dezembro 11, 2019

NÃO FICA NINGUÉM EM PARIS?


Junho de 1940, Hitler aproxima-se de Paris.
Carol, uma estudante portuguesa na Sorbonne, inicia, ao volante da sua bicicleta,
 uma viagem improvável para tentar chegar a Portugal.
Paris, 1940

"Carol começou a pedalar mais depressa na Hirondelle, com uma certeza incómoda a assentar no seu espírito: Paris ia debandar em manada. Os habitantes tinham escutado o cair da bombas nocturnas e já conheciam o desfecho lamentável da batalha de Dunquerque."


Uma história de amizade, sexo, solidariedade e amor, 
de uma rapariga portuguesa cujos sonhos eram apenas estudar literatura, 
namorar e pedalar feliz pelos boulevards de Paris.




No dia em que os nazis fecharam a fronteira entre  França e Espanha, Rover cometeu o seu único erro. Convencido por Carol a evitar um dramático suicídio e a fugir do hospital, o inglês revelara-se um companheiro seguro, com uma coragem e uma lucidez notáveis. Naqueles doze dias em que pedalaram juntos, nunca falhou à minha prima, nunca a abandonou ou traiu, foi mal-educado, agressivo ou malicioso. Pelo contrário, tinha sido uma rocha segura, um confidente atento e um amante devoto.
Carol confessar-me-ia em Lisboa que nunca pensara ser possível alguém amá-la sem dúvidas, desconforto ou zangas. Pudera sempre contar com a força de espírito dele, com a sua única mão e o seu corpo magro mas rijo.
- Jack, noventa por cento de ser homem é estar lá - disse-me ela nessa tarde. - Sempre que é preciso, a toda a hora. E Rover esteve.




Domingos Freitas do Amaral nasceu a 12 de outubro de 1967, em Lisboa. Formado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, onde é atualmente professor da disciplina de Economia de Desporto, tem também um mestrado em Relações Económicas Internacionais, pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque.
Durante muitos anos foi jornalista, primeiro no jornal O Independente, onde trabalhou durante 11 anos, tendo sido diretor das revistas Maxmen, durante sete anos, e GQ, durante quatro anos. Além disso, colaborou como cronista em diversos jornais e revistas, como Diário de Notícias, Diário Económico, Grande Reportagem, City, Grazia, Invista, Fortuna, Correio da Manhã e Record.
Tem doze romances publicados.
Na Biblioteca Municipal, para além do romance que hoje apresentamos, o Leitor pode encontrar os seguintes títulos para empréstimo domiciliário:
  • Já ninguém morre de amor
  • Quando Lisboa tremeu
  • Enquanto Salazar dormia...
  • Verão quente







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