maria Teresa Horta foi ainda distinguida com o Prémio Ficção Revista Mulheres, com o seu romance Ema, e o seu livro Poesia Reunida, publicado em 2010, foi distinguido com o Prémio Máxima Vida Literária.
As Luzes de Leonor, obra de uma vida, que demorou 13 anos a escrever, implicando "muita pesquisa e muita paixão" é o seu mais recente romance.
Para ficar a conhecer melhor a obra de Maria Teresa Horta,
Veja AQUI ou na barra lateral do blogue,
a bibliografia que a sua Biblioteca dispõe para empréstimo domiciliário.
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